Por Arlindo Montenegro
Sempre que a gente se compromete com qualquer paixão até as entranhas, sem medir as consequências, o mergulho no desconhecido lembra uma velha e sábia observação: "vendeu a alma ao diabo". Entre os personagens da literatura, os que venderam a alma ao diabo, perseguiam riquezas, sabedoria, juventude eterna, tudo nos limites da natureza humana e sempre ultrapassando a divisas morais ou os domínios do bem e do mau.
Shakespeare grafou que "há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia” e construiu o Machbeth que vendeu a alma ao diabo. Na Inglagerra outro personagem vende a alma em troca da juventude durane a vida irresponsável: o "Dorian Gray" leva seu pai Oscar Wilde à prisão, por ultrapassar na vida real as barreiras da moralidade. No imaginário brasileiro temos o Riobaldo do Guimarães Rosa e personagens da literatura de cordel. O Fausto de Goethe, vende alma por conhecimentos... e por aí vai.
A nova ordem mundial tomou as construções literárias ao pé da letra e o diabo oferece facilidades comerciais fantásticas, para a realização material de pequenos, estreitos desejos descartáveis. A diferença é que o valor da alma, devido à colossal oferta, tem cotação até de $1.99, dependendo da visibilidade e importância do corpo que carrega a alma. Assim, o prazer ou faculdade excepcional da troca, tem pouca duração, mas o pagamento exige juros e correção para a vida inteira.
O diabo reduziu os prazos de gozo e faz algumas exigências para liberar o vício desejado e o poder passageiro. Poder de manipulação, poder de compra, poder de utilizar como escravos os corpos onde pouco ou nada sobra de alma, consumida em diversas trocas de 1.99 ou permanentemente drogadas, quando não almas ativas, camelôs das mercadorias que vão enfernizar as vidas exangues, na qualidade de escravos do consumo descartável.
Vender a alma ao diabo é um procedimento comum e corrente, que parece envolver toda a sociedade. A venda é rápida e rasteira. O representante do diabo avalia o peso de sua alma e suas possibilidades de atrair mais pessoas para o negócio. Anota o seu crédito e os pagamentos parcelados da "felicidade" escolhida, com juros e correção para a vida inteira.
Ou seja, voce vende sua essência para o diabo utilizar na eternidade, você mesmo abre para o diabo a oportunidade de emitir a moeda do nada, que vai ser paga em dobro durante a vida. E no final, perdem-se as posses materiais e espirituais. Bom negócio! Para o diabo! Ele está no controle.
Algumas pessoas descobriram que isso vem desde há muito tempo. E identificaram os agentes terrenos do diabo, aqueles que até hoje utilizam símbolos e realizam encontros no além da "nossa vã filosofia". Tudo se desenvolveu para a organização econômica atual, a partir do cérebro de um judeu alemão nascido em Frankfurt, em 1734.
Mayer Amschel Bauer, aprendeu com o pai que era ourives, tudo sobre a agiotagem. Depois que o pai morreu, foi trabalhar num banco em Hannover, a casa dos Oppenheimer. Progrediu, ganhou uma participação no negócio e voltou a Frankfurt, retomando a casa que seu pai havia fundado em 1750.
A logomarca era um Escudo Vermelho (emblema dos judeus de mente revolucionária na Europa Oriental). Aí, Mayer mudou seu sobrenome para Rothschild. E começou a negociar com príncipes e reis. Hoje comanda, impõe, decide quem governa, onde e como utilizando "créditos" e fomentando "guerras" em todos os níveis - físicos e mentais.
Mayer casou e gerou 5 filhos e 5 filhas. Em testamento determinou que o filho mais velho, deveria gerir os negócios excluindo a participação de qualquer pessoa fora da família nos cargos chave. Todos deveriam casar com primos, para preservar a fortuna. O filho Natã, sucessor de Mayer, foi mandado para a Inglaterra e mais tarde recebeu 600 mil libras, que o pai, agente de Guilherme de Hanau, embolsou, quando Guilherme foi forçado a fugir para a Dinamarca.
Natã, seguindo as instruções do pai, estabeleceu-se como banqueiro mercantil em Londres. "A Jewish Encyclopedia de 1905 nos diz que Natã investiu (as 300 mil libras) em "ouro da companhia Índias Orientais, sabendo que ele seria necessário para a campanha de Wellington na península." Com o dinheiro roubado, Natã fez "não menos do que quatro lucros: (1) Na venda do papel de Wellington (que ele comprou pela metade do preço e recebeu pelo valor integral; (2) na venda de ouro a Wellington; (3) na recompra; e (4) ao encaminhá-lo a Portugal. Este foi o início das grandes fortunas da casa." (pág. 494).
Acumulando fortunas, abriram-se as casas Rothschild em Viena, Paris, Berlim e Nápoles, uma para cada filho. "Natã, que era particularmente brilhante, foi designado como chefe da Casa de Rothschild em 1812. "Uma das principais contribuições foi a nova técnica de Natã para os empréstimos internacionais flutuantes. Ele não estava muito interessado em receber dividendos em todos os tipos de estranhas e inconvenientes moedas."
A agência bancária mais diabólica penetrou na economia da colonia americana e insinuou-se em todos os negócios até a criação do Federal Reserve, associada aos Morgan, que hoje têm um assessor ao lado do presidente dos EUA. Pior, está no controle do sistema financeiro global, comprando almas com cartões de crédito. Pior ainda, impondo aos governantes a adesão às regras da nova ordem mundial.
Ref.: "Web of Debt: The Shocking Truth About Our Money System and How We Can Break Free" by Ellen Hodgson Brown.
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