quinta-feira, 24 de setembro de 2009

EUA, HONDURAS, BRASIL: É GUERRA?

Nota de introdução: os dois artigos abaixo convidam para uma reflexão sobre o momento que vivemos. Os movimentos dos senhores citados e países envolvidos vão determinar o dia de amanha.

PERIGO REAL IMEDIATO

Por Arlindo Montenegro

A historiadora norte americana Bárbara Tutchman, falecida na década de 80, foi a autora de uma obra exemplar, pesquisando e documentando as tragédias humanas. Num livro intitulado “A Marcha da Insensatez”, demonstra como, desde Tróia até o Vietnam, passando pelo Vaticano, as decisões que resultaram em mortandade, carnificina, mudando a face do planeta, partiram de mentes individuais, de mentes psicopatas, desmioladas.

O poder na mão de insensatos! Este é um perigo real que se configura entre nós viventes nas Américas. E a ilustre mente que aciona a chave do perigo, obediente às diretrizes do Foro de São Paulo e do governo americano é o presidente que dizem ter 80% de aprovação. Os ventiladores dos palácios de Brasília – Planalto e Itamaratí já estão espalhando o fedor.

O poder nas mãos de psicopatas! Chávez está radiante! Aprovado fraternalmente pelo companheiro Luís Inácio, interferiu na Bolívia e no Equador, é copiado pela Argentina e abençoado pelo Paraguai. Nas relações com Equador, Bolívia e Venezuela já amargamos alguns prejuízos, sem falar dos irremediáveis malefícios do tráfico de drogas e armas com ajuda de Chavez, de Evo e das Farc colombianas.

Pois não é que o doidão tentou interferir em Honduras? Tudo para aumentar a área de influencia do socialismo bolivariano. Mas a Suprema Corte e o Congresso daquele pequeno país, obedients à letra da Lei Maior, a Constituição, afastaram o Presidente ligado ao narcotráfico que tentava perpetuar-se no poder com ajuda do venezuelano.

As cortes americanas, a Onu e o Departamento de Estado, interpretaram o cumprimento da Lei em Honduras, como “golpe de estado”. E há três meses pressionam Honduras. O chileno presidente da OEA é comunista e amigo de Chavez. O padreco que preside a Assembléia das Nações Unidas é amigo de Fidel Castro. Chavez troca petróleo por tanques, fuzis AK, helicópteros e aviões, inda dispõe de créditos milionários e convida os russos para operações navais em águas do Atlântico.

Evo por sua vez compra da Rússia seu avião particular e abre o território para as operações militares russas com a construção de uma base aérea. E todos mimam Chavez que se relaciona com o fundamentalista presidente do Irâ, com os terroristas mais doidos do mundo – Hezbolá e Hamas, que protege as Farc , que desenvolve armas nucleares com o Irã, que abre a rede bancária para atuar na lavagem de narcodólares e “porta de escape para as transações financeiras do Irã que pode assim burlar as restrições impostas por Washington”.

Chegou a ameaçar a Colombia e quer livrar da cadeia na França o terrorista mais assassino de quem se tem notícia. Consente que terroristas islâmicos utilizem uma fabrica iraniana de bicicletas no estado de Cojedes, como fachada para habilitar terroristas no uso de explosivos. O extremista Chavez e seus associados enfrenta a cambaleante democracia norte americana, que costumava ser ponto de referência, exemplo para o planeta.
Mas com dona Clinton no Departamento de Estado, a coisa mudou de figura. Os democratas no poder prestigiam as contra democracias bolivarianas paridas pelo Foro de São Paulo e comandadas por Chavez. Exemplo disso é a pressão sobre Honduras, as críticas ao sistema jurídico hondurenho em franca oposição ao princípio de respeito à lei, não intervenção e defesa do estado democrático de direito, que fundamentam as mesmas leis herdadas dos fundadores dos EUA.

Como Obama não tem a mesma popularidade, clarividência, sutileza e jogo de cintura do presidente do Brasil, durante a visita de Lula para um regabofe nos EUA, escalaram-no para botar pressão sobre Honduras. Num passe de magia, o deposto Zé-laia, com seu chapéu de Odorico Paraguassú, apareceu na Embaixada Brasileira, fazendo discurso na sacada, dando entrevista e agitando seus seguidores.

Criou-se uma situação limite. A ameaça para o legítimo e constitucional governo hondurenho é flagrante. Zé-laia já soltou a palavra de ordem: “Vão invadir a Embaixada Brasileira”. E seus seguidores, ajudados pelas tropas terroristas de Hugo Chavez, podem bem faze-lo, botando a culpa nos hondurenhos. Aí está declarada a guerra. Abre-se o espaço para uma ocupação com tropas da ONU.

Esta cambada de insensatos, ameaça mesmo as Américas. O terrorismo apadrinhado por Chavez ameaça mesmo os Estados Unidos da América. Com a ajuda da Rússia e do Irã. Com a ajuda do governo brasileiro e seus dirigentes que querem ver o circo pegar fogo e perpetuar-se no poder. O Ministro da (in)Justiça já foi a Cuba, receber ordens diretas de um animado Fidel Castro.

Nossos profissionais de midia, precisam informar os brasileiros sobre o perigo real imediato a que todos estamos expostos e indefesos. Afinal o Poder Judiciário e o Poder Legislativo Brasileiro, instituições pacíficas, acomodadas, obedientes ao Poder Executivo, parecem aqueles aparelhos de som “Três em Um”. O “um”, dizem tem aprovação de 80%. É a “Marcha da Insensatez”, como diria Bárbara Tutchman.


A NORIEGUIZAÇÃO DE HUGO CHÁVEZ

Por Carlos Alberto Montaner


Começou a reação do “establishment” norteamericano contra Hugo Chávez. Já era a hora. Há quase 11 anos este senhor anda fazendo estripolias na metade do planeta. O tiro de partida foi dado no dia 8 de Setembro por Robert Mortgenthau, Juiz geral de Manhattan, o mais poderoso do país. Na casa dos 90 anos, às vésperas de aposentar-se mas com a cabeça perfeitamente alerta, Mortgenthau escolheu o Brookings Institution de Washington, um influente think-tank ligado ao Partido Democrata, para fazer sua denúncia. Assim as revelações não puderam ser ignoradas pela Casa Branca, nem pelo Congresso, poderes responsáveis pela segurança nacional.

O que disse? Falou das relações da Venezuela com o Irã e do desenvolvimento de armas nucleares entre os dois países, com o objetivo de ameaçar os EUA, como aconteceu com Cuba em 1962 durante a Crise dos Mísseis (soviéticos). Denunciou o sistema bancário venezuelano, convertido em lavanderia de narcodólares e porta de escape para as transações financeiras do Irã que pode assim burlar as restrições impostas por Washington. Destacou a estreita ligação de Hugo Chávez com o Hezbolá e o Hamás, as mais temíveis organizações terroristas islâmicas e com as FARC colombianas. Em fim disse muitas coisas terríveis.

As conseqüências da manifestação de Mortgenthau foram imediatas. Os três grandes jornais diários dos EUA – New York Times, The Washington Post e o Wall Street Journal – publicaram artigos e editoriais em total sintonia com as palavras do Juiz. A televisão, os comentários dos habituais intelectuais e os blogs mais influentes fizeram eco.

Nenhum dos intelectuais em seu perfeito juízo dentro da estrutura de poder dos Estados Unidos, pode ignorar que a Venezuela associada ao Irã e aos terroristas islâmicos, com auxílio da Líbia, Síria, Sudão, as Farc colombianas, constituem um perigo muito sério para a segurança e a tranqüilidade norte americana. Chávez é um tenaz inimigo, simplesmente dedicado a prejudicar os norte americanos em todos os cenários possíveis, o que não deixa de ser irônico porque os EUA compram 80% do petróleo que a Venezuela exporta.

Como agravantes às denúncias de Mortgenthau, acrescentam-se outras três infâmias maiores contra Chavez, que montou uma intriga com o governo francês, associada a interesses econômicos, para que Sarkozy extradite para a Venezuela o terrorista Carlos, o Chacal, preso na França por inúmeros assassinatos.

Simultâneamente, tenta liberar o terrorista Ahmad Vahidi, Ministro da Defesa do Irã de uma ordem de captura que existe por suposta participação no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), uma carnificina que em Julho de 1994 resultou em 85 mortos e 300 feridos em Buenos Aires. Por último, a oposição venezuelana denunciou que a fábrica de bicicletas do Irã, no estado de Cojedes é, na realidade, um centro de formação de terroristas que acolhe membros das FARC colombianas para familiarizar-se com explosivos, semelhantes aos que são utilizados no Iraque e no Afeganistão.

Chávez, esta se tornando um Noriega do século XXI.

Manoel Antonio Noriega foi um narcotraficante ditador do Panamá, ex colaborador da CIA, que estabeleceu fortes laços com Cuba e com os cartéis colombianos, alugando o território do pais como pista intermediária para o tráfico de cocaína para os Estados Unidos e abrindo o sistema bancário para lavar os dólares, enquanto acossava os militares norte americanos que ocupavam bases militares situadas na zona do Canal do Panamá.

Depois de muita vacilação, a administração do presidente George Bush (pai), dividida sobre o tipo de resposta que os EUA deveriam dar, ordenou a invasão que começou no dia 19 de Dezembro de 1989 e foi concluída com êxito um dia depois. Os governos latino-americanos protestaram de modo tímido. Ninguém queria estar ao lado de um ditador narcotraficante desacreditado. A imensa maioria dos panamenhos apoiou o fato. Será que esta velha história vai repetir-se?

É difícil. Invadir a Venezuela não parece uma opção inteligente no momento em que se estuda a retirada das tropas do Iraque e, possivelmente do Afeganistão. Mas é provável que um setor importante do governo norte americano já esteja sugerindo ao presidente Obama, para tomar medidas que desalojem do poder este perigoso inimigo da democracia, antes que o tumor se torne canceroso. Certamente George Bush não gostava da idéia de invadir o Panamá. Foi uma decisão incômoda que se tornou inevitável.

Fonte: “El Diário Exterior”
Tradução: A. Montenegro

3 comentários:

  1. Agora podemos participar em conjunto de um mesmo espaço, para troca de idéias, exposição de textos, fotos e vídeos.

    Mas não é um espaço qualquer, porque tem um objetivo definido: uma ação conjunta para BRIGAR CONTRA ESSA CORRUPÇÃO ASQUEROSA E INSUPORTÁVEL.

    Se visitar o blog
    http://bravagentebrasileira.ning.com/ vai perceber o início de uma reação.

    Sozinhos sempre vamos reclamar sem conseguir coisa alguma, mas juntos teremos força. Precisamos de muita gente e muitas idéias. É só se cadastrar e participar ou, pelo menos, divulgar.

    Contamos com você

    Ju

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  2. Ainda acho que estamos dando importância demasiada aos acontecimentos em andamento naquele pequeno e pobre país da América Central. Além do mais, o Chaves não tem toda essa força que lhe querem dar. A guerra fria acabou, ficamos sabendo que os Russos não comem criancinhas e nossos militares de direita vivem buscando aumento salarial. Acho mesmo é que estão tentando editar um novo FEBEAP, por isso a busca desenfreada por fatos “relevantes”. Acorda gente, estamos falando de Honduras e não de uma Coréia do Norte, por exemplo.

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  3. simplesmente ridiculos a materia.... vc é doente... lula realmente é o cara e golpista é golpista... vc esta do lado do golpista?... o povo decidiu e o povo pode mudar a constituição, pois é pro povo que existe constituição...

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