Acabo
de tomar o meu café com leite que veio diretamente do úbere da vaca do vizinho
que me fornece um litro por dia e cobra somente no fim de cada mês. Divido com
meu filho e com a Miga, que lambe os beiços caninos. Ainda tenho dúvida se é
privilégio, benção ou maldição viver tantos anos somente para apreciar a beleza
da vida nos cheiros, nos sabores, na carícia do abraço, na visão das alvoradas.
Desde
a infância me disseram que lá no infinito onde se desenham cores deslumbrantes,
brilhantes telas douradas, é onde mora um Deus. Uns nem acreditam, outros
sentem que tenha fixado residência tão longe, olhando tudo lá de cima. Será que
usa binóculos? Não, não deve precisar disto. Se eu fosse Deus, estaria triste,
enjoado com tanta sujeira nas eleições do Brasil. Estaria pensando que a
humanidade merece sair depressinha do ambiente mental paranóico.
Tenho percorrido de norte a sul este espaço territorial, que
um dia me ensinaram ser o solo da pátria brasileira, minha terra, minha pátria.
Nos últimos anos este sentimento de pertencer parece carecer de comprovação. Grandes extensões pertencem a famílias estrangeiras com nomes enrolados difíceis de pronunciar,
gente que que tem
propósitos diferentes, enganando os incautos para arrebatar até os pensamentos.
Pequenos agricultores são expulsos dos sítios onde nasceram e viram crescer
seus filhos.
O
café com leite me lembrou de governos caracterizados pelos laços entre os
paulistas da economia do café e os mineiros da política do leite. Talvez por
isto inda prefira os doces de leite que vêm de Minas. O leite de caixinha é
abominável, misturado com químicas que a gente nem sabe. Quanto ao café, eles
também já plantam e estão bem organizados. Aquela política sugeria a construção para uma cidadania humana e sadia. Sem referência à
"Sadia" dos catarinenses que algum dos políticos da nova ordem
coletivista mandou para o buraco.
Fico
pensando se os coletivistas depois de tantos anos no poder, tempo suficiente
para roubar e juntar "honestas" e invejáveis fortunas, provenientes
de propinas pelo tráfico de influência, lobbies, superfaturamento de obras,
contribuições do narco tráfico, negócios internacionais, todas estas atividades
paralelas e secretas, ainda se consideram brasileiros ou são mesmo cidadãos do
mundo sem fronteiras da nova ordem mundial, a serviço do supra capitalismo.
Por
falar nisso, imagino o dia em que a ciência e o espírito se encontrarem, se
apaixonarem e resolverem casar. Sem dúvida vão gerar filhos com poderes e visão
excepcional, bem mais notáveis que os cyborgs feitos com retalhos de corpos
mortos e chips... São que nem bichos, carentes de sentimentos. Prefiro pensar
mesmo em gente gerada à moda tradicional.
-
Ciência, você aceita este espírito como seu marido...?
-
Aceito.
-
Espírito, você aceita esta senhora como sua esposa...?
-
Demorou!
Divagação
à parte, temos agora uma oportunidade de abrir os olhos e o coração para um
Brasil possível, diferente desta parafernália educacional pensada para formar
fanáticos marxistas. A dureza vai ser recuperar as mentes lavadas que durante
anos têm uma única fonte de informação: a tv das variedades, novelas e exemplos
comportamentais que confundem as mentes.
Se
eu fosse ditador, exigiria dos cientistas e dos fabricantes de alimentos que
fossem honestos nacionalistas, jogando no ventilador a informação sobre a caca
que é vendida como coisa saudável: transgênicos, gordura vegetal hidrogenada,
conservantes, corantes, aspartame da coca cola e outros refrigerantes... Lista
bem longa... Decretaria o fim da batata frita com óleo de soja transgênica,
milho transgênico, óleo de algodão... Será que Deus não vê que eles estão
acabando com a saúde do cidadão? Será pra vender mais remédio. Só de pensar
fico com dor de cabeça, com dor de barriga, com o fígado afetado, com febre...
Mas
não sou Deus, nem ditador. Sou apenas um homem. Semente. Somente.
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