domingo, 3 de maio de 2015

DROGAS NA NOVA GUERRA FRIA

Entendo o cenário do momento como uma continuidade da Guerra Fria, agora pelo controle do poder hegemônico global. E o narcotráfico, associado ao tráfico de armas, como ferramenta por excelência desta guerra.  A partir da Guerra do Ópio, a Inglaterra começou a utilizar o poder destruidor das drogas para minar as culturas nacionais dos povos colonizados ou a colonizar. 

Mao Tsé Tung entendeu e absorveu aquela estratégia, aplicando-a para mobilizar o povo chinês durante a Longa Marcha. Tomando o poder, mandou matar os viciados, proibiu o uso na China e ordenou a um dos seus generais para fomentar a produção  do ópio para comercializar com os vizinhos asiáticos - Coréia, Vietnam, Japão... Matava dois coelhos de uma só cajadada: o coelho político e o coelho das finanças muito compensadoras.

Lenin já havia traçado (e engavetado) o plano de "baixar a moral do ocidente" espalhando drogas. Stalin elaborou o plano. E finalmente Kruchov aplicou, formando mais de 25.000 agentes comunistas para infiltrar entre os pequenos traficantes e máfias, começando pela Alemanha Ocidental e marcando como alvos principais os EUA, a América Latina e África.

Durante a guerra da Coréia, os russos e checos fizeram experiências com prisioneiros americanos e sul coreanos, concluindo com autópsias dos prisioneiros mortos, que "os soldados jovens eram os mais propícios ao uso de drogas pesadas..." Mais tarde utilizariam as drogas para minar a resistência dos soldados americanos na guerra do Vietnam (1)

Segundo o General checo Jan Sejna, que desertou para os EUA em Fevereiro de 1968:
            "entre os anos de 1954 e 1956  existiam 5 principais frentes da       estratégia         (soviética) modernizada (por Kruchev). Primeiro foi        um treinamento melhorado dos líderes dos movimentos        revolucionários – os civis, os militares e os de inteligência. 
           A        fundação da Universidade de Patrice Lumumba em Moscou    (serviu como escola) para modernizar o treinamento. O curso         incluía:
            A natureza do negócio das drogas, tipos e características; Meios de produção; Organização da distribuição; Mercados das    drogas e seus consumidores; Segurança; Infiltração nas redes          de produção existentes; Como utilizar a experiência das redes de             inteligência. Comunicação com as organizações criminosas de      drogas; Como passar informação de inteligência; e, Como     recrutar fontes de inteligência.

A primeira reunião para coordenar a infiltração e a coleta de dados sobre drogas,  organizada pela inteligência cubana e checa, ocorreu em 1962 durante a Segunda Conferência de Havana, uma reunião secreta dos soviéticos com os agentes da inteligência treinados  de todas as organizações comunistas da América Latina.  No final, a Checoslováquia foi orientada pela União Soviética para ajudar a estabelecer centros de treinamento em Cuba, na Coréia do Norte e no Vietnam do Norte. Os cinco centros de treinamento, operando perto de sua capacidade, formaram mais de 25.000 agentes comunistas para o tráfico de drogas.

Pode-se entender a intimidade de Fidel Castro com Pablo Escobar, o controle do narcotráfico pelas Farc, a prisão de Beiramar num acampamento guerrilheiro, o conhecimento de marxismo do Marcola, a produção de drogas na Bolívia e no Peru. A guerrilha paraguaia controlando a produção e comércio da maconha, laboratórios no Brasil, militares e autoridades da Venezuela envolvidos até o pescoço com o narcotráfico, rotas marítimas que utilizam plataformas de petróleo como pontos de carga fora dos portos...As ajudas financeiras para eleger governantes do Foro de São Paulo nos países da América do Sul, a facilidade de mobilização dos chamados movimentos sociais, inclusive em viagens internacionais...

Paralelamente, entre as duas guerras mundiais, os socialistas fabianos recrutaram alunos da Escola de Frankfurt - Adorno, Huxley, Marcuse, Margaret Mead, Edward Bernays (sobrinho de Sigmund Freud)... - para desenvolver um projeto de controle mental e lavagem cerebral, junto ao MI 6 do Exército Britânico. O Major Britânico John Reese estava à frente do projeto e viajou aos EUA para apresentar as técnicas entre os pensadores das Fundações Ford, Rockefeller e Carnegie.

A partir dos anos 1960, intelectuais da Escola de Frankfurt - Adorno, Huxley, Marcuse, Margaret Mead e Bernays que já viviam nos  EUA - auxiliaram Reese e Rockefeller na fundação do Instituto Tavistock de Relações Humanas. Adorno, atuou na desconstrução cultural musical; Huxley na disseminação do uso de drogas; Bernays na propaganda e Margaret Mead e Marcuse em palestras nos centros universitários. Daí  surgiu Woodstock, a rebeldia jovem contra a guerra do Vietnam, ("Faça amor, não faça a guerra", frase cunhada por Marcuse), peças teatrais como Hair, Jesus Cristo Super Star, iniciando-se o declínio da autoridade e crenças religiosas do modelo cultural da sociedade norteamericana.

Os Rothschild, Rockefeller, Morgan e outros grupos empresariais, banqueiros e sociedades secretas (Skull & Bones, Rhodes Scholars, Bilderbergers) já controlavam as finanças e a matriz energética do mundo. Começaram a dar forma à revolução verde, controle dos alimentos, idéia de Kissinger desde 1947, constante do Memorando Secreto a Nelson Rockfeller, quando também sugeriu um "socialismo suave" para as Américas.

Uma forte e rica associação destes poderosos com a indústria militar, o controle das informações através do CFR (apenas 6 agências distribuem a informação/desinformação para o mundo inteiro) e controle das finanças através da Reserva Federal, FMI e Banco Mundial, sua presença constante nos postos chave dos governos de Democratas e Republicanos, na CIA e nas casas do congresso, controlam o governo norte americano formal. São os pensadores da nova ordem mundial que atacam as últimas fortalezas do modelo democrático capitalista norte americano.


Guerra fria, guerra assimétrica e continuidade da Segunda Guerra Mundial (não houve tratado de paz e sim armistício). Tudo pelo poder hegemônico global. É nisto que estamos englobados, enrolados, graças aos tratados de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio com Rockfeller no Diálogo Interamericano e posteriormente entre Luiz Inácio e Fernando Henrique que assinaram o Pacto de Princenton, para a alternância dos partidos irmãos - PSDB e PT - no poder, para cumprir as diretrizes internacionais do "comunismo suave" adotado pelo Foro de São Paulo.

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