sábado, 29 de agosto de 2015

ARGENTINOS CONTRA A MONSANTO

Por Cristina Sarich


Esta fotografia é uma entre 300 exibidas anualmente pela Associação de Fotojornalismo da Argentina (Argra). É uma imagem de Lucas Teixeira. A criança A criança mostra na pele como pode ser devastadora a  pulverização de glifosato nas lavouras do mundo. Eu desafio qualquer pessoa  a visitar aquela exposição  e não se preocupar com a presença de pesticidas nos alimentos.
Embora seja difícil saber que alimentos contêm organismos geneticamente modificados (OGM) pela Monsanto e outras empresas de biotecnologia, que bloqueiam de forma consistente os esforços para a rotulagem de OGMs, a história sórdida apresentada nas fotografias da exposição, 'fala' de uma forma que a palavra escrita não consegue expressar.
O crítico de fotografia do Financial Times, J.F. Hodgson, escreveu sobre a exposição: "É uma história horrorosa, de grande importância para todos, muito apropriada e muito bem documentada".Além da qualidade artística e técnica das fotografias, elas mostram à luz do dia, o que produtos químicos tóxicos estão fazendo para nossos filhos.

A foto de Lucas Texeira - um menino de Misiones  com três anos de idade, mostra uma doença de pele causada supostamente pela exposição da mãe ao glifosato durante a gravidez. A pergunta que fica é: como nós permitimos as corporações negociem esses produtos químicos que claramente torturam o genoma e o espírito humano?

Os médicos argentinos exigem a proibição do Glifosato.

Se a exigência de milhões de pessoas para que a Monsanto pare de comercializar seus produtos químicos tóxicos, mais de 30.000 médicos e profissionais de saúde da Argentina, citando a recente declaração da Organização Mundial da Saúde - " que produto químico glifosato, utilizado no herbicida da Monsanto Round Up (formulado para uso em culturas Round Up Ready) é  "provavelmente cancerígeno" e está associado a: abortos espontâneos, defeitos de nascença, doenças da pele e doenças neurológicas".

Onde estão os médicos americanos para exigir da Organização Mundial da Saúde e da Monsanto  a proibição do uso de glifosato nas lavouras. Em vez disto alguns médicos americanos contradizem colegas que alertam contra os perigos do uso de glifosato em programas de televisão de alcance mundial.
Com tantas provas como esta - como pode qualquer profissional falar que a biotecnologia sobre alimentos geneticamente modificados é "segura" quando os produtos químicos primários vendidos para cultivá-las estão matando as pessoas de países inteiros?

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