quinta-feira, 18 de setembro de 2014

SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS...

...ENTRE AS MILÍCIAS ISLÂMICAS DO ISIS E A SUBVERSÃO GUERRILHEIRA DOS COMUNISTAS DOS ANOS 60/70

Quando os terríveis relatos das atrocidades do "Estado Islâmico" aparecem na mídia, é possível observar a semelhança com o mundo de "outros loucos " fundamentalistas, genericamente conhecidos como guerrilheiros da esquerda internacional comunista.

1. As idéias (crenças religiosas e/ ou políticas) que não puderam semear com propaganda convincente ou sedução, são impostas com violência, terror, desprezo à vida e fanatismo cego. Não puderam chegar ao poder pelas urnas, democraticamente. Usaram fuzís, facas e bombas destruidoras. São minorias que se consideram salvadoras do mundo.

2. Recrutam o segmento mais puro e ingênuo das sociedades, os jovens, idealistas aos quais falta a experiência de vida, desejosos de fazer algo grandioso e transformador, viram guerreiros sanguinários seguindo planos desconhecidos, matando e morrendo em benefício de objetivos políticos ocultos de dominação econômica.

3. O simbolismo: ícones, bandeiras, gestos, palavras de ordem e mística, que aparecem como unanimidade e atemorizam os inimigos muito difusos,  todos os não convertidos à mística e à visão distorcida e injusta do mundo, considerados parte de uma grande conspiração mundial. As guerras são assimétricas e os que morrem são mártires ou heróis, conforme a ocasião.

4. O financiamento através de sequestro, extorsões, assaltos, roubos que denominam "expropiação, recuperação de armas ou doação de países interessados" para dar aparência moral. No começo ataques isolados, onde não são esperados.  Quando vão ganhando força regionalizam os combates,  e "colonizam" diversos estamentos políticos, sociais e religiosos. Dominam uma região e seus recursos naturais, então combatem como exércitos com armamento pesado.

5. Controlam pelo terror e propaganda ideológica ou religiosa, gerando simpatia e compromisso dos que não duvidam em matar ou morrer pela "causa" ou pela "guerra santa". Utilizam a ingenuidade das nações atacadas violando a norma humanitária que em seguida a reclamam para si no caso de derrota militar.

6. Os países atacados e seus soldados que honram a bandeira nacional são rotulados de "repressores" e devem combater nos limites da lei aos que não respeitam nenhuma regra. As ações guerrilheiras causam um enorme dano quando os fatos relatados invertem a prova histórica, convertendo agressores em agredidos. Isto se dissemina nas escolas, na imprensa, na justiça e até nas igrejas, contaminando os mais jovens.

A diferença na forma é que os do ISIS se declaram guerreiros de Alá e em seu nome assassinam inocentes, para restabelecer o regime do califato. Os comunistas dos anos 60/70 se declaravam guerreiros de uma nova ordem mundial mais justa para impor uma ordem operária e uma sociedade sem classes e sem fronteiras, sem o sentido nacionalista de soberania política, econômica, científica ou educacional. Ou seja um capitalismo de estado expandido, onde um trabalhador boliviano, brasileiro ou argentino têm uma causa e objetivo comum. Ou o muçulmano iraquiano, marroquino, inglês ou norueguês...

As semelhanças são muitas. É provável que os do ISIS percam a guerra para continuar depois por outros meios,  para tomar o poder político, dissimular seus crimes  e enaltecer a matança como ato heróico. Conseguirão dominar os juízes novatos, anistiar seus próprios seguidores e condenar os velhos inimigos militares. Conseguirão que os jovens esqueçam os crimes do passado, para professar uma nova ideologia coletivista, mais propensa à demagogia e clientelismo político. É a revolução branda, que troca um regime ruim por outro pior.

(Tradução reduzida, adaptada de um texto de A., Nelson Cremades.

 Fonte: Enfoques Positivos.

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