Por Arlindo Montenegro
Nos dias 27 e 28 de Fevereiro de 2011, o jornal argentino La Nación, publicou uma grande reportagem, mostrando como o poder de corrupção do comércio de drogas, atinge as mais altas esferas governantes da América Latina. A matéria trata da prisão do general boliviano René Sanabria, pelo poderoso departamento norteamericano de luta contra as drogas (DEA), no Panamá.
O general preso e conduzido para os EUA, era nada menos que o Diretor da Força Especial de Luta contra o Narcotráfico na Bolívia e Diretor da Unidade de Inteligência do governo de Evo Morales, que manobrou para encobrir o escândalo da milionária rede de comercialização de cocaína da Bolívia para os Estados Unidos e Europa.
O esquema de “estado traficante” começou com os irmãos Castro em Cuba, ganhou magnitude com o domínio das FARC sobre a fabricação e comércio da droga. A intimidade com os governantes socialistas fomentou o crescimento sem controle do comércio de drogas e armas, devido as afinidades políticas e a prática ditada pelos comunistas – desde Lenin, Stalin, Kruchov, Mao – que patrocinaram as redes internacionais de tráfico, para minar a moral do ocidente.
O resultado é panorama desolador das metrópoles e cidades interioranas, onde poucos ainda se amedrontam ou se indignam com a desgraça e danos cerebrais que as drogas espalharam, criando uma população de zumbís pagodeiros, funkistas, carnavalescos e personagens que a TV apresenta como vítimas simpáticas, criminalizando apenas o papel das polícias “que não têm poder para agir o devido rigor”. Salvam-se os mandantes e beneficiários políticos!
A educação para o uso de drogas começa na escola onde os valores sumiram do currículo, com prejuizo para a formação moral das crianças, senso de dedicação aos estudos, respeito aos mestres, aos pais, respeito aos outros, necessário ao convívio em sociedade. Alimenta-se o egoísmo e um estado de direitos dissociado de deveres. Algumas iniciativas voluntárias “utilizam religiões para ajudar pessoas, através do medo, a coibir certos atos criminosos.”
Isto nos leva a que um aluno, em Belo Horizonte, processe a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando “danos morais” por ser obrigado a estudar para a prova sub-sequente.E o aluno com todos os direitos, incluindo aquele de ser promovido sem mérito, insatisfeito, cravou uma faca de dezoito centímetros no peito do professor Kássio Vinicius Castro Gomes, matando-o.
Enquanto os controladores do mundo não definem os novos valores, o novo mapa de dominação e subserviência entre as nações, descaracterizadas como nações soberanas e alinhadas ao controle imperial regional, viveremos o caos social. Ou o caos socialista, onde o egoísmo e tendências maléficas são implantadas na mente juvenil na escola e na sociedade? Vivemos uma obscura transição para a civilização do não sabemos que.
Os valores essenciais que eram incutidos pelas religiões, agora são varridas do mapa das ideias e filosofias ideológicas do caos. A luta pela supremancia, pelo império de países mais avançados tecnologicamente sobre os fornecedores de matéria-prima, está em curso, sem definição, sem projeto claro.Os verdadeiros Mestres, capazes de motivar os jovens para a liberdade, foram substituídos por defensores do coletivismo irresponsável.
O conteúdo do aprendizado foi limitado, encurralado, direcionado para impedir a liberdade de pensamento. As religiões, salvo raras exceções, são traduzidas para reforçar a ideologia, debatendo-se entre a pregação moralista e a realidade amoral. Os poderosos dirigentes em todos os níveis, fingem acatar princípios éticos, morais e religiosos. Na prática engavetam tudo para cuidar de interesses pessoais.
Mal preparados e indecisos jogam o jogo bestial do mercado, controlado por umas poucas famílias locais ou globais. A gente, como nas civilizações ancestrais, como no império romano, continua sob o domínio do estado forte, que resiste à construção de um estado de direito democrático, ditando normas e comportamentos que ignoram o vínculo da família como célula mãe da sociedade.
A educação ainda comporta algumas ilhas de exelência, perdidas na tempestade. De alguns projetos que verdadeiramente são fundamentados em valores tradicionais, há uma esperança de formação de líderes que no futuro possam conduzir as pessoas para ambientes em que a força do espírito, a energia do saber e os valores essenciais e universais sejam dominantes, afirmando a humanidade.
Alguns projetos educacionais, no Brasil, parecem apontar para esta possibilidade. Estão nas grandes cidades, estão espalhados pelo interior, estão semeados e ativos, embora acossados por conservar valores e afastar-se das imposições ideológicas oficiais que contaminam todo a política educacional, com adoção de decisões adotadas pela ONU e que fogem à cultura tradidional, minando a soberania da nação.
Vivemos um perigoso tempo de transição. Sem projeto específico como nação e com pouco poder de decisão no cenário internacional. Cada vez mais subordinados a tratados internacionais que destroem a alma da gente, a estabilidade familiar e de modo imperceptícel para a maioria, impedem o desenvolvimento livre e criativo dos indivíduos e consequentemente, da nação.
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