Desde
antes do PT tomar o poder, os camponeses organizados pelo MST e Via Campesina
aparecem nos noticiários. Se o PT quisesse mesmo uma reforma agrária e a
fixação do homem do campo em pequenas propriedades, talvez organizados em
cooperativas ou vilas rurais, teria feito isto. Dinheiro não faltaria, como não
faltou para desvios cujo montante desconhecido ultrapassa facilmente a casa dos bilhões. O novo rico Lula está
hoje entre as maiores fortunas do país e associou-se a Collor, Maluf, Renan e
Sarney, entre outros, aos quais se referiu por vezes como
"corruptos".
Este
assunto da produção rural no Brasil tem um histórico impiedoso, que se acentuou
no período de poder petista, quando caíram as restrições à utilização de
sementes transgênicas, principalmente de milho e soja. Uma nova Lei de Sementes, aprovada em 2003, restringiu o replantio de
sementes produzidas pelos médios e grandes agricultores em suas propriedades. Pior ainda: a certificação
de empresas produtoras de sementes e outros mecanismos deixaram de ser atribuições
do Estado e passaram à iniciativa privada. Imediatamente os controladores
internacionais, grandes empresas, em pouco tempo dominaram o mercado de
sementes. Sobrou a Embrapa.
Quem domina o mercado é a Monsanato que
engoliu a FT Sementes e a Agroceres que era a maior produtora de sementes. Dow
Agro Science adquiriu outras quatro empresas naionais; a DuPont comprou a
Pioneer que atuava com sementes de milho desde os anos setenta. A Bayer
adquiriu a Agrevo e mais três empresas produtoras de sementes de milho e soja.
A Monsanto adquiriu parte das três multinacionais. Em 2005 a Nidera adquiriu os programas de
milho da Bayer e a Monsanto adquiriu a Agroeste, líder no setor de milho
híbrido.
E hoje mais de 50% das sementes de soja são
comercializadas pela Monsanto, acompanhadas dos agrotóxicos que garantem a
fertilidade de suas sementes e a mortandade das abelhas. Os lobistas agora
tentam fazer passar no Congresso uma lei que libere a comercialização das
sementes Terminator, proibidas no mundo inteiro.
Estas mesmas companhias,
associadas à Coca cola, Kellogg's, Pepsi Cola, Kraft,
Tostito's, Tropicana e outras, tanto nos Estados Unidos como no Brasil buscam
implantar leis que proíbam a rotulagem que indique" produtos geneticamente
modificados", ou seja ocultar aos consumidores que estão adquirindo alimentos
portadores de toxinas, uma coisa que meio mundo já sabe, exceto os
brasileiros....
Somente
nos EUA, estas empresas destinam 70 milhões de dólares em contribuições de
campanha para os políticos, Isto lá. E aqui a corrupção é conhecida, em parte
investigada e poucos são os colarinhos brancos que respondem pela roubalheira.
Muitos são blindados e a justiça nem chega a receber denúncias contra os mandantes,
como os autores intelectuais do mensalão petista, que deixaram de ser julgados
por formação de quadrilha.
Como
fazer para salvar a saúde física e ética deste país? Aqui ninguém é informado
sobre as propriedades cancerígenas do Aspartame, presente nos refrigerantes da
coca cola, pepsi e outras marcas; ninguém sabe que a soja transgênica presente
nos óleos de cozinha danifica o fígado; que a gordura vegetal hidrogenada, presente
em muitos pães, farináceos para bolos, sorvetes, biscoitos e até em manteigas e
margarinas, provoca o enrijecimento das paredes de veias e artérias, provocando
rompimentos quando o organismo é submetido a esforços maiores. Nos rótulos nada
disso aparece, nem que os organismos geneticamente modificados, isto é os transgênicos
podem causar, comprovadamente, vários tipos de câncer.
Estas
empresas vendem o lixo que a maioria das pessoas
ingere como alimento. A Monsanto investe no mundo inteiro, para matar
prometendo "alimentos para o mundo". Com a imposição e forte
investimento destes dominadores do comércio mundial de sementes corrompendo
pessoas e instituições, até a Embrapa, mundialmente conhecida por sua
excelência em pesquisa passou a atuar como elo desta cadeia liderada pela
Monsanto, a mais violenta das corporações do planeta.
Tudo
quanto se cultiva hoje no Brasil, com anuência oficial é transgênico e
carregado de agrotóxicos produzidos pelas seis grandes multinacionais:
Monsanto, Dupont, Dow Chemical, Basf, Bayer e Syngenta. Em Junho de 2013 a
Monsanto foi condenada a devolver a cobrança indevida aos Produtores de Soja e
Milho do Mato Grosso, num total acordado de 212 milhões de Reais referente às
safras de 2011 e 2012. Cobravam royalties pela patente das sementes.
Fontes de referência:
ABRASEM. 2007. Estatísticas
http://www.abrasem.com.br/estatisticas/index.asp
ALMEIDA, P.; Cordeiro, A. 2002. Semente da Paixão: estratégia
comunitária de conservação de variedades locais no semi-árido. Rio de Janeiro:
ASPTA. 72p.
EMBRAPA SOJA. 2006. Tecnologias de produção de soja – Paraná 2007.
Londrina: Embrapa Soja. 217p.
SATO, G.S.; MOORI, R.G. 2003. Impacto da biotecnologia na indústria de
sementes no Brasil. Informações Econômicas, 33(9): 44-53.
SeedQuest. 2006. Embrapa e Monsanto apresentam resultados de pesquisa. http://www.seedquest.com/News/releases/2006/november/17504.htm
SeedQuest. 2007. Embrapa e BASF firmam
acordo inédito de cooperação na área de biotecnologia vegetal no Brasil. http://www.seedquest.com/News/releases/2007/august/20028.htm
Valor Econômico. 2007. Foco em milho garante à Monsanto receita recorde.
Jornal Valor Econômico, Caderno Economia, 11/10/2007.
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