quarta-feira, 15 de abril de 2009

TUDO PELO SOCIAL!

Por Arlindo Montenegro


Acabo de saborear um café forte, com pouco açúcar e acendi o primeiro cigarro. Dei uma tragada e deitei-o no cinzeiro onde vai ficar esquecido até o fim. Meu avô fumava cigarros de palha. Minha avó mascava fumo de rolo. Ambos viveram mais de 90 anos. Mas eram outros tempos, outras as crenças, outros costumes, outras atividades e hábitos alimentares.

Há dias li sobre o grande esforço, árduo trabalho que o Fernando Henrique e seus áulicos estão fazendo para legalizar a maconha. Eles devem estar certos. As drogas presentes na cabeça da juventude americana, embalada pela música de Joplin, Hendrix e outros roqueiros presentes no festival de Woodstock em 1969, espalharam a contra cultura e o “faça amor, não faça a guerra” pelo mundo.

Desde então os filmes americanos começaram a explicitar o sexo, as carreirinhas de pó e a “inocente” utilização da maconha, que ganhou status de droga mística, capaz de curar asma – o que justificava seu uso pelo guerrilheiro Guevara – e também aliviar as dores do câncer. Santo remédio! No Maranhão usam para espantar mosquitos!

O que deixa um nó na cuca é que maconha, cocaína, heroína, lsd, êxtase, crack e os cambáu, rolam solto destruindo os neurônios e mobilizando zilhões de dólares para financiar guerrilhas e políticos em suas campanhas de todos os matizes. A lavagem destas grandes fortunas pesa nos balanços dos bancos e contas secretas internacionais.

Por outro lado, abre-se a guerra contra as fábricas de cigarro e os plantadores de fumo, os fabricantes de isqueiros e toda a cadeia geradora de empregos e pesados impostos. Primeiro proibiram fumar nos restaurantes. Depois vieram os fumódromos nas empresas.

O socialista fabiano FHC assina embaixo e proclama a decisão da Ong “Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia” : “a repressão e criminalização das drogas não tem obtido sucesso”. Olhe bem que estes caras decidem a portas fechadas, decidem e publicam a opinião, depois forçam os legisladores descerebrados a firmar projetos de lei, pré elaborados. Para alegria dos seguidores militantes de seus partidos.

Os comunistas fracassaram na conquista do poder pelas armas e sua política foi um desastre para os povos vitimados por tantos ditadores que nunca anistiaram nenhum opositor – vide Cuba até hoje! Agora, mordendo e soprando, disseminam a política das drogas. O veneno que semeiam segue o raciocínio discutido pelos que distribuem a ração de opinião pública pela mídia.

Repetem o discurso: “a cadeia produtiva de cigarros, cigarrilhas, charutos é nojenta e nociva! Espalha fedor e vive do lucro contra a saúde! Deve ser criminalizada pesadamente! Os cocaleiros do Evo Morales, os camponeses que fornecem coca para as Farc e barões da coca colombiana, os pobres paraguaios comerciantes da maconha de melhor qualidade... ah! São uns pobres coitados que devem ser defendidos, apoiados.
Ou seja, o problema é a repressão às drogas! Vamos descriminalizar! Fico pensando se os que fomentam esse debate não são mais criminosos . E se a poluição atmosférica proporcionada pelo cigarro é mais letal que a poluição das fábricas e dos escapamentos de automóveis, gazes de lixões tóxicos, acidentes diversos, queimadas, vulcões, puns...?

As fábricas pagam impostos e a maconha não. Quem fuma cigarro ainda pensa. Usuários de drogas ficam “fissurados” e incapazes de censura... os neurônios se corrompem e só o fumacê pra aliviar a deprê. Imagino as outras drogas mais fortes e ativas... aquelas que provocam estados que conduzem aos crimes mais abjetos.

Será que querem votos para o psdb fabiano? Ou para o pt radical? Sabe-se lá que intenções misteriosas rolam nos circuitos neuronais dos nossos senhores! O fato é que a poluição sonora e ambiental que criaram com suas políticas infecta todos os lares, impede o pensamento livre, impede o desenvolvimento saudável.

Implantam-se os novos costumes para uma geração medrosa e abúlica. Uma geração que atenda aos propósitos da ditadura servil, esta sim, ampla geral e irrestrita! É o que eles querem e ponto final.

As milícias de deputados, senadores, juizes, acadêmicos, jornalistas, pesquisadores, palpiteiros estão a postos. É mais fácil submeter empresas, empregados e cidadãos que pagam pesados impostos, que perturbar governantes e produtores de drogas com o poder financeiro imensurável. É mais fácil manter as polícias impotentes. É mais fácil criar uma juventude livre de repressões, alegrinha.

E de lambuja, incrementar o eleitorado. Os traficantes cumprem um papel social nas “comunidades” que alivia muito das responsabilidades do governo eleito: promovem shows, bailes, distribuem cestas básicas, dão emprego para a moçada, incrementam o comércio e até contribuem nas eleições.

Tudo pelo “social”. É a palavra de ordem.

2 comentários:

  1. Oi Arlindo, tudo bem?

    Já deve conhecer esta: ao invés de "social", "pessoal". Digo, "Tudo pelo "pessoal"". A turma ("pessoal"), sabe? A deles, claro!!!

    Abraços irmão em armas.

    Cavaleiro do Templo
    www.cavaleirodotemplo.com

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  2. Só há uma atitude que me consola: obedecer à frase de Jesus "dai a César o que é de César e a Deus os que é de Deus". De Deus é minha liberdade, mas tenho que obedecer a Serra, já que ele me cerceou, querendo salvar meu corpo. Será que ficarei tão sã quanto ele, notívago e hipocondríaco, conforme li? Ao salvar meu corpo, que ele não perca minha alma.
    Está vendo como esses capimunistas invertem a Bíblia, mas não se libertam dela? Toda a originalidade deles advém dessa inversão, pois a frase certa nos manda temer os que além de matar o corpo podem perder as nossas almas.

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