segunda-feira, 4 de maio de 2009

DE LOGO ALI E DAQUI

Por Arlindo Montenegro

Logo ali, a algumas léguas de beiço, no maior município do planeta, os madereiros se matam que nem mosca. A polícia sabe quem matou. Mas não tem meios, poder de fogo, nem veículos suficientes para buscar os homicidas. A população silencia temendo conseqüências. O Ibama e o meio ambiente nem ligam.

Mas Ibama, Meio Ambiente, Funai, Cir, ongs, estão presentes em Boa Vista, garantindo 1.700.000 hectares de terra para cinco etnias que não chegam a somar 19.000 aborígenes.A lei e a ordem está garantida. A ajuda financeira, transportes e as bolsas família estão garantidas.

Os índios podem circular livremente nas cidades e na capital. Mas os outros brasileiros caboclos, negros, pardos, amarelos, branquelos estão proibidos de entrar no que faz parte das áreas denominadas Territórios da Cidadania. Isto é, quem não for aborígene não é considerado cidadão naquelas terras, onde por mais de meio século se instalaram, titulados pelo governo, migrantes para ocupar o território devoluto, hoje expulsos e considerados bandidos invasores.

Como os “cidadãos aborígens” são incapazes para gerenciar empresas produtivas, como faziam os agora “não cidadãos” expulsos, que plantavam arroz, criavam rebanhos e davam empregos a muitos aborígenes, estes querem e têm prometida a ajuda da Funai, do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Social, da Agricultura e claro, da Rainha da Inglaterra. Já tem até convênio firmado com a Embrapa. Têm até bandeira para sua nação!

No interesse da Rainha da Inglaterra, do Conselho Indigenista Missionário, das ongs e dos “caras” de Brasília, fala o internacional aborígene Dionito José de Souza, que tem o título de presidente local do CIR: “Não queremos migalhas! Precisamos desenvolvimento”. E aponta o caminho: os aborígenes firmam acordo com empresas de mineração para a extração de ouro, nióbio e outros minerais. Aí sim, podem entrar os brancos de olhos azuis e os aborígenes vão ganhar a participação nos lucros das mineradoras estrangeiras, claro.

A grana está liberada para garantir estudos, transporte, hospedagem, diárias técnicas. Para garantir o inicio da exploração da maior jazida de nióbio do planeta como já estava escrito há mais de dez anos nas diretrizes do Cir, “para usufruto das civilizações européias” e dos Estados Unidos também.

Os donos do mundo dominam as tecnologias de ponta dependentes de nióbio, um metal nobre que está nos instrumentais cirúrgicos, nas naves e estações espaciais, nos satélites e sondas e na construção de um anel tubular de quilômetros, que os controladores do mundo construíram, associados, para experiências nucleares na Europa.

Mas isto acontece tão distante do nosso cotidiano. Mais algumas dezenas de anos e poucos dos que hoje são jovens, vão sentir uma fisgada de contrariedade, talvez de vergonha, lendo os escândalos sobre roubos, desvios, enriquecimento ilícito de autoridades acima das leis. Como hoje as grandes negociatas são feitas por baixo do pano, ninguém sabe, ninguém viu, não existem “provas” diria um ministro muito “justo” e defensor da nova ordem interncional.

Quem liga para a presença do carniceiro do Irã, Ahmadinejad, convidado do presidente, o cara que nega o holocausto nazista e que é ditador do estado mais terrorista do planeta. Ele está chegando para o abraço depois de amanhã. Será recebido com as honras protocolares e toda a segurança. O custo da operação de segurança, hotel, carros blindados para os deslocamentos, banquetes será debitado na conta dos que somos obrigados a pagar o imposto que “nossos” governantes determinam.

Os “nossos” governantes abrem as portas para o sujeito que prega publicamente o extermínio de uma nação criada a partir da ONU, por um brasileiro chamado Oswaldo Aranha. O amigo do Lula e da sua corte, tendo à frente dona Dilma extinguiu a liberdade de expressão no Irã, onde as mulheres são discriminadas e o estado defende a eliminação de homossexuais.

Vamos assistir pela televisão. Nenhum cidadão pode mesmo recorrer contra os políticos que fazem leilão do território, rotulam cidadãos por categorias, roubam e fazem leis em seu interesse e são associados de ditadores sanguinários que tratam como heróis exemplares.

Isto é a “nossa democracia”, sem liberdade, sem igualdade, com direito assegurado apenas para quem é do lado do partido do governo. Como em Cuba, como no Irã, a justiça do ódio fundamentalista de esquerda radical.
E basta! A indignação supera a razão.

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