domingo, 19 de setembro de 2010

QUO VADIS, RAÚL - Final

Carlos Alberto Montaner

Nenhuma das tensões que se aproximam vão surpreender Raúl Castro. Enquanto elaborava seu plano de reformas, enviava à China o general Comomé Ibarra, para comprar grande partida de equipamentos anti-motim, preparando-se deste modo contra qualquer disturbio na ilha. Por temperamento e formação, o pulso de Raul não vai tremer quando acredite que deva mobilizar os carros de combate, ordenando a repressão sangrenta e massiva. Já criou um corpo especial de elite disposto a matar, se necessário.

Em definitivo, que vai acontecer em Cuba? Na metade do século XIX, Alexis de Tocqueville advertir: este tipo de regime estremece e entra em colapso quando tentar mudar. O mesmo não acontece quando permanece quieto e indiferente no meio do desastre. Fidel Castro leu Tocqueville e sabia disto. No fim da linha, Raúl vai entender a lição que aprendeu de Gorbachov: o sistema não admite reformas. É preciso derrubá-lo, pacificamente se se quer assim, mas a demolição é requerida.

NOTA DESTE BLOG: Os equipamentos anti motim, adquiridos na China e na Espanha, já foram inaugurados para controlar a greve de 1000 estudantes do Paquistão. O empenho de Cuba neste momento é garantir a fraude eletrônica das eleições na Venezuela. COMO FUNCIONA A FRAUDE NAS URNAS? O blog do Aluizio Amorim traz um vídeo técnico, mostrando como é fácil interferir nas urnas que utilizam o sistema utilizado no Brasil -http://aluizioamorim.blogspot.com/ - o mesmo sistema que a Venezuela vai utilizar. Lá como aqui, os "donos da bola" já cantam vitória. Escândalos não faltam. Nem dinheiro com que êles compram o "cala a boca" dos opositores.

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