quarta-feira, 2 de julho de 2014

TELHADO DE VIDRO

Devo pedir desculpas, humildemente, aos leitores destas páginas. No dia de ontem teci louvoures ao Ministro que se despede do STF, sem conhecer o outro lado da moeda, a parte da informação que me escapou. Formei a opinião acreditando numa mídia que ainda considero menos petista. Mas vamos aos fatos da biografia do homem que ontem destaquei como "Um dos poucos homens com postura de estadista, respeitador da Constituição, ..."

Os comentários recebidos por email, começam pela pergunta: "Quem foi o homem que votou pela instituição das cotas raciais?" "Isto é, defendeu a idéia de que negro tem mais direitos que branco só por ser negro. Votou pelo tratamento privilegiado, pela preferência desprovida sem qualquer fundamentação racional".

O voto de Barbosa também foi favorável aos descontos que os aposentados são obrigados a pagar para a Previdência Social, reduzindo assim as minguadas aposentadorias. Pagaram durante uma vida de trabalho e continuam pagando para receber menos que o legalmente devido. Têm negado um direito adquirido.

Isto se deve a Joaquim Barbosa, Cezar Peluso, Eros Grau, Gilmar Mendes, Carlos Velloso, Sepulveda Pertence e ao Nelson Jobim, aquele que introduziu um ítem falso na Constituição depois de aprovada pelo Congresso Constituinte. Fez, revelou a farsa e ficou por isto mesmo...

Contrários à cobrança de descontos sobre a aposentadoria votaram: a ministra-relatora Ellen Gracie, Carlos Ayres Britto, Marco Aurélio e Celso de Mello. Estes seguindo à risca as diretrizes constitucionais. E o missivista, por quem tenho grande respeito intelectual e moral, continua lembrando outros fatos.

Entre eles "o golpe contra a soberania nacional do Brasil e contra a Constituição, ao referendar as "Nações Indígenas", como a homologação da Reserva Raposa do Sol", o que interessa exclusivamente à oligarquia financeira transnacional. Naquele território, cobiçado pelo Príncipe consorte da Inglaterra, estão as maiores jazidas de nióbio do planeta. Um crime de lesa pátria.

O Ministro Barbosa mostrou-se destemido nos últimos dias contrariando o assalto dos mensaleiros, em suas prisões privilegiadas. E também ao denunciar, sem citar diretamente, os perigos que a nação vive. Mas, por que afastar-se e não continuar, contribuindo assim para o bom nome, o crédito e a defesa da mais alta corte do Poder Judiciário?

O missivista conclui dizendo que Barbosa "Mostrou a que veio e expôs a hipocrisia de muitos que o idolatravam por ter feito o que a mídia queria. Muitos esquecem que o juiz que hoje pune a compra de votos é o mesmo que ratificou a legislação decorrente da compra de votos. Votou pela improcedência da ADI 3104/07, sacramentando assim a compra de votos".


Nenhum comentário:

Postar um comentário