sábado, 12 de abril de 2014

A MARCHA DA ESTUPIDEZ I


Antes de antigamente, eram construídos  “estádios de futebol”, onde a bola rolava entre os pés ágeis e brincalhões, entre as pernas tortas de jogadores humildes que divertiam  a torcida brasileira.  Agora, com a revolução cultural do governo internacionalista que serve à Fifa são construídas grandes “arenas”, como o Coliseu romano, onde os gladiadores se enfrentavam até a morte.  “Estádio” lembra a Grécia é mais próprio para as peladas de várzea...
Os governantes driblam a população, negando ter gasto dinheiro público. Não se avexem! Depois da farra internacional, algumas “arenas”  vão receber os “gladiadores”, uns 5.000 torcedores onde cabem 40 ou 50 mil. O dinheiro do povo,  dos que trabalham e mal conseguem pagar as contas - de telefones celulares, de planos de saúde, remédios dos laboratórios multinacionais, etc. idem – vão receber os mega shows de rapers, funkeiros, roqueiros, metaleiros, axezeiros... Ou servir como campos de concentração...
Os produtos culturais sempre dependeram do patrocínio dos poderosos. Mecenas presenteou o poeta Horácio com uma granja no ano 33 a.C. No renascimento os pintores e músicos, quase todos uns duros, eram adotados como “propriedade” de príncipes e reis, criando grandes obras para animar as festas dos grandes salões palacianos.  Atualmente os consomem obras de “arte” tecnológica, carros, celulares, tablets... E pinturas, algumas de gosto duvidoso.
O que poderia intrigar é o que empresas como a Nike, Adidas, Pepsi e Coca Cola, cervejas diversas, atuem como mecenas e patrocinadores das artes e dos esportes. Muitos destes patrocinadores empresariais degradam os valores culturais tradicionais, vulgarizam e aparecem mais que o esporte ou a manifestação artística. Provocam a insolência e o exibicionismo, impondo  a “cultura” de  consumo massivo de marcas famosas.
Há muito tempo a gente ouve falar da “aldeia global”, sugerindo que o planeta encolheu e tudo está disponível para todos em qualquer parte. Os “selvagens” usam computadores no meio da mata amazônica, saboreiam as bebidas da coca-cola e alguns até calçam tênis  daquelas marcas que patrocinam os astros dos esportes. Estamos vivendo o “salto para o futuro”, envolvidos pela propaganda agressiva  do consumo global idiota.
Umas poucas manifestações públicas indicam uma mudança no interesse político. Além da preocupação com a discriminação racial, a identidade étnica, o gênero e a sexualidade, começam a aparecer protestos contra o poder das grandes empresas e bancos, corrupção, gastos públicos exagerados e injustificados, abandono da saúde, educação e segurança pública.

Os direitos dos trabalhadores, que nem os terceirizados da Petrobrás nos canteiros de obras ou aqueles da construção das grandes “arenas”, professores, policiais, médicos, parecem desafiar as decisões políticas locais submetidas aos processos da economia mundial. Os estudantes envolvidos são minoria da população, mas uma minoria importante, que em todos os tempos foi capaz de formar uma massa crítica, com resultados surpreendentes.

Enquanto isto, na “aldeia global”, a desigualdade econômica avança impiedosa e as oportunidades culturais encolhem. As empresas  abandonam seus países de origem deixando um monte de desempregados e subempregados nas ruas. Vão para países onde pagam tostões aos trabalhadores em condição de escravidão. Tostões pela fabricação de itens que chegam aos mercados consumidores por centenas  de dólares.

Os jeans, abrigos para a “malhação”, shorts, camisas, tênis “de marca”, são fabricados em prisões chinesas, no Vietnam, Indonésia, Malásia ou por bolivianos num fundo de quintal paulistano. Em Junho de 1966, a revista Life publicou fotos de meninos paquistaneses costurando bolas de futebol. Eram remunerados com 6 centavos de dólar por hora. Trabalhavam para a Nike, Adidas, Reebok, Umbro e outras marcas famosas.
Daqui a pouco, algum ilustre deputado ou vereador, vai apresentar projetos para que os logradouros públicos sejam batizados com os nomes de seus patrocinadores: Avenida Coca Cola, Rua Nike, Praça McDonald’s, Beco do HSBC, Largo do Bradesco... Parque Marlboro. Nada mais justo. E as empresas cuidariam do bem estar dos residentes e frequentadores, garantindo a segurança, limpeza, iluminação e sinalização, conservação, ocupando o espaço de responsabilidade do Estado, que já controlam corrompendo tutti quanti.

Como o mandante é a empresa  patrocinadora da publicidade, passou o tempo de viver longe da ditadura das marcas famosas. Durante os próximos meses a Fifa e suas marcas patrocinadoras vão derramar uma avalanche de sugestões, deslocando o país anfitrião do foco do evento esportivo. É o Brasil virando apenas um instrumento da promoção do consumo. Quem degrada esta terra tem nome e endereço  nos postos do poder local e global.



A MARCHA DA ESTUPIDEZ II

Os ditadores militares e por extensão toda a instituição mantida para a defesa do território, são constantemente achincalhados pelos que detêm o poder internacionalista, neste e noutros países do continente. O grande salto que proporcionaram para o desenvolvimento obedecia às estratégias globais daquele tempo. Na sequência, para consolidar a ditadura econômica, o poder passou para as mãos dos “democratas”... ou internacionalistas?

A partir de Fernando Henrique, logo depois o truqueiro Lula e seu partido que abrigou todos os guerrilheiros do pedaço, a retaliação foi veloz: o controle da produção de alimentos, energia, comunicações, mineração, construção civil, infra estrutura urbana e até coleta de lixo, planos de saúde e logística do abastecimento do comércio, tudo foi aberto ao controle internacional. Os “investidores” deitam, rolam e ditam.                               

A bauxita sai da Amazônia, o preço é ditado pela bolsa de Londres. Vira alumínio, que chega à sua casa na forma de panelas, tampinhas, telhas e um sem fim de produtos. O nióbio sai de Araxá, o preço é ditado pela bolsa de Londres e é utilizado na indústria aérea, espacial, de instrumental médico... O Brasil é o único exportador mundial e tem as maiores reservas  inexploradas deste metal nobre do qual pouco se fala.

Todos os produtos naturais são transformados em alguma “marca” exposta em caixas, garrafas, pacotes rotulados com lindas cores. A Soja e o milho transgênico viram óleo de cozinha, a madeira nobre é pirateada para o “primeiro mundo”, o ouro e pedras preciosas escapam por descaminhos e viram joias, as frutas viram sucos enlatados ou encaixados. Até água de coco vem nas caixinhas com rótulos do Havaí, da Malásia...

Isto porque, desde a extração primária, ou da semeadura, quem controla o processo são donos das marcas. Por exemplo: os Rockfeller controlam a Soja. A Monsanto controla as sementes. Alcoa controla o alumínio. A Cargil controla milhares de marcas dos produtos e sua distribuição aos supermercados e  botecos. Wal Mart, nem se fala. Do detergente ao desodorante. Da roupa de boneca aos shortinhos das funkeiras, tudo tem marca internacional.

A logomarca é a cara da multinacional. A Monsanato é uma delas.  Vive na moita. Nunca dá explicações  nas etiquetas das sementes, nem esclarece quais são modificadas geneticamente. Na Índia começou a vender sementes de milho com espermicida. Foi expulsa. Aqui não se sabe. Nem embalagens que chegam aos supermercados informam se o produto é geneticamente modificado. No “primeiro mundo” grandes cadeias de supermercados, por iniciativa de populações bem informadas,  foram obrigadas a retirar tais alimentos das prateleiras.

Nestlé, Unilever, 3M, IBM, Hallmark, Nike, entre outros gigantes, foram obrigados, sob pressão de ativistas a retirar componentes geneticamente modificados ou matéria prima de procedência duvidosa presentes na fabricação.  Mas no ano 2000, todos já  haviam encontrado a fórmula para fazer a “limpeza das marcas”.

Começaram a financiar ONGs e grupos de defesa dos direitos humanos em todo o planeta. Nomes como Dow Química, Nestlé, Rio Tinto e outros gigantes predadores, associaram-se para mobilizar instituições de fachada com nomes sugestivos: Organização para o Desenvolvimento Global Sustentável, Foro Humanitário Empresarial e outras... com o amparo das Nações Unidas.

A “ética” da economia global manipulada por governantes truqueiros esconde o horror da tortura que os escravos assalariados sofrem, cada vez mais esmagados por uma força impiedosa que supera as atrocidades de todas as formas de escravidão: tráfico humano, prostituição de menores, perversões variadas, drogas e violência insana, guerras, massacres, tragédias ecológicas, mentiras, propaganda subliminar e promessas para o futuro.

Assim vendem para as gentes  uma civilização estúpida, que dizem ser democrática, que serve a meia dúzia de patrões, cujos chicotes históricos estalaram na forma de campos de concentração estalinistas e nazistas, genocídios, bombardeios químicos sobre cidades e campos, dando forma à mais brutal estupidez. Este é o progresso, a cultura patrocinada pelos que se dizem “humanistas internacionais.” “Democratas...”

A verdade é cruel. Conhecê-la é um suplicio. Isto lembra Winston Smith, o personagem de Orwell em seu “1984” voltando ao seu apartamento: “Em cada patamar, diante da porta do elevador, o cartaz da cara enorme o fitava da parede. Era uma dessas figuras cujos olhos seguem a gente por toda parte. O GRANDE IRMÃO ESTÁ TE VIGIANDO, dizia a legenda.”





2 comentários:

  1. Perante tudo quanto descreveu, que poedemos fazer para anular, remediar ou mesmo impedir a manutençao desta colônia da Nova Ordem Mundial e da Oligarquia Financeira Transnacional se a maoria do povo não se interessa e os politicos não conseguem viver sem serem moleques?
    Por mim, deixa andar! Uma ou duas andorinhas não fazem a Primavera, nem conseguimos parar o vento com as mãos.

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    1. Imagine se alguém dissesse pra você que esta é uma atitude conformista. E que em todas as situações críticas envolvendo uma sociedade, os limites foram superados depois de surgir uma massa crítica de opiniões e ações contrárias ao poder. Pense nisto.

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