segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

SEGREDOS DIPLOMÁTICOS

Por Arlindo Montenegro

O Wikileaks continua abrindo os "segredos" diplomáticos das relações americanas com o mundo. Em documento do Departamento de Estado, datado de 2009, as embaixadas são orientadas para relacionar as empresas espalhadas pelo mundo, contra as quais, um possível atentado terrorista resultasse em danos significativos para "a saúde pública, a segurança econômica e/ou a segurança nacional dos EUA".

Até há pouco, o "sistema" passava para consumo do povo americano e do planeta, a imagem de uma legítima preocupação com a democracia e o "american way of life", que muita gente confunde com simples consumismo. Segundo o entendimento de estudiosos importantes, o modo de vida americano tem tudo a ver com a liberdade do indivíduo, o que se expressa na Carta de Direitos e na Constituição.

O cristianismo e as orientações de seitas secretas, presentes desde a fundação dos EUA, prezavam a liberdade como o maior dos valores e isto fez com que a iniciativa dos cidadãos e seu envolvimento amoroso com a nação, resultasse na sociedade mais rica e livre do planeta. Isto implica em poder. Isto implicou em explorar e defender riquezas fora do território.

Isto implicou em defender as concessões, alianças militares e na crença por fim difundida, de que os militaristas e serviços secretos que sustentavam o poder americano, se haviam tornado polícia do mundo, impondo seu modo de vida aos povos deseducados e selvagens. A justificativa era defender os valores democráticos. Agora, pelo que vemos tudo mudou. E não foi de repente. Mas nem os americanos perceberam o que seus governantes faziam por baixo do pano.

Agora ficou clara a defesa dos valores materiais: laboratórios na Europa, minas da África e no Brasil cabos submarinos, minas de ferro e manganês em Goiás, e o nióbio que sai de Araxá, Minas Gerais, exportando 95% da demanda mundial, a preço de banana, cotado na bolsa de Londres. O minério sai de avião! É matéria prima na construção de satélites, naves espaciais e instrumental cirúrgico de ponta.

Depois que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão do Ministério de Minas e Energia, identificou o maior depósito de nióbio do mundo, na Amazônia, foi criada a Reserva Indígena Balaio "Aliás, antes mesmo de criar a reserva indígena foi criado um parque nacional sobre o depósito, para impedir seu estudo. A quem interessa isso? (...) Grande parte da porção brasileira da Bacia do Tacutu está dentro da área da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Ou seja, como se não bastasse haver nióbio, tântalo, ouro e diamantes, na Raposa Serra do Sol também tem petróleo e/ou gás." Mais detalhes estão no trabalho de Rebecca Santoro, no:http://www.freewebs.com/imortaisguerreiros/artigosrebeccasantoro.htm

Os brasileiros nem desconfiam do que aqui se faz por debaixo do pano e quanto lixo se esconde embaixo dos tapetes. Falta o essencial: a informação verdadeira. Falta a liberdade para investigar e faltam os instrumentos para que cada cidadão possa exigir o cumprimento das leis por todos, sem exceção, sem privilégios, nem mesmo aqueles que blindam os representantes em seu clube congressual. Ou os presidentes, ministros e personalidades da corte. Falta-nos esta liberdade e justiça!

Os propósitos da nova ordem mundial, já mobilizam os cidadãos americanos mais esclarecidos e já foi exposta no Parlamento Europeu. Uma elite tradicional que tem estado presente e decidindo em todos os tempos com presença no Congresso, no Governo, na Onu, nas Fundações, nas Universidades, nas Forças Armadas, no Sistema Jurídico, privilegia as mega empresas e os bancos que dominam toda a economia dos EUA no mundo.

Estes mesmos homens e bancos, financiaram todas as guerras, a União Soviética e a Alemanha de Hitler. Pior os caminhões que circulavam pela trilha Ho Chi Minh eram fabricados na fábrica da Fiat russa, financiada pelo Chase Manhathan. O governo americano hoje, como expõe o Wikileaks, defende como segurança nacional, os interesses destes homens e destes bancos. Os valores democráticos ficaram num segundo plano.

Para aqueles empersários o estado grande, o povo emburrecido, os compromeimentos com as dívidas externas, são importantes para atingir suas metas de controle total. Mas nem tudo dá certo. O povo já começa a tomar consciência. Wikileaks e dezens de outros cidadãos, através de livros e da internet, you tube e outras organizações, ajudam a barrrar as intenções escabrosas. Daí a necessidade do estado censurar a livre opinião do pensamento e da informação, por todos os meios.

Aqui, estamos seguindo o catecismo direitinho, como bons assimilados pelo novo mundo onde a economia é liderada por homens que objetivam a super pátria controlado, unificando o mundo que já pertence às mega empresas, sob o controle de governos que copiam o modelo do estado totalitário. Saber, já é o primeiro passo para divulgar e reagir.

O exemplo de extrema relevância começa na escola, incluindo aspectos que os pais desconhecem. É o estado quem manda na educação. É o estado quem decide sobre os comportamentos:

2 comentários:

  1. Thomas Lovejoy, conselheiro do vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore. Também trabalha na Fundação Smithsonian, em Washington, e é chefe da área de biodiversidade do Banco Mundial.
    Já recebeu a condecoração da Ordem do Rio Grande Branco, e numa entrevista sobre o Brasil e a Amazônia, declarou:

    "O maior problema são esses malditos nacionalistas desses países em desenvolvimento". Esses países pensam que podem ter o direito de desenvolver seus recursos como lhes convêm. Eles querem se tornar potências, estados soberanos e elaboram suas estratégias... Nós achamos que podíamos controlar melhor as coisas argumentando com esses líderes, esses tolos nacionalistas. Superestimamos a nossa capacidade de controlar as pessoas e vamos ter que ajustar isso. Será um ajuste doloroso, sem dúvida. Não, o problema real é este nacionalismo estúpido e os projetos de desenvolvimento aos quais ele leva.
    Os brasileiros – e eu sei disto de uma experiência de 17 anos – pensam que podem desenvolver a Amazônia que podem tornar-se uma superpotência. Vivem de peito estufado com isso. Portanto, você tem que ser cuidadoso. Você pode ganha-los com pouco. "Deixe-os desenvolver a bauxita e outras coisas, mas reestruture os planos para reduzir a escala dos projetos de desenvolvimento energético alegando razões ambientais."

    Mas recuemos no tempo.

    A teoria do "Destino Manifesto", foi lançado pelo presidente James Buchanam, no ano de 1857 quando deixou claro que a expansão dos Estados Unidos da América, desde o Ártico até ao Pólo Sul é o destino dos Estados Unidos da América e nada irá detê-los.

    Segundo Moniz Bandeira, "A tendência para o messianismo nacional, acentuada no povo norte-americano pela crença de que é o eleito de Deus, gerou a idéia, segundo a qual o "destino manifesto" dos EUA consistia em expandir suas fronteiras não apenas territoriais, mas também econômicas por todo o hemisfério."

    Para garantir que de fato todos os paises do continente americano não poderiam ter alguma ingerência externa além da dos EUA, surgiu a "Doutrina Monroe", pela mão do presidente que lhe deu o nome (James Monroe), formulada em 1823. Daí que foi consagrada posteriormente com o nome de Doutrina Monroe.

    A Doutrina Monroe, resumida na frase "América para os americanos", tende a ser considerada como o embrião do pan-americanismo.

    Aqui, estamos seguindo o catecismo direitinho, como bons assimilados pelo novo mundo onde a economia é liderada por homens que objetivam a super pátria controlado, unificando o mundo que já pertence às mega empresas, sob o controle de governos que copiam o modelo do estado totalitário. Saber, já é o primeiro passo para divulgar e reagir.

    O atual presidente homologou, em área contínua, a descomunal Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, no estado de Roraima, onde outra, a Ianomâmi, quase seis vezes maior, já existia, o que "reterritorializou" o mais novo estado brasileiro, inviabilizando-o como ente federativo autônomo.

    E mais: o Brasil aprovou a recente Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, que confere um status de autonomia aos índios, a qual, se referendada, em duas votações, por 3/5 das Casas do Congresso, terá força de Constituição, "ex vi" da EC 45/2004, recepcionada pela Lei Magna, no § 3°, de seu art 5° (o § 4°, do mesmo artigo, reconhece o Tribunal Penal Internacional).

    Com essa "espada de Dâmocle" sobre o Brasil, poderão ser criadas 226 (!) "Nações Indígenas", correspondendo a 13% do território nacional, "balcanizando-se", em especial a Amazônia, no dizer do eminente Professor Marcos Coimbra.

    O presidente da República faz coro com os antropólogos da FUNAI, defensores da "caótica" política indigenista, afirmando, sem qualquer conhecimento de causa, como aliás é de seu costume, que os aborígines se encontram na fronteira amazônica, garantindo a sua posse para o Brasil, bem antes do descobrimento (eram terras, à época, da Espanha, Sr Presidente...).

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  2. Seria injusto da minha parte acusar os EUA de saqueadores no nosso território e deixar de fora a saqueadora e obscena China.

    Pela mão do presidente mais corrupto em 500 anos de nossa Historia, que, segundo suas próprias palavras, acabou com uma colonização de 500 anos (então Sr. Presidente, faltou muito ás aulas, não foi?...nota-se), entregou a nossa soberania, nosso território (solo e subsolo) para que a putativa China o saqueasse, coisa logo aceite de imediato sem qualquer constrangimento de parte a parte. Aliás, entregou nossa soberania e suas riquezas minerais a quem pagasse mais! Aqui englobo o corrupto governador Sergio Cabral e o seu secretário de desenvolvimento econômico do Rio, Júlio Bueno.

    O jornal britânico "The Guardian" perguntou-se se a China é uma saqueadora do Brasil. A construção de um enorme complexo portuário e industrial no município de São João da Barra, na região norte do Estado do Rio de Janeiro, apelidado de "Estrada para a China" foi o eixo da questão.

    Os investimentos no Super Porto do Açu garantiriam à China o acesso a recursos naturais fundamentais do Brasil.

    O macro-porto criará "uma nova fase nas relações" entre os dois países, disse o secretário de desenvolvimento econômico do Rio, Júlio Bueno. Para o economista Delfim Netto é um "erro grave" permitir que um país estrangeiro compre terras, minerais e recursos naturais do Brasil.

    O "Financial Times" fala dos "sólidos laços econômicos" estabelecidos entre os dois países nos últimos anos e destaca que a China considera o acesso a petróleo e gás uma questão de segurança nacional. De fato, o investimento atende a máxima prioridade internacional da China: obter a hegemonia planetária a qualquer custo.

    Ainda segundo o "Financial Times", "as grandes petrolíferas (estatais) chinesas estariam interessadas em alguns dos campos de pré-sal brasileiros".

    Qualquer político interveniente neste caso de alta-traição e crime lesa-patria, deveria responder em Corte Marcial.

    Com direito a foto documental, indico o link:

    http://pesadelochines.blogspot.com/2010/10/china-e-saqueadora-do-brasil-pergunta.html

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