domingo, 22 de maio de 2011

A NOVILÍNGUA BRASILÊRA

Por Arlindo Montenegro


A parte de natureza mais elevada dos seres humanos destaca a perseverança no bem como único caminho viável. E isto se aprende para realizar tudo na vida obedecendo à mecânica comprovada dos movimentos universais, que fundamentam as virtudes,  tradicionalmente discutidas nos livros de sabedoria, de filosofias, de religiões e códigos , voltados para os costumes, para a justiça e para o amor como objetivo de todas as relações.

O movimento universal condiciona a natureza à espera de cada ciclo para que cada fenômeno se manifeste. Exemplificando: os códigos idiomáticos foram resumidos depois de longa maturação. Um dos aspectos da destruição sistemática de tudo quanto se construiu durante milênios, por decreto governamental solerte, é a nova orientação do Ministério de Educação, distribuindo milhões de cartilhas de texto escolar, onde a corruptela idiomática dos analfabetos funcionais e ignorantes é elevada à categoria de idioma correto.

Até há pouco, os acadêmicos haviam convencionado que em literatura, pudessem ser utilizadas expressões populares ou palavras erradas, como exemplo fonético de uma linguagem carente da escola e do conhecimento ordenado do idioma. Agora é lei. Vale por exemplo começá a iscrevê êsi textu du mesmu  modu qui quarqué peçoa das qui tiveru poca istrução acostuma falá. I aí nium professo vai reprová o aluno so pur iscrevê “Getulho” ou mesmo “Brasiu” ou dizê qui num ta certu iscrevê i falá presidenta.

Bem dizia Confúncio referindo-se aos homens sábios que são seguidos e admirados: “ O que nasce do céu tende para o que está acima; o que nasce da terra tende para o que está abaixo. Cada um segue o que lhe corresponde”. Do que se pode depreender: o Ministério da Cultura está empurrando a educação para baixo, substituindo por decreto a cultura mais elevada.

A busca disciplinada do conhecimento, que distingue os mais esforçados é superada e dispensável por decreto, que elege a ignorância e desprezo ao idioma convencionado para o entendimento entre os brasileiros há mais de meio milênio.  E mais além para o entendimento com outros povos que adotam a língua portuguesa. Que Camões não ouça. Que não ouçam os outros que contribuíram com fonemas para este idioma agora atirado ao lixo.

Este é apenas um dos ataques cujo alcance pouca gente entende, mas que engendrado pelos engenheiros sociais, a serviço de revolucionários psicopatas, atinge toda a aprendizagem, toda a estrutura de comunicação de uma nação que está sendo enterrada a cada dia, pisoteada e esmagada – não por botas militares como se convencionou reclamar durante certo tempo – mas por dentes afiados e punhais envenenados. As mentes agora são trituradas desde a escola fundamental, para chegar à escola superior incapazes de entender os textos clássicos.

Vale o que vem nos filmes, vale o que dizem os “mestres” da ideologia coletivista: revolução cultural, pensamento homogêneo e despersonalização a serviço do estado todo poderoso, único patrão e provedor de pensamentos e ações. “Tudo pelo social...ismo!” Nem adianta argumentar com as sangrentas e diabólicas experiências anteriores. Os documentos não chegam ao conhecimento público. Os comunistas não foram julgados pelos crimes mais pavorosos que a história documentou contra a humanidade.

E os que conduzem o Brasil de hoje nas fábricas e nas escolas já foram vitimados pela lavagem cerebral, pela desinformação e pela impossibilidade de acesso à informação que os próprios comunistas franceses tomaram a dianteira de relatar no “Livro Negro do Comunismo”, texto que duvido ser do conhecimento de unzinho só dos nossos professores mal pagos, que se sacrificam nas escolas públicas, para ensinar a meninada que o governo é bonzinho.

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