quarta-feira, 30 de março de 2011

HISTÓRIA VIVIDA

GRUPO GUARARAPES 

Por Gen. Andrade Nery

"Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer e afirmar-se. Negue-se tudo a essa Revolução Brasileira, menos que ela não moveu o País, com apoio de todas as classes representativas, numa direção que já a destaca entre as nações com parcela maior de responsabilidade." (Editorial do JORNAL DO BRASIL, 31 de março de 1973).

ANTECEDENTES - 12 de setembro de 1963

Em Brasília um movimento revolucionário que pregava uma ampla indisciplina contra a hierarquia militar e contra a autoridade e a legitimidade do Poder Judiciário, representado pelo tribunal mais alto, que é o Supremo Tribunal Federal, toma de assalto a capital do País e cria a "República Sindicalista Comunista do Brasil".

O Exército reage e determina o deslocamento da 1ª Companhia de Fuzileiros Pára-quedista para Brasília, com a seguinte missão: "Realizar um salto de combate para libertar Brasília, dos revoltosos".
Eu comandava esta companhia. Abaixo, transcrevo, o meu testemunho sobre a rebelião de Brasília. São fatos que presenciei e constam do meu depoimento publicado na página 169, do Tomo 10 - História Oral do Exército - 31 de Março – 1964.

"... Em 1963, saí da Companhia de Petrechos Pesados e assumi o comando da 1.a Companhia de Infantaria Pára-quedista, Companhia de pronto emprego, do Regimento de Infantaria Pára-quedista. Demos um nome à companhia – "Companhia Cobra". Essa Companhia deveria estar pronta para se deslocar em uma hora. Um dia, às 5h da manhã, recebi ordem para desencadear o plano de chamada e preparar a Companhia para uma missão. Pelo horário, teria sido mais fácil esperar a chegada dos soldados, às seis horas no quartel.

Às 7 horas, estava com a Companhia pronta, tudo pronto. O material ficava realmente enfardado. O efetivo era em torno de duzentos homens. O Coronel me chama e ao seu Estado-Maior. Entra o General Pinheiro –Comandante do Núcleo da Divisão Aeroterrestre (...)

Tinha havido uma rebelião em Brasília, a Base Aérea fora tomada, alguns quartéis já estavam tomados, alguns oficiais presos e a cidade estavam na mão de uma rebelião. (...) O presidente, os ministros e as principais autoridades estavam propositadamente fora de Brasília. (...) Inclusive, deputados participaram daquele levante. (...) Brasília estava sublevada, era a rebelião dos sargentos, a maioria da Marinha e da Aeronáutica.

Obedeciam a um intelectualizado comando civil, não se restringiria apenas a Brasília e devia estender-se por todo o País. Da chefia da rebelião, participavam os deputados Neiva Moreira, do PSP-MA, Hércules Correia, Marco Antonio, do PCB-GB e Max da Costa Santos, do PSB-GB, sob a liderança de Leonel de Moura Brizola.

Pela ordem os revoltosos pretendiam: depor o presidente da república; fechar o Congresso; acabar, sumariamente, com o Supremo Tribunal Federal, classificado como órgão inútil e dispensável; desvirtuar o regime e implantar uma República (ditadura) Socialista; transformar totalmente as Forças Armadas.

Os prédios dos ministérios da Marinha e da Aeronáutica estavam ocupados e os revoltosos já estavam no terraço, na cobertura, no telhado dos pavilhões nos esperando. Sabiam que a tropa pára-quedista ia saltar. Seríamos eliminados como pombos. Íamos saltar e desfilar desarmados. Disse para o general: "General, não é isso..." Não completei a frase! Quando ia começar a falar levei uma "botinada", por debaixo da mesa. (...) Eu entendi. Era para ficar calado. (...)

Ao sair dali, fui falar com o Major Jannuzzi. Ele me disse:
"- Nery, é rebelião, se você for desarmado, você vai morrer, sua tropa vai ser eliminada. É guerra! Eles ocuparam Brasília e já leram o manifesto de criação da república sindicalista comunista do Brasil".
(...) Já existem oficiais presos. Você tem que libertá-los – descobrir onde eles estão e libertá-los".

(...) a rebelião era dos sargentos de Brasília, com o foco principal na Marinha e na Aeronáutica. Em virtude dos acontecimentos de 1961, quando o General Santa Rosa, Comandante dos pára-quedistas, elogiou os sargentos por não terem cumprido ordem de seus superiores hierárquicos e do Governador Brizola, mandando os sargentos matarem seus oficiais, criou-se um ambiente de mal-estar dentro da tropa. (...) Apesar de preocupado, mandei distribuir a munição para os sargentos. Não podia duvidar da lealdade dos sargentos. Paguei para ver.
(...)
Assim, fui para Brasília. Eram 14 aviões. Até aeronave em manutenção decolou. Os antigos aviões C-82 voavam de porta aberta. Cruzando a serra de Petrópolis e Teresópolis, e seguindo para Brasília, fazia muito frio, eu sentado ao lado da porta olhando o vôo em formação, vi um avião pegar fogo – o avião do Tenente Maia Martins. Retornou para os Afonsos. Mais adiante, o avião do Valporto, também, pega fogo e pronto, o efetivo estava se reduzindo. (...) eles chegaram a Brasília dois dias depois. (...)

Sabia que, com duzentos homens, tinha que libertar Brasília. O que é isso? A cabeça não funcionava. Qual a verdadeira dimensão disso. Brasília é muito grande. Aonde eu iria procurar esse pessoal? (...) dez minutos antes de chegar em Brasília, o meu ala esquerda – eu via, a distância é curta – o meu ala esquerda estourou o motor e pegou fogo. Era, justamente, a aeronave do Tenente Brandão. Pegou fogo no motor. Aquilo foi imediato! Mudei a missão! Eu disse para o Comandante da aeronave:"- Mande que siga direto para o aeroporto" - O aeroporto estava nas mãos dos revoltosos - "Mande-o seguir direto para o aeroporto e vamos todos para lá, vamos desembarcar."

Quando a aeronave tocar no chão, nós saltamos sem pára-quedas, ou seja, salta e rola. É claro que nós íamos ter baixas com isso, mas nós estávamos treinados. Saltávamos de viatura em movimento até na Avenida Brasil. Nós fazíamos esse adestramento. (...)

Quando a primeira aeronave, que era a do Brandão, tocou na pista, ele comandou o salto. Todo mundo pulou da aeronave – joga a arma e salta feito um fardo, feito uma roda. Você encolhe todo o corpo e sai girando, pois machuca menos. Nós pousamos em seguida.
Realmente, o aeroporto ainda estava nas mãos dos sargentos revoltosos. Um deles, ao ver o avião pegando fogo no motor, comentou que aquele ali já está sendo destruído pelo fogo e que ele iria acabar com ele, jogando uma granada. E correu na direção do avião para jogar a granada. Acontece que ele estava perto da cerca e parece que era o estacionamento dos táxis, no aeroporto de Brasília. Os motoristas ouviram aquilo e pularam a cerca, começando a correr atrás dele!

Foi uma cena inusitada! Os motoristas se abraçaram com aquele sargento que tinha uma granada na mão, enquanto ele gritava:"- Vou soltar a granada!" Quando o Brandão chegou, com alguns homens, a granada não tinha nem mais grampo. Estava sendo presa pelo capacete, na mão, e o sargento já com medo de soltar a granada. Após ser preso, ele confirmou que ia jogar a granada para destruir a aeronave, que sabia ser da tropa pára-quedista.

Neste ínterim, desembarcamos, corremos para frente do aeroporto e pegamos todas as viaturas, carros, caminhões e ônibus que apareceram por ali. Desloquei-me em comboio com a minha tropa – duzentos homens – chegamos na alameda dos Ministérios, do outro lado dos ministérios militares. Fiz o sinal para parar e logo a seguir o de avançar. Não falei mais nada. Nós desembarcamos correndo, tomamos de assalto os ministérios, fomos do primeiro piso até o último e fizemos setecentos prisioneiros. Todos estavam armados. (...)

Quantos tiros nós demos? Nenhum. Prendemos a todos, depois de tomarmos de assalto o local. Foram colocados num andar e ficamos no outro andar, embaixo. Durante 45 dias, nós ficamos ali guarnecendo. Nós dormíamos no chão. Eles dormiam no andar de cima, também, no chão, o mesmo espaço, as mesmas condições sanitárias – nós estávamos no andar de baixo e eles sabiam que não podiam descer, eram sargentos.
Já à noite, reorganizei minha tropa. (...) na rodoviária de Brasília, a última passagem, a mais baixa, naquela época 1963, – a Rodoviária não estava concluída, ainda estava em obra – fora fechada pelos revoltosos. Eles fecharam de um lado e do outro. Deixaram uma porta e escreveram no muro – Paredão –e colocaram, em posição, um pelotão da tropa dos fuzileiros navais, com metralhadoras.

Iam começar o fuzilamento dos oficiais que já estavam presos. Peguei um grupo e mandei ao comando do Tenente Valporto, para a Rodoviária. Prendemos todo o pelotão, com as metralhadoras em posição, prontas para fuzilar os oficiais. (...) Prendemos o pelotão e abriu-se o inquérito. Nós até fizemos um comentário, porque o inquérito foi feito na Marinha. A maioria dos sublevados era da Marinha. Conversando com o encarregado do inquérito lhe disse:
"- Comandante, daqui a 15 dias vão estar todos de volta, como se nada tivesse ocorrido". Esses presos foram trazidos de avião, por nós, para o Rio de Janeiro. Ficaram no navio- prisão.

Nota: O texto completo deste documento pode ser lido no site http://www.averdadesufocada.com/

CARTA ABERTA

Por Arlindo Montenegro

Caro amazônida Roberto Santiago,

seu comentário e pedido num artigo do Alerta Total, me deixou inchado que nem sapo boi, azucrinado por um monte de crianças malvadas. Um inchaço da estrutura de plausibilidade, falando assim: "Pô, o que faço tem utilidade para outro!". É assim. A gente só sabe quando alguém comenta. Esta ferramenta do blog falha no vir a ser isto: leu, comentou. Aí a coisa se transformaria em diálogo, informação complementar.

Agora, Roberto, o seu pedido deveria ser dirigido a um economista que nem o Benayon. Eu estou no rol dos que pagam contas à vista e contam os tostões para chegar ao fim de cada mês.Sou daqueles que se deslocam a pé, de ônibus, trem e outrora no lombo de um burro que empacava quando pressentia que uma jararaca estava alí adiante, esperando pra dar o bote.

Por princípio, por não confiar em banqueiros, que nem o burro pressentindo a jararaca, no fim de cada mês saco os tostões e guardo embaixo do colchão, temendo que o governo progressista, de repente, a instância dos poderosos, corte os zeros e os 1000 Réis passem a valer 1, somente um, que só compra duas caixas de fósforos ou dois paezinhos.

Vou arriscar o que penso, com base no que tenho ouvido e lido. Poupar é bom. É uma disciplina propria para quem sabe o que quer, tem objetivos, planos para a futura compra de uma casa, casar, viajar, adquirir um bem mais durável que os descartáveis de "1.99". As economias somadas, para uma meta ou objetivo pessoal, afirmam a maturidade de uma economia nacional.

Se esta economia é bem administrada e responsavelmente investida, toda a nação ganha e a iniciativa do poupador acaba sendo melhor premiada, porque, servindo de exemplo, atrai outros poupadores, que não os desesperados e desconfiados que estão convencidos que a vida vai acabar loguinho, investindo assim em todos os prazeres, hoje, agora. Prá que poupar? O crédito bancário supre os desejos imediatos.

O princípio de confiabilidade do poupador, está na certeza da boa administração dos governantes. Disto decorre também a confiança no futuro, a auto estima, a vontade de fazer, crescer, realizar os sonhos de vida, orgulhar-se por coexistir num ambiente social em que a certeza de continuidade está presente, apoiando a livre iniciativa das pessoas.

Poupança é ganho, isto é, a sobra dos gastos mensais obrigatórios. Se o governo capa 25% na boca do caixa e o cristão fica sujeito a oscilações nos preços da subsistência por conta da inflação, da chuva, do transporte, da mudança de embalagem, da gasolina, da conta de luz, água, telefone...O salário pode até variar anualmente, mas a sobrevida é diária, mensal, uma incógnita.

Daí a saída que os banqueiros inventaram: primeiro os empréstimos, depois os cheques especiais e por fim a popularização para a galerinha com os tais cartões de crédito. Que beleza meu Deus! Posso comprar a geladeira agora e pagar em 10 vezes, sem juros! Propaganda enganosa? Prove! Você não entende nada de economia.

E esta invenção maravilhosa poude ser utilizada pelas empresas, levando muitas para o buraco da inadimplência. Logo veio o tal de "nome sujo na praça" e aí o cristão ficou mais enrolado ainda, marcado que nem bandido. Trabalhe mais meu filho! Roube até, mas pague ao banco com juros, correção monetária, taxas de serviço ou então morra de fome, vá viver embaixo da ponte.

Pior é que a invenção veio lá do estrangeiro e o governo daqui adotou sem pensar nas consequências. Até no palácio usam cartões de crédito! E podem usar, que os trabalhadores produtivos desta nação pagam, mesmo sem saber (é tudo secreto!) Agora me diga, o que você pode fazer na hora que o governo decide e corta 3 zeros do valor da moeda corrente? Ou muda o nome sem revelar o lastro correspondente, melhor inexistente.

Me diga o que você pode fazer quando o governo diz assim: so pode comprar um carro, quem emprestar 30% do valor da transação ao governo, que vai devolver... nunca! Ou quando chega e diz assim: "Vou usar sua poupança e devolvo quando puder. Por enquanto você pode dizer adeusinho a ela e protelar seu objetivo.

O sistema financeiro, faz tempo, deixou de ser nacional, deixou de ser controlado pelas tais "autoridades" nacionais, que agora gastam quanto querem pendurando tudo no crédito do sistema financeiro internacional. Este sim decide quanto juro vai cobrar: seu sangue, sua alma até não sei quantas gerações futuras.

Assim caro amazônida Roberto, só Deus dá jeito. É preciso ficar de bem com Ele, falar com Ele, descobrir a presença dEle em cada um de nós e fazer um trato sério. Enquanto isto vai curtindo o tucupi com tacaca enquanto não desnacionalizam a mandioca, como já fizeram nas orópa e no Japão, patenteanto nomes que viraram marcas, que nós não podemos usar. Açaí, cupuassú, urucúm...


Ref. Comentário ao artigo "Encontro na Selva", publicado em www.alertatotal.net, em 28/03/11





segunda-feira, 28 de março de 2011

DEFESA? SÓ ESPIRITUAL!

Por Arlindo Montenegro

A ordem que vem de cima é desarmar os cidadãos, afastar as forças armadas da política, reduzindo-as a "forças de paz" a serviço da Onu, manter a aparente luta contra as drogas sem treinar, remunerar e aparelhar as forças policiais. Enganar a galera fomentando a liberdade irresponsável. Adotar direitos especiais para as tais minorias de gênero: o G, o L, o B e o T, além do masculino/feminino. Devem ser gêneros mentais... sei lá! E aborto também, à vontade!

O visitante ilustre acertou com a anfitriã, que os países – USA/BR - vão colaborar em defesa cerrada para proteger estes novos sexos híbridos, na letra da lei que a onu rotulou: "direitos humanos de minorias". Agenda de trabalho importante! Lá na matriz, já anunciaram que o presidente está orgulhoso com o trabalho diplomático que já convenceu 85 países.

Disseram que o diálogo é difícil. O Perú foi o único dos países da região que não entrou nesta canoa, porque "já é contra todo tipo de violência contra os direitos humanos, mas reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo e outras situações é incompatível com a Constituição Peruana." Curto e grosso, o Perú!

Nos estamos bem adiantados. Já temos cartilhas para as crianças, vídeos, aulas com bonecos, novelas e nesta semana a Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos em Porto Alegre apresentou à imprensa, no Sindicato dos Jornalistas, a cartilha guia para abordar a questão de modo politicamente correto. Versão em pdf : abortoemdebate.com.br/arquivos/Aborto_Guia_comunicacao.pdf.

Próximo passo será sacramentar a admissão dos novos gêneros nas forças armadas, criar cotas nas universidades, castigar os pais contrários à lei e treinar a polícia para reprimir os machistas homófobos. Afinal é preciso controlar a explosão populacional e estas crenças religiosas que falam de pecado... Aqui os novos “casais”(?) vão adotar meninos de rua. Na Espanha já se manifestaram ficando pelados numa igreja católica. Se a moda pega... bom, a CNBB não liga.

Parece até que já temos uma entidade religiosa que nem a Igreja Ortodoxa Russa, que obedece à KGB, isto é ao estado que promove o "progresso democrático esquerdista". Um progresso que, no Brasil, comporta a fuga de cinco "presos presos de alta periculosidade", cerrando grades e pulando um muro com uma "tereza" (corda feita com lençóis...) - dá pra acreditar?

Os "meliantes" – narcotraficantes, assaltantes de bancos e homicidas – fugiram assim bem fácil, do setor de segurança máxima de uma penitenciária federal em Brasília. Mas estão "averiguando" como isto foi possível. Como averiguam quem deu três tiros na cara do jornalista do Rio de Janeiro que investigava o comprometimento de autoridades e ongueiros com o narcotráfico. Tudo é novidade velha e bem sabida, assimilada e calada, não é?

É nosso dever compartilhar a insanidade moral dos compromissos políticos em silêncio. È nosso dever deixar que decidam tudo, fazendo pose de justiceiros e preocupados com os direitos dos outros, enquanto negociam nossos bens materiais e espirituais com as ratazanas anglo-americanas, que deveriam estar bem trancafiadas em camisas de força numa instituição para doentes mentais de "alta periculosidade".

Caso contrário, Stalin, Hitler, Pol Pot e Calígula, vão ser tidos como anjos complacentes e a humanidade vai pagar um preço terrível. Somente a força espiritual, como já aconteceu em outras catástrofes pouco reveladas, poderá salvar a humanidade do extermínio seletivo. A ciência oficial, senhora da verdade, retem muita informação que faria cair o castelo de cartas que alicerça a ação dos psicopatas que nos governam.

O Brasil é uma nação pacífica e parceira, em tudo e por tudo. Já adotou os comportamentos dos filmes de Hollywood, os seriados de televisão, o som da pesada, os grandes shows, avança no uso de tudo quanto é droga, participa ativamente das campanhas de vacinação contra epidemias, pestes, gripes, utiliza cloro e flúor na água potável, utiliza muito agrotóxico nas lavouras e promove as ações da morte como se fosse natural.

O sistema anglo-americano espremeu a riqueza da economia mundial, criando dívidas, pagamentos e submissões, para alimentar a demanda insaciável das estruturas financeiras de Londres e Nova York. Com o fim da guerra fria e queda do Muro de Berlim, abriu o jogo da velha associação com a Russia e China, inventando novos inimigos: primeiro o mundo árabe e na fila ficam a Índia que tem bomba atômica e o Brasil que só tem bombinha de São João.

ENCONTRO NA SELVA

Por Arlindo Montenegro

Vejam só! Não bastasse o beija mão ao administrador de plantão na matriz e seu séquito, ainda tivemos de hospedar na semana passada,  um ex presidente americano, um ator político, um empresário inglês e um cineasta, ditando regras para o Brasil na reunião do Foro Mundial de Sustentabilidade, realizado em Manaus. Eles dizem literalmente que temos de "sustentar" o mundo deles.

O britânico Richard Branson determina que nossa frota de veículos seja abastecida somente com etanol e que exportemos todo o petróleo para eles. O sujeito elogiou o FHC dizendo que "foi a gestão dele que colocou o país no rumo que está hoje". E disse mais que se as taxas de desenvolvimento do Brasil, China e Japão continuarem no mesmo ritmo, logo vai faltar petróleo. Em outras palavras: freiem o desenvolvimento brasileiro.

O cineasta James Cameron é contrário à construção de Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O monte de empresários estrangeiros e brasileiros participantes da festa, tinha os olhos e ouvidos bem abertos para as oportunidades de investimentos. Em defesa dos povos da mata, como diria o cineasta de "Avatar", que subliminarmente mostrou a força do exército e a raiva que os generais têm, dos humildes povos que não querem deixar derrubar a mata. Uma indireta? Ou bem direta?

Clinton, como Al Gore, defendendo a redução de emissões de carbono, mostrou como tem corrido o mundo inteiro com sua fundação, para fazer o bem da humanidade. Deu um exemplo: “Trabalhamos no Rio para trocar os semáforos por luzes de LED, que são mais caras, porém têm maior tempo de vida e emitem menos gases, além de reduzir a conta de energia das cidades”. Legal não é? Quem paga a conta? Que empresinha brasileira pode concorrer com um contrato de interesse do ex presidente americano?

E disse mais o bondoso esquerdinha: “Não se pode construir um futuro sustentável sozinho. É preciso convencer seus parceiros China e EUA, a trabalhar junto nisso”. Taí mais uma dica: a parceria do Brasil está decidida! É Com a China e com os EUA. Como os EUA estão em linha direta com a Inglaterra e Israel, já sabemos quem manda e desmanda no pedaço e podemos estar certos que vamos continuar pagando a "dívida" para sustentar as guerras deles, os grandes.

Os juros astronômincos que pagamos tendem a crescer. Como diz o economista Benayon, com as desculpas esfarrapadas de “reverter a aceleração da inflação este ano”, segundo os enganadores ministeriais, repetidos pelos jornalões. " Discretamente já estão subindo alguns preços e o imposto sobre a renda também. Vem mais!

A única voz dissonante do encontro de estrangeiros interferindo nos assuntos internos e ditando regras para o Brasil, foi da velha índia Macuxi, Avelina, a guardiã da Espada de Rondom, que entregou uma carta ao Schwarzeneger, covidando-o para combater "a coação, a injustiça, a violência com que demarcam terras indígenas só para atender a metas propostas e decididas em fórum como esse, sem consulta livre, prévia e informada das minorias que, em termos quantitativos, são a maioria desprovida dos direitos fundamentais."

Uma voz brasileira, diferente dos empresários que ali estavam. Os índios da Raposa Serra do Sol, denunciavam a demarcação que se arrastou durante anos, com a invasão da Polícia Federal, separação de familias mestiças, expulsão de rizicultores que estavam há decênios produzindo em fazendas tituladas e empregando os mesmos índios. Perdas totaís. Ganhos para o Conselho Mundial de Igrejas, dirigido pela rainha da Inglaterra. Benefícios para o príncipe Charles e para os que declaram que "a Amazônia é patrimônio da humanidade e não território de nações que dizem ter a soberania".

É bem assim, êles chegam, dão o recado e os vassalos obedecem ao pé da letra. Alguém viu esta notícia nos jornalões?

domingo, 27 de março de 2011

CORTANDO O POVO

Adriano Benayon * – 21.02.2011
Agora uma presidente. Muda alguma coisa importante no Brasil? Nada.  A Sra. Dilma já mostrou a que veio. Fez elevar as taxas de juros e sinaliza mais privatizações. Determina cortes no orçamento federal, para pagar mais juros da dívida pública, cujo “serviço” (juros e amortizações) é privilegiado no Orçamento através de dispositivo inserido, fraudulentamente, na Constituição de 1988.
2. Assim, de 1989 a 2010, o País já atirou pelo ralo 6 trilhões de reais (em valores monetários atualizados).  Alguém já imaginou o que é isso? São doze zeros antes da vírgula: R$ 6.000.000.000.000,00.
3. Como sempre, difunde-se aos quatro ventos a mentira surrada, de que os juros são mantidos altos e, ainda por cima, aumentados, porque isso faria conter a inflação.
4. Já expliquei, em muitos artigos, por que a elevação dos juros resulta em maior, e não, menor inflação. Além disso, os juros altos agravam os defeitos estruturais da economia. Para mostrar isso mais uma vez, está sendo republicado um artigo de 2008.
5. Quando é que se vai deixar de tentar fugir à realidade? Fugir mesmo é  impossível, e quem tenta só faz se alienar. Aí vão juntas a alienação política e a alienação mental, característica da demência. Justamente por isso todo o sistema de formação de opinião no Brasil, operado pela grande mídia (TV, jornalões, revistas de todo tipo etc.), funciona, sem parar, a fim de tornar dementes os brasileiros.
6. Desse modo, os concentradores do poder financeiro mundial garantem seus objetivos: fazer do Brasil cada vez mais uma estupenda zona livre de extração de recursos naturais, dependente de tecnologias controladas por empresas estrangeiras. E cada vez mais indefeso, sob todos os aspectos: cultural, econômico, político e militar.
7. Leonel Brizola dizia, à época dos governos militares, que a função destes era segurar a vaca (figuradamente o Brasil), para as empresas multinacionais extraírem o leite dela.
8. Após a grande ilusão das “diretas-já”, o poder econômico concentrador, que tem regido as instituições políticas no Brasil, aperfeiçoou o mecanismo: em vez de controlar a vaca à força, passou a hipnotizá-la, especialmente com a desinformação.
9. Com isso e com a corrupção de atacado, e as eleições movidas a grana, além de pela mídia, a oligarquia imperial pôs a seu serviço os presidentes eleitos “democraticamente”. Collor e FHC superaram os recordes brasileiro e mundial de entrega do patrimônio nacional, fazendo ademais o País pagar – e pagar muitíssimo – para entregá-lo.
10. Os últimos oito anos e o início de 2011 confirmam, mais uma vez, a  continuidade do processo de destruição do Brasil e que esse processo é planejado. FHC foi recrutado aí por 1969/1970, com vultosa doação de fundação norte-americana ao “centro de estudos” dele. Lula e o PT surgiram de maquinações durante a “transição” no início dos anos 80, dirigidas por serviços secretos estrangeiros.
11. Ora, o desenvolvimento dos desequilíbrios está assegurado não só pela estrutura econômica, praticamente toda nas mãos de transnacionais, como pela dinâmica da dívida. Aquela estrutura leva inexoravelmente a déficits nas transações correntes com o exterior, cujo financiamento acumulado é a fonte da dívida externa.
12. Quando esta não cresce, é a dívida interna que vai para as nuvens, realimentada pelos juros mais altos do mundo pagos pelos títulos públicos brasileiros, sem qualquer razão que o justifique. Daí resultou a cifra apontada no início deste artigo, superior a 6 trilhões de reais.
13. Outra fonte de atraso para o País decorre do baixíssimo nível quantitativo e qualitativo do investimento público. Fala-se muito do crescimento da economia chinesa, mas poucas vezes lembra-se que o governo chinês investe anualmente o equivalente a quase 20% do PIB, enquanto, no Brasil, o governo federal não investe mais que 1% do PIB.
14. Se o investimento público já tem sido miserável, e isso há mais de trinta anos, que faz o governo que se diz dos trabalhadores? Corta inclusive o já pífio investimento, além de outros gastos. A tesourada noticiada, da ordem de  R$ 50 bilhões,  seria para “reverter a aceleração da inflação este ano”, segundo os enganadores ministeriais, repetidos pelos jornalões.  
15. Radicalizando também a perda qualitativa, os cortes atingem a educação básica, a reestruturação das redes de ensino profissional e as pesquisas em ciência e tecnologia, ademais de unidades especializadas em saúde.
16. Também, como se o Brasil já não estivesse à mercê da IV Frota dos EUA, trafegando à vontade diante de nossas costas, e das bases militares dos EUA disseminadas por toda a América do Sul, a proposta orçamentária retira recursos de programas de defesa, inclusive os de positivo impacto tecnológico para a indústria, como a construção do submarino de propulsão nuclear. Essa construção já teria sido concluída há mais de vinte anos, não fosse a continuidade da política entreguista.
 Publicado em A NOVA DEMOCRACIA, n.75
* Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”, editora Escrituras. abenayon@brturbo.com.br


DESEDUCAÇÃO PROGRAMADA

EDITORIAL  - CORREIO BRAZILIENSE  - 24/3/2011

A triste realidade das universidades públicas brasileiras tem impacto direto na qualidade do ensino superior oferecido à população. Infraestrutura obsoleta, falta de equipamentos e professores desmotivados tornam-se, a cada dia, o retrato da educação. Se os recursos limitados são um dos motivos da penúria, a situação deve prolongar-se por mais tempo. As instituições federais terão um corte orçamentário de 10% em 2011, seguindo a diretriz do governo federal para a redução de custos. Ficarão prejudicados programas de assistência, a compra de materiais de consumo e os gastos com água e luz.
 
Apesar de ainda não estar clara a consequência da restrição sobre as pesquisas, é possível vislumbrar dias mais difíceis para alunos e professores. E, para o país, cresce o risco de ampliação do fosso em relação às nações com ensino superior de maior qualidade. Um ranking divulgado recentemente no Reino Unido, pela Times Higher Education, revela que somos o único país do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) a não ter nenhuma instituição de ensino superior entre as 100 mais bem avaliadas do mundo. 
O sucateamento das universidades públicas é tema de debate há décadas. Profissionais que desejam seguir carreira em pesquisa e desenvolvimento (P&D) correm para o exterior. Aqui, reclamam da falta de competitividade e da burocracia para se conseguir financiamento e importar equipamentos necessários ao estudo.
 
O distanciamento entre empresas e universidades no Brasil choca qualquer especialista em educação. A pesquisa é quase que completamente concentrada em instituições públicas, enquanto as particulares se vendem como as que preparam o aluno para o mercado de trabalho. Cristalizou-se a esquizofrenia de que P&D e atuação profissional são incompatíveis. Deveriam ser complementares, mas impera a ideia de que a primeira é para formar professores e a segunda para quem deseja “trabalhar”.
 
Ressalta-se, porém, que as dificuldades do setor educacional no Brasil começam ainda nos ensinos básico e fundamental. O problema não é apenas a falta de recursos, mas a didática ultrapassada e a falta de conexão entre o conteúdo e a realidade dos estudantes. Embora não seja a cidade do mundo que mais invista em educação, Xangai (na China) conquistou o primeiro lugar no último relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Ao Brasil, restou uma pífia 53ª colocação entre 65 países pesquisados.
 
No âmbito internacional, estamos atrasados como um estudante repetente. Cortar recursos nessa área é muito arriscado. A sociedade precisa cobrar do Congresso a aprovação de um Plano Nacional de Educação eficaz e voltado à nova realidade do país. Investir 7% do PIB nesse setor ainda será pouco, mas pode ser um primeiro passo, dando continuidade à evolução desde 2000, quando investia-se somente 3,9%.

sábado, 26 de março de 2011

A VERDADE MANIPULADA

Por Arlindo Montenegro
É cada dia mais importante identificar fontes de informação honestas e independentes. A mídia que invade cada espaço das nossas vidas descarrega um tsunami de informações aterrorizantes. É notável a semelhança entre as pautas dos veículos formadores de opinião pública, no mundo inteiro. Mesmo assunto, diferentes versões.
Política, economia, notícias, tudo quanto é repetido pela grande mídia, é manipulado mesmas fontes, todas de propriedade de grandes corporações e dirigidas por agentes da elite globalitária e seu complexo industrial militar, com assessoria direta de acadêmicos, serviços de inteligência e Fundações.
Três agências aparecem todos os dias em nossos jornais, radios, televisões: New York Times, CNN e Whasington Post. Todas estão relacionadas com indústrias Farmacêuticas, Financeiras, Xerox, IBM, Ford, Phillip Morris, Fundação Rockfeller, Fundação McArthur, CFR, FMI... e muito mais, que indicam os membros dos conselhos de administração das empresas que alimentam o mundo com notícias.
Notícias manipuladas para homogenizar a opinião pública sobre assuntos de interesse mundial. A imprensa "imparcial"!! A serviço da Coca Cola, Johnson & Johnson, Rand , GM e até de Universidades cujos Presidentes do Conselho são também ligados ao Federal Reserve.
E o governo? Para maquiar, distorcer, esconder as facaltruas governamentais, utilizam-se jornalistas simpáticos, bem pagos como consultores ou assessores de alguma instituição governamental, ou agentes infiltrados, como aconteceu no Wattergate, quando se revelou que 400 jornalistas trabalhavam para a CIA. E os jornalistas também se alimentam da citação de " analistas militares", que defendem as políticas do governo.
As mídias alternativas, frequentemete são financiadas por Ongs, mantidas por Fundações "filantrópicas", com a mesma finalidade, como disse George Bundy, quando presidente da Fundação Ford: "Tudo o que a Fundação faz é tornar o mundo seguro para o capitalismo." Estava dizendo que isto era feito, induzindo cobertura jornalística, orientando a interpretação e a análise crítica.
Esta mesma estrutura de pesos pesados, exporta e determina a pauta de jornais e programação de televisão. É a fonte dos seriados policiais e de costumes que popularizam o sexo, drogas e violência. E programas para dementes como o big brother. E tudo é copiado para o exercício das "relações sociais"...
Os assuntos tabu são tratados com um sumiço ou umas balas na cara, como fizeram recentemente com o advogado blogueiro do Rio de Janeiro, que denunciava uma linha de conduta que o mesmo ministro da Justiça reconheceu recentemente: a associação de governantes com os narcotraficantes. Pior ainda quando as ferramentas de manutenção da indigência mental são controladas por psicopatas.
Salvo raros momentos de exceção, os governantes têm condenado este país ao atraso, em decorrência de seus equívocos hegemônicos ou ideológicos, sempre na dependência de modelos importados e extemporâneos. A indigência de idéias e a pobreza da escola, mantém o campo aberto para as aventuras personalistas e amorais.
O país se desenvolve lentamente, conforme admite mais investidores estrangeiros, promovendo fusões e venda de empresas que não vão subsistir à competição dos gigantes internacionais, que acorrem com mala e cuia para garantir os ganhos de bilhões em dividendos, lucros, juros no domínio da agroindústria, mineração, metalurgia, infra estrutura, sem transferência de tecnologia, sem restrições ambientais.
Tudo isto assegura o tal "pibão" que assegura o pagamento da dívida pública e reservas para que os investidores remetam seus lucros em moeda forte para a matriz. Estes governos fornecem proteção política sem precedentes para os estrangeiros. Mas quando se trata das garantias e direitos da propriedade privada dos nacionais, no campo ou na cidade, o papo é outro.
Após o domínio econômico, virá o domínio político totalitário do governo mundial, cujo projeto caminha a passos largos. Carecemos fundamentar nossas escolhas e decisões em valores e princípios, em vez de obedecer normas internacionais e doutrinação ideológica. Assim poderemos contribuir para mudar o jogo do poder.

sexta-feira, 25 de março de 2011

QUEM SOMOS NÓS?

Por Arlindo Montenegro

Os povos da América Latina estão entre os mais atrasados do mundo. Palco das civilizações Inca, Maia e Azteca, nossos países congregam povos mantidos na ignorância, por governantes que insistem em praticar as políticas caricatas e inconsequentes, de obediência aos padrões ditados por parceiros mais fortes, militar e economicamente. Parceiros que buscam a dominação de toda a riqueza única, ainda preservada nestes territórios que sofrem a mais bestial expoliação.

Cultiva-se uma espécie de respeito, credulidade, veneração até, por tudo quanto vem do norte, da Europa ou dos Estados Unidos. Americanos do norte, ingleses, franceses, alemães, japoneses, judeus, russos aparecem como detentores do saber científico mais avançado, com o maior número de patentes registradas, universidades em tempo integral, com suas ogivas nucleares e seus exércitos prontos para impor suas formas de governo onde quer que seja.

O clube de poderosos que agora inclui a China, marca sua vontade com autoridade suprema sob a ameaça de terrorismo ou ações bélicas, assassinatos políticos e agora com a secreta e velada ameaça da diabólica arma de destruição massiva e seletiva do Projeto HARRP, originário dos estudos de um cara que só desejava o benefício da humanidade.

Nicola Tesla inventou a tecnologia para distribuição de energia e comunicação sem fio, em tempo real, quase gratuita para uso de todas as nações. Morreu e o FBI sumiu com suas anotações. Hoje estamos diante da arma nas mãos do complexo militar industrial, alimentado pelos globalistas. Toda a farsa do aquecimento antropogênico e mudanças climáticas, estava apoiada nesta arma, que já tem sido utilizada seletivamente, causando terremotos, tsunâmis, tempestades...

Os caras lá fora pensam por nós, vem aqui, vendem seu peixe e nós passamos a defender e aplicar verdades que não são nossas. Temos sido incapazes de olhar o proprio umbigo, de superar a ignorância. Ao invés de, humildemente admitirmos a própria e característica insuficiênia, alardeamos a esperteza, o "jeitinho brasileiro", isto é, a capacidade de enrolar, mentir e enganar os outros, enganando-nos a nós mesmos e fazendo disso uma crença de talento.

Mandela passou 30 anos num cubículo como prisioneiro do regime racista. Solto, soube perdoar os ideólogos do regime que o manteve no cárcere. E reuniu os sul africanos brancos e negros, acabando com o racismo, para que a nação pudesse superar suas deficiencias e limitações. Aqui os que passaram 3 meses ou três anos na prisão, não toleram o perdão da anistia e promovem um castigo vingativo, deturpando a memória histórica.

Nossos problemas são sistêmicos e uma das soluções para sobreviver com dignidade e superar deficiências é refletir sobre a experiência de outros povos, mais avançados, pacíficos, ricos e respeitados no consenso entre nações. África do Sul, Nova Zelandia, nosso vizinho Chile, entre outras nações não estelares, têm exemplos saudáveis.

A questão passa distante de ideologias. O Chile avançou econômica e socialmente com o governo de esquerda da senhora Bachelet e está superando em curto espaço de tempo as feridas de um violento terremoto, desta vez sob um governo de direita. Os chilenos são humildes, cumprem as leis, tem escolas que que estão entre as melhores do continente.

A profunda decadência política que estamos vivendo, só poderá ser superada com uma profunda reflexão moral, com uma prática distanciada dos personalismos carismáticos e fundada na reunião e aplicação de conhecimentos científicos e tecnológicos dispersos e vetados pelos globalistas. O tema da religiosidade está na ordem do dia, por seu conteúdo ético e moral.

Em vez da aviltante obediência aos padrões culturais da Onu e interesses globalitários, carecemos de uma agenda sob o título: "Em nossa casa, mandamos nós". Em vez de dizer amem ao Banco Mundial e ao FMI ou ao sinistro herdeiro do trono inglês ou aos Rockfeller e Rothschild, podemos negar-nos a pagar quase a metade do PIB somente em juros da dívida impagável, imposta pela rapina deste sistema financeiro, pirata dos sete mares.

Precisamos conhecer quem somos e seguir metódica, disciplinada e racionalmente, regras claras, previsíveis, justas e de aplicação imediata, sem ter que ficar subordinados à eterna disputa irresponsável de políticos corruptos, driblando dificuldades burocráticas para sobreviver. Precisamos saber, promover o mérito e aposentar a preguiça mental.


quinta-feira, 24 de março de 2011

É BOM SABER

Por Arlindo Montenegro

Numa reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência realizada em Natal, RN, em Julho de 2010, os participantes ficaram entusiasmados com as promessas oficiais, incluindo a fala da atual presidente do país, que na ocasião destacou a prioridade da educação, ciência e tecnologia para o desenvolvimento.

Atualmente o papo que rola é sobre a Política de Desenvolvimento Produtivo e os faladores do governo repetem uma espécie de palavra de ordem: "a inovação terá prioridade na política industrial." Também gastam saliva sobre um Plano de Ação para a Ciência, Tecnologia e Inovação a ser desenvolvido nestes 4 anos.

Mas olhe bem e ouça: os resultados oficiais sobre o desempenho da escola básica indicam regressão no aprendizado da meninada. A coisa está embolada no meio de campo, com muita doutrinação política e muita "aula de safadeza". Existem alguns que se salvam. Igor está na escola básica. É filho de um guarda civil, sabe que a escola está ensinando história mentirosa e que a teoria da evolução é insustentável. Ele sabe porque estuda como pai. Foi o que disse.

Os governantes, confirmando o compromisso doutrinário de manutenção da ignorância, contrário ao discurso que salivam, acabam de anunciar um corte de 1 bilhão e setecentos milhões no Orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia para este ano. Com as deficiências da educação básica, a turminha que vai entrar nas faculdades estará basicamente despreparada. Sem a necessária qualificação, a anunciada prioridade sobre a inovação na política industrial vai ser arquivada.

Pior é este congresso "renovado" onde a gente fica fazendo pose e dando entrevista (salvam-se uns poucos), onde a Comissão de Ética abriga 6 parlamentares que respondem a 19 processos no STF. E todos estão tranquilos, porque a "ficha suja" vai ser chutada para valer somente nas próximas eleições. Daqui prá lá, muita água vai rolar, dá tempo de aliviar...

Ser Deputado ou Senador, dá muito trabalho! Mesmo assim uma turminha do Rio Grande do Sul, - onde agitam construir um Memorial das Ditaduras do Cone Sul, monumento internacional! - entrou com um processo contra a vida mansa dos senadores, que gastam sem limite e pagaram horas extra prá 3.883 servidores quem estavam em casa, numa boa!

"Os advogados gaúchos Irani Mariani e Marco Pollo Giordani ajuizaram, na Justiça Federal, uma ação que pretende discutir as horas extras pagas e não trabalhadas, no Senado, e outras irregularidades que estão sendo cometidas naquela Casa. A ação tramita na 5a. Vara da Justiça Federal de Porto Alegre e tem como réus a União, os senadores Garibaldi Alves e Efraim Morais e "todos os 3.883 funcionários do Senado Federal, cuja nominata, para serem citados, posterior-mente, deverá ser fornecida pelo atual presidente do Senado Federal, senador José Sarney".

"O ponto nuclear da ação é que durante o recesso de janeiro deste ano, em que nenhum senador esteve em Brasília, 3,8 mil servidores do Senado,sem exceção, receberam, juntos, R$ 6,2 milhões em horas extras não tra-balhadas - segundo a petição inicial."

A mesma ação quer a revisão do custo/senador, que atualmente é de R$ 418.000 (Quatrocentos e dezoito mil Reais, quase meio milhão, por mês! Para cada senador. Ou seja um senador come a merenda de uns 700 trabalhadores de salário mínimo. Taí a diferença entre a barriga de quem manda e a magrelice atlética de quem pega no mais pesado.

Numa coisa vamos melhor que a India, que foi forçada em 1990, pelo Banco Mundial a usar as sementes de milho geneticamente modificado da Monsanto. O governo chiou e proibiu. Mas uma permissão saiu em segredo para alguns estados. Resultado o setor agrícola começou a declinar... e 25 anos depois, sem grana prá comprar sementes, adubos e pesticidas, mais de 200 mil pequenos agricultores se suicidaram.

Aqui, a coisa corre solta, a Lei é mansa e a Monsanto manda, não pede. A Monsanto e a Syngenta já convenceram sobre os rendimentos incríveis e o custo baixo (basta ter um empréstimo prá comprar as sementes, adubos e agrotóxicos que eles chamam de "defensivos"). Esperam-se os lucros altos, para pagar os empréstimos, se chover na hora certa e o sol brilhar na hora da colheita e se o mercado lá no estrangeiro pagar um bom preço, o que nem sempre acontece.

A desconstrução é total. São tempos difíceis para os países "em desenvolvimento". É preciso manter a galera na ignorância! E divulgar boas notícias: "Um recente estudo da UniFeSP, demonstrou que cada brasileiro caminha 1.440 km por ano. Outro estudo da Associação Médica Brasileira informa que o brasileiro consome 86 litros de cerveja por ano. Conclusão: o brasileiro faz 16.7 km por litro." É bom saber!





terça-feira, 22 de março de 2011

A GENTE, DEUS E OS PODEROSOS

Por Arlindo Montenegro


Esta senhora a quem apelidam Lady Nova Ordem Mundial, já é conhecida há muito mais de um século. Não sei bem quem a pariu, nem vou procurar. Mas alguns padrinhos famosos como o H.G.Wells, um membro da Sociedade Fabiana e admirador de Lenin, já defendia a moça. Depois de visitar Stalin, ele voltou à Europa Ocidental convencido de que aquela revolução "era um grande mal" devido à rigidez doutrinária dos bolcheviques.

Há quase um século, o intelectual socialista fabiano Wells, percebeu o que até hoje os nossos intelectuais não admitem. Os nossos ideólogos continuam defendendo Stalin e alguns governantes aplicam, do jeito que podem, as idéias do sujeito que perseguiu Trotsky pelo mundo inteiro até conseguir que o assassinassem no México. O sujeito que superou Hitler na "matança dos inocentes", mas que até hoje é afagado na memória dos caolhos intelectuais e fanáticos revolucionários.

O governo da nova ordem mundial é similar àquele idealizado e defendido nos encontros doutrinários das Internacionais Comunistas. Só que o lado secreto do plano se tornou em parte acessível para os que se interessam pelo proprio destino. Agora sabe-se que o núcleo empresarial e banqueiros capitalistas, financiaram as idéias socialistas desde o nascedouro. Financiaram e possibilitaram, o desenvolvimento industrial e bélico tanto da União Soviética, quanto da Alemanha nazista.

Assim, nada de novo na nova ordem. É a continuidade de um velho projeto entre empresários e banqueiros do mundo capitalista, que continuam promovendo guerras de conquista e controle de territórios, favorecendo os estados fortes e controladores, no mesmo modelo do estado totalitário socialista, com umas poucas concessões para a iniciativa privada em sociedade e parceria com o estado, que nem fez Hitler na Alemanha.

O caráter internacionalista das concessões submete as decisões dos países "em desenvolvimento", detentores de matérias primas cobiçadas para o desenvolvimento da indústria bélica e de segurança. Segurança para governantes, empresas e para a "nomenklatura", que decide e gerencia a execução dos projetos parciais, em cada estado, em cada área de influência, seja ocidental, comunista ou do mundo islâmico.

Cada um destes blocos procura manter seus interesses e traços culturais já descaracterizados pela globalização da economia e agilidade da informação, o que ameaça planos do núcleo gerenciador mundial, que encontra dificuldade para lidar com a ética e a moral das religiões, campo de estrutura transcendente que vem sofrendo intenso bombardeio. Razaõ por que buscam impor a religião única em elaboração nos laboratórios do venenoso pensamento ONU-sexual.

Enquanto estes poderosos decidem e visitam seus executivos das nações "em desenvolvimento" cercados por aparatos de segurança espetacular, os mortais comuns que lidam com a sobrevivência, ficam pensando: ora... veja bem esse menino, até que um governo mundial ia cair bem, decidindo o que estes cabras safados dos nossos políticos ficam cozinhando em banho maria... - E voltamos à metodologia, à forma, à norma e principalmente à ética ligada à concepção de Deus presente e soberano sobre as decisões individuais dos governantes.

Aquele pedinte, aquele maconheiro alí na esquina, aquele vagabundo que espera para dar o bote na bolsa da moça que passa, o boy que arrisca a vida costurando o caminho entre carros, o caminhonheiro que transporta o feijão, o arroz ou o conteiner, o operador de empilhadeira, o bombeiro, a dona de casa, o estudante... que valor têm para o político, para o governante ou para o ativista do partido politico?

A gente é apenas um número na paisagem, cumprindo com a obrigação, para pagar o imposto cidadão, embutido em cada troca, com o limite do poder de compra de salários mínimos. Todos são iguais perante a Lei? A tal lei não passa de promessa... Na verdade, todos são iguais apenas perante a Lei de Deus. Diante do estado, todos são "massa de manobra", à espera da tal paz mundial permanente, duradora, justa. Promessa mais que requentada. Parece até heresia pensar num mundo sem exércitos, sem guerras, sem mísseis, sem bandos armados e policiais se enfrentando. Um mundo em segurança habitado por humanos seguros de si, solidários, humanos civilizados, na verdadeira expressão da palavra.

A utópica Shangrila e o mundo intelectual descrito por Hermann Hesse em seu Jogo da Contas de Vidro não cabem nas previsões de Orwell ou de H.G.Wells, que descreveu o comando mundial de uma elite tipo "illuminatis", anti-Cristo, mas não marxista no seu entender executores de atividades "perniciosamente destrutivas e impotentes diante de dificuldades materiais." Parece descrição do momento que vivemos.

Mas neste mundinho onde se estreitam as fronteiras do pensamento e da comunicação, é sensível a transformação das ideias. Aumentam as redes de pessoas que trabalham na contra mão de governantes que elegem bandidos como exemplo. Estamos no limiar da religiosidade e conforto da presença de Deus, numa concepção pessoal que vai além dos limites das religiões e começa a ser avaliada pela ciência, que já tende a admitir o que alguns procuravam negar: Deus não se vê, mas está presente no comando. É só abrir o coração e deixar-se guiar pela presença d'O que está acima de tudo.