segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O PODER DA NOVA SKULL & BONES

Meu amigo Pedro da Veiga, editor  do excelente blog www.pedrodaveiga.blogspot.com, indicou a matéria abaixo, cujo endereço fonte enconta-se ao final, contendo  outras informaçõs sobre o escritor e autor da matéria.

O poder da nova “Skull & Bones”
Um dos edifícios estranhos do campus de Yale lembra um mausoléu. Dentro, um jovem, um dos 15 estudantes escolhidos a cada ano, está deita­do nu em um sarcófago. Ele não está morto; está recitando uma autobio­grafia sexual anterior à sua “seleção” para a [sociedade secreta] Skull and Bones.


A cerimô­nia é chamada de “Alegria do Conúbio”, e sem dúvida ajuda no processo de vinculação, que será vitalício. Em pé, circundando-o, há 14 outros inicia­dos e os membros atuais, que são sêniores em Yale. As atividades tornam-­se mais estranhas e diz-se que se fosse possível alguém subir no alto do Weir Hall «poderia ouvir estranhos gritos e lamentos vindos das entranhas da tumba». Ao contrário de uma fraternidade normal, ninguém mora realmente no edifício. E também – em oposição a uma fratemidade – os iniciados da Skull and Bones ficam cada vez mais ricos e adquirem conexões que podem assegurar seu sucesso por toda a vida.
Grandes nomes são membros da S & B

O presidente George Bush anterior é um dos que se deitaram no caixão. Ele não é o único membro famoso; seu filho George W. Bush é outro. Um terceiro presidente, William Howard Taft, era um bonesman, ou seja, um “membro”, e seu pai, Alphonso Taft, foi um dos fundadores. As probabilidades de que três presidentes surjam de uma fratemidade que ad­mite quinze membros por ano são infinitesimais. Mais uma vez, então, o apoio de um companheiro bonesman significa ter força política – sufici­ente para entrar na Casa Branca. A lista de afiliados da Skull and Bones representa uma das maiores concentrações de poder nos Estados Unidos. Nomes como Pillsbury, Kellogg, Weyerhaeuser, Phelps e Whitney são abundantes. Eles dominam no mundo dos negócios e também na arena política.

Além dos três presidentes, numerosos congressistas, juízes e líderes militares têm sido membros da Skull and Bones. O senador John Chafee, de Rhode lsland, é um dos membros. O senador Robert Taft foi um mem­bro. O conservador William F. Buckley é um membro e também seu irmão James, proponente da ClA.
 A CIA, reduto da S & B

A ClA é uma virtual reunião de classe de Yale. Ambas as organizações têm a mesma estátua de Nathan Hale, e ambas são consideradas como um campus, o que não é uma designação usual para quartéis-generais de uma unidade governamental de inteligência. E entre a reunião de classe ativa de Yale, em Langley, ser um membro da Skull and Bones é considerado uma das mais proeminentes experiências. O diretor de pessoal nos primeiros anos era F. Trubee Davison, que se tornou o bonesman em 1918. Quando a ClA fez do Chile um lugar seguro para os interesses dos homens de negócios americanos, o delegado chefe do quartel era o bonesman Dino Pionzio. O bonesman Archibald MacLeish iniciou sua carreira na inteligência transferindo-se depois para a revista Time do bonesman Henry Luce. A indicação de MacLeish para ocupar um posto de inteligência foi feita por outro membro das sociedades secretas de Yale, Wilmarth Sheldon Lewis da [também sociedade secreta, ligada à S&B] Scroll and Key (Pergaminho e Chave).

McGeorge Bundy, o homem que nos deu a Guerra do Vietnã, é um membro da Skull and Bones. William Sloane Coffin, que deixou a ClA em protesto contra a guerra, também é um membro. Russell Davenport, funda­dor da Fortune, é um bonesman. O senador John Forbes Kerry, um her­deiro da família Forbes, do comércio da China, também é um dos membros.
 Outras personalidades membros da S & B

Os autores de «Wise Men, Six Friends and the World They Made» («Homens Sábios, Seis Amigos e o Mundo que Fizeram») observam que, para muitos, «a afiliação a uma antiga sociedade em Yale era o ponto crucial para o sucesso na carreira em Yale. A mais antiga e a maior, e realmente a mais legendária… era a Skull and Bones». Dois desses seis amigos mencionados no título da obra eram membros da Skull and Bones, William Averill Harriman e Robert Abercrombie Lovett. Quando Harriman trans­portava despachos secretos na Primeira Guerra Mundial, ele lhes dava o código 322, que só era conhecido pelos bonesmen. Quando a terceira es­posa, Pamela Churchill, perguntou a Harriman a esse respeito, em 1971, ele lhe disse que não podia dizer nem mesmo a ela.

Para os que imaginam o que acontece por trás dos portões de ferro desse santuário quase maçônico, há poucas respostas, Se um bonesman está em uma sala e surge o assunto da organização, ele não só não pode responder, como também sai da sala. Os juramentos feitos entre ossos e caveiras de esqueletos de celebridades nunca foram violados. Ninguém tem esse poder.

Nos últimos anos, Ron Rosenbaum e Antony Sutton, autores de «America’s Secret Establishment» («O Estabelecimento Secreto da Améri­ca»), lançaram uma luz sobre a organização secreta. A Skull and Bones é a beneficiária de um crédito dos herdeiros da Russell and Company. Não se sabe qual montante do dinheiro, proveniente da vasta fortuna do comércio com a China, que entrou na Russell Trust Association, mas cada membro selecionado para a sociedade secreta começa com 15 mil dólares e inúme­ras conexões valiosas. Entre os nomes de antigos milionários estão Adams, Bundy, Cheney, Lord, Stimson e Wadsworth. Entre os nomes de milionários mais recentes contam-se Harriman, Rockefeller, Payne e Bush. Averill Harriman, da firma de Wall Street, Brown Brothers Harriman, é outro mem­bro e o patrono da fortuna de Bush. E a Brown Brothers é o repositório dos fundos da Skull and Bones.
 Um círculo de elite fechado

Dessa notável base de poder, os herdeiros da Russell Trust mantêm o controle de um círculo fechado de poder. O círculo externo consiste em organizações existentes pelo menos na semi-obscuridade, que engloba a Comissão Trilateral, o Brookings Institute, o CFR – Council on Foreign Relations e as Round Tables of Commerce [“Távolas Redondas”] – em numerosas cidades. Estas, por sua vez, asseguram que a elite permaneça no controle dos negócios, governo, universidades e meios de comunicação americanos. De fato, uma porta giratória de membros da Trilateral e do CFR atua em postos-chave no governo e nos negócios. Eles fazem as leis. Eles se permitem o uso de instituições – isentas de impostos – para garantir que as idéias da classe dominante sempre prevaleçam, financiando pessoas e pro­jetos “certos”. O sistema de elite perpetua-se.

Um manto de segredo protege o trabalho interno dessas organiza­ções, porém o segredo tem sido alvo de ataques. Em abril/2001, o New Yark Observer e Ron Rosenbaum filmaram realmente os ritos secretos da iniciação da Skull and Bones. Usando equipamento de vídeo de visão noturna de alta tecnologia, a organização – cujos membros deram origem ao Office of Strategic Services (OSS) da ClA, e preencheram inúmeros car­gos de secretários estaduais e atuaram como consultores segurança de nacional – foi espionada por eles. A cena vulgar nem precisa ser recontada nessas páginas, porém seria muito mais embaraçoso se outros meios de comunicação tivessem levado a história adiante.
 Uma agenda secreta

Existe uma agenda da Skull and Bones? Os bonesmen «acreditam na noção de um “caos construtivo”, que justifica a ação secreta», escreve Joel Bainerman em «lnside the Covert Operations of the ClA and Israel’s Mossad» («Dentro das Operações Secretas da CIA e da Mossad de Is­rael»). A política externa dos bonesmen é quase sempre realizada segundo uma agenda secreta. Alphonso Taft era o secretário da Guerra quando pressionou McKinley a declarar guerra à Espanha. Após o assassinato de McKinley, Teddy Roosevelt assumiu e trouxe o bonesman William Howard Taft. Outros da Ordem que haviam ocupado postos bélicos foram Henry Stimson, secretário de Estado na gestão de Hoover; Robert Lovett, secre­tário da Defesa na época da Guerra Fria; general George Marshall, que se tornou secretário de Estado de Truman; McGeorge Bundy, consultor de segurança nacional de Kennedy; e Averell Harriman, embaixador para o sudeste da Ásia durante a guerra do Vietnã. Segundo a doutrina de Stimson, deve haver guerras periódicas regulares para entreter descontentes e reu­nir a nação em um objetivo comum; assim, os bonesmen George Bush e George W. Bush preservaram a tradição com breves excursões militares na Ásia e América Latina.
 Do ópio na China, até a Time-Life

Mas até que ponto a Skull and Bones exerceu influência política sobre a história do século 20? Na Ásia, a política americana começou com a política das famílias do ópio da Nova Inglaterra. Depois de colher suas fortunas na Ásia, as famílias voltaram a atenção para a pátria e construí­ram estradas de ferro, fábricas e minas. A presença americana permane­ceu na China, pois missionários tentaram “reformar” os chineses para que aceitassem mais as maneiras ocidentais. Henry Luce era filho de um mis­sionário na China. Ele foi enviado a Yale para completar a educação e foi escolhido para a Skull and Bones. Em «Whiteout: The ClA, Drugs and the Press» («Whiteout: A CIA, as Drogas e a Imprensa»), Alexander Cockburn e Jeffrey St. Clair escrevem: «O Dia da Seleção foi um ponto decisivo para Luce. Ele ansiava por ser escolhido para a Skull and Bones, a suprema sociedade de Yale, a honra máxima». Com 86 mil dólares emprestados, principalmente de outros colegas de Yale, Luce, com a ajuda de outros estudantes que serviam de assistentes, começou a revista Time, que mais tarde se tornaria a revista Life.

Luce casou-se com Clare Boothe Brokaw que, tanto quanto ele, se interessava pela China. Juntos, agiram em nome do China Institute of Arnerica para trazer estudantes chineses para os Estados Unidos. Luce e sua espo­sa eram amigos muito próximos da família chinesa Soong, cujas atividades corruptas ajudaram na ascensão do comunismo. Quando o exército de Chiang Kai-shek foi derrotado, o lobby, ou seja, o grupo de ação influente de Luce na China uniu John Foster e Allen Dulles, a família Rockefeller, Thomas Lamont e o Cardeal Spellman para granjear a assistência america­na. Chiang Kai-shek perdeu credibilidade quando seu exército foi derrotado em uma batalha após a outra, e ele e sua família pilharam 300 milhões de dólares de fundos americanos. Mas Chiang Kai-shek não perderia o apoio de Luce, que ainda estava enraivecido com o fato de Mao Tse-tung tê-Io derrotado. A revista Time daria constante apoio à causa nacionalista.
 De Mao Tse-tung à guerra no Vietnã

Mao Tse-tung fora aluno de Yale, talvez, em conseqüecia dos esfor­ços de Luce na China. A Yale Divinity School havia estabelecido um núme­ro de “iliais” de escolas na China, e Mao fora seu aluno mais famoso. Mesmo não tendo sido escolhido para a Skull and Bones, quase todos os recentes embaixadores na China foram um banesman: George Bush, Winston Lord e James Lilley – todos alunos da Skull and Bones – todos em­baixadores na China.

Depois de aberto o caminho por um homem franco como Luce, a América foi convocada a agir para incentivar a batalha dos franceses no Vietnã como um meio de restringir a expansão comunista. O resultado foi uma longa e indecisa guerra, além de muito cara, que custou dezenas de milhares de vidas e desencadeou a ruína na América por trazer o vício em heroína com os 80 mil veteranos de guerra que voltaram para casa.

O lobby da China e a Skull and Bones estavam firmemente por trás da Guerra do Vietnã e infelizmente em posição de assegurar que a guerra tivesse continuidade. Os considerados melhores e mais brilhantes, como os bonesmen McGeorge Bundy, Henry Cabot Lodge e Dean Acheson (cujo filho é um banesman), deram maus conselhos, repetidamente, ao presiden­te, enquanto os americanos perguntavam-se quantas vidas mais o país seria forçado a sacrificar a 12.000 milhas de distância. A questão, todavia, era maior que a própria guerra. A ClA, impulsionada por Yale, nunca interrom­pera a luta e depois apoiara o exército KMT de Chiang Kai-shek, não tardando para que a guerra se tornasse uma disputa de turfe para as corporações com apostas mais altas e igualmente para os traficantes de drogas. O conflito no Vietnã era uma fonte de lucros para as corporações que recebiam o maior volume de negócios decorrentes da guerra: a Bell Helicopter Company da Textron, empresas químicas, entre as quais a Dow Chemical e Monsanto, que produziam o agente laranja e outros desfolhantes, além das empresas de construção Brown and Root, um patrocinador im­portante do presidente Johnson.
 Conexão da United Fruit

Da mesma maneira que o debate sobre o Vietnã foi decidido por al­guns poucos, também as relações com a América Latina o seriam. Quando o negócio de ópio perdeu seu brilho, os parceiros de Russell encontraram oportunidades em outra parte. Joseph Coolidge, um sócio de Russell, pas­sou a herança da Marinha Mercante para seu filho Thomas Coolidge, que organizava a United Fruit. A Companhia havia começado como importado­ra de bananas, mas não tardou a dominar as chamadas repúblicas de bananas que controlava, sendo proprietário de ferrovias e sistemas de comunicação.

Os sangues-azuis de Yale e sua CIA estavam firmemente no controle da empresa – que também fazia negócios com membros de facções crimino­sas de Nova Orleans – incorporou sua linha de navios mercantes à United Fruit em 1900. Seu sucessor do submundo, Charles Matranga, permaneceu próximo da United Fruit durante toda sua vida e em seu funeral os executi­vos da United Fruit compareceram. A plebe de Nova Orleans era então controlada por Carlos Marcello, período em que ele importava morfina e cocaína de Honduras. No mesmo ano em que Marcello assumiu o controle, a diretoria comprou seu maior rival, Samuel Zemurray, com o estoque de sua empresa. Alguns anos depois, quando Zemurray tornou-se incômodo como membro da diretoria, Thomas Cabot demitiu-o.

Mais tarde surgiu um novo desafio. Jacob Arbenz, o presidente demo­craticamente eleito da Guatemala, decidiu que a terra deveria ser devolvida ao povo e assim teve a audácia de comprar terras da United Fruit pelo valor que a empresa alegou que ela valia. O acionista da United Fruit, John Foster Dulles, disse que o país estava sob «um reino de terror comunis­ta» e a América devia tomar uma atitude. O congressista de Massachu­setts, John McCormack, atacou verbalmente os representantes de seu in­vestimento, declarando que 90% dos investimentos estrangeiros da Nova Inglaterra estavam na América Latina. O senador Cabot Lodge, cuja família possuía ações, liderou o ataque, e uniu-se a Thomas Cabot e seu irmão John Moors Cabot, secretário assistente do Estado.

A história da United Fruit foi alimentada pelos meios de comunicação e tinha trunfos no Congresso e, finalmente, um alto executivo levou o caso ao CFR. O Conselho empregava um lobista, Thomas Corcoran, para atuar como ligação com a ClA. Tommy, “o Rolha”, como era chamado, tinha amigos como Walter Bedell “Beetle” Smith, o diretor da ClA. Corcoran havia trabalhado como representante legal da “linha aérea” da ClA no Laos e no Vietnã. A agência de inteligência americana de fato era proprietária de uma linha aérea chamada CAT, Civil Air Transport, e mais tarde chamada de Air America, que seria tema de um filme de 1990 com o mesmo nome.

Em 1954, a ClA usava Honduras para derrubar o governo da Gua­temala. Uma série de escândalos de transações desonestas e drogas em Honduras derrubou a liderança na década de 1970, mas a ClA garantia que Honduras seria um ponto principal de plataforma para as ações nas vizinhas Guatemala e Nicarágua. Quando a revelação final dos fatos ocor­reu com a Drug Enforcement Administration (DEA), que estava se tornando desconfortável para a ClA, foi o escritório da DEA que fechou. Apesar da chamada Guerra das Drogas, o plano de drogas livres era muito menos importante que a agenda da United Fruit, seus acionistas e a ClA.
 A Conexão Bush
A mentira mais conhecida de George Bush sobre os impostos ofusca sua outra grande mentira: «Dou minha palavra de que esse flagelo terá um fim» – que fez parte de seu discurso de posse. O número de viciados em heroína na América, que caiu de 500.000 para 200.000 nos anos subseqüen­tes ao Vietnã, elevaram-se bruscamente novamente depois que a América – por intermédio da ClA – deu assistência ao Afeganistão. O financia­mento da ClA ao cultivo de ópio enganou poucos. O Strategic Council on Drug Abuse (Conselho Estratégico sobre o Abuso de Drogas) do presiden­te frustrou-se tanto com o silêncio da ClA sobre o assunto a ponto de ressaltar em um editorial do New York Times que o uso da droga aumen­taria, exatamente como ocorrera, quando das aventuras da ClA no Laos. A previsão estava correta, pois o censo de viciados indicou crescimento para 450.000 e as mortes por heroína em Nova York elevaram-se 77%.

Uma forma criativa do caos construtivo da Skull and Bones fizera o governo despender bilhões para combater as drogas e mais bilhões para prender os usuários, ao mesmo tempo em que promovia a segurança do mundo contra os lordes da droga das colinas afegãs ao Triângulo Dourado do su­deste da Ásia e costa de Honduras.
 George Bush, George W. Bush e Dick Cheney
A tradição Bush na Skull and Bones teve início com o pai de George, Prescott, que foi um bonesman e trabalhou na inteligência do Exército. No casamento de Prescott Bush e Dorothy Walker, cinco bonesmen atuaram como porteiros. Os membros da família Bush eram próximos dos Rockefeller e Harriman e trabalharam em inúmeras diretorias da corporação. George Herbert Walker Bush nascera e fora criado em Greenwich, Connecticut, e estudou em Andover e Yale. Com o dinheiro do dono do Washington Post e conexões da família e seus grupos de “bones”, George dirigiu-se para o Texas para fazer sua fortuna.

O bonesman Henry Neil Mallon, um dos quatro Mallons no grupo, deu a George a chance de aprender sobre negócios de petróleo em sua empresa, a Dresser lndustries, que Mallon havia comprado de sua família fundadora, com dinheiro de Harriman. Depois do aprendizado de George na Dresser, ele deu início à sua própria empresa, a Zapata Oil, com dois sócios. A Zapata Oil perfurava poços ao leste do Golfo do México. A ilha-base da empresa em Cay Sal Bank seria usada para atividades da ClA contra Fidel Castro. A invasão da Baía dos Porcos, em 1961, foi na realidade conhecida como a “Operação Zapata”. Dois navios usados na operação fo­ram o Barbara e o Houston os nomes da nova esposa de George e da recém-adotada base principa1. Embora geralmente seja negado, a carreira de George Bush na ClA começou nessa época, e ele ainda era ativo na organização em 1963. Posteriormente, tornou-se diretor da ClA.
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Bush “filho”, Dick Cheney e a Halliburton

A carreira de George W. Bush transcorreu de acordo com o mesmo plano de jogo de seu pai, com exceção do envolvimento na ClA. George W. foi para Yale, foi membro da Skull and Bones, trabalhou nos negócios de petróleo e depois mudou para a política. Na corrida presidencial de 2000, ele teve como companheiro na disputa Richard Bruce Cheney. Mesmo que o futuro vice-presidente não fosse um bonesman, há nove Cheneys na lista de associados da Skull and Bones. O ancestral de Cheney, que chegara na América em 1667, desembarcou em Massachusetts, o que permitiu à família ser considerada também de sangue-azul. Assim como George H. W. Bush, Cheney tinha ligações com a inteligência militar, tendo sido um forte apoio do tenente-coronel Oliver North. Cheney foi até secretário de Defesa de Bush durante a Operação Tempestade no Deserto. Cheney tam­bém foi para o Texas, onde se tornou o diretor de Halliburton, uma empresa de perfuração de poços de petróleo que havia adquirido a Dresser lndustries em 1998, durante seu mandato na diretoria. A subsidiária da empresa, Brown and Root, continua sendo importante doadora de campanha, só que agora para os candidatos republicanos em vez dos democratas, e uma beneficiária de grandes contratos do governo.

A história da noite em que George W. Bush foi selecionado para en­trar na Skull and Bones é contada no livro de Bill Minutaglio, «First Son» («Primeiro Filho»). George não tinha certeza de que queria o rigor de se reu­nir duas noites por semana com os bonesmen. Ele já havia nascido rico e, graças a seu pai, dentro do poder. George disse a um colega de classe que preferiria unir-se a “gim e tônica”. Seu pai, provavelmente prevendo a dú­vida do filho, bateu à sua porta às 8 horas da noite e disse ao jovem George que era hora de fazer a coisa certa, para se tornar um “bom homem”. George W. aceitou.
 Os bones e a “surpresa de outubro”
Em novembro de 1980, o presidente Jimmy Carter, que já sobrevivera a duas tentativas de assassinato e a intrigas de uma poderosa máquina que não conseguia compreender totalmente, perdeu a eleição presidencial. Eram os poderes que haviam contribuído para colocá-loà retaguarda de Ronald Reagan e do bonesman George Bush. Porém, o que os republicanos mais temiam era que a situação dos reféns no Irã fosse resolvida antes da elei­ção. Apesar da constante má administração na Casa Branca de Carter, uma notícia de último minuto dos reféns americanos, a “Surpresa de Outu­bro”, poderia afetar sua popularidade o suficiente para decidir a eleição.

A teoria da conspiração, abordada em inúmeros livros, conta a histó­ria de George Bush, um companheiro bonesman do senador John Heinz III, em companhia de alguns agentes da inteligência, voando para a Espanha para encontrar-se com membros do governo do Irã. A negociação era para que o Irã mantivesse os reféns até depois da eleição, em troca de armas. Essa negociação também daria início ao estranho contra-Aftair entre Oliver North e o Irã – e que seria revelado anos depois.

Após a eleição, teve início uma série de assassinatos e estranhas mortes, entre as quais as do administrador de campanha e espião sênior de Reagan, William Casey; Amaram Nir, um oficial israelense; a do comercian­te de armas Cyrus Hashemi, e da jornalista radialista Jessica Savitch. Em uma notável coincidência, os senadores John Heinz e John Tower foram assassinados em distintos acidentes de avião com a diferença de algumas horas, em abril de 1991. Supostamente, ambos faziam parte da “Surpresa de Outubro”. E ambos eram homens poderosos no Senado.

O pai do senador Heinz, John Heinz II, fora um membro da Skull and Bones em 1931. John III, príncipe da fortuna da empresa de molho de tomate Heinz, casara-se com Teresa Simões Ferreira, nascida em Moçambique, e filha de uma família portuguesa, que na época era ainda uma colônia. Teresa S. Ferreira, um membro da diretoria do Carnegie Institute, mem­bro do Brookings Institute e também do CFR – Council on Foreign Relations, de repente herdara uma fortuna no valor de 860 milhões de dólares. Ela então se casaria com outro senador, o bonesman John Forbes Kerry. John Kerry, cujos ancestrais estavam entre os pioneiros do ópio na China, investigou o contra-affair do Irã, e descobriu a rede de auxílio particular de Oliver North aos “Contras” e desmascarou o Bank of Commerce and Credit lntemational (BCCI). Foi-lhe dado o crédito por sua coragem em atacar a corrupção vigente em Washington e a inteligência do tráfico de drogas, mas outros dizem que sua investigação logo foi interrompida. Mas as coincidências não.
 Coincidências e o Assassinato de JFK
O assassinato do presidente John Kennedy tem meio século, mas muitos acreditam que nunca será solucionado. A primeira suspeita de envolvimento estrangeiro (caso se dê crédito a J. Edgar Hoover e Clare Boothe Luce), foi rapidamente desacreditada. Luce disse que um agente anti-Castro telefonou-lhe no dia do assassinato de JFK e disse que Oswald era comunista. A próxima vítima de suspeita foi a ala da direita america­na, pois, supostamente, alguém mencionara o nome de George Bush – ouvido de boa fonte de informação – como participante da trama do assassinato. Os próximos suspeitos seriam criminosos de organizações, como a Máfia, e até produtores de petróleo do Texas. Finalmente, a CIA americana foi tida como provável e principal culpada.

As pesquisas conduzidas por céticos do «Warren Commission Report» («Relatório da Comissão Warren»), que Allen Dulles previra e que ninguém leu, indicam que a CIA era o poder por trás da conspiração. Um cético foi Robert Kennedy, que perguntou diretamente ao diretor da CIA, John McCone: «A CIA matou o meu irmão?» McCone disse que não.

Um motivo para o assassinato do presidente Kennedy pode ter sido seu fracasso em recuperar Cuba para os Estados Unidos e isso punha em risco outras ilhas do Caribe onde a United Fruit e um punhado de empresas açucareiras colhiam os prêmios do Capitalismo explorador. Outro motivo podia ser o fato de Kennedy ter ameaçado acabar com o centro de lucros do Vietnã, que trazia fortunas aos numerosos investimentos dos sangue-­azuis na aviação, particularmente a Textron, dona da Bell Helicopter, e a empresa de construção Brown and Root (que havia concedido a Lyndon B. Johnson os fundos para sua campanha). Este capítulo não tentará solucionar o mistério da morte de Kennedy, só tentará lançar uma luz sobre algumas das incômodas coincidências que os autores do «Warren Commission Report», como Earl Warren e Allen Dulles – que nutriam ódio pelo presidente – e que acredi­tavam que ninguém jamais iria ler.

Lee Oswald apenas?

A conspiração, segundo rastreamento da Warren Commission, talvez tenha começado quando um jovem marinheiro, chamado Lee Harvey Oswald, que tinha contato com o Office of Naval Intelligence (Gabinete de Inteligência Naval), passou a estudar russo durante sua permanência na base de alta segurança no Japão, saindo depois da Marinha e desertando para a Rússia. Na Rússia, o soldado foi bem tratado, recebeu um apar­tamento, um emprego e até pôde casar-se. Uma “turista” americana, Mary Hyde, tirou uma foto de Oswald, alegando que se perdera enquan­to fazia turismo, o que era quase impossível na Rússia da Guerra Fria da década de 1960.

O desertor, de que se suspeitava ter passado informações dos vôos U-2 a seus hospedeiros russos, voltou para casa sem sofrer punição do governo. Em vez disso, recebeu um empréstimo desse mesmo governo para comprar uma casa onde iria viver com sua mulher russa. Ele teve então uma série de empregos, e num deles, pelo menos, exigia-se um certificado de antecedentes. Ele também havia encontrado George DeMo­hrenschildt, que tinha ligações com o negócio de petróleo e conhecia George Bush e Jacqueline Bouvier Kennedy. DeMohrenschildt apresentou Oswald a Michael Ralph Paine e Ruth Hyde Paine, ambos pertencentes à United World Federalists (Federalistas Mundiais Unidos), que tivera seu início com Cord Meyer – da CIA.

Mais coincidências

Outro membro da United World Federalists era Priscilla Johnson. Supostamente rejeitado para um emprego na CIA por causa de sua afiliação na United World Federalists, Johnson todavia voltou-se para a Rússia e encontrou Oswald. A mãe de Michael Ralph Paine era Ruth Forbes Paine, da mesma família cujos navios transportavam ópio para a China no século 19. O irmão de Ruth Paine, William Forbes, estava na diretoria da United Fruit. Do lado paterno, Michael tinha entre seus ancestrais os Cabot, dentre os quais um primo que se sentara com a diretoria da United Fruit. A esposa de Michael, que também chamava-se Ruth, era filha de William Avery Hyde. Ela era íntima da família do marido, e em julho de 1963, foi para Naushon Island, o reino dos Forbes ao largo de Woods Hole, para visitar sua sogra, Ruth.

A melhor amiga de Ruth, Mary Bancroft, não só era da CIA, mas também estava envolvida em uma relação antiga com Allen Dulles. Mary Bancroft escreveu também sobre seu caso de 20 anos na autobiografia, «My Life as a Spy» («Minha Vida de Espiã»). O pai de Mary fora eleito prefeito de Cambridge quatro vezes e havia sido presidente da Boston Elevated Railway. O padrasto de sua madrasta era Clarence Walker Barron, que publicava os jornais Barron’s e o Wall Street Journal. O primeiro marido de Mary Bancroft trabalhava como chefe da United Fruit em Cuba e sua filha casara-se com o filho do bonesman e senador Robert Taft.

Quando Ruth Paine, esposa de Michael Ralph Paine, voltou de Naushon, os Paines receberam em sua casa o jovem Oswald e sua esposa russa, Marina. Ruth arranjou, para seu desertor adotado, um emprego na Texas School Book Depository (Depósito de Livros da Escola Texas). Ruth e Michael apre­sentaram uma evidência irrefutável que ajudaria a condenar seu novo ami­go – tivesse o departamento de polícia protegido Oswald por tempo suficien­te para levá-lo a julgamento. Em um documento revelado ao público, um informante descreve um telefonema que Michael fizera a Ruth logo após o atentado, em que ele lhe dizia que não acreditava que Oswald estivesse envolvido e que «nós sabemos quem é o responsável».

Por que Bob Kennedy perguntou à CIA se esta matara o seu irmão?

A CIA havia cometido o erro mais grave da breve presidência de John Kennedy – a invasão da Baía dos Porcos. Isso levou Kennedy a se livrar de Allen Dulles (que havia aconselhado a operação), e a ameaçar esmagar a CIA em milhões de pedaços. E o mais surpreendente foi quando o comitê estabelecido para investigar o assassinato do presidente foi constituído de Earl Warren, que era contemplado para os Teamsters (que Robert Kenne­dy havia investigado), por Gerald Ford, que também era contemplado para os Teamsters, e Allen Dulles. A CIA era a suspeita natural do assassinato.

[OBS: International Brotherhood of Teamsters - IBT (Irmandade Internacional dos Caminhoneiros) é um sindicato nos Estados Unidos e Canadá; formado em 1903 pela fusão de várias organizações locais e regionais e caminhoneiros, a união agora representa uma diversa coletividade de trabalhadores manuais e outros profissionais tanto públicos quanto privados. O sindicato tinha aproximadamente 1,4 milhão de membros em 2007].

A maior prova irrefutável na investigação da Warren Commission foi o conhecimento público do filme «Zapruder», rapidamente comprado pela Time/Life Corporation de Luce. O filme mostrava a cabeça do presidente Kennedy ser atingida de forma tal que só seria possível se a bala tivesse entrado pela fronte direita, mas foi feito de modo que a cabeça do presidente tombasse para a frente, indicando um tiro vindo de trás – o que significava que a ordem do filme fora invertida. Mais tarde, afirmou-se que essa inversão fora um acidente.
 Continuam as coincidências
Depois que a Warren Commission foi desaprovada pelo público, ou­tras comissões foram estabelecidas para investigar a CIA e o número cada vez maior de assassinatos políticos na América. A evidência mais recente apontava para o envolvimento da inteligência no assassinato de Kennedy e a evidência forense mostrou a improbabilidade de ter havido somente um atirador. É mais provável que uma equipe de dois ou três homens estivesse a postos. Marita Lorenz, em seu testemunho, disse que fazia parte da operação e deu o nome de dois agentes da CIA e de alguns cubanos também envolvidos. Em sua breve e notável vida, Lorenz havia sido amante de Fidel Castro e depois participou do plano da Operação 40 da CIA para matá-Io. Ao mesmo tempo, ela “saía” com o ditador venezuelano Marcos Perez Jimenez, cujo governo era tão corrupto que até a Igreja Católica Romana discordava dele. Como Lorenz sobrevivera para testemunhar? Sua mãe, Alice June Lofland, era prima de Henry Cabot, e trabalhava para a NSC. Lorenz testemunhara para o Select Committee on Assassination (Comitê Selecionado sobre o Assassinato) sobre o plano da Operação 40 contra o presidente: «Desde que me uni à Operação 40 … eu só ouvia “Nós vamos pegar Kennedy”». Ela disse que ninguém a mataria por causa do «poder [de sua mãe] na National Security Agency» (Agência de Segurança Nacional).
 Apenas relações entrelaçadas da elite…
Entre a série de estranhas mortes ocorridas logo após o assassinato de JFK estava a de Mary Pinchot Meyer, ex-esposa de Cord Meyer. Mary Pinchot Meyer foi assassinada quando andava ao longo do canal de Chesapeake em Ohio. Os assassinatos são raros em Georgetown, mas esse caso espe­cífico reuniu algumas estranhas circunstâncias e nunca foi solucionado.

Cord Meyer era um agente da CIA educado em Yale e ligado a Ruth e Michael Paine por meio da United World Federalists, que ele havia funda­do antes de Dulles levá-Io para a CIA. Mary Pinchot Meyer tivera um caso com JFK. Mary fora uma das pessoas mais influentes na CIA. Logo após a morte de Mary Pinchot Meyer, o chefe da contra-inteligência da CIA, James Jesus Angleton, entrou em sua casa «com uma chave para conservar o local» e pegar seu diário. A Angleton juntou-se Ben Bradlee do Wa­shington Post, que era da sogra de Mary Pinchot Meyer.

Apesar de uma série de coincidências improváveis, não importa se suspeitas ou não, não foram encontradas evidências de conspiração, suge­rindo que existia algo fora do alcance dos olhos do público. As coincidên­cias apontavam para algumas relações entrelaçadas da elite que mantém o controle dos negócios nacionais – um controle tão vigoroso e inimaginável para a maioria das pessoas. As coincidências sugerem, ainda, que os meios de comunicação, em mãos de tal elite, poderiam barrar qualquer relatório de uma investigação séria.
Ref. http://blogdoambientalismo.com/o-poder-da-nova-skull-bones/

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