quinta-feira, 13 de agosto de 2015

O PODER GLOBAL CENTRALIZADO

Seu Karl Marx escreveu: "O que determina a vida do homem é sua vida social e não sua consciência." O barbudão ainda disse que "só poderemos ser livres na medida em que nos emanciparmos do processo produtivo."  Logo, nunca fomos livres, porque nenhuma sociedade organizou-se emancipada do processo produtivo.

Taí! Marx encontrou um jeito. Olha a sacada do cara: se os outros, isto é o povo, a sociedade como classe trabalhadora realizar todo o trabalho, do outro lado a classe governante e a classe militar poderão gozar de um certo grau de liberdade. Eureka! Dividir toda a gente em classes, para continuar governando livremente.

A liberdade dos dirigentes custando a escravidão de todas as outras classes poderia suscitar revoltas. Neste caso o exército (também livre) abafa, fuzila, para garantir a liberdade da classe dirigente, no exercício da nobre tarefa de oprimir os governados para garantir o poder permanente, o controle que garante a liberdade de controlar tudo e todos os viventes.

Para Marx nunca fomos livres e nunca fomos éticos. O raciocínio ditatorial coisifica os homens e ignora o estado mental, a capacidade de raciocinar e almejar a prosperidade. Se a classe social inferior não tem consciência é o Estado (a classe governante, o partido) quem determina como pensar e como fazer e quanto pagar para sobreviver.

No entender do burguês barbudo que se mantinha às custas de Engels, os capitalistas tomando para si a "mais valia" iriam empobrecer, levar à miséria os trabalhadores. Então era necessário uní-los contra os opressores. "Trabalhadores de todo o mundo, uní-vos", grafou no Manifesto Comunista, pintando uma desgraceira dos diabos para o futuro para concluir que somente a revolução poderia acabar com a miséria.

E os comunistas começaram a organizar os trabalhadores e fazer exigências aos patrões. Surpresa! As exigências começaram a ser satisfeitas. Legal! Melhorou um pouquinho. Não se engane companheiro: atenderam porque pedimos pouco. Vamos pedir mais.

Os patrões atenderam de novo... E mais outra vez. A miséria foi diminuindo e a amargura podia ser afogada com uma cervejinha, uma pizza, um passeio à praia com a família... Pombas! Os operários são realistas, pensam. Instalou-se a "contradição interna" e a teoria marxista ficou confusa. Na Alemanha, onde Marx indicava que aconteceria a revolução gorou.

O que hoje se sabe é que só aconteceu na Rússia em virtude do apoio político da elite de banqueiros e Wall Street, mobilizada por Olof Aschberg, que arrecadou a ajuda financeira com o North Commerce Bank de Londres, Cecil Rhodes, Max May do JP Morgan, sócio dos Rothschild e outros do eixo Londres/Nova Iorque. "A vítima foi o povo russo com enormes perdas e sofrimento!"

Depois da tomada do poder pelos comunistas as complicadas receitas da economia centralizada de Marx deram com os burros n'água. Lenin admitiu que "dificilmente existe uma palavra sobre a economia do socialismo na obra de Marx, exceto os lemas inúteis de dar a cada um segundo sua capacidade  e a cada um segundo sua necessidade."

Nos primeiros meses da revolução dos bolcheviques, desenvolveu-se o culto à personalidade, a burocracia, a corrupção e a ineficácia do modelo econômico marxista. Depois da I Guerra Mundial os comunistas adotaram a Nova Política Econômica de Lenin,  que reconheceu ser uma tolice proibir o capitalismo, modelo que podia ser "utilizado com limitações sob rigoroso controle do Estado."

Desprezando como inúteis as teorias marxistas, o estado comunista tornou-se o capitalista único. Em sua autobiografia Trotsky "refere vários empréstimos. autorizados pelo britânico, Lord Milner (banqueiro e cabeça da sociedade secreta conhecida como Távola Redonda) ou por Alexander Gruzenberg (principal agente bolshevique na Escandinávia), conselheiro do Chase National Bank, Nova Iorque, propriedade de JP Morgan (um sócio dos Rothschilds). Os mesmos que apoiariam Hitler e Mussolini alguns anos depois.

A "experiência" comunista que vitimou a Rússia e os países anexados ao império soviético e outras nações, continua desgraçando gente como nós pelo mundo afora. Unindo os fatos, parece ter sido uma estratégia executada sob medida com o objetivo de "dividir para governar", controlar o lucro através do medo e da insegurança. Trotsky,  Lênin e Stálin, fingiram desprezar o capitalismo enquanto foram financiados todo o tempo pelos banqueiros de Londres e Nova York.

A cena parece repetir-se no ambiente da economia globalizada. Os movimentos políticos e guerras localizadas que distraem a atenção, encobrem as tratativas secretas entre os que ocupam os postos de poder e "fazem o diabo" para manter-se como classe governante livre, no controle total das classes produtivas cercadas como rebanhos.


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