A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e
Alimentos, tornando-se parte do problema (FAO - The UN´s Food and Agriculture
Organization: Becoming Part of the Problem) é o título do trabaho de Juliana
Geran, citado por Alberto Benegas Lynch entre outras referências como Edward
Griffin, Orval Watts e William Buckley, este último tendo atuado como
delegado daquela organização.
O artigo de Lynch começa
por destacar a piada de péssimo gosto que foi o premio da FAO aos governos da
Venezuela e da Argentina "pela eficiente tarefa de aliviar a fome nestes
países". E segue destacando doze pontos do documento referenciado,
começando pela politização da FAO, o inchaço do seu pressuposto e quantidade de
funcionários contratados, "em defesa da ideologia coletivista patrocinada
pelas nações mais radicais e cada vez mais hostis à livre empresa".
"Os Programas
de Cooperação Técnica são centros políticos, que utilizam estatísticas errôneas
e mentirosas, afastando os profissionais qualificados, induzindo os governos ao
fracasso nas políticas agrícolas (...) O caso mais rumoroso foi o
direcionamento da FAO por 18 anos promovendo a fome na Etiópia, sem declarar
que as causas da catástrofe eram, além das políticas econômicas socialistas, os
conselhos errôneos da mesma FAO".
O orçamento da FAO
é "uma fonte de controvérsias permanentes... Não se pode determinar de
onde os governos alocam os recursos tomados aos contribuintes, fato que torna
impossível qualquer avaliação." Na
Tailândia, na China, como na Guatemala, Índia e Costa Rica, as políticas para a
produção rural são "contrárias à abordagem da empresa privada, freando o
progresso agrícola".
Em muitos setores a
FAO suspendeu a cooperação da empresa privada, declarando que "os governos
são capazes de melhorar o planejamento da produção agrícola (...) posição que a
própria economia chinesa abandonou, liberando alguns setores". A FAO
"estimula o controle estatal dos preços no Egito, Tanzânia, em Gana e no
Mali (...) além de aconselhar o uso de sementes fornecidas pelo estado,
afetando a iniciativa privada." (Nota do Tradutor: as sementes
comercializadas pelo estado são adquiridas das gigantescas empresas
multinacionais que almejam controlar a produção de alimentos no planeta.)
"A
administração da FAO sugere uma redistribuição de renda a nível mundial (...)
através dos governos e seus organismos internacionais, incluindo neste
procedimento países desenvolvidos e subdesenvolvidos, o que gera graves
problemas (...) que a FAO atribui ao crescimento da população, em vez de
concentrar-se na degeneração dos limites constitucionais, expondo a mentalidade
maltusiana."
Os conselhos da FAO
sobre agrotóxicos, fertilizantes e o foco ecológico distorcido, conduziram a
desajustes e crises, como nos casos observados em Moçambique, na Somália,
Nigéria e Líbia, quando foram apresentados valores de retorno do investimento
que apareciam como atrativo da política aconselhada. E esta organização vai
além, interferindo na estatização do setor de transportes".
"Finalmente, a
autora do longo documento sustenta que 'a FAO deve permitir-se morrer, o que
seria uma morte justificada e boa". Entre as conclusões do artigo de
Benegas Lynch, destacamos a tão propalada "reforma agrária, com
expropriação de terras, ignorando regras do mercado e que resultam sempre no
prejuízo dos mais necessitados."
"Oportunamente
a legislação é direcionada 'para defender-se contra o domínio estrangeiro', o
que a FAO também tem feito, como se os procedimentos abertos e competitivos na
alocação dos escassos fatores produtivos fossem diferentes (...) desde o
processo de movimento contínuo dos homens sobre a terra. É a visão cega da
cultura do arame farpado, incapaz de perceber que as fronteiras e jurisdições
territoriais apenas evitam a concentração do poder nas mãos de um governo
universal. Pensar nos bons "locais" e nos "maus
estrangeiros" é como negar os nossos ancestrais."
http://www.libertadyprogresonline.org/2015/06/24/el-estatismo-de-la-fao/
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