Apesar de contar com as maiores reservas de água do planeta, também contamos com rios que “morreram” poluídos pelo lixo e esgotos, detritos industriais, mercúrio utilizado por mineradores, desmatamento ciliar e principalmente pela deseducação preventiva. Pela ausência de políticas educacionais, presença e ação do estado no lugar certo, na hora certa.
Os estudos, os avisos, o conhecimento era de muito pré existente. Mas os burocratas e vendedores de facilidades fizeram ouvidos moucos. Agora nos alardeiam a condição de salvadores com ações onguistas e ambientalistas ou com obras faraônicas que nem a transposição do surrado “Velho Chico”.
Bem ali no surrado estado do Piauí, numa região vizinha (menos de 100 km) de áreas consideradas desérticas, lá onde os jegues e cabras andam soltos no acostamento de estradas asfaltadas, num município chamado São João do Piauí, uma cooperativa está colhendo sua primeira safra de uvas irrigadas, com água dali mesmo.
Sabe-se que há um primeiro lençol salino e logo abaixo outro lençol com água doce. Os políticos em campanha eleitoral, mandam cavar poços prometendo acabar com a seca. Chegam ao lençol salino e abandonam. Os tubos estão por lá espalhados. Não interessa acabar com a indústria das secas. Como não interessa legislar para quem não paga “pedágios” ou contribui para os partidos.
NARRATIVA EXEMPLAR!
No limiar da era social sindicalista que assola este país, dois cientistas brasileiros, pesquisando com nanotecnologia, descobriram como controlar os minerais da água do mar dessalinizada. Em 2003 patentearam o processo e tentam comercializar a água batizada como “H2Ocean”, nascida em Bertioga, São Paulo, Brasil. Água recolhida em alto mar, processada e prontinha para matar a sede.
A “ÚNICA água do mundo com 63 diferentes minerais”, qualidade e paladar excelente para a saúde.
Daí que os dois engenheiros buscaram a Anvisa. Queriam concorrer com as empresas estrangeiras que nem a Nestlé, que explora e vendem água mineral por aqui. Melhor ainda, concorrer com a Perrier extraída dos Alpes, importada da França e servida nos restaurantes de Brasília a preço de vinho. É pra quem pode!
Bom, os carinhas juntaram tudo quanto possuíam e sem recorrer aos fartos empréstimos bancários fundaram a empresa “Aquamare Beneficiadora e Distribuidora de Água”. Em 2006 procuraram a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária com o pedido de registro do engarrafamento da “H2Ocean”. Cinco meses depois, o pedido foi negado. Depois de um ano a Anvisa disse à revista “Valor”, que os caras não haviam feito nenhum pedido.
Parece brincadeira? Pura burocracia! A empresa então consulta a Anvisa, pedindo esclarecimentos sobre o que fazer para obter o registro. Meses depois vem a resposta: “A empresa deveria importar uma legislação sobre o assunto”, porque esse negócio de água dessanilizada envasada não se enquadra nos regulamentos... existentes no país”. A empresa deveria apresentar uma proposta de regulamentação, por intermédio de uma Associação, observando os critérios mínimos de potabilidade de água, observando as recomendações da Organização Mundial da Saúde para água dessalinizada”.
Os sócios foram para os Estados Unidos. O registro da empresa saiu em 3 horas. A água foi analisada em 15 dias. Embarcaram 15 conteiners com a água produzida em Bertioga e os habitantes da Flórida, Nova Jérsei e Atlanta, já estão consumindo a “H2Ocean” com todas as aprovações, inclusive da FDA – Agencia de Administração de Alimentos e Drogas, que atestou as qualidades da H2Ocean: 60 tipos diferentes de minerais, além de cálcio, ferro, açúcar, proteínas, calorias e fibras. Uma verdadeira fonte de saúde.
A fábrica de Bertioga deve ser desativada e transferida para os EUA!
Referências: Gazeta Mercantil, 30/07/08; www.h2ocean.com.br/novo/h2ocean.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário