Por Arlindo Montenegro
Os iranianos, de acordo com suas leis, vão executar uma mulher, por apedrejamento. A coisa acontece em praça pública. A mulher é enterrada até a cintura. E uma testemunha ou o Juiz, atira a primeira pedra de tamanho especificado na lei – não pode ser grande para matar de imediato, nem tão pequena que não cause uma lesão dolorosa. Depois a primeira pedra, a turba completa a execução.
O rosto da condenada estará coberto. A cada pedrada vão aparecendo as manchas sangrentas no tecido. A lei manda que o suplicio seja lento. Nem se sabe quanto tempo um ser humano vai aguentar, de pedrada em pedrada, de traumatismos no cráneo, na face na parte superior do corpo, até que a sangria, ou Alá, determine a parada cerebral e/ou cardíaca.
Num texto do jurista Luiz Flávio Gomes, há uma citação do filósofo iraniano Ramim Jahanbegloo: “os indivíduos devem pertencer a um grupo religioso e sua vida cotidiana deve reger-se pelas tradições normativas desse grupo, que se julga possuidor da verdade divina, do ‘caminho acertado’, da validez absoluta dos seus dogmas e dos seus princípios.”
Quanta similitute com o "caminho acertado de validez absoluta" do marxismo. Talvez por isto condenaram e executaram à pena de morte por fome toda a população ucraniana. Talvez pela validez absoluta das idéias de Lenin e Stalin, assassinaram com um tiro na nuca em Katyn, mais de 20 mil oficiais e membros da elite polonesa, numa operação negada até há poucos anos.
Nos estamos também envolvidos pelo "caminho acertado de validez absoluta" do que quer o Foro de São Paulo e o PT cumpre, isolando os militares, comprando os parlamentares e seus partidos, chantageando empresários, desobececendo as leis e calando os juízes.
Não apedrejamos mulheres, mas ainda e cada vez mais as temos como objetos de prazer. O jornalista ilustre mata a namorada e não vai para a cadeia, nem com reza braba! Agora, quando a mulher é bandidona, que nem aquela que roubou milhões do INSS, aí ganha um emprego público. Quando pousa ao lado de fuzil FAL, assalta bancos, planeja e ajuda a colocar bombas que matam sentinelas, aí então...
Que diria Cecília Meirelles? "Depois ficou tudo triste/ como o nome dos defuntos/mar e ceu morreram juntos." Ou: "Por trás das nuvens, porém, sabíamos que durava, gloriosa e intacta, a lua". Certo será dizer que uma "Guerreira" diria um palavrão. E que Rachel de Queiroz faria um discurso inflamado. Nossas mulheres, as mais valorosas, estão hoje olhando a cena, brigando umas, calando e esperando, outras, frustradas.
Não apedrejamos mulheres, mas os brasileiros e outros gentios de nações vizinhas e do mundão, estão sendo apedrejados por uma turba de daltônicos mentais. Pessoas que parecem limitadas, simplificadas, homogeneizadas, pasteurizadas, traduzindo o mundo e a natureza humana de modo semelhante ao mundo das cores para os daltônicos. Esses estão limitados pela propria natureza de perceber a variedade e vibração da luz que reflete a vida.
Os que apedrejam mulheres e exterminam populações "para reduzir o contingente humano de bocas inúteis", são daltônicos mentais e tratam de eliminar e calar quem não pense e aja de acordo com sua visão do mundo e quem se recuse a obedecer seu mando. Apedrejam a inteligência com as pedras da ideologia. São intolerantes diante da liberdade e responsabilidade dos indivíduos que sentem a presença de Deus.
Falam num idioma restrito e incoerente. Mentem como crianças e negam como narcotraficantes e outros bandidos: quando a polícia os colhe com as drogas ou burlando a lei em flagrante desprezo, agredindo a vida alheia, o discurso é o mesmo: armação, foi plantada, não fui eu, não me pertence, não sabia, a culpa é do outro.
E como aprenderam do ambiente que agridem, pedem a presença da imprensa para registrar como os policiais são desumanos, pedem a cobertura de representantes da justiça que interpretam as leis e perpetuam a impunidade, propiciando à nação os riscos de toda natureza, negando à nação o direito que, na condição de daltônicos mentais associam aos seus senhores.
Os marxistas que nos governam e pretendem manter-se no poder eternamente, agem como possuidores de uma verdade divina, como guias para o "caminho acertado’, da validez absoluta dos seus dogmas e dos seus princípios.” São tão fundamentalistas e cruéis como os que apedrejam mulheres. Quem aprendeu dos ancestrais que "numa mulher não se bate nem com uma flor", que se cuide.
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