sábado, 12 de fevereiro de 2011

OCLOCRACIA E CÓDIGO FLORESTAL

Por Arlindo Montenegro

Na caixa de entrada, encontrei uma oportuna lição, nas Crônicas Bárbaras de Manuel Molares do Val: "Oclocracia é uma palavra de origem grega, que define a sociedade que degenerou ao estágio de adotar como ícones, pessoas que melhor seriam designadas como o Grande Irmão" (Aquele "Big Brother" do execrando espetáculo comandado por mentes doentias que fascina os idiotas). 

Segue Molares do Val: "Oclocracia significa o triunfo da chusma, das multidões vulgares, grosseiras e ignorantes. Provoca o declínio da democracia, segundo Aristóteles. Quando a chusma ocupa o poder, pode ocorrer o pior." É mesmo a descrição aproximada dos brasileiros enseguecidos, fascinados com promessas, surdos e mudos diante da propaganda avassaladora que confunde a mente dos analfabetos funcionais, entre os quais muitos doutores titulados.

Para estes a palavra liberdade perdeu o sentido de atributo para o desenvolvimento espiritual que permeia as atitudes independentes e alimenta o bem estar de cada um consigo mesmo. Assim o homem livre é capaz de fazer escolhas e superar dificuldades, mantendo a dignidade e reafirmando seus valores, constituindo famílias em ambientes onde o respeito às leis se concretiza no estado de direito democrático, onde a justiça não se protela, apenas cumpre o que está escrito no contrato social, Constituição que por suas características consuetidinárias resolve o direito de todos.

Em nossa oclocracia, ocorre exatamente o contrário. Guiam-nos para caminhos obscuros e reinventam “direitos ditos humanos”, que desmontam direitos universais, fomentando preconceitos e privilégios ofensivos à moral que baliza os comportamentos e confiança entre pessoas. O contrário é direito interpretado, o estado impondo normas, tipo financiar exceções de homem "virar" mulher e vice versa, quando a saúde perdeu a capacidade de atender, velhos, crianças e enfermos crônicos pela ingestão de "dietéticos", refrigerantes com aspartame, açúcar re-finado (isto é finado duas vezes), gordura vegetal hidrogenada e soja para que o fígado fique mais intoxicado que o "normal", pelo consumo de outros venenos.

Continua do Val, "Um exemplo de oclocracia é o nazismo, que cultivou o execrável sem nenhum código humanístico, somente as paixões primárias dos que se creem superiores, física ou moralmente. Retrocedemos." Agora parece que as pessoas em vez de crescer para níveis superiores, recusando os caminhos do obscurantismo irracional, elegem os piores, que podem ser comparados aos ratos de esgoto das latrinas, predadores sem o mínimo de consciência da responsabilidade para com o bem comum e menos ainda da dignidade Pátria.

Por email, chega um retrato específico desta situação traduzida em vivências com o pé no chão: "Sou produtor rural no Rio Grande do Sul, formado em zootecnia e trabalho com pecuária e agricultura... Há 13 anos participo das atividades do Sindicato Rural, em funções não remuneradas, pois acredito que sempre há um bem que fazer... sem esperar nada em troca. Estamos num país em evidente e rápida transformação, sob o domínio de forças ideológicas bem conhecidas."

"Tenho certo acesso a alguns deputados federais e senadores... estes políticos, agem de forma totalmente irresponsável... acredito que a realidade de Brasília passa por ignorância e safadeza... assinam listas para "ajudar" os parceiros ou votam de acordo com a "liderança". O que este produtor rural diz é o óbvio comportamento da olocracia. Os ignorantes votam no escuro, votam sem visão da responsabilidade e das consequências de seus atos. Pior é que muitos o fazem conscientemente, em troca de ganhos pessoais.

Segue o nosso zootecnista: "Temos em andamento, a questão da lei do Codigo Florestal Brasileiro. Não tenho a menor dúvida que ali está embutida uma desapropriação maciça de terras da agropecuaria brasileira, desapropriação em nome do meio ambiente. Tenho o relatório do comunista Aldo Rebelo... lí a introdução contida nas 36 páginas iniciais... isto é assunto da mais alta relevância...”

Taí porque ainda acredito que resta alguma esperança e que muitas almas ainda se salvam, pensam, agem racionalmente, crescem e podem multiplicar a consciência e atitudes corajosas, humanas de fato, em qualquer ambiente. O heroísmo de cada dia, diferente do “heroísmo” da força bruta que nos é imposta subliminarmente pela propaganda sem freios que apresenta como exemplo, mentes idiotizadas.

Encerrando a lição de Molares do Val: “Existe outra palavra de origem grega que define este governo de indignos: 'caquistocracia' – é quando a oclocracia domina o espírito geral de um povo. Os governantes são caquistocrátas, síntese ou essência do que há de pior.” É isto aí, meu caro zootecnista! O relatório do Aldo Rebelo deve ser levado à votação do novo congresso nacional, em Março. O pessoal do PT vai montar uma barreira pesada ao lado dos ambientalistas e apresentar um texto alternativo.

Quando as ongs ambientalistas entram na parada, pode acreditar que defendem interesses contrários aos interesses Pátrios. Os internacionalistas do PT, vivem no mundo irreal, submissos ou não, fanatizados ou não, cumprem à risca modelos de legislação de interesse dos que querem implantar o governo único na terra, desprezando culturas, valores, territórios, educação e progresso, eliminando de uma vez o resto de senso de liberdade dos indivíduos e das nações.

A aplicação do Código Florestal nos moldes da relatoria, será objeto de um artigo específico. Em princípio a caquistocracia tende, com o controle que tem sobre os votos do congresso nacional, a passar uma vaselina e deixar tudo como antes no quartel de Abrantes. É preciso lembrar que a agro-pecuária, com os grandes investimentos de poderosas empresas multinacionais, significa quase que metade da balança de exportações brasileiras.

Os produtores brasileiros têm muito a aprender com os argentinos, com os franceses, que se mobilizam, vão para as ruas, falam diretamente com a gente nas cidades e mostram tudo quanto os ambientalistas e a caquistocracia que nos governa é incapaz de ver, de sentir e de prestigiar. O trabalho a fazer é motivar  a liberdade e  responsabilidade que os agricultores menores sempre demonstraram, conscientes e íntimos com a natureza, sábios e incapazes de matar sua “galinha de ovos de ouro”, seu ganha pão, seu pedaço de chão familiar ou empresarial.

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