domingo, 16 de agosto de 2009

AGULHA NO PALHEIRO

Por Arlindo Montenegro

No século passado a humanidade sofreu o impacto de 2 guerras mundiais, duas trágicas experiências de totalitarismo – nazismo e comunismo – que revelaram o lado mais sórdido da natureza humana. E até hoje convivemos com as guerras localizadas que buscam destruir culturas, tradições religiosas, costumes, políticas e a estrutura econômica, dificultando o entendimento razoável da gente submetida a Estados cada vez mais distanciados da realidade humana.

As nações parecem submetidas a partidos e governantes que agem como enviados de uma força “onipotente, onipresente e onisciente”, a força que controla a economia do planeta, direcionando os povos para um caminho único.

Mesmo passando pelas guerras, pelas cruéis e sangrentas experiências do comunismo e do nazismo – campos de concentração, extermínio em massa, progroms – e ainda a proibição e punição da crença em Deus, esta experiência transcendental se manteve intacta. A fé, a esperança e a caridade subsistiram, como subsistiu o essencial humano que o liga a uma concepção de Deus.

Agora estamos diante da experiência da tentativa totalitária de dominação global. Um instante de ruptura em que os velhos e bem conhecidos grupos imperiais colonialistas se mantêm intactos, prenunciando mais guerras, mais sangue, mais mortes, mais fome, mais sofrimento, não obstante a pele de cordeiro e o discurso pra enganar besta.

As armas de destruição da guerra global, vão desde as drogas aos entraves educacionais, do acesso à saúde e segurança pública, passando pela sutil ridicularização das crenças, costumes e freios morais, tradições e experiências, princípios que valeram para construir o melhor de uma civilização agonizante, vencida pelo progressismo, uma coisa gêmea do “realismo socialista”, que utilizando a força bruta, tenta colocar tudo e todos no mesmo saco do consumismo capimunista.

O fato é que a essência espiritual da humanidade parece estar bichada, carcomida e a existência do bem e do mal desfigurada. Há um que de força maléfica, destruidora, visitando impositivamente todas as culturas a serviço de mecanismos políticos totalitários, intolerantes, concentradores da economia e ditadores de uma crença única no deus dinheiro e poder.

O “pai dos pobres” mantém e aumenta o número de “excluídos”. Enquanto meia dúzia de cidadãos defende e ainda acredita num possível sistema representativo, outra meia dúzia defende o estado democrático de direito, os fatos são manipulados para aumentar a decepção e o descrédito em face de velhas, burocráticas e viciadas práticas oligárquicas. Substituir por que modelo?

Aí é que a porca torce o rabo! A maioria dos que hoje governam as nações americanas, utilizaram os mecanismos tradicionais, fingiram defender a democracia e as liberdades, prometeram “leite e mel”, foram apoiados pelos que de fato controlam o mundo e hoje enchem a boca dizendo-se defensores das liberdades democráticas, desde que se mantenham no poder e ditem novas leis para o ambiente totalitário que perseguem.

Por ocasião de todas as guerras e revoluções, o zé povinho acreditava estar defendendo um sistema representativo de fato. Acreditava que seus líderes defendiam a soberania pátria e acabaram decepcionados, frustrados, vencidos pela força avassaladora de uma mesma tirania com máscaras renovadas.

Agora, procuramos a agulha no palheiro para tecer uma forma de acordo social. E diante do caos o que se apresenta como possível solução é o Governo Mundial, a descaracterização da Pátria e da Nação, a proposta de vassalagem às formas de imperialismo que parecem unificadas pelo comércio. Quem garante que um não queira prevalecer sobre o outro. Império anglo americano em concorrência com o império sino soviético. Mais armas? Mais guerras? Mais extermínio?

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