A promoção da educação sexual para criancinhas, suscitou duras críticas contra um organismo da ONU e sua interpretação sobre a educação adequada a cada idade.
“Nunca é muito cedo para começar a falar com as crianças sobre questões sexuais”, segundo as diretrizes publicadas pela Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A UNESCO, outrora respeitada por sua independência e integridade, trabalha agora em associação com o Conselho Estadounidense de Educação e Informação sobre Sexualidade (SIECUS – Sexuality Information and Education Council of the US), seção educativa do controvertido Instituto Kinsey.
Em Setembro do ano passado, as diretrizes da UNESCO sobre educação sexual, receberam uma enxurrada de críticas, por promover o aborto legal e a masturbação para crianças de até cinco anos de idade. A intensidade das objeções, forçou o organismo a recolher a orientação, para reeditá-la, discretamente, em Dezembro.
A UNESCO reconhece que uma ex diretora da SIECUS, é uma das principais autoras de suas diretrizes sobre sexualidade. Um informe recente da ONU recomenda aquelas diretrizes, como modelo de educação sexual adequada para cada idade. Tal modelo, foi denunciado categoricamente na semana passada, pelos membros das Nações Unidas.
Na versão corrigida das diretrizes, a UNESCO eliminou parte da linguagem mais explícita, mas conservou um apêndice com os “princípios orientadores”, que incluem uma orientação para a educação sexual para crianças, desde o nascimento até os cinco anos de idade, inspirado na visão de Kinsey. Ensina-se aos pais como disponibilizar pequenos bonecos anatomicamente adequados, para ensinar sobre as diversas relações sexuais, de modo que o brinquedo sirva como apoio para a masturbação.
“Se um menino estiver tocando a genitália em ambiente privado, ignore o comportamento”, recomenda a orientação. Quanto à identidade de gênero e a orientação sexual, há uma advertência: os pais que insistam em reforçar a identidades de gênero tradicionais, dificultam o crescimento dos filhos. “A confusão sobre estes temas e o temor à homossexualidade (homofobia), fez com que muitos pais e adultos significativos, limitassem a expressão de meninos e meninas".
O modelo curricular incluído nas diretrizes da UNESCO, indica aos professores para evitar a moralização, já que o bom e o mau não existem quando se trata de valores. Os autores também observam que existe uma contradição quando são examinados “os enfoques religiosos e o que se baseia em direitos”. Mais adiante, analisando o dsenvolvimento sexual, adverte que desde o nascimento até os dois anos, os meninos já podem “experimentar o prazer genital” e a partir dos três anos participar de “jogos sexuais”.
O infame sexólogo Alfred Kinsey, fundou seu instituto na Universidade de Indiana. Kinsey alcançou a notoriedade nas décadas de quarenta e cinquenta, por sua documentação de comportamentos sexuais humanos. Os críticos o acusaram de promover a pedofilia, referindo sua investigação que documentava orgasmos em crianças e infantes. O Instituto Kinsey, inaugurou o SIECUS, seção educativa, em 1964, tendo como primeira diretora a dra. Mary Calderone, ex diretora médica da Planned Parenthood.
Um informe recente do governo, revela que o SIECUS, recebeu 1,6 mulhões de dólares entre 2002 e 2009.
No mês passado, uma equipe de trabalho da UNESCO emitiu um novo informe, pedindo uma nova revisão da moratória da ONU sobre a clonagem humana. O organismo propõe que somente a clonagem terapêutica seja proibida, o que permitiria o apoio à investigação que outros tipos de clonagem supõem.
Tradução: A. Montenegro
Nenhum comentário:
Postar um comentário