O que se tem testemunhado historicamente é que o gigantismo do estado tem relação direta com a ignorância e com a miséria material, moral e cultural. Neste momento o que seria defensável era, como diz Almendra, a “construção multinacional para trancafiar todos os canalhas do mercado financeiro e seus cúmplices executivos de empresas privadas”. Acrescento à lista os governantes que se beneficiam deste sistema de rapinagem.
Os avanços morais e materiais positivos das civilizações, as grandes economias, não foram mobilizadas pelo socialismo. Os ditadores e partidos comunistas foram alimentados por finanças geradas no campo capitalista, foram incapazes de mobilizar indústrias competitivas e sua excelência restringiu-se ao campo das armas. O planejamento centralizado pelo estado conseguiu anular a vontade e a individualidade criativa.
“A livre iniciativa sempre foi o remédio para enfrentar o risco do apodrecimento moral e ético das estruturas de poderes públicos e das relações públicas e privadas, que se transformaram em fossos de detritos do que pior existe no comportamento humano conforme o agigantamento da estrutura do Estado.”
O Estado gigante e controlador, permite “a ação dos lobistas que se utilizam dos instrumentos do corporativismo sórdido e do suborno, induzindo empresários e homens públicos a cometerem todos os desatinos possíveis sem punição (...) ou melhor, somente são punidos quando os problemas ou as crises que causam se tornam sem controle, ou quando um promotor ou um juiz digno e honrado bate com o martelo das leis (...) fato este cada vez mais raro” no Brasil.
Almendra discorre sobre o banditismo instalado nos controles do sistema financeiro internacional e conclui que esta máquina “compra votos” e perpetua no poder de países como o nosso os ativistas da corrupção, do corporativismo e do suborno, os atravessadores da imoralidade. Ou seja: “os fundamentos das distorções do capitalismo residem dentro das estruturas de poder público”.
Almendra nos mostra como se processa a lavagem de recursos públicos ou do crime organizado: “Os que já ocuparam cargos executivos em instituições financeiras de primeira linha se cansaram de “ouvir” nos corredores dos ambientes de “contas especiais” os passos da canalha da política prostituída e empresários procurando “produtos financeiros”.
Ele mesmo foi um daqueles executivos e abdicou da “carreira” para o sucesso por não compactuar com o crime continuado prejudicial à nação. É urgente e imprescindível “uma profunda limpeza dentro do poder público federal, estadual e municipal, especialmente dentro do Poder Judiciário”, uma recriação institucional em todos os níveis.
“O que pode explicar uma estrutura de poder público que se atribui as mais altas remunerações do planeta e que adota a prostituição da política como fundamento de suas ações?” Almendra nos conduz para uma reflexão sobre os padrões de remuneração dos “podres poderes” desta república. A fonte de dados é do site do Instituto Federalista.
Um trabalhador produtivo e contribuinte do sistema precisa trabalhar 35 anos para ganhar uma aposentadoria do INSS de aproximadamente R$ 649,00 na média. “A média salarial do setor privado tomando-se como base as 150 melhores empresas é de R$ 3.000,00. Observe-se que há uma grande distância entre os menores e os maiores salários dos executivos de empresas privadas. Isto não vale para os servidores públicos.
Os “cidadãos muito especiais” que tocam a máquina governamental têm direito a uma aposentadoria integral igual ao último salário. E a média salarial do Executivo é de R$ 4300,00; do Poder Legislativo é de R$ 13.000,00 e do Poder Judiciário é de R$ 15.000,00. Sem contar inúmeros benefícios diretos e indiretos, integrados ao salário. Tudo pago por contribuintes que trabalham a vida inteira para manter esta máquina cuja produtividade se traduz na incompetência e no desprezo às pessoas.
O economista e professor Ricardo Bergamini, nos informa que em “2008 o rendimento médio/mês per capita com pessoal ativo - 1.217.691servidores foi de R$ 5.562,89, enquanto a média/mês per capita nacional para os trabalhadores formais nas atividades privadas foi de R$1.284,90 (76,90% menor). O rendimento médio/mês per capita com pessoal inativo e pensionista – 1.062.995 servidores foi de R$ 4.954,33. Enquanto isto, o INSS - 22,4 milhões de beneficiários – pagou em média R$ 649,70 (86,87% menor)”.
“Esta é a realidade da bestialidade do Estado Brasileiro que explora 180 milhões de cidadãos em que os ativos trabalham mais de 5 meses por ano para sustentar a canalha da corrupção e da prevaricação.”
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