terça-feira, 17 de março de 2009

NOVIDADES VELHAS

Ler jornais é como engolir dieta de hospital: dia a dia a mesma droga, o mesmo assunto repisado há gerações, sem solução. Vem dizer que é novidade a situação do interior do Maranhão, do Pará, do Piauí e principalmente da Amazônia e dos Matos Grossos, Goiás, Tocantins... lá onde vale a lei do “cada um por si e Deus por todos”, lá onde sobrevive a ignorância das cavernas.

Lá bem distante das “inteligências”, que a partir das metrópoles e de Brasília decidem “o que é melhor” para índios, negros, brancos,amarelos, o que vestir, comer, fazer, para incrementar o luxo, segurança e pança inchada dos vorazes civilizados, sobrevivem os que são lembrados por sua alteza, o príncipe herdeiro do trono inglês.

Lembrados para ajudar a desmembrar o território brasileiro. Lá onde repousam as mais significativas reservas minerais e botânicas, serão criadas as novas nações “indígenas”, obedecendo leis internacionais aprovadas pelos mercadores do Congresso Nacional. Mercadores que facilitam, abrem espaço para a “independência” dos Zé ninguém, brasileiros incultos, manobrados e enganados desde sempre.

Dizem os jornais que é naquelas lonjuras, onde os ativistas alfabetizados na cartilha marxista - MST, MLST, Liga dos Camponeses Pobres e Via Campesina – associam-se a madereiros, escolhem as fazendas, invadem, aterrorizam os fazendeiros que fogem para manter a vida, deixando o campo aberto para o desmatamento.

A madeira é vendida e os invasores botam a grana no bolso e partem para organizar a próxima “manifestação social”. E tudo começa com autorização do Ibama, para o corte de madeira em “em áreas de manejo próximas de reservas indígenas”. São todos “camponeses pobres”. Minorias economicamente insignificantes...

Morre gente nos embates e morrem vacas que vão para a panela dos invasores. Os fatos descansam em páginas de inquéritos policiais corriqueiros. As inteligências do Ministério do Trabalho já decidiram como acabar com o desmatamento: vão pagar auxílio-desemprego! Aí, os caboclos não terão mais que cortar madeira ilegalmente. Vai ser tanta mosca que a sopa vai sumir.

O cenário está prontinho para a nova epopéia civilizatória dos colonizadores. Na reserva ambicionada pela raposa inglesa, onde brasileiros índios e não índios produzem arroz, o clima é, como dizem os jornais de “fim festa”. Os produtores vão ser expulsos da área de um milhão e setecentos mil hectares, adeus arroz! Os índios vão ficar sem o trabalho e o espaço já dominado por ongs estrangeiras estará aberto para o surgimento da nova nação!

Os produtores de arroz já começaram a demitir seu pessoal e a principal fonte de economia de Roraima vai pra cucuia.

Os índios educados pelo CIMI, como disse seu porta voz coordenador do CIR, estão ansiosos e já convocaram uma platéia de mil aborígenes para acompanhar a decisão do Supremo Tribunal Federal, que legalizará a canetada do patriota Marcio Thomaz Bastos, ex Ministro da Justiça luleiro, numa simples Portaria, suficiente para abrir o processo de desmembramento do território nacional.

Quem liga? Em fim é um lugar tão longe e inóspito. Daquelas bandas a gente civilizada só conhece mesmo o assaí, o suquinho do fruto de uma palmeira, que dizem ser afrodisíaco, em breve produto de primeiro mundo nas prateleiras dos supermercados com a inscrição “made in”.

Tudo lembra a imagem de gigantescos tratores arrastando grossas correntes que vão derrubando imensas áreas de mata nativa. Uma invasão de predadores destruindo a natureza, uma força brutal esmagando os ideais mais puros e belos de uma verde nação. Eliminando o melhor do patrimônio cultural e espiritual de uma civilização.

Também querem definir os biomas do cerrado e da caatinga como “patrimônio nacional”. (PEC 150/95, autoria de um deputado petista.) E o resto do território não é patrimônio nacional? A divisão territorial pretendida por decisão dos grades controladores financeiros do mundo, queridinhos dos atuais governantes parece trazer no mesmo embrulho outros desdobramentos territoriais.

Começando por Fernando Henrique e continuando com o atual partido no poder, as portarias e leis de proteção ambiental, como mostra o monitoramento por satélite da Embrapa, destinam 76% da área de cultivo aos sem terra, reservas indígenas e quilombolas.

Sobram 24%. Tirando daí o café, as uvas e outras agroindústrias das “encostas dos morros”, como determina e impõe o ministro Minc, contra os argumentos do Ministro Stephanes, da Agricultura, sobra 17% do território para uso de cidades, indústrias e agronegócio.

Os cafeicultores já reuniram um protesto com mais de 25.000 participantes em Varginha, no sul de Minas, atingidos pela “marolinha” num negócio que é fonte de renda para milhões de brasileiros.

Em contrapartida mil índios cooptados pelas ongs estrangeiras vão “exigir” do STF a homologação do território autônomo da Raposa e o príncipe promete entrar com uma carrada de dinheiro para mantê-los como “guardiães da floresta” certamente para “usofruto das grandes civilizações européias”, eternos colonialistas controladores.

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