Antes de antigamente, eram
construídos “estádios de futebol”, onde
a bola rolava entre os pés ágeis e brincalhões, entre as pernas tortas de
jogadores humildes que divertiam a
torcida brasileira. Agora, com a
revolução cultural do governo internacionalista que serve à Fifa são
construídas grandes “arenas”, como o Coliseu romano, onde os gladiadores se
enfrentavam até a morte. “Estádio”
lembra a Grécia é mais próprio para as peladas de várzea...
Os governantes driblam a
população, negando ter gasto dinheiro público. Não se avexem! Depois da farra
internacional, algumas “arenas” vão
receber os “gladiadores”, uns 5.000 torcedores onde cabem 40 ou 50 mil. O
dinheiro do povo, dos que trabalham e
mal conseguem pagar as contas - de telefones celulares, de planos de saúde,
remédios dos laboratórios multinacionais, etc. idem – vão receber os mega shows
de rapers, funkeiros, roqueiros, metaleiros, axezeiros... Ou servir como campos
de concentração...
Os produtos culturais sempre
dependeram do patrocínio dos poderosos. Mecenas presenteou o poeta Horácio com
uma granja no ano 33 a.C. No renascimento os pintores e músicos, quase todos
uns duros, eram adotados como “propriedade” de príncipes e reis, criando
grandes obras para animar as festas dos grandes salões palacianos. Atualmente os consomem obras de “arte”
tecnológica, carros, celulares, tablets... E pinturas, algumas de gosto
duvidoso.
O que poderia intrigar é o que empresas
como a Nike, Adidas, Pepsi e Coca Cola, cervejas diversas, atuem como mecenas e
patrocinadores das artes e dos esportes. Muitos destes patrocinadores
empresariais degradam os valores culturais tradicionais, vulgarizam e aparecem
mais que o esporte ou a manifestação artística. Provocam a insolência e o
exibicionismo, impondo a “cultura” de consumo massivo de marcas famosas.
Há muito tempo a gente ouve falar
da “aldeia global”, sugerindo que o planeta encolheu e tudo está disponível
para todos em qualquer parte. Os “selvagens” usam computadores no meio da mata
amazônica, saboreiam as bebidas da coca-cola e alguns até calçam tênis daquelas marcas que patrocinam os astros dos
esportes. Estamos vivendo o “salto para o futuro”, envolvidos pela propaganda
agressiva do consumo global idiota.
Umas
poucas manifestações públicas indicam uma mudança no interesse político. Além da
preocupação com a discriminação racial, a identidade étnica, o gênero e a
sexualidade, começam a aparecer protestos contra o poder das grandes empresas e
bancos, corrupção, gastos públicos exagerados e injustificados, abandono da
saúde, educação e segurança pública.
Os
direitos dos trabalhadores, que nem os terceirizados da Petrobrás nos canteiros
de obras ou aqueles da construção das grandes “arenas”, professores, policiais,
médicos, parecem desafiar as decisões políticas locais submetidas aos processos
da economia mundial. Os estudantes envolvidos são minoria da população, mas uma
minoria importante, que em todos os tempos foi capaz de formar uma massa
crítica, com resultados surpreendentes.
Enquanto
isto, na “aldeia global”, a desigualdade econômica avança impiedosa e as
oportunidades culturais encolhem. As empresas abandonam seus países de origem deixando um
monte de desempregados e subempregados nas ruas. Vão para países onde pagam
tostões aos trabalhadores em condição de escravidão. Tostões pela fabricação de
itens que chegam aos mercados consumidores por centenas de dólares.
Os jeans, abrigos para a
“malhação”, shorts, camisas, tênis “de marca”, são fabricados em prisões
chinesas, no Vietnam, Indonésia, Malásia ou por bolivianos num fundo de quintal
paulistano. Em Junho de 1966, a revista Life publicou fotos de meninos
paquistaneses costurando bolas de futebol. Eram remunerados com 6 centavos de
dólar por hora. Trabalhavam para a Nike, Adidas, Reebok, Umbro e outras marcas
famosas.
Daqui
a pouco, algum ilustre deputado ou vereador, vai apresentar projetos para que
os logradouros públicos sejam batizados com os nomes de seus patrocinadores:
Avenida Coca Cola, Rua Nike, Praça McDonald’s, Beco do HSBC, Largo do
Bradesco... Parque Marlboro. Nada mais justo. E as empresas cuidariam do bem
estar dos residentes e frequentadores, garantindo a segurança, limpeza,
iluminação e sinalização, conservação, ocupando o espaço de responsabilidade do
Estado, que já controlam corrompendo tutti quanti.
Como o
mandante é a empresa patrocinadora da
publicidade, passou o tempo de viver longe da ditadura das marcas famosas.
Durante os próximos meses a Fifa e suas marcas patrocinadoras vão derramar uma
avalanche de sugestões, deslocando o país anfitrião do foco do evento
esportivo. É o Brasil virando apenas um instrumento da promoção do consumo.
Quem degrada esta terra tem nome e endereço
nos postos do poder local e global.
A MARCHA DA ESTUPIDEZ II
Os ditadores militares e por
extensão toda a instituição mantida para a defesa do território, são
constantemente achincalhados pelos que detêm o poder internacionalista, neste e
noutros países do continente. O grande salto que proporcionaram para o desenvolvimento
obedecia às estratégias globais daquele tempo. Na sequência, para consolidar a
ditadura econômica, o poder passou para as mãos dos “democratas”... ou
internacionalistas?
A partir de Fernando Henrique,
logo depois o truqueiro Lula e seu partido que abrigou todos os guerrilheiros
do pedaço, a retaliação foi veloz: o controle da produção de alimentos,
energia, comunicações, mineração, construção civil, infra estrutura urbana e
até coleta de lixo, planos de saúde e logística do abastecimento do comércio,
tudo foi aberto ao controle internacional. Os “investidores” deitam, rolam e
ditam.
A bauxita sai da Amazônia, o
preço é ditado pela bolsa de Londres. Vira alumínio, que chega à sua casa na
forma de panelas, tampinhas, telhas e um sem fim de produtos. O nióbio sai de
Araxá, o preço é ditado pela bolsa de Londres e é utilizado na indústria aérea,
espacial, de instrumental médico... O Brasil é o único exportador mundial e tem
as maiores reservas inexploradas deste
metal nobre do qual pouco se fala.
Todos os produtos naturais são transformados
em alguma “marca” exposta em caixas, garrafas, pacotes rotulados com lindas
cores. A Soja e o milho transgênico viram óleo de cozinha, a madeira nobre é
pirateada para o “primeiro mundo”, o ouro e pedras preciosas escapam por
descaminhos e viram joias, as frutas viram sucos enlatados ou encaixados. Até
água de coco vem nas caixinhas com rótulos do Havaí, da Malásia...
Isto porque, desde a extração
primária, ou da semeadura, quem controla o processo são donos das marcas. Por
exemplo: os Rockfeller controlam a Soja. A Monsanto controla as sementes. Alcoa
controla o alumínio. A Cargil controla milhares de marcas dos produtos e sua
distribuição aos supermercados e botecos.
Wal Mart, nem se fala. Do detergente ao desodorante. Da roupa de boneca aos
shortinhos das funkeiras, tudo tem marca internacional.
A logomarca é a cara da
multinacional. A Monsanato é uma delas. Vive
na moita. Nunca dá explicações nas
etiquetas das sementes, nem esclarece quais são modificadas geneticamente. Na
Índia começou a vender sementes de milho com espermicida. Foi expulsa. Aqui não
se sabe. Nem embalagens que chegam aos supermercados informam se o produto é
geneticamente modificado. No “primeiro mundo” grandes cadeias de supermercados,
por iniciativa de populações bem informadas, foram obrigadas a retirar tais alimentos das
prateleiras.
Nestlé, Unilever, 3M, IBM, Hallmark, Nike, entre outros
gigantes, foram obrigados, sob pressão de ativistas a retirar componentes
geneticamente modificados ou matéria prima de procedência duvidosa presentes na
fabricação. Mas no ano 2000, todos
já haviam encontrado a fórmula para
fazer a “limpeza das marcas”.
Começaram a financiar ONGs e
grupos de defesa dos direitos humanos em todo o planeta. Nomes como Dow
Química, Nestlé, Rio Tinto e outros gigantes predadores, associaram-se para
mobilizar instituições de fachada com nomes sugestivos: Organização para o
Desenvolvimento Global Sustentável, Foro Humanitário Empresarial e outras...
com o amparo das Nações Unidas.
A “ética” da economia global
manipulada por governantes truqueiros esconde o horror da tortura que os
escravos assalariados sofrem, cada vez mais esmagados por uma força impiedosa
que supera as atrocidades de todas as formas de escravidão: tráfico humano,
prostituição de menores, perversões variadas, drogas e violência insana, guerras,
massacres, tragédias ecológicas, mentiras, propaganda subliminar e promessas
para o futuro.
Assim vendem para as gentes uma civilização estúpida, que dizem ser
democrática, que serve a meia dúzia de patrões, cujos chicotes históricos
estalaram na forma de campos de concentração estalinistas e nazistas,
genocídios, bombardeios químicos sobre cidades e campos, dando forma à mais
brutal estupidez. Este é o progresso, a cultura patrocinada pelos que se dizem
“humanistas internacionais.” “Democratas...”
A verdade é cruel. Conhecê-la é
um suplicio. Isto lembra Winston Smith,
o personagem de Orwell em seu “1984” voltando ao seu apartamento: “Em cada
patamar, diante da porta do elevador, o cartaz da cara enorme o fitava da parede. Era uma dessas figuras cujos
olhos seguem a gente por toda parte. O GRANDE
IRMÃO ESTÁ TE VIGIANDO, dizia a legenda.”
Perante tudo quanto descreveu, que poedemos fazer para anular, remediar ou mesmo impedir a manutençao desta colônia da Nova Ordem Mundial e da Oligarquia Financeira Transnacional se a maoria do povo não se interessa e os politicos não conseguem viver sem serem moleques?
ResponderExcluirPor mim, deixa andar! Uma ou duas andorinhas não fazem a Primavera, nem conseguimos parar o vento com as mãos.
Imagine se alguém dissesse pra você que esta é uma atitude conformista. E que em todas as situações críticas envolvendo uma sociedade, os limites foram superados depois de surgir uma massa crítica de opiniões e ações contrárias ao poder. Pense nisto.
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