domingo, 28 de junho de 2009

FORMANDO O CIDADÃO SOCIALISTA

Como se forma a "consciência do tudo pelo social" das novas gerações,
utilizando o tema do ambientalismo e a propaganda massiva.
Como tudo quanto vês na tv ou nos jornais com relação a vários temas,
portanto, não têm outro destino que te preparar para ser aquilo que
burocratas querem que tu sejas e a agir como eles querem que tu ajas.
É isto que queres para tua vida?

Por Klauber Cristofen Pires

Há pessoas que já vieram me perguntar qual a sugestão que um liberal
tem a dar sobre questões tais como a ambiental, a energética ou sobre os
transportes urbanos. Na mente delas, nossa atuação tem se resumido às
críticas, e nos falta uma agenda específica para tratar de cada tema.

A resposta é simples, como é simples o pensamento liberal: deixemos
estas coisas serem resolvidas por meio dos acordos livremente estipulados
pelas pessoas. Isto é tudo.

Esta multiplicação de temas, na verdade, tem a ver com a visão de que
tudo há de ser controlado por uma única cabeça. Precisa ser casuísta
aquele que tudo quer controlar, já que precisa lidar com as infinitas
variáveis da vida.

Quer saber por que a mídia e as ONG’s tanto querem te fazer
economizar água, luz, parar de fumar, parar de comer carne vermelha,
guardar sementes e cascas, selecionar o lixo, abandonar a sua arma e
deixar o carro em casa?

É simples. Esta é a agenda que visa preparar o cidadão para a
sociedade socialista que virá! E por que afirmo isto? Porque, em uma
sociedade socialista, se há dez cabeças e nove chapéus, a opção do Estado
é a mais óbvia: cortar uma cabeça!

Traduzindo: eles estão te preparando para ser um sujeito cujas
demandas não sejam estipuladas por ti próprio, mas pelo Estado. Fazem isto
porque são conscientes da incorrigível incompetência estatal em fornecer
bens e serviços, mesmo que seja em regime de monopólio. Em forma de piada,
o Estado é como um sujeito que, correndo sozinho, chega sempre em segundo
lugar!

Note como estas coisas são, em geral, aquelas que são oferecidas pelo
Estado. No Brasil, a luz, a água e o recolhimento de lixo são provenientes
de empresas estatais ou empresas privatizadas, mas que – porca miséria –
funcionam em regime de monopólio, o que equivale a dizer que são, quiçá,
piores ainda! Os carros são fornecidos pelas empresas privadas, mas, e as
ruas onde eles têm de rodar?...chamem o Zé Buracão!

E a gasolina (ou aquela mistura indecifrável que nos vendem nos
postos e que entope os bicos injetores)? Vem de onde? Da Petrobrás, claro,
inchada por praticamente 100% de impostos e de programas
sócio-educativo-cultural-ambientais que tu és obrigado a contribuir.
A prestação destes serviços é cronicamente deficiente, cheia de
desperdícios, de preços “sociais”, de vazamentos, de impostos e,
sobretudo, cara, deficiente e é também eternamente insuficiente.

Compare-os, por exemplo, com quantas pessoas hoje são contempladas com o acesso ao telefone celular ou à televisão, ou mesmo à comida, aos calçados e aos materiais de construção.

Em países socialistas como Cuba, praticamente não há apagões: há
clarões! Isto porque a energia, o mais das vezes, é fornecida somente por
algumas horas, o suficiente para assistir a uma novela brasileira vendida
pela rede Globo a preços simbólicos, escovar os dentes (com os dedos,
claro) e ir dormir. Querem mais exemplo de economia do que isto?

Aqui, querem fazer o mesmo, sugerindo às pessoas bizarrices tais como
instalar interruptores temporizados nos chuveiros, niples redutores de
vazão e aquelas porcarias de lâmpadas chinesas que vão te custar a saúde
dos olhos, pela luz precária que irradiam e que juram durar mais de dez
vezes mais! Também, igualmente, querem te adestrar ao te atribuir o
trabalho de selecionar, gratuitamente, o lixo que, afinal, és tu quem
pagas pelo recolhimento! Amanhã, certamente, virão as multas aos
renitentes.

Àqueles a quem o Estado proíbe de trabalhar por meio da legislação
trabalhista, ele e onguistas vêm com cursos para lhes ensinar a aproveitar
cascas, caroços e sementes, como se os propugnadores destas coisas não
comemorassem na churrascaria mais próxima o sucesso de suas campanhas.
Quando vejo um destes programas educativos na tv, só o que me vêm à cabeça
é a sugestão (ou teria sido “ordem”?) que fez o governo norte-coreano aos
seus cidadãos, para que passassem a comer grama! Em Cuba, um mísero quilo
de carne suína custa cerca de um mês e meio do salário de um daqueles
coitados, e não poucas vezes a OMS interveio junto àquele governo para que
aumentasse as calorias de sua “libreta” como forma de prevenir a grande
incidência de nascituros com problemas advindos da avitaminose.

Como liberal, eu não me incomodo em separar o lixo, por exemplo,
desde que isto signifique um desconto no preço pela empresa que pagaria
para retirá-lo de minha casa. Eu disse preço, e não tarifa. Falo aqui de
uma empresa de coleta de lixo que funcione em regime de livre
concorrência. Também topo entregar a parte mais valiosa deste lixo por
dinheiro. Se ele é valioso, tenho direito a vendê-lo, já que ele é minha
propriedade.

Também não me incomoda economizar luz. Mas, em um regime de livre
concorrência, as oportunidades de produção de energia elétrica são
simplesmente infinitas, de modo que não me preocupa em quanto de energia
eu tenho de economizar, mas sim quanto eu devo pagar por ela. Se, por
qualquer motivo, estiver sendo difícil produzi-la, então é sensato
economizá-la, desde que sairá mais cara. E isto é muito diferente daquelas
campanhas ridículas que, no final do governo socialista de Fernando
Henrique Cardoso, mostravam pessoas orgulhosas por terem transformado seus
microondas em dispensas ou seus liquidificadores em vasos de plantas.

O governo do socialista Fernando Henrique Cardoso, bem lembrado aqui,
não investiu um centavo em produção de energia – e nem deixou ninguém
investir – e, quando veio a crise do apagão, o Brasil sofreu uma queda do
PIB que invalidou todas os pseudo-avanços acumulados desde o início do seu
tão proclamado plano Real. Resultado: outra década perdida!

Da mesma forma, alguém ainda precisa me explicar porque é tão
necessário economizar a água, um bem que não se destrói com o uso e que
ocupa três quartos do nosso planeta. Matematicamente falando, que
diferença faz entre a parcela de água que do rio desemboca no mar, daquela
que eu desvio para meu consumo e que depois de passar pela minha pia e
escorrer pelo ralo, acaba no mar do mesmo jeito?

Programas ridículos da tv querem convencer as pessoas a utilizar
várias vezes a água da máquina de lavar e depois ainda por cima carregá-la
por meio de intermináveis baldes (haja coluna!) para reaproveitá-la na
limpeza de pisos. Ora, que eu entenda, não se está limpando nada assim,
mas trocando uma sujeira por outra.

Em uma sociedade livre, não me importa de onde a água vem, se de um
rio, de uma fonte subterrânea ou de uma usina de dessalinização, ou por
qualquer outra tecnologia. O que interessa é que, ao necessitar dela,
disponho-me a pagar um preço pelo seu fornecimento. É o preço que deve
determinar se eu tenho de instalar redutores nas torneiras ou diminuir o
meu tempo sob o chuveiro.

Finalmente, observe o comportamento dos produtos oferecidos pelo
Estado, dos produzidos pelo mercado: a cada cacho de bananas que eu retiro
da prateleira de um supermercado, outros mais serão repostos, e com melhor
qualidade ou preço; enquanto que o dono do negócio privado me agradece a
preferência e se esforça por oferecer seus produtos de uma forma mais
eficiente, os produtores estatais repudiam seus consumidores, gastam
milhões em propaganda para achincalhá-los e para ensinar-lhes a não se
utilizarem dos seus serviços, perseguem-nos e aplicam-lhes multas,
suspensões de fornecimento e às vezes, até cadeia, se eles, inconformados
por tamanho excesso de atenção e gentileza, intentarem obter o que
necessitam por conta própria.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

UMA FALSEIA E A OUTRA FRAUDA A HISTORIA

General Aloísio Rodrigues dos Santos

Não é fácil uma abordagem consistente e objetiva sobre o tema “tortura”, principalmente se a emoção prevalecer sobre a razão e se ainda estiver presente não apenas o confronto ideológico, alimentado pelo ressentimento dos derrotados, mas o pagamento de polpudas indenizações custeadas pelos cofres públicos, com recursos pagos pelos contribuintes.

Farei algumas considerações sobre tão relevante tema, utilizando um pouco da história de duas ex-militantes de organizações terroristas, de cunho marxista-leninista, que optaram pela luta armada como instrumento para a tomada do poder. Embora fossem responsáveis pela execução de missões simples e burocráticas, uma delas já participava, efetivamente, do planejamento de ações que foram realizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo.

A primeira, Bete Mendes (Elizabeth Mendes de Oliveira) -”Rosa”, já na época -1969- artista (não atriz) de televisão, integrante da organização terrorista Vanguarda Armada Revolucionária (VAR) – Palmares, foi presa em 29/Set/1970 pelo DOI/II Ex. Companheiros da “Rosa”, outros sete jovens, também foram presos nesta mesma data, todos entregues aos pais e postos em liberdade em 16/Out/1970, aguardando julgamento. Os oito foram absolvidos em 1971.

Em Ago 85, Bete Mendes (ex-Rosa), Dep Fed por São Paulo eleita em 1982 pelo PT, mas sem partido, fez parte da comitiva do Presidente José Sarney em visita ao Uruguai, mesmo não sendo da base governista e sem uma razão aparente que justificasse a sua presença. Durante a visita ocorreram dois contatos rápidos e cordiais da Deputada com o Cel Ustra.

No seu regresso ao Brasil, Bete Mendes encaminhou ao Presidente da República, em 17 Ago, uma carta com acusações ao Coronel, ao mesmo tempo em que a encaminhava, também, à imprensa. Publicado com alarde por todos os meios de comunicação social (jornais, revistas, rádio e televisão), o acusado já estava antecipadamente condenado pelo público e Bete Mendes tornava-se uma celebridade nacional. Em conseqüência, novas declarações, novas publicações na imprensa, que não pesquisava nem confirmava a veracidade dos fatos, o que estimulava a novas declarações, com novas publicações. Assim, o linchamento continuava, com o acusado, em Montevidéu, atônito, surpreso e, praticamente, sem direito de resposta.

Extasiada com o sucesso, Bete Mendes não parou por aí, o que tornou aparentemente mais difícil e complexa a sua defesa. Acusou o Cel Ustra pela morte de um “amigo” a pancadas e pelos corpos que vira e que estavam na lista de desaparecidos, quando presa entre os dias 30Set e 16Out, sem ter a precaução de verificar, antecipadamente, se ocorrera mesmo qualquer falecimento e/ou desaparecimento naquele período. Foi mais adiante. Ao jornal O Globo, de 17/08/1985, declarou que “...parentes seus foram presos e torturados” e à revista Veja, de 21/08/1985, que “...seus pais também foram detidos e ameaçados de tortura”. Acusações para ninguém botar defeito.

Além desses fatos, inúmeros outros que a imprensa, em geral, nunca mostrou interesse em investigar, pesquisar, publicar e colocar à disposição do seu leitor, para restabelecer, se não a verdade, pelo menos o confronto de idéias, encontram-se relatados no livro “A Verdade Sufocada, a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça”. Publicado em abril de 2006, com quase seiscentas páginas, nada do seu conteúdo foi, até hoje, desmentido, contestado, questionado ou mesmo criticado por aqueles que participaram da luta armada ou por outros adversários, o que torna confiável o seu conteúdo e destrói muitos mitos criados pela esquerda mais radical, inclusive o de que Bete Mendes fora torturada.

A segunda, a Ministra Dilma Roussef, Chefe da Casa Civil, ex-integrante das organizações terroristas autodenominadas Comando de Libertação Nacional (COLINA) e VAR-Palmares. Que denominações pomposas não?.

Muito se poderia falar e escrever sobre essa ex-militante quanto a sua efetiva participação na luta armada, embora ela tenha se envolvido com um ex-dirigente da VAR em São Paulo, que na época integrava o seu Comando Nacional. Isso a levava a conhecer, com alguma profundidade e muitos detalhes, a política da organização, o que lhe dava muitas vantagens comparativas sobre os militantes de base e algumas sobre os militantes de nível regional/estadual.

Mas Dilma é muito mais “esperta e inteligente” que a Rosa. Talvez com ela tenha aprendido muito em 1985, pois, diferentemente dela, não faz acusações pessoais diretas e objetivas. Prefere a subjetividade para destilar o seu veneno, já que a imprensa em geral aceita com passividade e cumplicidade o que se opor ao 31Mar64. Acredito que, se o fizer, apresentará “testemunhas que confirmarão com riqueza de detalhes e com precisão cirúrgica a veracidade de suas afirmações” e, só então, mostrará, após mais de trinta anos, as seqüelas físicas e psicológicas resultantes por mais de três anos de “tortura”.

Obs: Se Bete Mendes fosse uma militante inteligente e não se entusiasmasse com a repercussão de suas acusações, por certo o Cel Ustra não teria condições de responder de forma objetiva às acusações que recebeu. Desmentida categoricamente no livro “Rompendo o Silêncio” desse mesmo autor, publicado em 1987, a artista Bete caiu no ostracismo político, ideológico e artístico, pois, os que a estimularam nas acusações, não a apoiaram contestando ou criticando o teor do desmentido e, até hoje, todos mantêm um intrigante silêncio. Quanto à ministra, as acusações genéricas e sem um alvo definido pararam temporariamente. De qualquer forma, eu afirmo que a primeira encenou uma farsa, enquanto que a outra se associa aos “companheiros” que fraudam a história.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

ESTA TERRA TEM DONO?

OS CONTROLADORES (PAGANTES) DA MÍDIA, DESPEJAM TONELADAS DE LIXO A CADA DIA, DESVIANDO OS HOLOFOTES DOS VEÍCULOS DE INFORMAÇÃO SOBRE NOVOS ESCÂNDALOS, ENQUANTO O QUE INTERESSA DE FATO, FICA NA SOMBRA.

EXEMPLO DISSO É A CPI DA PETROBRÁS, EMPRESA CONTROLADA PELO PT FICAR ESQUECIDA, ENQUANTO SE COLOCA NO VENTILADOR...O SENADO FEDERAL.

NA SOMBRA TAMBÉM FICA O DEBATE PÚBLICO ENTRE O MINISTRO DA AGRICULTURA E O ESTELAR DO MEIO AMBIENTE, SOBRE ASSUNTOS QUE O BRASIL DESCONHECE: ESTÃO SENDO PRESOS E PROCESSADOS PEQUENOS AGRICULTORES! O MEIO AMBIENTE ESTÁ BAIXANDO PORTARIAS IGNORANDO PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS!

Esta terra tem dono

Por Osmar José de Barros Ribeiro

Quantas e quantas vezes nos assaltam dúvidas quanto ao que o futuro reserva aos
nossos filhos e netos? Até algum tempo, antes que governos socialistas
assumissem o poder no Brasil, as indagações restringiam-se quase que só ao
âmbito familiar e profissional de cada um. Acreditávamos, inocentemente, que os
governantes estariam sempre vigilantes, atentos na defesa dos interesses da
Pátria.

Hoje, crescem as dúvidas: os dirigentes partidários preocupam-se com
o amanhã do Brasil ou estão apenas envolvidos na busca de vantagens
financeiras?

Os partidos de esquerda, encabeçados pelo PT, põem em
execução as diretrizes internacionalistas do Foro de São Paulo, em flagrante
desconsideração para com os Objetivos Nacionais. Pelo menos dois deles, a
Integridade Territorial e a Integração Nacional, vêm sendo flagrantemente
desrespeitados nos dias que correm.

Quanto à Integridade Territorial, tudo começou quando a fotógrafa/antropóloga
suíça, Cláudia Andujar, com inexplicável capacidade de pressão nos gabinetes de
Brasília, criou uma etnia indígena inexistente, a Ianomâmi, na fronteira com a
Venezuela e pôs-se a defender a criação de uma Reserva para seus protegidos,
alegando que tal medida afastaria os garimpeiros, acusados de transmitir doenças
aos índios.

Levantaram-se no exterior as acusações mais absurdas ao Brasil e logo
cresceram as pressões internacionais com vistas à criação de uma vasta área de
acesso interdito ao homem branco. Coube ao ex-presidente Collor de Melo, cassado
por corrupção e agora Senador da República, a tarefa de ceder aos “pedidos” de
governos estrangeiros.

Hoje, 13% do território nacional é destinado às reservas indígenas. O último
problema teve lugar em Roraima onde, por razões desconhecidas do grande público,
a FUNAI, em espúria ligação com o Conselho Indigenista Missionário, o Conselho
Indigenista de Roraima e ONGs de caráter internacional conseguiu, com o
declarado e ostensivo apoio do Poder Executivo, a criação da enorme reserva
Raposa-Serra do Sol.

E, como se não bastasse, a mesma FUNAI, ainda com o apoio do CIMI e agora também
do MST, investe contra o Estado do Mato Grosso do Sul buscando, a título de
proteção aos índios guaranis, praticamente inviabilizar a economia daquela
Unidade da Federação. Some-se, a tudo isso, a ação do INCRA na disseminação de
áreas quilombolas por todo o País e constataremos que, salvo melhor juízo, o
patriotismo desapareceu dos governos socialistas, dando lugar a um
internacionalismo espúrio.

Recentemente, em Londres, reunião organizada pelo indefectível príncipe Charles
e paralela à do G-20, debateu a criação de um fundo financeiro internacional
para bancar a conservação e o uso sustentável das florestas tropicais, entre
elas, é claro, a Floresta Amazônica. Representaram o Brasil o ministro das
Relações Exteriores e o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

Finalidade não declarada da reunião: permitir que países industrializados
continuem a emitir enormes quantidades de carbono, a serem compensadas pela
preservação das florestas tropicais. A longo prazo, no que nos diz respeito,
seria manter a Amazônia subdesenvolvida e parcamente povoada, como uma enorme
reserva de recursos naturais, além de retalhada em territórios indígenas
desejosos de autonomia, subordinando os superiores interesses nacionais aos
estrangeiros, com sérios riscos de secessão.

Por seu turno, a Integração Nacional, entendida como a comunhão dos brasileiros
em torno dos mesmos ideais, vê-se seriamente ameaçada quando, em lugar de
promover a solidariedade entre todos, sem preconceitos de qualquer natureza
conforme reza a Constituição Federal, o Poder Executivo provoca-os, quando
promove a criação de cotas raciais para o ingresso em estabelecimentos de ensino
superior. E, já agora no Congresso, o partido governista, contando com o apoio
da assim chamada “base aliada”, uma mixórdia sem princípios doutrinários, antes
movida pela cobiça que pelos superiores interesses do Brasil, pretende tornar
tal sistema obrigatório até mesmo para o ingresso no serviço público e empresas
particulares. Dessa forma, além de promover o racismo numa sociedade com
altíssimo grau de miscigenação, o universal critério do mérito é solenemente
desprezado em nome de uma nunca bem explicada “justiça social”.

Assim, estão sob ameaça dois dos Objetivos Nacionais: a Integridade Nacional,
pela permanente cobiça estrangeira sobre a região ao norte da calha do rio
Solimões/Amazonas e a Integração Nacional, pela implantação da discórdia entre
irmãos. Quando descobriremos que querem dividir-nos? O que esperar do amanhã, se
o hoje se apresenta tão sombrio?

Há que reagir e buscar lideranças que, com serenidade e patriotismo, proclamem
ao mundo que esta terra tem dono.

Fonte original: página do Instituto Federalista do Brasil.
COMENTÁRIO: " Certamente isso não ocorreria em um país com poderes e recursos desconcentrados."

segunda-feira, 22 de junho de 2009

CONTRATO SOCIAL PETISTA

Por Geraldo Almendra

O político é o mais esperto dos animais, e é o único dentre eles que se comporta como patife por instinto de preservação de status social e sobrevivência material, substituindo valores morais, dignidade e honra pelas piores canalhices custe o que custar.

As impunes falcatruas praticadas no Senado, assim como as posições assumidas pelo presidente da apodrecida república tupiniquim em defesa da “história” do amigo Sarney sem qualquer reação relevante dos patifes “esclarecidos”, são as novas demonstrações inequívocas de que a sociedade brasileira convive sem constrangimentos com o novo Contrato Social Petista.

Conforme suas disposições, que vem sido estabelecidas a partir do maior estelionato eleitoral da nossa história, o mesmo que colocou no poder o mais desqualificado político saído do submundo comuno-sindicalista, a sociedade brasileira está mergulhando em um poço sem fundo da corrupção, do corporativismo sórdido e da imoralidade como fundamentos das relações públicas e privadas.

O comportamento social de crianças, adolescentes e adultos já demonstra que a falência da educação e da cultura está descambando para a falência moral das instituições e das relações sociais.

Todos enxergam a absurda impunidade dos ricos, dos poderosos, e de seus cúmplices, corruptos ou não, como um caminho a ser seguido, e que está dando certo, pois pagar por um crime de desvio do dinheiro público, entre tantas outras impunidades observadas no dia a dia do cidadão comum, se torna cada vez mais difícil diante de uma Justiça que não tem mais direito de ser qualificada com esse nome, e das instituições que a auditam e regulam somente nos resta uma profunda vergonha.

As convenções do Contrato Social Petista que fundamentam o projeto de poder perpétuo das “gangs dos quarentas” e seu líder, formalizadas através de acordos de natureza sub-reptícia, tácita ou explícitas, e estabelecidas por indivíduos que se mostram, conforme inúmeros escândalos amplamente divulgados, absolutamente destituídos de princípios morais, já colocaram o país na fronteira de uma revolução de valores que está permitindo que se transforme o poder público em uma estrutura protetora do banditismo de colarinho branco conectado com o crime organizado que comanda o desvio criminoso do dinheiro público e uma absurda ilicitude na sua destinação em um ambiente corporativista e prevaricador.

O mundo, para quem o desqualificado é “o cara”, não demonstra o menor constrangimento em puxar o saco de um desgoverno que não divulga os saques e gastos pessoais da estrutura do poder executivo e dos parentes de seus servidores, feitos com cartões de crédito corporativo – por motivo de “segurança nacional”. Ou seja, no quintal dos outros o roubo do contribuinte não incomoda aos que chamam o Retirante Pinóquio de “o cara”. Que gente sem vergonha, hipócrita e leviana!!

As atitudes de inúmeros políticos portadores de diplomas de representantes do povo são rigorosamente um caso de polícia. DEVIAM IR PARA A CADEIA se tivéssemos poderes de policia dignos desse nome, os mesmos que invadem guetos da pobreza e empresas para matar ou prender, mas que são incapazes de colocar atrás das grandes um bandido protegido pelo petismo. Se colocar a Justiça solta.

O presidente da República precisa ser responsabilizado unilateralmente pela transformação do poder público em um covil de bandidos pelo gritante fato de sua histórica omissão diante de tantos crimes cometidos e de sua recente declaração pública afirmando que o senador José Sarney deveria ter um tratamento diferenciado como contrapartida de sua história política.

O que esse sujeito desqualificado dirá, então, da Governadora, servidora efetivada sem concurso alguns anos atrás, que tem um mordomo – “o secreta”, que ganha mais de R$ 12.000,00 por mês – pago com o dinheiro dos nossos impostos para servir de empregado particular?

E da senadora do PT que tem uma funcionária morando fora do país, mas recebendo seu salário que está sendo pago pelos otários e imbecis dos contribuintes? E, também, do seu amigo do peito que ganhava R$ 3000,00 de auxílio moradia de forma irregular? A declaração do meliante de que nunca percebeu o que estava acontecendo fecha então um ciclo presidencial de desgovernos civis para ninguém botar defeito. NADA PRESTOU!

Vamos parar por aí, pois muitas laudas teriam que serem escritas para listar as sacanagens com o dinheiro dos contribuintes que estão sendo praticadas pelos homens que tem uma “boa história” para contar. Fernandinho Beira-Mar é gente muita fina diante desses patifes, os verdadeiros responsáveis pelas desgraças sociais do nosso país.

É claro que o deficiente físico, que está se tornando junto com o “gênio informático” seu herdeiro, uma das maiores fortunas do país, sempre vai dizer que nada sabe, que nada viu, e que nada ouviu.

Quando defende seus cúmplices, de que história política esse desqualificado está se referindo? De alguém de comportamento sem manchas e que fez algum bem para o país durante sua vida política que, para nossa desgraça, continua? A podridão do feudo maranhense é apenas um das pontas dos icebergs da degeneração moral da política do nosso país. Esses senhores não passam de bandidos. Somente isso.

Desde quando a história de alguém pode impedi-lo de pagar pelos seus crimes mesmo que um comportamento ilibado pudesse ser comprovado?

Quem tem história de valor para contar são os cidadãos honestos que trabalham mais de cinco meses por ano para sustentar esses canalhas que continuam insistindo impunemente em nos fazer de imbecis e otários.

O que se descobre atualmente sobre o comportamento criminoso de senadores e deputados é resultado direto do caos moral instalado no país depois que o poder público foi entregue para os esclarecidos patifes, atores do golpe da “abertura democrática”, época em que a criminalidade do colarinho branco passou a não perceber mais limites nem riscos relevantes de punição.

Os arquivos vivos das canalhices praticadas dentro do poder público são tantos, com tantos cúmplices, e tanta impunidade, que o castelo de cartas prostituição da política precisa ser protegido a qualquer preço.

Aprendemos também durante o desgoverno petista que as relações políticas internacionais alimentadas pelo Retirante Pinóquio tem se mostrado exemplos de canalhice, hipocrisia, e leviandade explícita, pois os líderes mundiais somente enxergam a corrupção e a prevaricação em seus próprios países conforme seus paradigmas legais. Nos dos outros é algo sem a menor importância diante do objetivo geopolítico de transformar nossas riquezas em patrimônio do mundo graças aos “caras”, admirados pelos que estão de olho grande no nosso continente.

Aqueles que poderiam mudar o rumo da falência moral das relações públicas e privadas estão em estado de profunda omissão, cumplicidade ou covardia.

A caserna nada faz escondendo-se – aqueles ainda não subornados ou que ainda não trocaram a bandeira do país pela de estrela única do PT – na falsa premissa de que é necessário um movimento popular nas ruas, sem considerar que o imbecil coletivo foi fabricado pelas oligarquias políticas prostituídas durante a abertura democrática justamente para que chegássemos a esse desvario de desgoverno petista.

As elites esclarecidas têm demonstrado uma total apatia apátrida e uma ilimitada capacidade de ceder ao suborno em suas infinitas formas, para entregar o país de forma definitiva ao controle de um Estado de Direito Petista.

Não se pode contar com um povo vencido pelo cansaço de promessas de políticos safados, e com suas consciências críticas esgarçadas e apagadas por uma “revolução educacional” construtivista sem vergonha e promovida por desgovernos civis, que lhes outorgou, intencionalmente, diplomas de ignorantes e, agora, compulsoriamente são induzidos a aceitarem o rótulo de dependentes do assistencialismo clientelista que se provou ser o maior projeto de compra de votos da civilização ocidental moderna.

Qual o cidadão sem formação que aceitará lutar por um contrato social que lhe obrigue a vencer na vida pelo mérito e pelo trabalho, se acima do mínimo do que precisar para sobreviver sempre lhe será entregue de mãos beijadas pelo poder público mais corrupto e prevaricador de nossa história?

Qual o estudante universitário que irá pintar suas caras e lutar por uma sociedade justa e verdadeiramente democrática diante do suborno de sua própria entidade representativa, que se prestou a aceitar subornos clientelistas, ao mesmo tempo em que presencia o absurdo e descarado relativismo da Justiça a lhes provar que o bom mesmo é ser corrupto e amigo dos “homens” do PT?

Mesmo assim os poucos que sobram podem iniciar um processo de mudança. Basta vencer a covardia e o medo de lutar por um futuro para os seus filhos e suas famílias, que não os obriguem a serem escravos do petismo, corruptos e imorais por obrigação.

A primeira atitude que temos que tomar é não reeleger ninguém dos quadros políticos atuais nas próximas eleições.

Se isso não for feito o país somente mudará pelas vias de uma revolução civil-militar, o que temos cada vez mais dúvidas da sua possibilidade, pelas redundantes demonstrações de apatia, omissão ou covardia dos que ainda podem se aglutinar e lutar por uma nova sociedade livre dos bandidos que infestaram o poder público.

O petismo está próximo da vitória absoluta com a estranha “virtude” de não ter promovido uma luta armada para tomar o poder depois de receber o país do regime militar junto com as oligarquias políticas prostituídas, que prepararam o caminho para a tomada do poder pelo PT depois do último desgoverno do sociólogo, que abriu as portas para a transformação definitiva do poder público em um covil de Bandidos. As lutas das “gangues dos quarentas” foram travadas no submundo da corrupção, da prevaricação e do corporativismo mais sórdido.

Os instrumentos de tomada do poder pelo petismo têm sido a absurda manipulação dos menos favorecidos empregados ou desempregados, com casa ou sem casa, com terra ou sem terra, a cumplicidade do submundo do comuno-sindicalismo, a cumplicidade da academia, da mídia marrom vendida, e do meio artístico amante de Cuba, mas adorador do materialismo capitalista, a cumplicidade de um poder público infestado de militantes, o suborno dos esclarecidos patifes e de seus cúmplices, a cumplicidade do imbecil coletivo do povo formado pelos desgovernos civis, a prostração cívica e moral das Forças Armadas, e a covardia, o medo, e omissão do resto.

Resumindo, a ascensão do petismo representa a definitiva falência moral da sociedade brasileira, iniciada pelos desgovernos civis que o antecederam.

sábado, 20 de junho de 2009

LAÇOS DE FAMÍLIA

Por Arlindo Montenegro

Há algum tempo atrás, o departamento de futebol do Corinthians acolheu a administração de uma empresa, MSI, dirigida por um iraniano, o sr. Kiavash Joorabchian. Kia, para os íntimos, recebia grandes somas do exterior, enviadas por um russo, Boris Berezovsky que também andou por aqui, negociando com o amigo José Dirceu a compra de uma empresa de aviação. Lembram?

O petista doméstico, defenestrado do ministério atua nos bastidores. Livre e solto é eminência parda do governo, cujos membros mais proeminentes e assessores mais próximos, respondem a processos que raramente chegam ao fim. Os maiorais, intocáveis são inocentados pela suprema justiça dos petistas.

Quando muito um ou outro pato é sacrificado com mordomias. Mas todos são “inocentes”. Recentemente o amigo Kia, pediu ao STF, para arquivar os processos em que é réu, por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O pedido foi negado. Kia continua livre e vai ter que recorrer mais vezes até que a ficha fique limpinha, branca como a neve.

Quanto ao russo Boris, titular da grana junto com seu amigo Badri Patarkatsishvili, já foram condenados por envolvimento com a máfia russa. Condenados lá na Rússia. Integram a listagem de procurados pela Interpol. Um detalhe insignificante, porque Boris goza da proteção do estado democrático de direito, na condição de “exilado político” na Inglaterra. Vive solto no colo da rainha, onde a Interpol não ousa meter a mão.

Que nem o terrorista Medina, apadrinhado pelo PT que até arrumou uma nomeação para a mulher dele, numa secretaria ligada à Presidência da República. Medina continua na moita, a serviço das FARC. Que nem o “escritor” que na Itália foi condenado por terrorismo e homicídio, mas aqui goza da proteção fraterna do próprio ministro da justiça petista, que o mantém, humanamente, distante da justiça italiana. Batisti, um companheirão!

Isto tudo é um pálido e documentado exemplo de como os poderosos do dia impõem sua vontade, acima das Leis e Instituições que ignoram. Como atuam contra quem ouse desafiar as práticas que estreitam os laços da “famiglia” comercial e ideológica globalizada. Atuando no Irã, na Venezuela, na Coréia do Norte, Cuba, na África ou nas Américas, são louvados pelo “cara” daqui.

Todos eles e mais alguns são acolhidos entusiasticamente pelos banqueiros internacionais para lavar, secretamente, grandes fortunas acumuladas no tráfico de armas, drogas, corrupção e assalto continuado aos cofres públicos. São jogadores de um cassino para gente “importante”, gente diferente da gente.

Foi necessário perseguir a verdade até ficar com os cabelos brancos, para entender um pouco do funcionamento da mais poderosa ferramenta que esta gente utiliza: a propaganda e controle de toda a mídia, manobrada na contra mão do bem comum, desprezando a ética, as Leis e o zé povinho.

Quando o sacrossanto herdeiro das virtudes do Antonio Conselheiro das caatingas, diz: "O que não se pode é todo dia você arrumar uma vírgula a mais, você vai desmoralizando todo mundo, cansando todo mundo, inclusive a imprensa corre o risco...” - o recado é: calem a boca que a Petrobrás é intocável e paga as contas de vocês! “Tamo” dominando tudo e “secamo” a fonte quando “quisé”.

Excetuando os fanáticos ideológicos e maconheiros postados no governo, nem um só brasileiro com cabelo nas ventas desconfia das Instituições. Os brasileiros desconfiam e renegam, se envergonham das mentiras e falcatruas, do mensalão dos deputados, das velhacarias do senado, da falsificação de dossiês, da negação diante de evidências documentadas, da justiça venal, do superfaturamento de obras, do assalto à Petrobrás e outras empresas, dos cartões corporativos, dos dirigentes que “não sabem nada”, dos assassinatos não resolvidos...

Os brasileiros são incapazes de perceber como a mais notável máquina de propaganda emprenha a todos pelos ouvidos, pelas vistas, pela lavagem cerebral mantida ao custo de fortunas, “em parte secretas”, que os governantes utilizam para calar bocas e atirar poeira nos olhos dos grupos sociais.

Esta máquina que é aperfeiçoada desde a Primeira Guerra Mundial e hoje conta com aparato científico e tecnológico dos mais avançados: satélites, internet, gps, fotografia de alta definição, sensores infra vermelhos, tudo disponível para que as Fundações, Institutos de Pesquisa, Ongs, todos com recursos ilimitados, atuem, interfiram, imponham condições, subvertendo e confundindo a mente das pessoas.

Alguns princípios firmados por Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, são aplicados aqui de modo rotineiro pela mídia amestrada:

Princípio da orquestração - “Se uma mentira se repete suficientemente, acaba por converter-se em verdade... As peças devem ser veiculadas simultaneamente em vários meios de comunicação, atingindo intensivamente o alvo, com a mesma mensagem, varias vezes ao dia”. (Brasil de todos, pac, “não sabia”, Dilma é a boa!)

Princípio da transposição - Imputar sobre o adversário os próprios erros ou defeitos, respondendo o ataque com o ataque. “Se não podes negar as más notícias, inventa outras que distraiam...”. (A bola da vez é o Senado calando a CPI da Petrobrás, ontem era foi caixa dois proclamado como “rotina”...)

Princípio de renovação - "Divulgar constantemente informações e argumentos novos a um ritmo tal que quando e se o adversário responder, o público já esteja interessado em outra coisa..." "As respostas do adversário nunca irão poder rebater o nível crescente de acusações." (Quantas denúncias substituídas por novidades?)

Esta família é velha. Cultiva laços muito estreitos. A união faz a farsa!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

DENUNCISTAS DE ONTEM

Por Geraldo Almendra

O político é o mais esperto dos animais, e é o único dentre eles que se comporta como patife por instinto de preservação de status social e sobrevivência material, substituindo valores morais, dignidade e honra pelas piores canalhices custe o que custar.

O poder público tornou-se uma estrutura mafiosa com participação nos lucros da canalhice nacional em que os arquivos vivos precisam ser protegidos e os mortos, do tipo Celso Daniel, e outros, esquecidos.

Quem não se lembra de que para o PT, durante os desgovernos que antecederam a “gestão” do Retirante Pinóquio, todos eram suspeitos de serem picaretas e seus atos denunciados como picaretagem, dificultando o máximo que podiam ações de governo que poderiam beneficiar a sociedade?

A falência moral do desgoverno Lula se mostra cada vez mais gritante ao lermos o mais desqualificado político de nossa história declarar que o homem que comanda o senado não pode ser tratado como um cidadão comum, isto é, está acima das leis do país e deve ser cuidadosamente preservado para não ferir as lealdades compulsórias das hierarquias sórdido-corporativistas que assumiram o controle do poder público.

O denuncismo de ontem é diferente do denuncismo de hoje, somente, é claro, porque quem está no governo é o PT, do qual o presidente do senado sempre foi um aliado poderoso enquanto transforma o Maranhão em um feudo familiar.

Desde quando a história de alguém o isenta de responsabilidade para responder pelos desvios de conduta legal e moral que pratica? O lixo da Justiça no país está cada vez mais fedorento diante de um Poder Judiciário absolutamente dominado pelos interesses do projeto de poder perpétuo do petismo.

Somente na cabeça dos canalhas e dos fora-da-lei, o ato de induzir a sociedade a aceitar um tratamento especial para representes do covil de bandidos chamado de Congresso Nacional, praticantes descarados do ilícito, poderá ser qualificado como uma atitude “politicamente correta”.

Na verdade, não é a história que conta – isso é conversa de cachaceiro que nos trata como imbecis e idiotas - e sim o “silencioso e sórdido corporativismo” que protege as “gangs dos quarentas” e seus cúmplices da sempre potencial revolta social que antecede as revoluções reformadoras dos podres poderes de Estados mafiosos e bandoleiros, exemplarmente simbolizados pelo nosso país.

O maior subornador da civilização ocidental está incomodado é claro, pois seu grupo de poder está próximo de fechar o esquema de tornar o país um Estado de Direito Petista a partir de 2010.

Em sua arrogância e vaidade, alimentadas por grande aceitação popular, Luiz Inácio já afirmou que vai fazer seu próximo sucessor. “Eu vou fazer a minha sucessão nesse país". (Blog A Casa da Mãe Joana)

Como essa gente torpe é tudo vinho apodrecido da mesma pipa, o jogo sujo deve ser mantido em equilíbrio, pois os telhados de vidro de cristal pagos com o descarado roubo dos contribuintes não podem ser estilhaçados, estragando o golpe que a sociedade brasileira irá sofrer em 2010/2015.

Na verdade o Retirante Pinóquio está se preocupando desnecessariamente, pois tem 84 % de apoio – conforme o estelionato estatístico que já não traz qualquer surpresa – e a cumplicidade ou omissão da maioria dos esclarecidos patifes do país que encontraram no petismo a chance da realização de todos os seus sonhos de enriquecimento ilícito e ilimitado.

Mas, de qualquer forma, como gato escaldado criado no pântano do submundo do comuno-sindicalismo, o cara do Obama ainda não descarta a possibilidade da covardia nacional se transformar em vergonha na cara, dignidade, honra e patriotismo, provocando a destituição desse desgoverno sórdido, ou coisa bem pior, mesmo depois de tomarmos conhecimento que tem até general ganhando uma verdadeira fortuna para ser um dos conselheiros do maior reduto empreguista do petismo no país - a Petrobrás -, fazendo companhia a terroristas que participaram das ações assassinas que tiraram a vida de muitos civis e militares durante o regime militar. O que não estarão sentido os militares que ainda honram suas fardas?

Enquanto isso os líderes mundiais continuam enaltecendo o desgoverno mais corrupto e prevaricador da história do país de olho nas possibilidades futuras das reciprocidades que regulam as bandas podres das sórdidas relações internacionais, em que o “politicamente correto” está sempre acima da justiça, da dignidade, da moralidade e da honra.

O obscurantismo medieval já começou a tomar conta das relações públicas e privadas do nosso país com os vassalos sustentados pelo assistencialismo clientelista se satisfazendo com o paternalismo do Estado de Direito Petista, que tira o direito e a obrigação do crescimento pessoal e profissional pelo mérito, mas garante a sobrevivência pelo mínimo suficiente para afiançar os estelionatos eleitorais pela compra de votos das vítimas da falência educacional, cultural e moral do país.

A cidadania prostituta toma conta do país com preços tabelados: o assistencialismo clientelista para os vassalos menos favorecidos, as indenizações e pensões milionárias para os traidores do país, as sinecuras e verbas públicas para os esclarecidos patifes, o empreguismo de salários de marajás para os meliantes militantes do petismo e seus cúmplices, o crédito ilimitado para os que enxergam o consumo supérfluo como símbolo da boa vida apátrida, a impunidade para os bandidos do colarinho branco cúmplices do desgoverno petista, e os vultosos complementos de renda para os que precisam ficar quietos dentro ou fora da caserna para não atrapalhar a execução do golpe do petismo no país.

Se alguém formado em Havard se vende por uma sinecura – mesmo depois de ter declarado publicamente ser o desgoverno petista o mais corrupto de nossa história – porque um menos favorecido e/ou outros não irão fazer o mesmo diante do desconhecimento voluntário ou induzido do que significa honestidade, ética, dignidade, moralidade, patriotismo e honra?

“Para Luís Inácio, o poder tem o mesmo efeito que tem o crack para os meninos de rua.” (Blog A Casa da Mãe Joana)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A HISTÓRIA ESQUECIDA

Por Josué Souto Maior Mussalém

No dia 8 de maio passado, o mundo comemorou o 64º aniversário do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial (foi em 1945). Cerimônias cívico-militares aconteceram em Moscou, Paris , Londres e Washington . Na França, sexta-feira dia 8 de maio foi feriado nacional.

Aqui no Brasil a data passou em "brancas nuvens" e o governo federal, bem como governos estaduais e municipais, não deram "um pio" sobre o tema. Lamentavelmente um desrespeito à memória do Brasil e, fundamentalmente do Nordeste, com destaque para o Recife e Natal , cidades que se envolveram no segundo conflito mundial.

Esqueceram que o Nordeste foi zona de guerra, que no Recife se praticou a defesa antiaérea passiva com blackout e exercício de artilharia pesada. Esqueceram que foi no Nordeste o maior numero de ataques da força submarina nazista na América Latina . Esqueceram os mortos do vapor BAEPENDY, do ARARAGUARA, do ANÍBAL BENEVOLO, do ITAGIBA e do ARARÁ, todos afundados pela sanha assassina do submarino nazista U-507, comandado pelo jovem tenente Shachat da Marinha de Guerra do III Reich. Esqueceram a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que esteve no Teatro de Operações da Itália com mais de 25 mil homens, dos quais 443 morreram em combate e mais de 2 mil foram feridos. Esqueceram que a FEB lutou contra treze divisões do eixo, sendo onze alemãs e duas italianas. Esqueceram que a FEB aprisionou a 148ª divisão de infantaria alemã, os restos da divisão Bersaglieri italiana, e restos de um batalhão de panzer granadier (granadeiros blindados) com mais de 20 mil prisioneiros na localidade de Fornovo de Taro, norte da Itália.

Esqueceram nossos governantes que o primeiro grupo de caça da FAB foi uma das duas únicas unidades de combate estrangeira que recebeu a Presidential Unit Citation, do presidente Delano Franklin Roosevelt, por bravura em combate.

Esqueceram que Natal foi considerada o trampolim da vitória e teve grande importância militar até 1943, pois era a maior base aérea dos EUA fora do território americano. Aliás, Natal foi a segunda maior base aérea do mundo durante a Segunda Guerra Mundial, rivalizando com o campo Henderson na ilha da Guadalcanal , no Pacífico, conquistada a duras penas pelos fuzileiros navais americanos no final de 1942.

O presidente Lula esqueceu os mais de mil mortos no mar pelos "lobos cinzentos", como eram chamados os submarinos do III Reich". Lula só se lembra de homenagear o MST, os ladrões do mensalão, os ladrões dos cartões corporativos. Lula é benevolente com o uso do dinheiro público para passagens aéreas de mulheres de deputados. Lula distribui cheques polpudos para "prejudicados" pelo regime militar, como o cínico Ziraldo. Lula (e também FHC) têm medo de homenagear suas Forças Armadas que combateram o nazismo, porque elas também derrotaram o comunismo de Tarso Genro e outros adeptos da tirania cubana.

Lula se esqueceu dos seus soldados, aviadores e marinheiros... Uma pena para quem a Constituição diz ser o comandante em chefe das Forças Armadas do Brasil...

» Josué Souto Maior Mussalém é economista - jmussalem@hotmail.com

quarta-feira, 17 de junho de 2009

CONTRADIÇÕES INSOLÚVEIS

Por Arlindo Montenegro

O aparente cabeça da ditalula brasileira deitou falação sobre direitos humanos, defendendo como tais, os mais cruéis assassinos e ditadores da atualidade dizendo que o negocio é dialogar com os tais. Dialogar com um terrorista armado até os dentes? Dialogar com alguém que age como fanático? Dialogar com quem é radicalmente contra os valores e princípios democráticos, que este governo finge defender?

É coerente. Eles violam direitos humanos que os países ditos democráticos defendem face aos acordos internacionais firmados na ONU e em outros organismos multinacionais. Por aqui se violam os mesmos direitos humanos, embora o governo negue. A tal Ong inglesa Human Rights Watch afirmam que a posição dos governantes brasileiros prejudica a eficácia dos organismos internacionais que tentam cobrar de Cuba, da Coréia do Norte, do Irã, do Sri Lanka e de vizinhos como a Venezuela, ataitudes compatíveis com um estado democrático de direito.

E assim a China governada pelo Partido Comunista, não é mais vermelha! Sua economia é credora dos EUA. É somente uma parceria rosa choque. Pode reprimir internamente, pode ajudar a Coréia do Norte a dominar armas atômicas. É tudo muito humano.

A Rússia, governada pela KGB mafiosa, que elimina jornalistas dissidentes, não é mais vermelha! Tem toques azulados, aristocráticos que nem a Europa. Cuba também está convidada a integrar esta nova “democracia capimunista”. Com o novo herdeiro do trono, o irmão Castro, pode manter prisioneiros políticos. É um direito, é humano. Assim como é direito e humano um nazista governando o Irã com as bênçãos dos aiatolás, cuja crença é: os que não acreditam no Alcoorão devem ser eliminados da face da terra.

Entre nós a crença se resume ao personalismo do pernóstico santo das caatingas, o novo conselheiro, que está fazendo o sertão virar mar e o mar virar sertão. O mais humano dos direitos é roubar! Roubar consciências, mentir, desinformar, enganar, trapacear e submeter. Desmoralizar todas as instituições. Ridicularizar crenças e tradições.

Um país sem face, sem identidade, sem personalidade. Uma nação de macunaímas! Uma população de miseráveis e oportunistas que ganham merreca pra aplaudir e fortunas na qualidade de sócios majoritários e minoritários sucateando o patrimônio para as ditas “nações civilizadas” onde os banqueiros determinam quem deve governar, viver ou morrer. Quem deve ser aplaudido e gozar direitos sem prestar contas a ninguém.

Esta é a nova ordem mundial dos direitos humanos de cabeça pra baixo. Dos direitos exclusivos para os humanos mais bestiais. Basta andar pelas ruas e olhar nos olhos amedrontados para sentir a carência de um toque de amor humano, na concepção tradicional. Basta perceber a dependência da agressividade dos bancos e das empresas de serviços essenciais, a agressividade da propaganda política e de consumo.

Basta refletir sobre a nova escola, a nova igreja, a nova família, o novo racismo imposto, os novos “ídolos imitados pela galera”, mimados pela mídia. Exemplares de costumes licenciosos, drogados e pervertidos ou cínicos e sem caráter como os governantes que “venceram na vida”. Uma vida de cabeça pra baixo. Uma vida sem o encontro dos olhos, sem a consciência que mantém a cabeça erguida.

Um sujeitinho aí disse outro dia que o comunismo, as ideologias já eram! Esta é a nova mentira! O cavalo de tróia foi admitido na cidadela das consciências dos simpatizantes e colaboradores melancias e rosados. Comunistas e economistas, banqueiros e capitalistas, associaram-se para inverter todos os valores e substituir todas as crenças, costumes, tradições, utopias, sonhos e culturas.

A nova seita é capimunista. E isto significa: o povo a serviço do Estado Total. O Estado que distribui o pão e o circo, que determina quem deve viver ou morrer. O Estado que subverte todos os valores. É o Estado da Economia Global controlada por uns poucos banqueiros e aristocratas. É a crise imposta para escamotear o mau uso das economias públicas desviadas para contas particulares de governantes e bando auxiliar.

A complexidade não é tão complexa para qualquer nível de entendimento. É fácil trocar em miúdos. O difícil é conviver com os conflitos sociais, a insegurança e os altos custos da incompetência presente nos três poderes. O cidadão está desarmado e entregue à própria sorte. Sem proteção, o que era humanidade caracteriza-se hoje como manada de bichos acuados, defensivos, agressivos.

O difícil é perceber a situação de reféns de uma força avassaladora. Perceber que o discurso e a autoridade moral, a consciência vital é impotente diante do cinismo impiedoso dos donos do mundo. O triste é perceber que George Orwell deixou de ser ficção.

terça-feira, 16 de junho de 2009

NÃO SOMOS VIGARISTAS, MINISTRO!

TANSCRIÇÃO DO SITE "PAZ NO CAMPO"

Ruralistas de todo o País estão indignados com o comportamento do Ministro Carlos Minc, do Meio-Ambiente!

Do alto de um carro de som, o Ministro chamou de vigaristas aqueles que constituem a principal força produtiva de nosso país.

Insinuou também que são escravocratas e inimigos da verdadeira Agricultura Familiar.

Portando um boné da Contag, Carlos Minc disparou do alto do carro de som:


'Os ruralistas fingem defender a agricultura
familiar. É conversa para boi dormir.'

'Não se deixem enganar.'

'São vigaristas.'

Disse ainda: “Não é correto tratar o agricultor familiar, que tem 50 hectares e trabalha com a família, da mesma forma daqueles que tem 100 mil hectares e às vezes emprega bóias-frias e até trabalhadores em situação análoga à de escravidão.

E falou mais ainda: “Não é a CNA (Confederação Nacional da Agricultura e da Pecuária) que fala em nome da agricultura familiar, é a Contag e outros movimentos sociais”.

Aqui, fazendo uso da velha e surrada luta de classes marxista, tenta jogar os verdadeiros agricultores familiares contra os falsos: os militantes dos movimentos políticos, ditos sociais como MST, Contag, Fetraf, CUT e outros, que representam, isso sim, baderna, crimes, formação de quadrilha, assassinatos e nenhuma produção.

O Brasil inteiro precisa protestar!


O Ministro passou dos limites. Agora, ele e os seus “companheiros”, vão tentar dizer que não foi bem isso que ele disse. Vão tentar colocar panos quentes nessa agressão brutal desferida por ele na agricultura brasileira.

Está tudo registrado, Ministro. Isso não pode ficar assim.

Vamos enviar uma mensagem ao Ministro Carlos Minc protestando contra seu comportamento descabido e suas ofensas aos ruralistas.

A quem ofende, não basta pedir desculpas. É preciso retratar-se e reparar o dano.

Este não é um protesto de ruralistas ou de proprietários rurais. Todos os brasileiros, sem exceção, devem manifestar sua indignação com a falta de respeito do Ministro Carlos Minc por aqueles que hoje sustentam a economia de nosso País através da agricultura.

Uma cópia desse seu protesto será enviada ao Ministro Reinhold Stephanes, da Agricultura, e a cada membro que você escolheu da FPA – Frente Parlamentar da Agricultura do seu Estado.

Envie seu protesto imediatamente e não se esqueça de repassar para toda sua lista.

Se você é ruralista, clique aqui ou acesse: http://www.fundadores.org.br/cpr.asp

Se você não trabalha no meio rural, mas quer protestar, faça-o aqui ou acesse:
http://www.fundadores.org.br/cp.asp

segunda-feira, 15 de junho de 2009

LIDER SOB ENCOMENDA

Por MÁRIO GARNERO

Eu me vi obrigado, no final do ano passado, a enviar um bilhetinho pessoal a um velho conhecido, dos tempos das jornadas sindicais do ABC. Esse meu conhecido tinha ido a um programa de tevê e, de passagem, fez comentários a meu respeito e sobre o Brasilinvest que não correspondem à verdade e não fazem jus à sua inteligência.
Sentei e escrevi: “Lula...” Achei que tinha suficiente intimidade para chamá-lo assim, embora, no envelope, dirigido ao Congresso Nacional, em Brasília, eu tenha endereçado, solenemente: “A Sua Excelência, Sr. Luiz Ignácio Lula da Silva”. Espero que o portador o tenha reconhecido, por trás daquelas barbas.

No bilhete, tentei recordar ao constituinte mais votado de São Paulo duas ou três coisas do passado, que dizem respeito ao mais ativo líder metalúrgico de São Bernardo: ele próprio, o Lula. Não sei como o nobre parlamentar, investido de novas preocupações, anda de memória. Não custa, portanto, lembrar-lhe. É uma preocupação justificável, pois o grande líder da esquerda brasileira costuma se esquecer, por exemplo, de que esteve recebendo lições de sindicalismo da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, ali por 1972, 1973, como vim a saber lá, um dia. Na universidade americana até hoje todos se lembram de um certo Lula com enorme carinho.

Além dos fatos que passarei a narrar, sinto-me no direito de externar minha estranheza quanto à facilidade com que se procedeu à ascensão irresistível de Lula, nos anos 70, época em que outros adversários do governo, às vezes muito mais inofensivos, foram tratados com impiedade. Lula, não - foi em frente, progrediu. Longe de mim querer acusá-lo de ser o Cabo Anselmo do ABC, mesmo porque, ao contrário do que ocorre com o próprio Lula, eu só acuso com as devidas provas. Só me reservo o direito de achar estranho..

Lembro-me do primeiro Lula, lá por 1976, sendo apresentado por seu patrão Paulo Villares ao Werner Jessen, da Mercedes-Benz, e, de repente, eis que aparece o tal Lula à frente da primeira greve que houve na indústria automobilística durante o regime militar, ele que até então era apenas o amigo do Paulo Villares, seu patrão. Recordo-me de a imprensa cobrir Lula de elogios, estimulando-o, num momento em que a distensão apenas começava, e de um episódio que é capaz de deixar qualquer um, mesmo os desatentos, com um pé atrás.

Foi em 1978, início do mês de maio. Os metalúrgicos tinham cruzado os braços, a indústria automobilística estava parada e nós, em Brasília, em nome da Anfavea, conversando com o governo sobre o que fazer. Era manhã de domingo e estive com o ministro Mário Henrique Simonsen. Ele estivera com o presidente Geisel, que recomendou moderação: tentar negociar com os grevistas, sem alarido. Imagine: era um passo que nenhum governo militar jamais dera, o da negociação com operários em greve. Geisel devia ter alguma coisa a mais na cabeça. Ele e, tenho certeza, o ministro Golbery.

Simonsen apenas comentou, de passagem, que Geisel tinha recomendado que Lula não falasse naquela noite na televisão, como estava programado. Ele era o convidado do programa Vox Populi, que ia ao ar na TV Cultura-o canal semi-oficial do governo de São Paulo. Seria uma situação melindrosa. “Nem ele, nem ninguém mais que fale em greve”, ordenou Geisel.

Saí de Brasília naquela manhã mesmo, reconfortado pela notícia de que ao governo interessava negociar. Desci no Rio com as malas e me preparei para embarcar naquela noite para uma longa viagem de negócios que começava nos Estados Unidos e terminava no Japão. Saí de Brasília também com a informação de que Lula não ia ao ar naquela noite.

Mas foi, e, no auge da conflagração grevista, disse o que queria dizer, numa televisão sustentada pelo governo estadual. Fiquei sabendo da surpreendente reviravolta da história num telefonema que dei dos Estados Unidos, no dia seguinte. Senti, ali, o dedo do general Golbery. Mais tarde, tive condições de reconstituir melhor o episódio e apurei que Lula só foi ao ar naquele domingo porque no vai-não-vai que precedeu o programa, até uma hora e meia antes do horário, prevaleceu a opinião de Golbery, que achava importante, por alguma razão, que Lula aparecesse no vídeo. O general Dilermando Monteiro, comandante do II Exército, aceitou a argumentação, e o governador Paulo Egydio Martins, instrumentado pelo Planalto, deu o nihil obstat final ao Vox Populi.

Lula foi a peça sindical na estratégia de distensão tramada pelo Golbery - o que não sei dizer é se Lula sabia ou não sabia que estava desempenhando esse papel. Só isso pode explicar que, naquele mesmo ano, o governo Geisel tenha cassado o deputado Alencar Furtado, que falou uma ou outra besteira, e uns políticos inofensivos de Santos, e tenha poupado o Lula, que levantava a massa em São Bernardo. É provável que, no ABC, o governo quisesse experimentar, de fato, a distensão. Lula fez a sua parte.

Mais tarde, ele chegou a ser preso, julgado pelo Supremo Tribunal Federal, enfrentou a ameaça de helicópteros do Exército voando rasantes sobre o estádio de Vila Euclides, mas tenho um outro testemunho pessoal que demonstra o tratamento respeitoso, eu diria quase especial, conferido pelo governo Geisel ao Lula- por governo Geisel eu entendo, particularmente, o general Golbery. Dois ex-ministros do Trabalho- Almir Pazzianotto e Murilo Macedo - podem dar fé ao que vou narrar.

Aí, já estávamos na greve de 1979, que foi especialmente tumultuada. O movimento se prolongava, a indústria estava parada havia quinze dias, e todos nós, exaustos, empresários e trabalhadores, tentávamos uma solução. Marcamos, no fim de semana, uma reunião na casa do ministro do Trabalho, Murilo Macedo, aqui em São Paulo. Domingo, 8 da noite. O ministro, mais o Theobaldo de Nigris, presidente da Fiesp, dois ou três representantes de sindicatos patronais, eu, pela indústria automobilística, e a diretoria dos três sindicatos operários, o de São Bernardo, o de São Caetano e o de Santo André. Reunião sigilosa. Coisas do Brasil: como era um encontro reservado, a imprensa ficou sabendo. Chegou antes de nós.

Muita tensão, muito cansaço. E como o uísque do ministro era generoso, por volta das 2 da manhã tivemos a primeira queda. Literalmente, desabou sobre a mesa de negociações o deputado federal Benedito Marcílio, presidente do Sindicato de São Caetano, continuamos sem ele. Por volta das 4 e meia da madrugada , fechamos o acordo com Lula e com o outro (Pazzianotto servia como assessor jurídico do Sindicato de São Bernardo). Saem todos. Lula assume o compromisso de ir direto para a assembléia permanente em Vila Euclides, e desmobilizar a greve. O ministro do Trabalho, aliviado, ainda teve tempo de confidenciar: “Olha, se não saísse esse acordo, teria intervenção nos sindicatos”. Fomos dormir.

Quando acordei, disposto a saborear os frutos do trabalhoso entendimento, sou informado de que, de fato, Lula tinha ido direto para a assembléia. Como prometera. Chegou lá e botou fogo na massa. A greve iria continuar. Acho difícil que ele tenha feito de má fé. Sujeito maleável, sensível, ele deve ter percebido que o seu poder de persuasão sobre a assembléia não era tão amplo assim. Cedeu. Mesmo sabendo que as conseqüências se voltariam contra ele, como havia dito o ministro Murilo Macedo: intervenção no sindicato, ele afastado. Foi o que se deu.

Gostaria de lembrar ao Lula - que me trata como um desafeto - que sua volta ao sindicato, em 1979, começou a acontecer num escritório da Avenida Faria Lima, número 888, um dia depois da intervenção decretada. Ocorre que esse escritório era o meu e que ainda guardo uma imagem bastante nítida do Lula e do Almir Pazzianotto, sentadinhos nesse mesmo sofá que eu ainda tenho sob meus olhos, enquanto eu ligava alternadamente para o Murilo Macedo e para o Mário Henrique Simonsen, em Brasília.

- Se a intervenção acabar no ato, eu paro a greve – dizia Lula.
Eu transmitia o recado aos dois ministros que negociavam em nome do governo.
- Não é possível, o governo não pode fazer isso. Pára a greve que, em quinze, vinte dias, o sindicato estará livre – me respondiam, de Brasília.
Lula foi cedendo, aconselhado pelo Pazzianotto. Mas o acordo empacou num ponto:
- Como é que vou lá propor isso à peãozada, se não tenho nenhuma garantia de que o governo vai cumprir a promessa de acabar com a intervenção? – observou ele, cauteloso.
Confesso que também empaquei. Mas decidi arriscar:
- E se for eu o fiador? – perguntei. Era a única garantia que poderia oferecer.
- Como assim? – quis saber Pazzianotto.
- O seguinte: se o Lula não voltar ao sindicato, eu, na qualidade de presidente da Anfavea, vou ao público e conto esta história, dizendo que eu também fui ludibriado. Entro nisso com vocês.
Lula pensou um minuto:
- Aceito.
Liguei para o ministro Simonsen, para o Murilo Macedo, e, depois, para o Golbery, que prometeu: “Nós suspendemos a intervenção dentro de um mês e ele volta”.
A greve terminou. A intervenção foi suspensa em dez dias. Lula voltou à presidência do Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, para se preparar para vôos mais ambiciosos, que eu ainda acompanho, à distância, com bastante interesse.

No programa de tevê que citei, Lula reclamava de o Brasilinvest não ter pago seus débitos. O Brasilinvest nunca deveu aos trabalhadores, nem aos contribuintes brasileiros. Naquele momento em que Lula falava, os únicos credores com os quais os Brasilinvest ainda não tinha resolvido todas as suas pendências eram uns poucos bancos estrangeiros. Curioso que o presidente do Partido dos Trabalhadores tomasse as dores de banqueiros internacionais.

(*) Fonte: http://www.conteudo.com.br/

quinta-feira, 11 de junho de 2009

RUMO AO DESCONHECIDO

Por Arlindo Montenegro

Todos os aspectos da rearrumação dos interesses dos donos do mundo, abrem as porteiras para o estouro da boiada rumo ao desconhecido. À pergunta “o que você quer da vida”, que supostamente deveria situar a pessoa diante de um objetivo refletido e de livre escolha, frequentemente a resposta que vem na bucha é: “Quero me dar bem!”. Trocando em miúdos a gente objetiva o conteúdo exclusivamente materialista.

Aquela resposta rara – “Quero ser feliz!” parece impossível para os contemporâneos, por estar quase sempre subordinada ao status material. Como ser feliz sem casa, carro, plano de saúde, cartão de crédito, guarda roupa, acesso a viagens, restaurantes, internet, celulares...? E tudo isto é existe de fato para quem se aplica profissionalmente e tem um emprego garantido. Ou para os empresários eficientes, líderes por excelência.

A cada dia surgem novos divertimentos e as pessoas saem para o encontro com a violência que não é mais surpreendente. As surpresas passam batidas porque o homem comum perdeu o escudo do respeito humano, subsiste sem a concepção de um Deus ativo em sua consciência. Sem ouvir a mesma consciência que se manifesta no silêncio e enunciação de propósitos, fundamentando as escolhas.

As fontes originais da destruição das instituições, estão presentes em todo o planeta. Os movimentos dos poderosos que controlam e formatam o intelecto da humanidade apontam para a breve implantação do governo totalitário mundial. Todo o terrorismo mantido pelos estados conduz para a “formula salvadora” da globalização institucional. Diversos pensadores nos advertem, mas nossos ouvidos estão moucos. Por que?

Recentemente, o Blog Libertador, publicou o resumo de um livro publicado em 2001 – “Mental Obesity” – em que um antropólogo, Andrew Oitke, discorre sobre algumas destas distrações que infestam os pensamentos e ações contemporâneas. Ele diz que o perigo maior que a sobrecarga de proteínas é a sobrecarga de preconceitos, a intoxicação de lugares comuns.

Os “formadores de opinião” conduzem-nos a “alimentar-nos” da opinião sobre tudo sem conhecer nada. "Os 'cozinheiros' destes alimentos intelectuais envenenados são jornalistas, romancistas, autores de telenovelas, dramaturgos, os cineastas, os falsos filósofos e mais um monte de gente profissional da informação, da educação e cultura. O Dr. Andrew faz algumas comparações elucidativas:

- "Os telejornais e telenovelas estão se transformando nos hamburgers do espírito ... As revistas de variedades e os livros de venda fácil são os “donuts” da imaginação. Os filmes se transformaram na pizza da sensatez. Todos se aperfeiçoam em estimular a violência e a sexualidade, estimulando, enfáticamente “a desagregação familiar, o homossexualismo, a permissividade e, não raro, a promiscuidade.”

Do capítulo “Os abutres”, foram recolhidas algumas afirmações:

"O jornalista de hoje, alimenta-se quase que exclusivamente, de cadáveres de reputações, do lixo de escândalos... A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular ... Só a parte morta e apodrecida ou distorcida da realidade é que chega aos jornais."

"O conhecimento das pessoas aumentou, mas é constituído de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos acham mais cômodo acreditar que Saddam é o mau e Mandella é o bom, mas ninguém se preocupa em questionar o que lhes é empurrado goela abaixo como "informação".

"Não admira que, no meio da prosperidade e da abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se e a arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce, entretanto, a pornografia, o exibicionismo, a imitação, e o egoísmo”.

Não se trata nem de uma era em decadência, nem de uma 'idade das trevas' e nem do fim da civilização, como tantos apregoam... Trata- se, da obesidade que vem sendo induzida, sutilmente, no espírito e na mente humana. O homem moderno está adiposo no raciocínio, nos gostos e nos sentimentos.O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental."

E o Dr. Andrew chega a uma conclusão: "O problema central está na família e na escola”. Recentemente a revista inglesa The Economist, em sua edição da primeira semana de Junho/09, publicou um trabalho sobre as instituições de ensino no Brasil, destacando como lamentável a má formação dos professores, os altos índices de repetência dos estudantes, concluindo que a educação no Brasil, emperra o crescimento do país.

Com o padrão socializante imposto a toda a rede de ensino do país pelo Ministério da Educação, a escola está sem alternativas. Com toda a propaganda que entope os ouvidos da população, atingindo a maioria dos cidadãos incapazes de censura, estamos todos tocados como boiada em rumo ao desconhecido.

Na família, perdeu-se a sintonia com o espírito, o compartimento da consciência onde a presença permanente de um Deus parece ter sido deletado. Os pais têm o dever legal de fornecer o teto, alimento, educação, dinheiro para a diversão. Nenhuma obrigação filial é requerida. Nem mesmo a gentileza e o reconhecimento agradecido. Formam-se consciências predadoras. Confundem-se como humanas as reações instintivas, proprias dos irracionais.

Aquela consciência da presença de um Deus em nosso íntimo, sabendo tudo quanto pensamos e fazemos, marcando as escolhas e resultados, está esquecida. A censura moral está esquecida. Todos os direitos sem nenhum dever. Rumo ao desconhecido comunismo do Estado que ignora o povo.

terça-feira, 9 de junho de 2009

SIMONAL - A BRUXA DA CAÇA COMUNISTA

Por Ipojuca Pontes

“Atrevo-me a dizer que as ditaduras de esquerda são piores, pois contra as de direita pode-se lutar de peito aberto: quem o fizer contra as esquerdas acaba acusado de reacionário, vendido, traidor” – Jorge Amado, Prêmio Stalin da Paz

Porque tive de conviver durante algum tempo, por razões profissionais, com Carlos Imperial e sua “Turma da Pilantragem”, conheci de perto Wilson Simonal, pupilo bem-sucedido e, à época, o maior e melhor “entertainer” do nosso showbizz. Por isso, e ainda por ter testemunhado boa parte do massacre infligido ao cantor pela esquerda etílica, fui ver o documentário “Simonal – Ninguém sabe o duro que dei”, realizado por Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal (Brasil, 2008).

Embora o documentário faça abordagem incompleta de episódio dos mais degradantes da vida artística nacional, ainda não devidamente explicado ao cidadão comum, “Simonal” parece ser o mais convincente produto da chamada “era da retomada” no cinema – era cujos filmes, em sua generalidade, têm por objetivo falsear a realidade histórica e manipular o inconsciente coletivo segundo preceitos da mixórdia gramsciana, que vê a produção artística como instrumento de transformação política da sociedade, a formatar um novo “senso comum” para a consolidação do socialismo pela trilha da “revolução passiva”. Haja lavagem cerebral!

O Simonal que conheci nos bastidores do showbizz, na transição dos anos 1960 para 1970, era um tipo refinado de pilantra, ostensivo no tripudiar a “plebe ignara”, quase um deboche público na sua afetação de artista popular que se sabia ídolo. Com efeito, Simonal cortejava certo tipo de presunção imatura que beirava o pernóstico, resquício, quem sabe, de mal-disfarçada insegurança, provavelmente assimilada nos desvãos de uma infância pobre, preta e suburbana.

Mas, curiosamente, no palco, ao vivo - ou em preto-e-branco, na televisão -, ocorria fenômeno invulgar: o “entertainer”, senhor de ouvido absoluto e dotes vocais infinitos, fazia do caráter deformado – bem ao modo de um Macunaíma - elemento de atração irrecorrível, seduzindo a audiência, que babava com o seu swing, a sua picardia e a divisão rítmica perfeita do fraseado musical, num prodígio de comunicação só comparável, no plano internacional, ao de um Dean Martin ou Sammy Davis Jr.

Ademais, convém ressaltar que a atmosfera do Brasil daquela época ajudava o cantor: à margem da quizília política, o país era de fato próspero e feliz, tal como o canto do próprio Simonal. Sua população, ainda não dominada pela violência generalizada e a corrupção desenfreada da Era Lula, lotava estádios, auditórios e casas de show para ver e aplaudir de perto o mais contagiante interprete da moderna música popular brasileira (MPB).

O auge da glória veio quando o artista lançou “País Tropical”, composição de Jorge Ben (hoje, Benjor), um sucesso estrondoso, sambalanço que entoava com pitadas de ufanismo o privilégio de se nascer brasileiro, sem precisar abrir mão da própria – e radiante – brasilidade. Curiosamente, foi a partir deste êxito que Simonal começou a ser devorado, em especial pelos pares sem igual talento, os invejosos e, o pior, a ralé moral comprometida com “a causa revolucionária”.

A primeira parte do documentário, que adota parcialmente a técnica do cinema investigativo, bem estruturada e melhor ainda desenvolvida, trata da ascensão e glória do cantor no meio musical, a partir de depoimentos esclarecedores de personalidades como Chico Anísio, Miele, Pelé, Tony Tornado, Castrinho, Nelson Motta, Simoninha e, entre outras tantas, a critica teatral Bárbara Heliodora, ex-patroa da mãe de Simonal.

A segunda parte do filme – que adota tom ambíguo e despreza aspectos essenciais no enfoque do desencadear da caça a bruxa - diz respeito ao levantamento do massacre moral que levou Simonal ao ostracismo e à morte. Nela, cruzam-se manchetes e recortes de jornais sobre o seqüestro do contador da Simonal Produções, Raphael Viviani – o ponto reversivo do filme. Em torno do fato, seguem-se os depoimentos (evasivos, insensíveis) de Sérgio Cabral (pai), Ziraldo e Jaguar, os inquisidores do “Pasquim”, tablóide da esquerda (festiva) cevada em distorções ideológicas, fofocas, sexo, álcool, samba e rock na roll.

De fato, deu-se o seguinte: em 1971, o cantor descobriu um grande rombo nas contas da sua empresa e, na prerrogativa da justa causa, demitiu o contador que considerava responsável pelo desfalque. Este, por sua vez, negando o ilícito, entrou na justiça do trabalho, pedindo grossa indenização. Dias depois, dois policiais (um deles segurança de Simonal nas horas de folga) foram à casa de Viviani e o conduziram até uma agência do Dops. Aos sopapos, o contador confessou o desfalque.

Mas, no outro dia, a mulher do contador foi à polícia e denunciou o cantor por seqüestro e coação. Como o interrogatório ocorreu nas dependências do Dops, o caso ganhou as manchetes dos jornais e os “companheiros” militantes na imprensa, que odiavam Simonal por considerá-lo um “crioulo besta”, defensor do “Brasil Grande”, transformaram o que seria um caso policial num fato político.

A turma do “Pasquim”, por sua vez, composta por esquerdistas que industrializavam a intolerância ideológica, sem prova alguma, passou a tratar o cantor como informante da repressão (numa das capas do tablóide, aparecia o “dedo-duro” de Simonal). O hemofílico Henfil, cartunista do jornal, na secção conhecida como “cemitério dos mortos-vivos”, dava o artista como “enterrado”, ao lado de Roberto Carlos, Elis Regina (então, de “direita”), Bibi Ferreira, Marília Pêra (então - e também na Era Collor - tida como de “direita”), Roberto Carlos, Pelé, Clarice Lispector, Gilberto Freyre, Rachel de Queiroz e Nelson Rodrigues - todos considerados “simpatizantes da ditadura militar”.

No filme, os depoimentos da patota do “Pasquim” trescalam a cloaca moral. Ziraldo, o “Menino Maluquinho por Dinheiro”, querendo minimizar a sacanagem cometida, justifica-se dizendo que Simonal “queria ser o Rei da Cocada Preta” e que “ninguém (à época) tinha isenção de ânimos” – claro, uma mentira deslavada. Já Sérgio Cabral, cara de vampiro bem remunerado, confessa sem pudor que o jornaleco tinha por princípio esculhambar as pessoas que eles achavam que estavam ao lado dos militares. E o alcoólatra Jaguar, ar mefistofélico, entre risadinhas de hiena, dá a entender que o contador, afinal, podia ter mesmo roubado o cantor.

Nenhum deles manifesta a menor comoção pelo fato de terem ajudado a levar o artista à ruína, embora mais tarde, num leito de hospital, à beira da morte por cirrose hepática, Simonal apresentasse documento da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (governo Collor) que o isentava de ter sido informante do Dops.

Lá para as tantas, no documentário, aparece o ex-todo-poderoso Boni, antigo executivo da TV Globo, que abre o jogo e revela: “Simonal nunca foi julgado e vaiado pelo público, mas pela própria classe dele e pelos veículos de comunicação”. (E, naturalmente, por ele também, Boni, tendo em vista que, como diretor da poderosa emissora aliada da “ditabranda”, tinha força suficiente para fazer escalar o cantor nos programas musicais da casa. Como Pilatos, lavou as mãos).

Simonal, conforme se sabe, nunca foi “dedo-duro” (ninguém nunca apareceu para comprovar a acusação), mas, coitado, não tinha status intelectual e político (ou moral, se me permitem) para enfrentar de peito aberto a canalha vermelha, naquela altura já amplamente infiltrada nas redações dos jornais e nos púlpitos das igrejas, nas cátedras das universidades e nos palcos teatrais e telas, nos salões da grã-finagem (vide Nelson Rodrigues) e nos desvãos da urbe e do campo, onde, com o dinheiro roubado aos bancos e os sangrentos manuais de guerrilha do “Che” e Fidel à mão, tramavam com afinco o hoje “Estado Forte” da apodrecida Era Lula, esta, sim, repleta de alcagüetes, traidores, ladrões, bandidos e mentirosos contumazes. (A favor de Simonal, resta o fato de que nem mesmo o general Golbery, o “Gênio da Raça” e mentor dos militares no poder, conseguiu divisar com quem estava lidando e, na sua visão caolha, no que viria dar a imatura “abertura ampla, gradual e irrestrita”).

Pela falta de clareza política, o documentário, ainda em cartaz, não resiste a um exame crítico apurado. O tratamento ambíguo que perpassa todo o seu desenrolar não resulta no caminho mais indicado para se extrair a verdade dos fatos expostos, perpassados de interrogações – e por isso o filme perde em consistência ética e documental, visto que ao cabo da exibição, não se sabe com clareza a quem cabe a real responsabilidade pela ruína do cantor. Todos os depoentes saem pela tangente, atribuindo a culpa às “dificuldades da época”, uma abstração que não se pode punir. Por conseqüência, o espectador interessado na compreensão do caso fica no ora-veja. Talvez por conveniência, impossibilidade ou qualquer motivo ignorado, o filme isenta-se de levantar um sumário de responsabilização do massacre e adota a postura próxima a de um especialista que, dissecado o cadáver, se abstém de concluir o laudo pericial. Para citar Galileu Galileu, uma vítima consciente, “Diante da verdade, quem se contenta com a meia verdade, colabora com a mentira”.

Certo, a busca da verdade é coisa difícil, árida, trabalhosa e muitas vezes só se chega a ela quando se vence todos os temores. Queira-se ou não, a caça ao cantor Wilson Simonal, antes de ser uma questão de intolerância racial, foi um ato de terror político, nutrido, discutido e tramado no seio do entourage comunista, sedimentado na cartilha revolucionária que recomenda esmagar o que lhe aparecer como adverso, mesmo que o adverso seja, como no caso de Simonal, um inocente. E quem conhece a teoria e prática comunista, para além da pregação utópica, sabe bem da capacidade destrutiva do monstro.

De todo modo, do jeito que está, “Simonal – Ninguém sabe o duro que dei” é uma celebração ao melhor e mais livre interprete da nossa moderna música popular, que permite a platéia o (re)encontro de instantes preciosos marcados pela real alegria – coletiva e individual - de cantar e viver.

Antes tarde do que nunca.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

JULGANDO A DOUTRINAÇÃO POLÍTICA NAS ESCOLAS

Por Miguel Nagib

Iniciou-se dia 02/06, terça-feira, o julgamento pelo Conselho Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo da representação elaborada pelo ESP para a afixação do cartaz antidoutrinação nas salas de aula das últimas séries do ensino fundamental, do ensino médio e dos cursinhos pré-vestibulares (a representação foi oferecida pelo pai de um aluno de São Paulo).


O Conselho Superior é composto de 11 membros. São eles:


Presidente
FERNANDO GRELLA VIEIRA - Procurador-Geral
ANTONIO DE PADUA BERTONE PEREIRA- Corregedor-Geral
Procuradores de Justiça/Conselheiros
ANA MARGARIDA MACHADO JUNQUEIRA BENEDUCE
ELOISA DE SOUSA ARRUDA
JOÃO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS
LUÍS DANIEL PEREIRA CINTRA - Conselheiro Secretário
MARISA ROCHA TEIXEIRA DISSINGER
NELSON GONZAGA DE OLIVEIRA
PAULO DO AMARAL SOUZA
PEDRO FRANCO DE CAMPOS
TIAGO CINTRA ZARIF


Infelizmente, a relatora do caso, Dra. Eloísa de Sousa Arruda, primeira a votar, não demonstrou praticamente nenhum interesse pelo problema da doutrinação política e ideológica nas escolas, chegando a afirmar que a afixação do cartaz nas salas de aula -- o que ela chamou de "panfletagem" -- implicaria "censura prévia" (sic) aos professores...



Embora tenha votado pela abertura de um inquérito civil, a Dra. Eloísa deixou claro que esse inquérito não teria a finalidade de apurar o quadro fático descrito na representação (confesso que não entendi quais seriam exatamente o objeto e o objetivo da investigação por ela proposta).


O voto da relatora passa ao largo dos temas versados na representação, reduzindo o problema (ao que parece) a uma simples questão de "falta de qualidade" do material didático distribuído aos estudantes.



Em suma: se depender da Conselheira Eloísa, o MP de São Paulo não vai investigar nem adotar qualquer providência concreta contra a prática da doutrinação política e ideológica nas salas de aula e nos livros didáticos.


Após o voto da relatora, acompanhado pelo Conselheiro Tiago Cintra Zarif, o julgamento foi suspenso pelo pedido de vista do Conselheiro João Francisco Moreira Viegas.


Por que esse julgamento é importante?



De um lado, porque é a primeira vez que um órgão superior do Ministério Público tem a oportunidade de se pronunciar sobre o problema da doutrinação ideológica nas escolas e sobre o pedido de afixação do cartaz com os deveres do professor. Se o MP de São Paulo (um dos mais influentes do país) abafar o caso, não será o fim do mundo, mas será um precedente muito ruim.


E, de outro, porque, se as escolas não forem obrigadas a afixar o cartaz nas salas de aula -- e só o MP ou a Justiça pode obrigá-las a fazer isso --, nenhuma delas vai tomar espontaneamente essa iniciativa, sob pena de atrair contra si a fúria dos sindicatos de professores. E sem o cartaz os alunos continuarão à mercê dos seus professores militantes.


Não sabemos quando o julgamento será retomado e nem, evidentemente, como votarão os demais conselheiros. Seja como for, precisamos mostrar ao MP, neste momento, que existe uma demanda social pela investigação do problema da doutrinação política e ideológica nas escolas; e pela afixação do cartaz com os deveres do professor nas salas de aula.

Peço-lhe, portanto, que, se estiver de acordo com a nossa representação, escreva o quanto antes uma mensagem aos membros do Conselho Superior, manifestando, com as suas palavras, essa concordância (se puder, acrescente o seu próprio testemunho). Não se esqueça de colocar, além do nome, profissão, número do documento de identidade e endereço. Por favor, não reenvie esta mensagem ou trechos dela a nenhum Conselheiro.


As mensagens devem ser dirigidas aos Conselheiros e enviadas ao seguinte endereço: conselho@mp.sp.gov.br. Envie também uma cópia para o ESP (escolasempartido@gmail.com).


O Conselho fica na Rua Riachuelo, 115 - 9º andar, Centro - São Paulo - Brasil - CEP: 01007-904.

Cordialmente,


Fonte:
http://www.escolasempartido.org/index.php?id=38,1,article,2,229,sid,1,ch

sábado, 6 de junho de 2009

A CRESTOMATIA E A CRISE

Por Arlindo Montenegro

A Crestomatia chegou quando eu tinha 9 anos. Um livrão grosso, cheio de textos da melhor literatura. Contos, fábulas, sonetos. O nome do autor parecia com aqueles nomes que a gente só encontrava nos contos da carochinha: Radagasio Taborda! No terceiro e no quarto ano da iniciação escolar, aprendemos sobre sintaxe, fonética, análise gramatical, tempos verbais, interpretação de textos, decorar e declamar poemas, tudo com ajuda da Crestomatia.

Era mesmo um mundinho interiorano, mágico, telúrico, bem diferente dos dias em que este velho fica corado e indignado ao saber que, o Ministério da Educação despende carradas do dinheiro que este suado povo recolhe como imposto, para comprar milhares de livros, com desenhos coloridos que exemplificam e ensinam a linguagem e os comportamentos mais anárquicos e censuráveis.

A má educação e a violência, em contraposição à gentileza e o respeito que os mestres têm como dever de ofício incutir na mente da criançada, ferramentas para desenvolver o caráter. Os professores de hoje vivem tempos bicudos! Parecem dispor de ferramentas auxiliares da pedagogia contaminada por uma ideologia perversa. Estão amarrados a um projeto político que a partir do Ministério da Educação escolhe os textos e dita como devem ser trabalhados.

Os planos de curso distribuídos pelo Ministério da Educação, subordinam os conteúdos específicos de cada disciplina, bem como os projetos pedagógicos de cada Instituição de Ensino Superior a uma concepção de sociedade, cultura e crença fabiana. Uma espécie de marxismo light! Cada curso superior segue um conjunto de normas baixadas pelo Ministério de Educação e Cultura, cujas Diretrizes Curriculares Nacionais servem de parâmetro para a elaboração e organização dos cursos, desde a escola básica até a escola superior.

O professor não pode mais planejar e trabalhar os conteúdos a partir do seu espaço vital, do seu bioma, de suas realidades. Nem mesmo pode mais ensinar a sonhar! Já vem tudo pronto e acabado com a orientação dos “chefes” do Ministério e das secretarias: nos primeiros anos é só brincar! Não precisa alfabetizar. E depois tem que ensinar a usar camisinha, como fumar maconha e outras drogas, ter cuidado com as seringas, crack, colas, êxtase, bebidas...

Os livros indicados para os professores, na coleção PENSAMENTO E AÇÃO NO MAGISTÉRIO (Convite à leitura de Paulo Freire - Moacir Gadotti - EDITORA SCIPIONE – 1991), orientam: "A escola que desejamos para nossos filhos e netos, e que desejamos para todos, não é apenas uma escola alegre, mas uma escola pública popular, autônoma, socialista. Esta é a escola dos nossos sonhos. Pode não se realizar totalmente, mas ela já está em construção, no interior da escola capitalista e elitista". Alguém duvida? É preciso lembrar os textos escolares distribuídos pelo MEC em todo o território nacional?

A rasteira que estes intelectuais marxistas fabianos passam na sociedade, inserindo a ideologia nas práticas educacionais em todos os níveis, materializa-se no desprezo à cultura científica universal em bases sólidas, limitam o pensamento a uma visão unilateral, impedindo o progresso evolutivo em liberdade.

A Fabian Society, foi fundada em Londres, em 1884. Diferente dos marxistas da “Democratic Federation”, os “fabianos” pregavam a tomada do poder sem violência. Antecederam Gramsci na forma de conduzir a propaganda e agitação. O Estado deveria realizar o interesse público. Sem a interferência da vontade pública, o poder do Estado devolveria ao povo a esmola conveniente para manter a gente na “santa paz”. As Leis e a Justiça do Estado seriam a garantia suficiente para a manutenção desta variedade de paternalismo do poder. Hoje temos as Ongs fabianas, como o Greenpeace, atuando mundialmente na doutrinação ideológica da juventude através da Young Fabian, com financiamento dos controladores do mundo.

A autoridade do lar e da escola foi substituída paulatinamente. Os influxos da “lavagem cerebral” são percebidos em cada lar, em cada escola. A “novilíngua” inclui palavras que este velho só veio a conhecer na vida adulta e outras que, se ousasse falar na presença dos adultos, tipo “merda!”, era logo reprimido duramente.

A mídia fala de livros encontrados nas escolas. Omite que todos estes livros são escritos por intelectuais marxistas ou fabianos. São selecionados e adquiridos por acadêmicos e técnicos do Ministério da Educação e distribuídos para as escolas do país inteiro. Bobagem não é? O palavrão, as drogas, a violência, as cenas de sexo, o noticiário com detalhes sobre a prostituição infantil, pedofilia envolvendo políticos, tudo está na televisão, na internet, nas revistas, sem possibilidade de controle dos pais.

As letras de certos compositores de forró, punk, funk, rock, sucesso das baladas são explicitas na apologia escancarada do sexo e das drogas. Por tudo isto, por ter visto e ouvido tudo isto, expressões como "porra", "me fodendo a troco de bosta" e "caralho”, “bocetinha”, “nunca ame ninguém: estupre!” podem figurar como texto exemplar na formação básica da criançada. Este é o entendimento e escolha perversa dos técnicos do Ministério da Cultura.

Nestes últimos anos, o governo socializante do PT impôs a desestruturação da cultura nacional, prestigiou a putaria e o roubo desde Brasília até o mais remoto povoado. Unificou os comportamentos mais descarados e corrosivos. Implantou os elementos da cultura globalizada e isolou cada minoria em currais específicos, dependente e obediente ao poder centralizado pelo partido do governo.

Toda a robalheira, o cinismo e a libertinagem presentes, têm fundamento nesta nova cultura educacional e política. Esta quadrilha de poderosos falsários utiliza os mais sutis artifícios através da propaganda sistemárica, para manipular os pensamentos, escolhas e comportamentos, invertendo todos os princípios e valores que aniquilam esta nação, colocando-nos a serviço das nações colonizadoras do hemisfério norte.

Falta-nos o líder com autoridade moral suficiente. O poder lulista, resultante da pobreza e ignorância imposta pela oligarquia tradicional, tem o reforço da perversidade de intelectuais fabianos que dominam, escolas, igrejas, jornais, revistas, televisão, associações, sindicatos e clubes, a falsidade arquitetada pela oligarquia dos criminosos obedientes aos controladores.

A “crise” é mero detalhe desta guerra assimétrica sem fronteiras.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

FRASES FEITAS

Por Thomas Sowell

Um dos muitos sinais de degeneração de nossos tempos está no fato de que muitas questões sérias, até mesmo de vida ou morte, são abordadas como se fossem uma lista de frases feitas para um jogo de esgrima verbal. Nada ilustra isso melhor do que a tola, e até mesmo infantil, controvérsia sobre “torturar” terroristas capturados.

As ações das pessoas, com freqüência, fazem mais sentido do que suas palavras. A maioria das pessoas que estão falando com ar superior sobre como não devemos descer ao nível de nossos inimigos, comportar-se-ia de maneira muito diferente se fosse defrontada com uma situação comparável, em vez de serem presenteadas com uma oportunidade de ficar em vantagem moral através da retórica.


Imagine que é a sua mãe ou o seu filho que estão amarrados em algum lugar desconhecido, com uma bomba-relógio ao lado, e você capturou um terrorista que sabe onde eles estão. Seja honesto: o que você faria a esse terrorista para que ele falasse, faria com que o afogamento simulado1 parecesse um piquenique.

Você não se importaria com o que o New York Times iria dizer nem com o que a “opinião mundial” na ONU iria dizer. Você salvaria a vida de seus entes queridos e diria àqueles outros o que eles poderiam fazer com suas opiniões.

Mas se são os Estados Unidos que agem dessa maneira, isso é chamado de “arrogância” – até mesmo por cidadãos americanos. De fato, até pelo presidente americano.

Há uma grande diferença entre ser maçante e ser sério. É assustador que o Presidente dos Estados Unidos não esteja sendo sério acerca de assuntos de vida ou morte, dizendo que há “outras maneiras” de se obter informações de terroristas.

Talvez esse seja um degrau acima da frase feita que dizia que a “tortura” não tinha conseguido extrair nenhuma informação importante dos terroristas. Apenas depois que ficou demonstrado que isso era uma mentira completa, foi que Barack Obama mudou sua retórica, usando a pouco convincente afirmativa de que “outras maneiras”, não especificadas, poderiam ter sido usadas.

Para um homem cuja vida se baseou mais no estilo do que na substância, mais na retórica do que na realidade, talvez dele nada melhor pudéssemos esperar. Mas o fato de que a mídia e o público tenham ficado tão hipnotizados pelo culto a Obama de modo a não conseguir ver adiante e pensar em sua própria sobrevivência, é verdadeiramente perturbador e assustador.

Quando revisitamos a História, é surpreendente ver as coisas tolas e infantis que as pessoas disseram e fizeram à véspera de uma catástrofe que as consumiria. Em 1938, com Hitler preparando-se para desencadear uma guerra na qual milhões de homens, mulheres e crianças seriam massacrados, a peça que fazia o maior sucesso nos palcos de Paris era uma sobre a reconciliação entre franceses e alemães; e, naquele ano, um pacifista francês dedicou seu livro a Adolf Hitler.

Quando os historiadores do futuro olharem para a nossa época, o que pensarão do nosso tempo? Que a nossa mídia era sensível demais para chamar terroristas assassinos e sádicos de algo pior que “militantes” ou “insurgentes”? Que nosso presidente ia ao exterior para denegrir o país que o elegeu, agindo como alcoviteiro de aliados inúteis e de inimigos declarados, e que literalmente curvou-se diante de um tirano estrangeiro que governa um país2 do qual veio a maioria dos terroristas do 11 de setembro?

É fácil produzir frases feitas sobre como Churchill não torturou prisioneiros alemães, mesmo quando Londres estava sendo bombardeada. Havia uma boa razão para isso: eles eram prisioneiros de guerra comuns, protegidos pela Convenção de Genebra, e que não sabiam de nada que pudesse impedir que Londres continuasse a ser bombardeada.

Qualquer que seja a esgrima verbal sobre o significado da palavra “tortura”, há uma diferença fundamental entre simplesmente infligir dor em pessoas inocentes pelo puro prazer de fazê-lo – que é o que nossos inimigos terroristas fazem – e obter dos terroristas informações que podem salvar vidas, por quaisquer meios que sejam necessários.

Há muito que a esquerda confunde paralelos físicos com paralelos morais. Mas, quando um criminoso atira num policial e este revida atirando, a equivalência física não é equivalência moral. E o que os agentes de inteligência americanos fizeram aos terroristas capturados não é nem sequer equivalência física.

Se chegamos ao ponto em que não podemos mais nos dar ao trabalho de pensar além da retórica ou de fazer distinções morais, então chegamos ao ponto onde nossa sobrevivência num mundo de proliferação nuclear crescentemente perigoso já não pode mais ser dada como certa.

Tradução: Henrique Paul Dmyterko
Publicado originalmente no site Midia@Mais

quinta-feira, 4 de junho de 2009

LULA: STALINISMO SEM STALIN

Por Ipojuca Pontes

Escrevi certa vez que se a morte de Stalin representou um alivio para a humanidade, o stalinismo, por sua vez, como modo de conduzir a “construção do socialismo”, nunca esteve tão atuante. Em substância, as suas características fundamentais permanecem tão vivas quanto antes, especialmente na América Latina.

De fato, se, de um lado, pode-se conjeturar que o terror em massa, uma das componentes do stalinismo, não se apresenta hoje de forma tão ostensiva quanto nos anos 1930/40, auge da aura stalinista, por outro, é inquestionável que alguns dos seus elementos constitutivos básicos, como, por exemplo, a tomada do poder pelo partido único, continua tão presente quanto antes.

Nem é preciso mencionar os casos da China, Cuba, Vietnã ou Coréia do Norte, ditaduras comunistas convictas. Basta dar uma olhada em torno do que ocorre hoje na nova composição de poder na América Latina. Neste espaço sombrio, por trás do crescente aparelhamento do Estado acionado pelos partidos de vocação totalitária (“hegemônica”, na firula gramsciana), perfilam-se intactos os ditames da “doutrina” marxista, enraizados na visão maniqueísta do “desenvolvimento da história” como processo de luta de classe, tendo por pressuposto lógico, para chegar ao socialismo, a expansão do Estado Forte, obsessivamente evocado pelo “companheiro” Lula da Silva, o “Guia genial da raça”.

Com efeito, tendo como ponto de partida a centralização do poder nas mãos do líder personalista (“carismático”), e de aliados submissos, a vertente stalinista, ontem como hoje, usa sem o menor pudor a fome dos inocentes (camponeses) e a miséria dos excluídos (proletários) como pretexto para consolidar a mais perversa ditadura populista. Nela, enquanto alguns milhões de indigentes refestelam-se com as migalhas de programas sociais demagógicos, a mantê-los em estado de contínua subnutrição, uma vastíssima horda de burocratas de toda sorte, hierarquizada ou não, acumula riquezas, benefícios e privilégios nunca dantes imaginados – tudo sem envidar o menor esforço, salvo o de arquitetar planos vazios e elaborar leis extorsivas, repressivas e escorchantes, em geral impostas como “igualitárias”.

(Sobrevivem neste cafarnaum, naturalmente, as pessoas que trabalham, suam e comem o pão que o diabo amassou. No caso que nos toca de perto - o brasileiro -, elas compõem a soma de milhões e milhões de deserdados, vivendo, grosso modo, cabisbaixas e inconscientes, na crença absurda de dias melhores. Essa gente, diga-se, constitui a grande massa que aliena em impostos metade do que produz para manter cidades fáusticas como Brasília e seu extravagante aparato de burocratas engravatados, a programar dia e noite, por meio de projetos mirabolantes envoltos em linguagem tecnocrática, um nebuloso mundo de “justiça social”).

Está claro que para a sustentação de tal “construção socialista”, um elemento orgânico do sistema stalinista se associa à força da burocracia: a exploração, em larga escala e sem o menor escrúpulo, da propaganda na crença do poder “transformador” do Estado, vale dizer, na ação mágica da elite partidária encastelada no governo, capaz de converter a água em vinho e extrair perfume do alabastro.

Assim, para manter a massa confiante no potencial transfigurador de programas como o PAC - que detém menos de 1% do Produto Interno Bruto, percentual de investimento infame se comparado às despesas com a nomenclatura palaciana -, o governo socializante não só investe bilhões na abundante veiculação da propaganda enganosa na mídia privada, como também emprega elevadas somas na criação e manutenção de redes públicas de rádio e televisão. (E não importa a procedência: rede pública ou privada, basta ligar um aparelho de televisão para se perceber a uniformidade do noticiário no que diz respeito ao culto quase religioso prestado ao “operário-presidente”).

Outro veio stalinista hoje cultivado no espaço latino-americano - além do já mencionado aparelhamento do Estado e sua burocratização, bem como o culto à personalidade do líder messiânico -, é a imposição da censura aos meios de comunicação e expressão. Grosso modo ela se dá, de um lado, enquanto o golpe final não pode ser desfechado, pelo aliciamento financeiro em larga escala da grande mídia (leia-se, os jornalões em geral, com destaque para “O Globo” e a “Folha de São Paulo”), e, de outro, pelo expurgo dos formadores de opinião independentes ou considerados adversos, banidos (cedo ou tarde) das redações dos jornais, dos centros acadêmicos de ensino e das áreas de produção cultural, totalmente dominadas pelo governo ideologizado. Nos espaços onde o stalinismo atua de modo aberto, os veículos de comunicação são simplesmente lacrados à força, como evidencia o caso da RTV venezuelana, esmagada pela vontade de Hugo Chávez.

(Aqui, vale ressaltar que uma das obsessões do governo totalitário é controlar a imprensa. Por quê? Bem, com toda certeza para impedir que a mínima verdade seja divulgada e, ao mesmo tempo, impor o caudaloso reino da mentira. Por exemplo, na URSS: ao reabrir o jornal Pravda, no momento mesmo em que mandava fuzilar um milhão de pessoas, o camarada Stalin escrevia em editorial de 1935: “De todos os ativos do mundo, gente constitui o capital mais valioso e decisivo”).

Espíritos acadêmicos e ideólogos do marxismo costumam justificar o Stalinismo como um fenômeno circunscrito ao contexto histórico de sua época e aos problemas enfrentados pelo regime comunista nos anos que antecederam a chegada de Stalin ao poder ditatorial. Nada mais mentiroso. A perversão stalinista é, ela própria, uma perversão da teoria marxista e do próprio sistema socialista, que só pode se manter de pé sustentado pelas amarras do totalitarismo classista – este, por sua vez, amparado na repressão, na manipulação ideológica e no controle de sindicatos, associações e entidades de classe (hoje, chamada de “sociedade organizada”).

Neste contexto, cabe às massas o papel de burro de carga, a alimentar toda uma colossal estrutura de governo pretensamente igualitarista, que finge trabalhar pela felicidade do povo, mas na realidade dele se servindo até a completa exaustão.