segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

PROVA DE CAPACIDADE

A Ordem dos Advogados do Brasil reprovou a maioria dos candidatos que se inscreveram e realizaram os exames de suficiência, capacidade para exercer a profissão. Isto vem acontecendo há muitos anos. Nas escolas de Direito, circulam as respostas dos analfabetos funcionais em provas semestrais.  É muita exigência! Num destes filmes que exibidos em “horário nobre”, um advogado confessa que nunca leu nenhum livro. Prá que. Basta ser esperto, meio que estelionatário da palavra.

O Conselho Regional de Medicina reprovou a maioria absoluta dos médicos recém-licenciados, quando examinados para obter o registro oficial (CRM) para exercer a profissão. Bobagem! O mesmo exame não foi exigido de centenas de médicos que atenderam ao recrutamento governamental para trabalhar nos cafundós, onde os nossos médicos não querem ir. Bom, existem outras razões meio que secretas para tal decisão. 70% do salário de 10 mil reais, fica com os agenciadores dos médicos, que consideram isto melhor que atuar em certa ilha.

Esta complexidade de competência científica, que assegura os melhores resultados para os clientes enfermos ou aqueles que buscam por justiça, bem que poderia ser exigida dos candidatos a cargos políticos e aos cargos distribuídos no primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto... escalões, que servem ao poder executivo. E por que não a mesma exigência para os designados ao serviço público em todas as esferas? 

Tal prova oral, escrita e principalmente de capacitação psicológica poderia ser avaliada por um Conselho de Sábios, constituído por pessoas qualificadas em Educação, Medicina, Psiquiatria, Engenharia, Direito e outras áreas. Assim os eleitores e contribuintes, poderiam ter mais tranquilidade, ficando a nação resguardada da incompetência, do analfabetismo funcional e da presença de psicopatas em postos decisórios em todos os níveis da instituição republicana.

É notável nos anais da história de muitos séculos, a tentativa de resolver os males repetindo tratamentos experimentados de geração em geração, a maioria baseada em entendimento ingênuo, com resultados pífios, até o momento em que as nações empobrecidas pisam nos calos dos grandes controladores da economia mundial.  Tais medidas já não colam e a relação do poder local com a nação se deteriora. A doença do poder político é epidêmica.

A saúde das nações está ameaçada no mundo inteiro. O tratamento depende da formulação de novos critérios, diagnósticos, auditorias especializadas, liberdade de expressão, ampla veiculação da informação, conhecimento da essência do poder, seus organismos decisórios, tudo como se fosse um fenômeno biológico. Mas parece que nos falta a vontade e nos faltam médicos, juristas, profissionais e personalidades capazes para mapear os organismos nacionais e determinar que ações podem conduzir à soberania, independência e bem comum, hoje confundido com crédito em dez pagamentos, sem entrada, para obter uma geladeira, um fogão ou um par de tênis Nike, daqueles cujos custos de produção não chegam a 1 dólar americano. (Se isto não é trabalho escravo...)

Parece que os mais capazes temem o contágio do conhecimento e temem as perdas possíveis na execução do trabalho voluntário de curar a nação. Nação: um ente que está na UTI da história, aguardando a morte ou o procedimento/medicamento que a faça sobreviver. Do encarceramento e torturas espirituais... Vá sô! É o mais sinistro desta guerra.

Já ouvi dizer que projetam a existência dos  Estados Unidos apenas como estado dedicado à guerra. Se as poderosas armas militares, que já  são comercializadas até com traficantes de drogas, ameaçam a humanidade é porque as medidas repetidas para a sanidade das nações já não surtem efeito. Na esteira de um pensador satanizado, os propósitos capitalistas se revelam tão mentirosos como o foi a farsa do comunismo, também apoiada pelo núcleo duro dos mesmos capitalistas.

Os esforços baseados nos melhores valores morais constituem direito natural e não podem continuar sendo ignorados por uma casta de opressores privilegiados que decidem sobre o tratamento das nações, crenças, vida e morte. No dia em que as ideologias e os segredos de estado não puderem mais ser utilizados como justificativas, eles vão lutar com todas as armas que dispõem para manter-se no poder.

Para que o jogo destes poderes perversos chegue ao fim, será fundamental a proliferação de grupos de estudo, massas críticas intelectuais direcionadas para o mesmo objetivo: tratamento de choque. A eficácia estará na medida da honestidade e consciência moral, seriedade e maturidade dos que tomem esta tarefa como objetivo de vida.


(Leitura de referência: Andrew M. Lobaczewski, Political Ponerology - Red Pill Press, Nova Iorque, 1998)

Nenhum comentário:

Postar um comentário