quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

COMUNISTAS FECHANDO O CERCO

Por Arlindo Montenegro

Um observador isento e desvinculado profissionalmente, ficou amedrontado com as manifestações dos petistas e anexos que dominavam a reunião preparatória da Conferencia Nacional de Comunicação, Confecom.

A iniciativa dos radicais militantes apoiados pelo governo, tem o propósito estabelecido pelas diretrizes do Foro de São Paulo: limitar a liberdade de imprensa, fixar como norma a veiculação exclusiva do discurso oficial ideológico, privar as mídias da escassa possibilidade crítica ou da denuncia do jornalismo investigativo. Punir os dissidentes.

Assim ocorre na Venezuela e os caminhos da liberdade na Argentina já estão limitados. Assim ocorre em Cuba onde a única agencia de notícias e governamental, como a única emissora de TV e a única emissora de Radio e os dois únicos jornais dirigidos pelo Partido – voz oficial dos Castro e pela organização da juventude do Partido Comunista Cubano, que reserva as penúrias sociais para a população, enquanto os Castro e seus generais gozam de todos os recursos e confortos que criticam como capitalistas.

O observador da reunião dizia: “Estou prá lá de preocupado, pior, cético, quando aos destinos deste nosso país”. Parecia estar saindo de um transe hipnótico, percebendo um ângulo desconhecido dos bastidores que impõem transformações na direção do socialismo bolivariano. “Os discursos eram estarrecedores, com um ranço de esquerda burra e raivosa”.

A reunião estava dominada por gente arrogante que desconhecia realidades históricas primárias. Os oradores defendiam causas totalitárias, divisões, segregação. Algumas das propostas são risíveis: canal de TV específico para a raça negra; canais reservados para diversas ONGs; canais obrigatórios para os homossexuais e simpatizantes (ali designados como Gays, Lésbicas e Simpatizantes), no discurso da “companheira” que iniciou sua fala dizendo: “Sou fulana de tal, sou do PT e sou lésbica...”

O rosário de controles, favorecimentos preconceituosos continuou com: anistia para as emissoras piratas, controle de conteúdo através de “conselhos regionais”, proibições e obrigatoriedades para radio, TV, publicidade, teatro, cinema e toda manifestação cultural. Ate os cremes alisadores de cabelos seriam proibidos, porque “representam um estereótipo, instigando o racismo!”

A organização foi primorosa: crachás com cores diferentes identificando quem era representante das ONGs e outras organizações da base petista, e quem representava organizações empresariais. Os “companheiros” caprichavam ofendendo os representantes dos poucos empresários que ouviram ofensas raivosas: “ladrões!”, “exploradores da mais valia!”

Os “companheiros” dominavam o ambiente sem disfarçar seu desprezo ao que antes pareciam defender como “democratização da comunicação”. Uma democracia unilateral, em que um único partido dita as regras é uma ditadura. É assustador como organizaram um número de “representantes” parecido com uma assembléia estudantil, dominando tudo.

A Confecom vai gerar um documento para ser entregue ao Congresso, sugerindo uma nova lei. Com o mesmo teor radical, tramita o Projeto Lei de número 29, para censurar e botar cabresto ideológico na TV por assinatura, nas telecomunicações, na banda larga da internet, etc., etc... tudo para institucionalizar a ditadura, passando por cima da Constituição, que vai aos poucos sendo substituída por leis menores e decretos.

O grande articulador deste descalabro é o Franklin Martins, de cuja mente emporcalhada saiu a divisão e identificação nos crachás: os companheiros de um lado e a “sociedade civil empresarial”.O chefão Lula está escalado para fazer um discurso de agitação prestigiando a companheirada. O cenário entrevisto deixou nosso observador de cabelo em pé: “Esta gente está traçando um futuro tormentoso para todos.”

Já temos notícias que a Educação será o próximo alvo de ataque destas claques organizadas para sacramentar a tomada do poder e institucionalizar o comunismo.

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