quarta-feira, 17 de junho de 2009

CONTRADIÇÕES INSOLÚVEIS

Por Arlindo Montenegro

O aparente cabeça da ditalula brasileira deitou falação sobre direitos humanos, defendendo como tais, os mais cruéis assassinos e ditadores da atualidade dizendo que o negocio é dialogar com os tais. Dialogar com um terrorista armado até os dentes? Dialogar com alguém que age como fanático? Dialogar com quem é radicalmente contra os valores e princípios democráticos, que este governo finge defender?

É coerente. Eles violam direitos humanos que os países ditos democráticos defendem face aos acordos internacionais firmados na ONU e em outros organismos multinacionais. Por aqui se violam os mesmos direitos humanos, embora o governo negue. A tal Ong inglesa Human Rights Watch afirmam que a posição dos governantes brasileiros prejudica a eficácia dos organismos internacionais que tentam cobrar de Cuba, da Coréia do Norte, do Irã, do Sri Lanka e de vizinhos como a Venezuela, ataitudes compatíveis com um estado democrático de direito.

E assim a China governada pelo Partido Comunista, não é mais vermelha! Sua economia é credora dos EUA. É somente uma parceria rosa choque. Pode reprimir internamente, pode ajudar a Coréia do Norte a dominar armas atômicas. É tudo muito humano.

A Rússia, governada pela KGB mafiosa, que elimina jornalistas dissidentes, não é mais vermelha! Tem toques azulados, aristocráticos que nem a Europa. Cuba também está convidada a integrar esta nova “democracia capimunista”. Com o novo herdeiro do trono, o irmão Castro, pode manter prisioneiros políticos. É um direito, é humano. Assim como é direito e humano um nazista governando o Irã com as bênçãos dos aiatolás, cuja crença é: os que não acreditam no Alcoorão devem ser eliminados da face da terra.

Entre nós a crença se resume ao personalismo do pernóstico santo das caatingas, o novo conselheiro, que está fazendo o sertão virar mar e o mar virar sertão. O mais humano dos direitos é roubar! Roubar consciências, mentir, desinformar, enganar, trapacear e submeter. Desmoralizar todas as instituições. Ridicularizar crenças e tradições.

Um país sem face, sem identidade, sem personalidade. Uma nação de macunaímas! Uma população de miseráveis e oportunistas que ganham merreca pra aplaudir e fortunas na qualidade de sócios majoritários e minoritários sucateando o patrimônio para as ditas “nações civilizadas” onde os banqueiros determinam quem deve governar, viver ou morrer. Quem deve ser aplaudido e gozar direitos sem prestar contas a ninguém.

Esta é a nova ordem mundial dos direitos humanos de cabeça pra baixo. Dos direitos exclusivos para os humanos mais bestiais. Basta andar pelas ruas e olhar nos olhos amedrontados para sentir a carência de um toque de amor humano, na concepção tradicional. Basta perceber a dependência da agressividade dos bancos e das empresas de serviços essenciais, a agressividade da propaganda política e de consumo.

Basta refletir sobre a nova escola, a nova igreja, a nova família, o novo racismo imposto, os novos “ídolos imitados pela galera”, mimados pela mídia. Exemplares de costumes licenciosos, drogados e pervertidos ou cínicos e sem caráter como os governantes que “venceram na vida”. Uma vida de cabeça pra baixo. Uma vida sem o encontro dos olhos, sem a consciência que mantém a cabeça erguida.

Um sujeitinho aí disse outro dia que o comunismo, as ideologias já eram! Esta é a nova mentira! O cavalo de tróia foi admitido na cidadela das consciências dos simpatizantes e colaboradores melancias e rosados. Comunistas e economistas, banqueiros e capitalistas, associaram-se para inverter todos os valores e substituir todas as crenças, costumes, tradições, utopias, sonhos e culturas.

A nova seita é capimunista. E isto significa: o povo a serviço do Estado Total. O Estado que distribui o pão e o circo, que determina quem deve viver ou morrer. O Estado que subverte todos os valores. É o Estado da Economia Global controlada por uns poucos banqueiros e aristocratas. É a crise imposta para escamotear o mau uso das economias públicas desviadas para contas particulares de governantes e bando auxiliar.

A complexidade não é tão complexa para qualquer nível de entendimento. É fácil trocar em miúdos. O difícil é conviver com os conflitos sociais, a insegurança e os altos custos da incompetência presente nos três poderes. O cidadão está desarmado e entregue à própria sorte. Sem proteção, o que era humanidade caracteriza-se hoje como manada de bichos acuados, defensivos, agressivos.

O difícil é perceber a situação de reféns de uma força avassaladora. Perceber que o discurso e a autoridade moral, a consciência vital é impotente diante do cinismo impiedoso dos donos do mundo. O triste é perceber que George Orwell deixou de ser ficção.

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