segunda-feira, 17 de maio de 2010

A VERDADE ESCONDIDA: PT + FARC


Sobre o relacionamento intimo do PT, dona Dilma e as Farc, recebí um resumo de matérias recentes e mais antigas, que mostram o quadro nojento desta relação, que projeta os propósitos dos socialistas no governo para o Brasil bolivariano. Esta é a postagem mais extensa publicada neste blog!

Rodrigo Rangel, publicou n'O Estado de S.Paulo em 15 de maio de 2010:
"Ninguém fala abertamente, mas a posição hesitante do governo brasileiro em relação às Farc coloca em situação difícil os órgãos de segurança que, de alguma maneira, esbarram nas ações da guerrilha por aqui. Os investigadores se veem diante de um incômodo dilema. Avançar ou não? E se o governo não gostar?

No caso da operação que resultou na prisão de José "Tatareto" Sanchez, a justificativa já estava pronta com antecedência: se superiores pedissem satisfações, era só dizer que o colombiano fora flagrado traficando em território brasileiro. "Ele não foi preso porque é das Farc, foi preso porque é traficante e eu estava no cumprimento de meu dever", afirmou ao Estado, sob a condição do anonimato, um investigador que atuou no caso.
A razão da preocupação é simples. Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o Palácio do Planalto, o tema Farc é tabu. Brasília resiste firmemente às pressões de Bogotá e de Washington e não admite a possibilidade de classificar a guerrilha colombiana como organização terrorista. Em troca, as Farc dão mostras de que confiam no governo brasileiro: em duas oportunidades, a guerrilha aceitou que aeronaves militares do Brasil acompanhassem a Cruz Vermelha em delicadas missões de resgate de reféns na selva.
Para não entrar na briga, o governo argumenta que a guerrilha é um problema interno da Colômbia e que, por essa razão, não deve se intrometer.

O PT e a guerrilha já estiveram juntos no célebre Foro de São Paulo, conclave que reúne organizações de esquerda de toda a América Latina. É de lá a amizade que levou Raúl Reyes, número dois da guerrilha morto há dois anos num ataque militar da Colômbia, a escrever em 2003 ao recém-empossado Lula em busca de apoio para a causa das Farc. A mesma amizade permitia a Reyes manter contatos regulares via e-mail com alguns petistas, de dentro e de fora do governo.

É bem verdade que a guerrilha esperava mais de Lula. Talvez o mesmo apoio explícito que recebe de Hugo Chávez. Mas ela também não pode reclamar. Que o diga Olivério Medina, o padre das Farc a quem o Brasil concedeu refúgio político a despeito de sucessivos pedidos de extradição formulados pela Colômbia, onde ele é acusado de homicídio e sequestro.
Nessa simpatia envergonhada do governo pode estar a explicação para o fato de, mesmo diante de tantas evidências, ter demorado tanto tempo para que se mapeasse, para valer, a ação das Farc em território brasileiro.
(...)
Um relatório sigiloso produzido pela inteligência da Polícia Federal joga por terra o discurso do governo brasileiro de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) não agem do lado de cá da fronteira.
De acordo com o documento, datado de 28 de abril deste ano, a guerrilha colombiana não só tem violado sistematicamente a fronteira Colômbia-Brasil como tem utilizado o território brasileiro para seus negócios, especialmente o narcotráfico.
(...)
O grupo que trabalhava na base brasileira utilizava conhecidas técnicas das Farc. O sistema de comunicação que Tatareto mantinha em seu sítio, perto de Manaus, era acionado em horáriospré-determinados para contatos com a guerrilha na Colômbia: 7h, 12h e 17h. Na maioria das vezes, os diálogos eram codificados.
A exemplo do que as Farc fazem na selva colombiana para esconder armas e drogas, os dois aparelhos de rádio-comunicação ficavam enterrados, dentro de um tonel. A antena, que não costuma ser nada discreta, repousava, cuidadosamente camuflada, entre as copas de duas árvores.

Tatareto - "gago", em espanhol - foi preso com mais sete pessoas. Ele é acusado de comandar uma importante rota do tráfico que usava rios da Amazônia para fazer chegar a Manaus carregamentos de cocaína produzida na selva colombiana pelas Farc. Da capital do Amazonas, a droga era distribuída para outros Estados brasileiros e para a Europa.
A PF afirma que a guerrilha, cada vez mais encurralada na Colômbia pelas operações militares do governo de Alvaro Uribe, chegou a estabelecer bases em plena Amazônia brasileira. Diante da responsabilidade pela arrecadação de recursos para as Farc, diz o relatório, Tatareto "transferiu sua base operacional para o território brasileiro, de onde poderia coordenar (as atividades) com mais tranquilidade, sem o perigo do confronto armado frequente com as forças oficiais da Colômbia".

Os investigadores mapearam as duas mãos do esquema: as Farc enviam coca da Colômbia para o Brasil e, no sentido inverso, os recursos obtidos com a venda da droga são remetidos para acampamentos da guerrilha na Colômbia, seja em dinheiro vivo, seja na forma de mantimentos e insumos para refino da coca comprados em território brasileiro. "Tatareto disponibiliza parte dos recursos para a aquisição de mantimentos e logística em geral (combustível, produtos químicos, etc) que são comprados em Letícia (do lado colombiano) e destinados ao seu pessoal na selva", afirma a PF.
As cargas, aponta o relatório, são transportadas por balsas colombianas que fazem o trajeto regular entre as cidades colombianas de Letícia e La Pedrera, passando pelo território brasileiro. Uma das embarcações, a "RR Camila", pertence ao colombiano Carlos Emilio Ruiz, preso em Bogotá por ligação com as Farc.

"Investimentos"
A mesma investigação descobriu investimentos consideráveis do grupo de Tatareto no Brasil. Também com o dinheiro amealhado com o comércio da coca, os colombianos compravam terrenos e barcos de pesca. Até empresas chegaram a ser abertas para "gerenciar" o patrimônio e acobertar as atividades ilegais. Nada era registrado em nome de Tatareto.

"Como membro da Comissão de Logística e Finanças da 1.º Frente das Farc, José Samuel Sanchez investe grande parte dos lucros provenientes das drogas na compra de barcos pesqueiros, os quais são colocados em nome de Carlos Rodrigues Orosco", diz o relatório da PF.

Para os investigadores, Carlos Orosco, ou "Carlos Colombiano", era uma espécie de testa-de-ferro de Tatareto. É em nome dele que estão tanto as empresas quanto os terrenos de propriedade do grupo. Uma das empresas é o Frigorífico Tefé Comércio e Navegação Ltda.

Registrado formalmente em 1998 - indicação de que o esquema da guerrilha em solo brasileiro pode estar em operação há mais de uma década -, o frigorífico servia para maquiar os carregamentos da droga, que navegava da região da fronteira com a Colômbia até Manaus escondida debaixo de camadas de peixe.
Na Junta Comercial do Amazonas, o frigorífico, cuja sede é um flutuante ancorado na orla de Tefé, no interior amazonense, aparece com um capital social de R$ 80 mil.

A fachada montada para dar ares de legalidade ao esquema vai além. O Estado levantou outras duas firmas relacionadas ao grupo. Carlos Colombiano, que também foi preso, figura ainda como proprietário dos barcos pesqueiros adquiridos pelo grupo. Ele chegou a ter cinco embarcações em seu nome - algumas delas, de grande porte, podem custar até R$ 250 mil.

Em nome do "testa-de-ferro" de Tatareto estão também pelo menos dois sítios. Um deles, à margem de um igarapé nos arredores de Manaus, tem área equivalente a 92 campos de futebol e era usado como base de comunicação com as Farc na Colômbia.

O documento de posse do terreno, em nome de Carlos Colombiano, foi apreendido pela PF no carro de Tatareto, que nas conversas gravadas pela polícia diz que a propriedade é sua. Outro imóvel, foi comprado e revendido recentemente. À PF, Carlos Colombiano disse tratar-se de "investimento".
(...)
"O curso das investigações, desenvolvidas sob a denominação Rota Solimões, deixou claro que a organização criminosa formada principalmente por colombianos trasladou suas bases operacionais para território brasileiro, aproveitando a vastidão da zona de fronteira pouco guarnecida para se homiziarem (esconderem) das ações do governo colombiano", diz a PF.
Pelo relato da polícia, fica claro que o território brasileiro não era um ponto de passagem, mas uma base fixa para gerar recursos para a guerrilha."Ficou evidente que a produção, o transporte e a distribuição se dão inteiramente em território nacional, mais especificamente no Estado do Amazonas", diz o texto.
Os papéis da investigação indicam que Tatareto também possuía um laboratório de refino de coca do lado brasileiro.
(...)
O documento da PF chama atenção para a "violação do território brasileiro através da imigração ilegal com a utilização de documentação falsa". Ele também menciona a "transferência da cultura da violência e do narcotráfico para as populações indígenas e ribeirinhas".
Tatareto, que a polícia aponta como o chefe da conexão Farc-Brasil, está no País há pelo menos dois anos. É um homem de múltiplas identidades.

Documentos falsos
Na Colômbia, ele usava dois nomes diferentes. Aqui, mesmo sem falar português, se passava por brasileiro. Graças a uma certidão de nascimento forjada num cartório de Tefé, conseguiu tirar RG e CPF e passou a viver como Daniel Rodrigues Orosco.

No papel, o "personagem" que Tatareto assumiu para encobrir sua real identidade é irmão de Carlos Colombiano, outro que se apresenta como brasileiro apesar do sotaque carregado e dos documentos, que a polícia acredita serem falsos.

Um terceiro alvo da investigação, o também colombiano Nestor Raúl Rodríguez Sánchez, é prova do fluxo financeiro do esquema e da maneira como as Farc veem no Brasil uma zona livre para agir.
Em 2007, quando seguia de Manaus em direção à Colômbia, ele foi preso com o equivalente a US$ 500 mil. O dinheiro, em notas de dólares e euros, estava escondido dentro de uma caixa de som.

Não se sabia origem nem destino dos recursos. Havia apenas suspeita de ligação com as Farc porque, ao reconstituir os passos de Nestor antes do flagrante, no sistema de vídeos de uma loja os agentes descobriram que ao comprar o som ele estava em companhia de Mauricio Bravo, irmão de Alfonso Rodríguez Bravo, o "Martín Boyaco", conhecido integrante da guerrilha.Nestor acabou libertado. E estava livre até a semana retrasada, quando foi detido novamente na operação que prendeu Tatareto.

Problema novo
Nos cenários da PF, o narcotráfico das Farc tomou lugar dos outrora famosos cartéis colombianos. "Será um problema para nós daqui para frente. Como as Farc são hoje cada vez menos uma organização guerrilheira e mais uma organização voltada para o tráfico, a tendência é que esse problema atinja o Brasil de maneira mais intensa nos próximos anos", diz uma fonte com acesso à investigação.

RELAÇÕES PERIGOSAS: AS FARC, O PT E O GOVERNO LULA
REINALDO AZEVEDO - REVISTA VEJA
domingo, 16 de maio de 2010
Vocês vão entender por que publico o documento acima, assinado por Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil e agora pré-candidata do PT à Presidência.
Reportagem no Estadão deste domingo informa que a Polícia Federal descobriu uma base das Farc no Brasil:
“A guerrilha colombiana não só tem violado sistematicamente a fronteira Colômbia-Brasil como tem utilizado o território brasileiro para seus negócios, especialmente o narcotráfico. (...)
Pois é, leitor… A história dos petistas e do governo Lula com as Farc pode ser contada em capítulos. Nem é preciso fazer uma pesquisa muito exaustiva. Comecemos por observar que, ao longo dos anos, o lulo-petismo tem sido mais duro com o governo constitucional e democrático da Colômbia do que com os narcoterroristas. Explica-se.
Brasil neutro
Lula, o Itamaraty e os petistas não consideram as Farc terroristas — seqüestrar pessoas, degolá-las, manter campos de concentração na selva etc. não parecem caracterizar terrorismo para os nossos iluminados. Em março de 2008, numa entrevista ao jornal francês Le Figaro (publiquei tradução), Marco Aurélio Top Top Garcia declarava:
“Eu lhes lembro que o Brasil tem uma posição neutra sobre as Farc: nós não as qualificamos nem de grupo terrorista nem de força beligerante. Acusá-las de terrorismo não serve pra nada quando a gente quer negociar.”
É Pouco? Pois eu lembro mais. Naquele ano, a Colômbia havia atacado um acampamento dos narcoterroristas situado no Equador. Eles contavam com a proteção do governo daquele país, comandado pelo filoterrorista Rafael Correa. Leiam o que disse Marco Aurélio ao jornal francês:
“O Brasil condena firmemente o ataque colombiano ao território equatoriano, que é, antes de mais nada, uma violação da soberania territorial. Nós exortamos a Colômbia a apresentar suas desculpas ao Equador. Paralelamente, o Brasil age para baixar a tensão na região, que atingiu níveis inquietantes. O presidente Lula vai receber hoje [ontem] o Presidente equatoriano, Rafael Correa, e nós vamos pedir a criação de uma comissão de investigação no âmbito da Organização dos Estados Americanos.”
O Equador protegia terroristas e traficantes que seqüestravam e matavam na Colômbia, mas Marco Aurélio exigia desculpas dos colombianos!
Laços antigos
É compreensível! Vocês se lembram do Fórum de São Paulo, entidade fundada por Lula e Fidel Castro para reunir partidos e organizações da esquerda da América Latina? PT e Farc dividiram o mesmo teto na organização durante um bom tempo. Oficialmente, os narcoterroristas deixaram o Fórum. Quando estavam lá, já faziam o que fazem hoje: seqüestros, assassinatos, tráfico de drogas… Sob a bandeira da luta revolucionária marxista. Não que isso também não seja uma droga. Mas é outra.
Na reunião da OEA, que debateu o ataque, o Brasil atuou contra a Colômbia com a mesma fúria com que atuou contra Honduras. Hugo Chávez, o amigão das Farc, ameaçou ir à guerra!!! Naquela ação, morreu um dos chefões do bando, o terrorista pançudo Raul Reyes. Seu laptop, que foi apreendido, trouxe revelações espetaculares, indicando os laços entre o grupo e os governos da Venezuela e do Equador. E continha algumas coisas interessantes sobre o Brasil!!!
“Padre Medina”, sua mulher e Dilma Rousseff
Um dos chefões das Farc, o tal Padre Olivério Medina, mora no Brasil na condição de “refugiado político”. Desde 2006. Dele se diz ser um “ex-terrorista”. O laptop de Rayes trazia troca de mensagens entre os dois. Publicou o jornal colombiano El Tiempo no dia 10 de maio de 2008:
“(…) o contato das Farc, Francisco Antonio Caderna Collazos, o ‘Camilo’ [dois outros nomes de Medina] - casado com uma professora brasileira e encarregado de trocar cocaína por armas e do recrutamento de simpatizantes -, não pôde ser extraditado para a Colômbia porque goza do status de refugiado desde 2006″ (a íntegra da reportagem do jornal está aqui).
No dia 4 de junho de 2008, Diogo Mainardi revelou em sua coluna na VEJA que a mulher de Medina, Angela Maria Slongo, era funcionária do governo Lula, mais precisamente do Ministério da Pesca. A revista Cambio, da Colômbia, publicou o e-mail em que Medina informa a nomeação a Reyes:
17 de enero de 2007
De: ‘Cura Camilo’
A: ‘Raúl Reyes’
“El lunes 15 inició ‘la Mona’ su empleo nuevo y para asegurarla o cerrarle el paso a la derecha por si en algún momento les da por molestar, entonces la dejaron en la Secretaría de Pesca desempeñándose en lo que aquí llaman un cargo de confianza ligado a la Presidencia de la República”.
Traduzindo
Na segunda-feira, dia 15, a “Mona” começou em seu novo emprego e para garanti-la ou impedir que a direita em algum momento a hostilize, a colocaram na Secretaria da Pesca, trabalhando no que chamam aqui de cargo de confiança ligado à Presidência da República.
“Mona” é como Medina, o “Cura Camilo”, se refere à sua mulher. A palavra tem tanto o sentido de coisa “fofa”, “delicada”, quando de macaca. Escolham… O que o e-mail evidencia? Que a contratação da “fofa” ou da “macaca” foi mesmo parte de uma ação política. Ora, quem será este sujeito indeterminado de “colocaram” e “chamam”?
Resposta: Dilma Rousseff. O requerimento que está no alto desta página foi publicado pela primeira vez do jornal Gazeta do Povo, do Paraná. Ali está o pedido de transferência. E o mais curioso: ela foi trabalhar no Ministério da Pesca em… Brasília! Vai ver passa as tardes pescando lambaris no lago Paranoá…
Segundo o jornal El Tiempo, Medina é um dos chefões de um troço chamado CCB - Coordinadora Continental Bolivariana. É o braço internacional das Farc, instalado em vários países. Reyes, o pançudo morto no Equador, divida a chefia da CCB com Medina e com Orlay Jurado Palomino, ou “Hermes”, que está na Venezuela.
No dia 16 de março de 2005, "O mistério dos US$ 5 milhões" era (matéria de capa) da revista VEJA.
Nos arquivos da Agência Brasileira de Inteligência em Brasília há um conjunto de documentos cujo conteúdo é explosivo. Os papéis, guardados no centro de documentação da Abin, mostram ligações das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com militantes petistas. O principal documento nos arquivos foi datado de 25 de abril de 2002, está catalogado com o número 0095/3100 e recebeu a classificação de “secreto”. Em apenas uma folha e dividido em três parágrafos, esse documento informa que, no dia 13 de abril de 2002, um grupo de esquerdistas solidários com as Farc promoveu uma reunião político-festiva numa chácara nos arredores de Brasília. Na reunião, que teve a presença de cerca de trinta pessoas, durou mais de seis horas e acabou com um animado forró, o padre Olivério Medina, que atua como uma espécie de embaixador das Farc no Brasil, fez um anúncio pecuniário. Disse aos presentes que sua organização guerrilheira estava fazendo uma doação de 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral de candidatos petistas de sua predileção. A notícia foi recebida com aplausos pela platéia. Faltavam então menos de seis meses para a eleição. Um agente da Abin, infiltrado na reunião, ouviu tudo, fez um informe a seus chefes, e assim chegou à Abin a primeira notícia de que as relações entre militantes esquerdistas, alguns deles petistas, e as Farc podem ter ultrapassado a mera simpatia ideológica e chegado ao pantanoso terreno financeiro.
Sob a condição de não reproduzi-los nas páginas da revista, VEJA teve acesso a seis documentos da pasta que trata das relações entre as Farc e petistas simpatizantes do movimento. Dos seis documentos, três fazem menção explícita à doação de 5 milhões de dólares. Num deles, está descrita a forma de pagamento: o dinheiro sairia de Trinidad e Tobago, um pequeno país do Caribe, e chegaria às mãos de cerca de 300 pequenos empresários brasileiros simpáticos ao PT, que, por sua vez, fariam contribuições aos comitês regionais do partido como se os recursos lhes pertencessem. Em outro documento, aparece a informação de que o acerto financeiro fora celebrado entre membros do PT e das Farc durante uma reunião realizada numa fazenda no Pantanal Mato-Grossense - e que os encontros de cúpula seriam articulados com a ajuda de Maria das Graças da Silva, uma funcionária da Câmara dos Deputados em Brasília que já militou no PC do B e seria amiga muito próxima do “comandante Maurício”, apontado como a maior autoridade das Farc no Brasil. Ao contrário da doação financeira e do mecanismo do pagamento, que são descritos em detalhes nos documentos da Abin, a menção à reunião no Pantanal aparece seca e sem detalhes.
“Conheço ele, sim, mas e daí? Não articulei encontro nenhum”, garante a funcionária Maria das Graças, que diz ignorar qualquer reunião no Pantanal.
(…)
Os contatos políticos entre petistas e guerrilheiros das Farc são antigos. Começaram em 1990, quando o PT realizou um debate com partidos políticos e organizações sociais da América Latina e do Caribe para discutir os efeitos da queda do Muro de Berlim.
(…)
A reunião na chácara em Brasília foi uma mistura de encontro político com festa de amigos. A chácara chama-se Coração Vermelho, pertence ao sindicalista Antônio Francisco do Carmo e fica a 40 quilômetros de Brasília. O encontro começou às 11 da manhã e terminou no início da noite. Aconteceu em torno de uma mesa debaixo de árvores, para evitar que um grampo clandestino pudesse captar as conversas. No início, com todos de pé, abriu-se uma bandeira das Farc e cantou-se o hino da guerrilha. Para entrar na chácara, os participantes tinham uma senha: bater com a mão espalmada no peito. Ao meio-dia, serviu-se um churrasco, com arroz e vinagrete, cerveja e refrigerante. Um dos presentes era o vereador Leopoldo Paulino, secretário de Esportes do então prefeito de Ribeirão Preto, o hoje ministro Antonio Palocci. Pouco antes, Paulino fundara o primeiro comitê de apoio às Farc no Brasil, em Ribeirão Preto. Na chácara, exibiu-se um vídeo com a inauguração do comitê, e Paulino explicou seu funcionamento. “Não temos presidente ou diretor. Somos todos guerrilheiros ou não somos. Se somos, então todos fazem parte da luta”, disse ele, conforme o relato transcrito pelo agente infiltrado da Abin. Foi aplaudido pelos presentes.
A VEJA, o vereador Leopoldo Paulino, que foi guerrilheiro da Ação Libertadora Nacional (ALN) e hoje é filiado ao PSB, negou que tenha participado de qualquer reunião na chácara Coração Vermelho. Outro que esteve presente, porém, o bancário Antônio Carlos Viana, um aguerrido militante comunista, confirmou a VEJA que a reunião foi feita, que o assunto era o apoio às Farc, mas disse que ninguém falou em dólares.
(…)
A primeira suspeita da generosidade financeira das Farc com esquerdistas brasileiros apareceu há dois anos, quando o deputado Alberto Fraga, hoje filiado ao PTB, contou que agentes da Abin lhe narraram a história. O deputado fez um discurso-denúncia sobre o assunto na tribuna da Câmara e tentou em vão abrir uma CPI. Não conseguiu recolher o número necessário de assinaturas de deputados. Sua denúncia não recebeu muito crédito, mas o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, do PT paulista, procurou-o. Disse que estava incumbido pelo governo de processar Fraga e queria saber se o deputado tinha provas da denúncia que fizera. Fraga blefou. “Eu disse que podia até apresentar testemunhas em juízo.” Diante disso, Greenhalgh nunca mais tocou no assunto, segundo Fraga. “Eu só falei para que ele tomasse cuidado com aquela história. Disse que ele poderia acabar sendo processado porque a história não era verdadeira”, desmente Greenhalgh. “Eu não estava falando em nome do governo.”
Concluindo
Um ou outro ainda poderiam dizer: “Ah, não exagere!…” Claro que não exagero!
No computador de Reyes, havia mensagens informando que as Farc estavam recebendo armamento da Venezuela. Em julho do ano passado, a Colômbia encontrou lança-foguetes de fabricação sueca, comprados pelo Exército venezuelano, em poder dos narcoterroristas. A negociação foi feita por dois generais próximos a Chávez, um deles acusado pelos EUA de envolvimento com o narcotráfico.
Chávez, inicialmente, negou. Apresentado às armas, deu uma resposta originalíssima: “Elas foram roubadas”. E ameaçou ir à guerra!!! Celso Amorim, o Megalonanico, não disse uma miserável palavra a respeito. Ou melhor, disse: afirmou não ter certeza de que aquilo houvesse mesmo acontecido, embora o próprio Chávez admitisse que as armas eram suas. O debate sobre o uso das bases colombianas pelos EUA estava no auge. Se Amorim nada disse contra a Venezuela, ele atacou duramente a Colômbia. Entre as Farc e os EUA, os nossos valentes já fizeram sua escolha.
Afinal, o Brasil é neutro em relação às Farc, mas não aos EUA… Numa das mensagens de Medina, ele diz que tinha muita esperanças de ficar no Brasil porque apostava bastante em Celso Amorim. Homem sábio!
Dado o conjunto da obra, as Farc passaram a considerar o Brasil um país seguro, com um governo amigo. Medina e Mona que o digam, não é mesmo, Dilma?
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/relacoes-perigosas-as-farc-o-pt-e-o-governo-lula/

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