Entendo o cenário do momento como uma continuidade da Guerra
Fria, agora pelo controle do poder hegemônico global. E o narcotráfico, associado ao tráfico de armas, como ferramenta por excelência desta guerra. A partir da Guerra do Ópio, a Inglaterra começou a utilizar o poder destruidor das
drogas para minar as culturas nacionais dos povos colonizados ou a colonizar.
Mao Tsé Tung entendeu e absorveu aquela estratégia, aplicando-a para mobilizar
o povo chinês durante a Longa Marcha. Tomando o poder, mandou matar os viciados,
proibiu o uso na China e ordenou a um dos seus generais para fomentar a
produção do ópio para comercializar com
os vizinhos asiáticos - Coréia, Vietnam, Japão... Matava dois coelhos de uma só
cajadada: o coelho político e o coelho das finanças muito compensadoras.
Lenin já havia traçado (e engavetado) o plano de
"baixar a moral do ocidente" espalhando drogas. Stalin elaborou o
plano. E finalmente Kruchov aplicou, formando mais de 25.000 agentes comunistas para infiltrar entre os pequenos traficantes e máfias, começando
pela Alemanha Ocidental e marcando como alvos principais os EUA, a América
Latina e África.
Durante a guerra da Coréia, os russos e checos fizeram experiências
com prisioneiros americanos e sul coreanos, concluindo com autópsias dos
prisioneiros mortos, que "os soldados jovens eram os mais propícios ao uso
de drogas pesadas..." Mais tarde utilizariam as drogas para minar a
resistência dos soldados americanos na guerra do Vietnam (1)
Segundo o General
checo Jan Sejna, que desertou para os EUA em Fevereiro de 1968:
"entre
os anos de 1954 e 1956 existiam 5 principais frentes da estratégia (soviética)
modernizada (por Kruchev). Primeiro foi um
treinamento melhorado dos líderes dos movimentos revolucionários – os civis, os militares e os de
inteligência.
A fundação da Universidade
de Patrice Lumumba em Moscou (serviu
como escola) para modernizar o treinamento. O curso incluía:
A
natureza do negócio das drogas, tipos e características; Meios de produção; Organização da distribuição; Mercados
das drogas e seus consumidores; Segurança;
Infiltração nas redes de produção
existentes; Como utilizar a experiência das redes de inteligência. Comunicação com as organizações criminosas
de drogas; Como passar informação de
inteligência; e, Como recrutar fontes
de inteligência.
A primeira reunião
para coordenar a infiltração e a coleta de dados sobre drogas, organizada pela inteligência cubana e checa, ocorreu
em 1962 durante a Segunda Conferência de Havana, uma reunião secreta dos
soviéticos com os agentes da inteligência treinados de todas as organizações comunistas da América
Latina. No
final, a Checoslováquia foi orientada pela União Soviética para
ajudar a estabelecer centros de treinamento em Cuba, na Coréia do Norte e no
Vietnam do Norte. Os cinco centros de treinamento, operando perto de sua
capacidade, formaram mais de 25.000 agentes comunistas para o tráfico de drogas.
Pode-se entender a
intimidade de Fidel Castro com Pablo Escobar, o controle do narcotráfico pelas
Farc, a prisão de Beiramar num acampamento guerrilheiro, o conhecimento de
marxismo do Marcola, a produção de drogas na Bolívia e no Peru. A guerrilha
paraguaia controlando a produção e comércio da maconha, laboratórios no Brasil,
militares e autoridades da Venezuela envolvidos até o pescoço com o
narcotráfico, rotas marítimas que utilizam plataformas de petróleo como pontos
de carga fora dos portos...As ajudas financeiras para eleger governantes do
Foro de São Paulo nos países da América do Sul, a facilidade de mobilização dos
chamados movimentos sociais, inclusive em viagens internacionais...
Paralelamente, entre as duas guerras mundiais, os
socialistas fabianos recrutaram alunos da Escola de Frankfurt - Adorno, Huxley,
Marcuse, Margaret Mead, Edward Bernays (sobrinho de Sigmund Freud)... - para
desenvolver um projeto de controle mental e lavagem cerebral, junto ao MI 6 do
Exército Britânico. O Major Britânico John Reese estava à frente do projeto e
viajou aos EUA para apresentar as técnicas entre os pensadores das Fundações
Ford, Rockefeller e Carnegie.
A partir dos anos 1960, intelectuais da Escola de Frankfurt - Adorno, Huxley, Marcuse, Margaret
Mead e Bernays que já viviam nos EUA - auxiliaram
Reese e Rockefeller na fundação do Instituto Tavistock de Relações Humanas.
Adorno, atuou na desconstrução cultural musical; Huxley na disseminação do uso
de drogas; Bernays na propaganda e Margaret Mead e Marcuse em palestras nos
centros universitários. Daí surgiu Woodstock,
a rebeldia jovem contra a guerra do Vietnam, ("Faça amor, não faça a
guerra", frase cunhada por Marcuse), peças teatrais como Hair, Jesus
Cristo Super Star, iniciando-se o declínio da autoridade e crenças religiosas
do modelo cultural da sociedade norteamericana.
Os Rothschild, Rockefeller, Morgan e outros grupos
empresariais, banqueiros e sociedades
secretas (Skull & Bones, Rhodes Scholars, Bilderbergers) já controlavam as
finanças e a matriz energética do mundo. Começaram a dar forma à revolução
verde, controle dos alimentos, idéia de Kissinger desde 1947, constante do Memorando Secreto a Nelson
Rockfeller, quando também sugeriu um "socialismo suave" para as
Américas.
Uma forte e rica associação destes poderosos com a indústria
militar, o controle das informações através do CFR (apenas 6 agências
distribuem a informação/desinformação para o mundo inteiro) e controle das
finanças através da Reserva Federal, FMI e Banco Mundial, sua presença
constante nos postos chave dos governos de Democratas e Republicanos, na CIA e
nas casas do congresso, controlam o governo norte americano formal. São os
pensadores da nova ordem mundial que atacam as últimas fortalezas do modelo
democrático capitalista norte americano.
Guerra fria, guerra assimétrica e continuidade da Segunda
Guerra Mundial (não houve tratado de paz e sim armistício). Tudo pelo poder
hegemônico global. É nisto que estamos englobados, enrolados, graças aos
tratados de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio com Rockfeller no Diálogo
Interamericano e posteriormente entre Luiz Inácio e Fernando Henrique que
assinaram o Pacto de Princenton, para a alternância dos partidos irmãos - PSDB
e PT - no poder, para cumprir as diretrizes internacionais do "comunismo
suave" adotado pelo Foro de São Paulo.
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