A verdade é que detesto corridas de carro. O
barulho e a voz do locutor oficial me ferem os ouvidos. Barulho... Somente uma
vez na vida entrei numa destas danceterias fechadas. Era a comemoração do
aniversário de uma colega de estudos. Em menos de meia hora me despedi. Os
altos decibéis me provocaram ânsia de vômito. Mas a coisa a dizer é outra.
Pelo que dizem por aí, falta pouco para o Brasil
ser admitido à OPEP, com a profusão de petróleo fino, grosso... Encontrado em
novas jazidas e anunciadas com rufar de tambores Com a refinaria em sociedade
com a Venezuela socialista bolivariana, com os preços da gasolina e do diesel
sempre em alta, com a mistura de álcool e os carros “flex”, com a grana do pré
sal para a educação...
Tudo isto e muito mais que os nossos governantes
estão projetando, nos encaminha para o sonho de Stefan Zwaig: seremos “o país
do futuro”. Estamos fazendo “crescer o bolo para repartir depois”, como
prometia o economista Delfim Neto há
quase meio século, no tempo em que a Caterpillar do Brasil, com seus técnicos
americanos pesquisava o “vegetrol” (hoje biodiesel) em segredo, no Paraná.
Como dois mais dois são quatro, presume-se que este
país vai investir em educação, no futuro, tanto quanto Taiwan, Coréia do Sul,
Japão. Recursos do pré sal. O que deixa a gente com a pulga atrás da orelha é
que os países ricos do hemisfério norte, embora sejam majoritários na
exploração de tanto petróleo, associando-se à Petrobrás multinacional,
pesquisam e investem na direção oposta das energias alternativas.
Naquele leilão de um só lance a Shell, os chineses e
sei lá quem mais, levam uma vantagem jamais vista em contratos de partilha, nos
quais, os países exportadores “ficam com 80% do óleo produzido”. Nas contas do
ex presidente da Associação de Engenheiros da Petrobrás, Fernando Siqueira, dos
quarenta por cento dizem ter sobrado para o Brasil, no final das contas e
divisão de royalties, sobrarão uns 18%... Um negócio “da China”!
No salão de Frankfurt a Mercedes Benz apresentou seu
modelo novo e econômico, o S-500, um carro híbrido, sem luxo, que percorre 100
km com 3 litros de gasolina. Motor V6, elétrico, turbinado, com baixa emissão
de gases depois de rodar 30 km. A Audi, lançou o modelo “Sport Quattro”,
híbrido, tração nas 4 rodas, 8 velocidades e consumo de 2,5 litros de
combustível para rodar 100 km. A Volks lançou seu modelo elétrico, o “e-UP” com
82 cavalos que percorre 160 km com uma carga de bateria.
Outros fabricantes bem conhecidos apresentaram
modelos diferenciados: Citroen mostrou o “Cactus”, movido a ar comprimido, que
roda 34,5 km com um litro de combustível. A Ford da Europa desenvolveu o “Focus
Eletric”, com bateria de lítio que pode ser carregada em 3 a 4 horas. Os
chineses, associados com a Daimler-BYD, estão vendendo na China, Europa e
Estados Unidos, o modelo elétrico “Denza”.
Tudo isto vai demorar muito pra chegar aqui. Temos muito petróleo pra o
consumo doméstico! O que garante que poderemos entupir ainda mais as ruas
metropolitanas e as estradas com os modelos ultrapassados e poluentes,
garantindo mais lucros para as “montadoras”, consumo de gasolina e mais IPVA
para o Estado. Que malha ferroviária? Que nada! Negócio é caminhão rodando
pelas estradas, transportando soja, boi, madeira, maconha...
Em resumo, o governo joga com estradas esburacadas
e acidentes para a redução da população. Abandona a saúde pública para a reduzir
a população. Joga com as drogas para incapacitar a juventude. Joga com o crime
organizado em “guerrilhas” como PCC, Comando Vermelho, e outros, contribuindo
pra matar. Joga com o contrabando de armas de guerra para reduzir o poder de
intervenção policial. Joga com a justiça morosa e interpretada para fomentar o
crime, principalmente dos “de menor”.
Este governo democrático pra inglês ver, cumpre à
risca o catecismo dos controladores da economia global, cujas declarações e
documentos de reuniões em seus clubes e associações semi-secretas, atestam a
intenção de promover a morte de mais da metade dos habitantes deste planeta até
o ano 2050.
Prepare-se para viver no mundo onde todas as
“alucinações” da ficção científica poderão ser transfiguradas em realidades,
onde todos os caminhos estarão abertos e disponíveis para o desenvolvimento
pleno das capacidades que o cérebro humano possui e ainda não utilizou.
Computadores e implantes poderão, em futuro próximo, criar “cyborgs”,
homens-máquina, para a guerra contra os homens-humanos que sobrarem.
Na ficção científica e nas teorias da conspiração,
estão as doutrinas que preparam a gente, como num sonho. Inda bem que sobram
mentes marginais dos que lutam para reagir às vacinas do comodismo abúlico.
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