O cubano Carlos Albert Montaner, em um dos seus artigos recentes
destaca as reclamações que povoam manifestações nas ruas dos países da América Latina: " a corrupção, a ineficácia, a
insegurança diante da violência, a impunidade dos criminosos, a subordinação
dos poderes republicanos - legislativo e judiciário - à vontade do poder
executivo, a mudança descarada das
regras para manter-se no poder por tempo indefinido, a violação dos direitos
humanos, as armadilhas eleitorais, o controle sobre os meios de comunicação, o
desabastecimento, o atropelo dos direitos concedidos a minorias e os
irresponsáveis maus tratos ao ecossistema."
Temos sido mal e porcamente
governados por gente que nos desinforma, se distancia e ignora as
carências da nação. Temos sido obrigados
a legitimar pelo voto, os indicados por partidos políticos controlados pela
mesma camarilha oligárquica que dita leis, interpretam-nas à sua conveniência para ignorá-las em seguida
a seu bel prazer.
Teoricamente, os que são investidos
de um mandato recebem-no para cumprir o que a nacionalidade ordena, para servir
ao público, para obedecer às leis e não para ignorá-las e mandar que a nação
obedeça cegamente seus decretos e normas destrutivas, abusivas e insensatas.
Sem a existência de mecanismos ao
alcance dos nacionais, para o
afastamento de corruptos e corruptores que lesam a pátria, os políticos que
ignoram e os que servem ao poder econômico global, combinam entre si os
intrincados caminhos jurídicos para permanecer no poder, estuprando a
realidade.
E na esteira do internacionalista
Foro de São Paulo, estão envolvidos jornalistas vendidos e falastrões,
empresários amigos dos governantes, atores contemplados com verbas oficiais,
estudantes e professores radicais de
esquerda, sindicatos atrelados ao discurso da economia marxista e da luta de classes, todos contrários ao
lucro e aos méritos individuais, todos coniventes com o modelo político
predador.
Quando vamos aprender que o modelo
mantido por estas oligarquias desmoraliza a estrutura de poder republicano?
Quando vamos tomar consciência de que as nações
mais livres e prósperas do planeta valorizam e conservam as regras que
todos os nacionais conhecem e aceitam para viver em liberdade criativa e
produtiva?
Quando vamos entender que as menores
estruturas de governo são mais eficientes que os burocráticos e anárquicos
estados gigantescos e dispendiosos? Quando vamos entender que o centralismo do
poder está apoiado no "eu mando e você obedece" dos revolucionários
fanáticos que infestam nossas instituições?
Carecemos de um novo modelo, em que
os estados e os municípios possam decidir por si mesmos, sem a tutela de
Brasília. Necessitamos de homens com forte estrutura de caráter, atentos aos valores
que respondam às múltiplas e diferenciadas necessidades de cada região, de cada
município, de cada bairro.
O híbrido contubérnio entre
democracia e socialismo está desmoralizado. Como uma cultura de laboratório que
invadiu e depreciou as colheitas, deve ser afastadas dos campos do pensamento,
dos campos políticos, econômicos e sociais.
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