O jornal eletrônicoespanhol "Libertad digital", publicou nesta Sexta Feira,23/04/10, um relato assinado por Martin Higueras, sobre o relacionamento entre Cuba e a Venezuela. Tradução livre:
"Desde 2003, a Venezuela recebe milhares de médicos cubanos, supostamente para atender as zonas mais desfavorecidas do país. A versão oficial do governo Chávez, é paga a enorme quantidade de petróleo "vendida" e enviada a Cuba. O governo bolivariano assegura que são quase 15.000 profissionais cubanos na Venezuela. Mas os desertores falam de cerca de 40.000.
"Os que defendem o regime dos irmãos Castro, justificam o alto nível dos médicos cubanos e seu sistema sanitário o que é falso neste último caso como já está provado. Agora, são justamente esses médicos que orgulham a ditadura, os que mais fogem. Não o fazem a partir da ilha, o que é muito difícil. Aproveitam das viagens que são obrigados a fazer ao exterior.
"O diário colombiano El Tiempo, informa que cerca de 2.000 médicos que participam do programa de Chavez "Bairro adentro" – que completou 7 anos na última sexta feira – fugiram da Venezuela, através da fronteira ocidental, através do estado de Zulia para alcançar Santander, na Colômbia. A grande maioria foge com risco de vida, conseguindo seu objetivo depois de muitas horas.
"Para ilustrar os perigos, o jornal relata o encontro de um profissional cubana, com um compatriota, na rodoviaria de Maracaibo, ambos fugindo de Cuba e da Venezuela. Um deles pensa que o outro poderia ser "um dos 60.000 agentes da ditadura", que vivem na Venezuela para cuidar de Chavéz e vigiar de perto outros cubanos.
Uma mulher relata que o que mais temem é encontrar um desses agentes, todos militares e conhecidos como "O jurídico". Eles tecem uma rede de informantes no seio dos proprios médicos. Assim, "ninguém fala com ninguém da ideia de fugir, nem com familiares!" Falar por telefone é proibitivo, está interceptado. Se utilizam email, está filtrado. No fim do dia, encontraram-se 11 fugitivos em direção à Colômbia.
"Marisol Gomez Giraldo, editora do "El Tiempo", conta que o grupo foi barrado pela guarda venezuelana e teve os passaportes confiscados. Depois de uma hora na detenção, uma mulher aproximou-se para pedir "dinheiro em troco da liberdade". O preço cobrado era de 10 milhões de bolívares, (4.000 Reais), uma quantia que os médicos cubanos não tinham conseguido economizar. Juntando o que possuiam chegaram perto e foram liberados para seguir em direção ao território colombiano."
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