Por Arlindo Montenegro
Do ponto em que estou, das estradas que percorrí, do contato com pessoas felizes umas, outras acabrunhadas, ingênuas, confusas... De assimilar as atitudes positivas e entusiasmadas ou negativas e persecutórias, que os homens adotam para sobreviver, limitados em tantos currais de saber e ignorância, o juizo torra!!! quando a gente descobre que comprou gato por lebre. Ou nem descobre e acaba enrolado acreditando no estelionato dos poderosos.
Houve tempo em que o manto de indignação, cólera se abatia sobre a gente, diante do que se via, lia ou ouvia, caindo caindo como chicotada ou porrada, induzindo a reação, o medo ou o desprezo. A gente no Brasil de hoje parece amordaçada, parece ter perdido a capacidade de reconhecer a diferença entre um charco de podridão e um campo verde.
A informação educa. A educação habilita para a liberdade e para as escolhas morais e éticas, para a consciência do ser essencial. É a força da energia espiritual que diferencia as pessoas de governantes endeusados, impostos por instituições manipuladas há séculos, milênios, políticos que dizem uma coisa e por trás, nos bastidores, estão fazendo exatamente o contrário.
Para exemplificar voltemos ao Brasil de 1960, exportando madeira, cacau, fumo, café, algodão, borracha..., produtos primários que representavam 95% do que vendíamos por preços manipulados lá fora, para comprar máquinas, uisque, carros e geladeiras e ventiladores fabricados no exterior. A inflação era, como se dizia naquele tempo, "galopante", assustadora para os assalariados, que mal comiam, mal viviam, mal vestiam. Mas tinham orgulho de ser brasileiros.
Chegavam as notícias assustadoras sobre a guerra fria entre os Estados Unidos e a União Soviética, com suas ogivas nucleares compondo um arsenal que poderia transformar a terra em poeira espacial 300 vezes. As potências militares disputavam áreas de influência e controle mundo afora, espalhando guerras e guerrilhas: medo para manter e ampliar a submissão. O medo chegou aqui.
A propaganda dos partidos comunistas financiados pela União Soviética era diária e disfarçada. A espionagem mantida pela kgb e cia, contava com recursos imensos para influenciar a opinião pública, enquanto as fundações e institutos que propagavam o marxismo, em escolas e sindicatos, financiando estudos, pesquisas sociológicas e bolsas que levavam os melhores alunos para a Russia, EUA, Europa.
A assimilação cultural já eram parte da estratégia dos que hoje conhecemos como governo mundial. Kinssinger, Averel Harriman e outros já estavam em contato íntimo com os governantes da URSS e China, mas no Brasil, não se tinha notícia da tormentosa realidade, nem dos genocídios, nem dos campos de concentração dos "paraísos proletários". Governo mundial e Internacional Comunista pareciam coisas distintas naquele tempo.
A exposição da intimidade e cooperação econômica entre os ditos capitalistas e comunistas, aparecia dissociada da política. Os banqueiros e suas mega empresas investiam na China e na Russia, no interesse dos Rotschild e Rockfeller, atuando para controlar todas as economias do planeta, através dos Bancos Centrais interligados ao FMI. As nações pagavam altos juros por empréstimos de um fundo para que todas contribuiam e que nunca alcançavam pagar a dívida.
Após a renúncia de Janio Quadros em 1961, a escalada de turbulência política se fez sentir em todo o país: greves diárias paralisavam todos os setores da economia. Filas imensas para adquirir um quilo de feijão por pessoa. Ora faltava leite e até carne de baleia chegou a substituir as carnes vacunas. Os preços aumentavam da noite para o dia. E em três anos o país conheceu 3 presidentes, seis ministros da fazenda e 5 Primeiros Ministros no breve período parlamentarista.
No cenário de agitação, inflação, greves e insegurança, (que agora ensinam ter sido um momento de estabilidade política) surgiram as Ligas Camponesas no nordeste, armadas com financiamento de Cuba. Leonel Brizola fundou os grupos (armados) dos onze, com uma complicada cartilha organizacional em que todos os integrantes tinham cargos.
Deputados esquerdistas como Max da Costa Santos e Almino Afonso, ambos seguidores de Brizola, sindicalistas e comunistas atuaram como líderes intelectuais da uma insurreição dos sargentos da Aeronáutica e da Marinha, que em 1963 tomaram Brasília e declararam a "República Sindicalista". O golpe fracassou. O exército prendeu uns e os cabeças fugiram para a clandestinidade.
A CGT e seus sindicatos, conselheiros dos conselheiros militares e civís do presidente da república, queriam baní-lo para tomar o poder através de um golpe de estado, de radicais esquerdistas. Este foi o panorama que antecedeu o ano de 1964, quando os ânimos e os ataques se exarcebaram, mobilizando o Brasil cristão contra o comunismo ateu.
O que ninguém contava, nem mesmo os militares que tomaram o poder, era que todos estavamos cumprindo a agenda de um poder maior, que hoje se configura na ditadura internacional dos bancos, FMI, Banco Mundial, Federal Reserve arrasando com a economia dos EUA e do resto do mundo. Os bancos e suas mega empresas imperando sobre todos os governantes, acima de ideologias e jogando com formas de estado gigantesco, controlador, ditaduras sob disfarce de democracia.
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