Tem gente que guarda os caraminguás que
consegue economizar numa caderneta de poupança, juntando durante anos para
comprar uma casa ou apertamento, comprar um carro, fazer uma viagem
internacional, para ajudar nos custos educacionais dos filhos ou
simplesmente para emergência de qualquer natureza.
Outros, queimando as pestanas alcançam
muito cedo a notoriedade por um invento que descomplica a vida ou por
competência na gestão de negócios. Estes começam a investir nas bolsas, com
assessoria da "Empiricus", aquela consultoria integrada por jovens
que detonaram algumas das mentiras sobre a saúde da economia mundial e
brasileira especialmente.
Existem os que parecem ter herdado a
lâmpada de Aladim e num salto tríplice de longo alcance conseguem sair do
anonimato de um jardim zoológico para o círculo das grandes fortunas, com
direito até à concessão de emissora de tv na Venezuela, onde o discurso é mesmo
contra a liberdade e a livre iniciativa, primando por esconder as torturas,
prisões, fome, filas para o abastecimento e matança de estudantes que insistem
em gritar que o governo está mais que maduro pra cair do galho: podre.
Outros, por aqui, são mantidos em cargos de confiança do
Estado, roubam, desviam, superfaturam, abrem contas nos paraísos fiscais e vão
amealhando fortunas dignas do Ali Babá. São os que, recebem
"comissões" e "mimos" de empreiteiras, as mesmas de sempre,
contratadas para a execução local ou
internacional de obras públicas de grande porte. Estes enriquecem com a venda
de influências, que alavancam a assinatura de contratos.
Tais contratos, quase sempre financiados
pelo BNDES, passam por reajustes, dobrando ou triplicando o preço da execução
de obras como a construção de refinarias de petróleo, transposição do Rio de
São Francisco, Usinas Hidroelétricas, porto de Mariel, hotel e aeroporto em
Cuba, estradas na América Central ou na África, venda de um terreno na área
nobre de Brasília, como fez o BNDES por um valor vinte vezes inferior ao preço
de mercado... Em cada contrato ou ato de compra e venda do patrimônio público, sobra
uma propina para alguém que facilita o negócio.
Por isto mesmo é de admirar a revelação da "presidenta",
sobre a maneira como guarda a graninha que sobra: "embaixo do
colchão", apenas 150 e poucos mil Reais, ou seja uns 13 anos (olha o 13
aí!) de salários mínimos. Os milhões necessários para a propaganda eleitoral
vão ser doados pelos que se interessam para que tudo continue como está: empreiteiras,
bancos como o espanhol Santander...
Empresários como o Marcola, podem até fazer
contribuições indiretas, na moita, ou disponibilizando seus exércitos para
ajudar os black bocks, ongs ou sovietes urbanos e guerrilhas rurais treinadas
pelos "cumpá" das FARC, como o mst, indios armados, e sabe-se lá o
quê mais. Tudo para garantir o terror e consolidar o poder do partido. Todos usando antolhos na direção única da nova ordem mundial.
Todo este cenário surrealista lembra uma
fábula de Esopo, daquelas que a gente aprendia nas escolas do ditador Getúlio,
"o pai dos pobres": - O cachorro vivia mordendo as pernas da gente que encontrava em seu caminho. Então o
dono colocou uma coleira com um chocalho, para que as pessoas notassem sua
presença antes da mordida. Lá ia ele, vaidoso como um pavão, com o chocalho
balançando e a gente abrindo espaço. Rosnava sua grandeza, como se fosse
possuidor de méritos superiores.Um dia uma cadela velhinha chegou perto dele e
disse:
- Por que tanta presunção e exibicionismo
lulu? Este chocalho pendurado no seu colarinho não comprova grandes virtudes,
nem é honroso. É para avisar aos outros e protegê-los contra sua maldade
oculta. Moral da história: Engana-se quem pensa que esconde seus defeitos por
trás da vaidade e fanfarronice.
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