Churchil já
tinha dito que o sistema de governo democrático era defeituoso, mas era, de
longe, melhor que os demais sistemas existentes. Antes de ser caracterizada
pela infalibilidade dogmática, o sistema de governo democrático,criação humana,
era conduzido na direção de melhorias continuadas, no curso das mudanças
naturais.
Uma das características
dos nossos políticos é a resistência
para as reformas substanciais de aperfeiçoamento do sistema democrático, talvez
porque isto os faria perder a base do poder pessoal que têm. Isto conduz ao
distanciamento com os eleitores que percebem tudo quanto destrói o sistema.
É assim que as pessoas
começam a desprezar os políticos, que de representantes e aliados, passam a ser
vistos como predadores. Sem os instrumentos de uma reforma política que garanta
o pleno exercício das garantias, deveres e direitos constitucionais para o bem
comum, a cidadania marginalizada, refém de práticas controvertidas, não tem como fixar
limites e exigir as mudanças necessárias para a evolução natural do sistema.
A gente brasileira parece
resignada com a extinção dos direitos democráticos na medida que avançam, "na
lei ou na marra", as idéias coletivistas do marxismo no modelo gramcista.Assim vão sendo sufocadas as oportunidades de podar da
árvore democrática os ramos e parasitas, que impedem seu crescimento vigoroso,
a produção e distribuição de bons frutos.
O campo fica aberto para o
proselitismo marxista que atribui a um só partido o poder de modificar a
sociedade, eliminando toda e qualquer dissidência. É o que a história registra
desde Stalin até Fidel Castro e o que vive a Venezuela em nossos dias... E o
que querem impor ao Brasil e outros países da América Latina.
E tudo é feito com propaganda
massiva, com distorções da realidade e da história. Todos devem obedecer ao
partido e vestir-se de pensamentos vermelhos, sob ameaça permanente. Qualquer pensamento
dissidente é apagado. A mente é alimentada exclusiva e massivamente pela doutrinação
enganosa do governo.
Até as manifestações artísticas
são contaminadas: a música prestigiada é a mesmice monocórdica indicada por
Adorno; no teatro, na literatura, na pintura, que dependem de aplicação e
criatividade , os artistas que não se curvam ao pensamento coletivista perdem o
espaço para a divulgação, edição, distribuição de suas obras, quando não são
perseguidos e difamados na. rede eletrônica do terrorismo partidário.
Neste modelo de capitalismo
coletivista que serve aos bancos e empresas globais que atuam acima dos
Estados, não existe diálogo e as alianças são oportunistas, negociadas a peso
de ouro, porque as idéias e o pluralismo, os valores espirituais atrapalham os
propósitos da nova classe governante, atrapalham os negócios... É bastante
observar como a consciência tornou-se moeda desvalorizada no Brasil atual.
O modelo adotado pelo
coletivismo exalta o processo de Cuba, da Venezuela, das guerrilhas de
narcotraficantes colombianos, com a mistura de idéias anacrônicas e revanchismo
na relação com os grupos que no passado ocuparam o poder político. O que pouco
se sabe é que este processo de desconstrução cultural é financiado com os
recursos do tráfico de armas e drogas lavados nas redes bancárias, pelos
petrodólares, pelas grandes Fundações que comandam o espetáculo cultural e político.
A nossa realidade é bem
diferente daquela da Europa do século XIX, quando Marx descreveu a realidade
daquele momento, destacando a necessidade de reduzir as injustiças. O modelo
foi aplicado gerando mais injustiças ,além dos, rios de sangue e sofrimento que
se repetem até hoje. E nossos governantes querem repetir o que se revelou
inviável e que já foi devidamente modificado em termos econômicos, mas persiste
como desconstrução do modelo judaico cristão.
Chegamos ao fundo do poço.
Resta subir pelas paredes enlameadas e pisar em terra firme, ver a luz,
respirar ares menos infectados.
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