Nestes dias,
aparecem na televisão os intérpretes dos acontecimentos econômicos, militares,
políticos, e policiais ocorridos há meio século, quando a maioria deles nem
havia nascido. Outros eram infantes. Mas todos são muito conclusivos em seus
papéis de “formadores de opinião”. Apoiam-se em dados isolados, ignorando nos
debates, as poucas referências, das poucas mentes equilibradas que residem sob
cabelos brancos.
Naqueles anos,
naquele ambiente macro demagógico, os militares de toda a América Latina e de
outras partes do mundo, formados e armados para defender estratégias imperiais
– “democratas” ou “comunistas”, - agiam nos limites traçados pelo poder
econômico em suas respectivas áreas de influência. Os policiais idem. Já os
políticos disputavam o espaço dos negócios intelectuais e materiais, atuando
como gestores e capatazes institucionais.
Todos os apreciavam
as estratégicas jogadas da guerra fria.
Estavam adestrados para agir nos limites traçados pela Casa Branca e pelo
Kremlin, que figuravam como sedes dos impérios opostos. As variações
disponíveis estavam na filiação emocional ao discurso europeu, chinês, cubano e
outros. Poucos percebiam como eram guiados para vestir a indumentária mental
que os levava a agir como “idealistas”, “conservadores” ou “reacionários”.
Os idealistas
atiravam-se na ação para promover mudanças “na lei ou na marra”. Os
conservadores trabalhavam para preservar a ordem natural das coisas. Os
reacionários agiam contra os exageros ideológicos que envolviam os idealistas e
propunham mudanças, conservando as instituições do jeitinho que agradava aos
centros de inteligência do mundo.
É uma beleza estar
neste mundo e aprender, entender quais foram as ações produtivas e os percalços
da própria vida. O outro lado da moeda é a piedade profunda diante das imagens
da televisão, ouvindo o discurso imaturo de uns, fanático de outros e da
perplexidade dos que tentam equilibrar racional e logicamente o discurso,
ampliando o estreito espaço da interpretação emocional.
Nos bastidores
estão os magos e seus cientistas aplicados a confundir as mentes. Só devem ser
vistas as imagens chocantes. Só devem ser ouvidas as frases isoladas, circunscritas
ao micro contexto do macro universo onde se desenvolvem as mesmas ações, onde
se definem os mesmos pensamentos, onde vicejam os mesmos conflitos.
Sob os auspícios
do Instituto Médico Kaiser Wilhelm, em Berlim, Joseph Mengele conduziu as
pesquisas sob controle mental afetando milhares de jovens e milhares de outras
infelizes vítimas. Himmler supervisionou as pesquisas genéticas. Os documentos
de registro daquelas pesquisas foram confiscados pelos Aliados e continuam
classificados como secretos até hoje. Poucos iniciados têm acesso aos milhões
de documentos. Menos ainda aqueles referentes às técnicas de controle
mental.
A formação
educacional enquadra nossas convicções e a informação corrente modela a
opinião. A formação experiências e interesses profissionais e pessoais dos que
estavam ausentes e hoje se colocam no pedestal de juízes da história, como se
dominassem todos os fatos é muito carente e muito limitada por ideologias e
fanatismos. Isto é produto da mesma máquina governamental que domina os
conteúdos educacionais e domina a propaganda veiculada pelos ausentes que
produzem a informação sobre a memória dos tempos passados.
Com poucas
exceções, os informantes e crentes ideológicos fanáticos, têm consciência de
estar contribuindo para bagunçar o cérebro. Nada sabem sobre a desorganização
que provocam no organismo humano, este que reage em três centros ou memórias –
cérebro pensante, medula espinhal e seus ramos nervosos, memória emocional.
Ignoram os próprios vícios que carregam, contrários à sua pretensa humanidade.
Foram convencidos para calar sobre as técnicas de controle mental que utilizam
como ferramentas em seu trabalho cotidiano.
Na prática
contribuem decisivamente e abusivamente para eliminar a liberdade intelectual
transformando as populações em exércitos de pensamento homogêneo e seres
abúlicos. Também enchem os manicômios e consultórios de psiquiatras com os
mortos intelectuais, ou sejam aqueles que apenas exercitam o corpo, apenas
pensam, ou apenas se emocionam, desequilibrando a energia dos centros motores
que caracterizam a saúde e a integridade do homem.
Na história que
interpretam reduzem ou omitem o peso das estruturas de poder econômico e suas
agências de inteligência, amparados pelo complexo industrial militar e comércio
de armas e drogas, estas sim, forças acima de qualquer Constituição, acima de
qualquer partido ou ideologia, em todos os tempos. Estas sim que são obedientes
a clubes fechados, que submetem os países e os indivíduos, que submetem os
políticos e governantes, que submetem as decisões dos empreendedores, que se
apoiam nas técnicas de lavagem cerebral e controle mental, utilizando todo o
arsenal científico e tecnológico à sua disposição.
Não existe ninguém suficientemente abalizado para discorrer sobre qualquer fato ou acontecimento político, pois todos por serem políticos, possuem por cabeça uma versão, já que só e unicamente os autores desse fato ou acontecimento político conhecem a fundo suas causas e o seu porquê!
ResponderExcluirAssim, dá dó ver "cientistas políticos" cagarem sentenças estapafúrdias e patéticas.