Por Arlindo Montenegro
Nada de sofisticação. A conspiração para completar a genese da República Mundial das Nações Unidas S.A., conta com artífices de alto nível e com recursos ilimitados. Mas a nossa parte na conspiração, que visa aniquilar milhões de sobreviventes no planeta, para torná-lo "governável", vai matando pelas beiradas, econômicamente.
Uma das maneiras de matar, se configura no exercício de estudar as áreas de risco nas encostas dos morros, receber os relatórios técnicos e arquivar. (Revista Veja, 17/01/11, Exposição dos culpados jogando as desculpas oficiais no lixo. Acesse a íntegra em www.verdadeeliberdadeonline.blogspot.com - "A cidade do Rio de Janeiro pode sofrer tragédia ainda maior do que a da região serrana".
Outra maneira de fomentar a matança, para facilitar as metas de redução da população, é soltar uma "Portaria Interministerial 4226, de 31 de dezembro de 2010", que diz em outras palavras que só os bandidos podem utilizar as armas para matar ou aleijar. Policial, não!
Os "policiais federais, rodoviários federais, policiais estaduais (civil e militar) e guardas municipais" estão proibidos. So se for depois de ferido ou aleijado por tiro do bandido. Nem se um carro cheio de cocaína e armas, detido numa barreira, fugir, pode ser alvejado. Legal prá bandidagem: a polícia rendida pela Portaria (ou porcaria!)
Bandidos e terroristas, bem vindos! Nesta semana, para sossego do companheiro Evo, o Brasil asilou um Juiz que ousou desafiar a revolução bolivariana. A história resumida está no El Pais, edição de 18/01/11. Pressões do governo da Bolívia, irregularidades num processo, obrigou a renúncia dos advogados da defesa e a fuga do Juiz Luis Tapia.
A conspiração começou no dia 16 de janeiro de 2009. A polícia invadiu um hotel em Santa Cruz de la Sierra e matou o húngaro-boliviano Eduardo Rósza e dois acompanhantes, um irlandês e outro húngaro. Prenderam mais dois. E anunciaram que todos eram mercenários estrangeiros, contratados para iniciar uma luta separatista e assassinar sua excelência o Presidente Evo.
O chofer do "conspirador" Eduardo Rósza, foi preso e "abriu o bico", implicando destacados políticos e empresários de Santa Cruz. No total foram processados 39 opositores do governo. Foi quando a televisão mostrou um vídeo em que o chofer, Villa, que já tinha passagem pela polícia, recebia de Carlos Nuñez del Prado, funcionário da Segurança do Estado e da Defensoria do Povo, o pagamento pelo serviço prestado.
"Este é o teu último dinheiro (31.500 dólares)... cuida bem que você já está velho... e bico calado... hoje de tarde vão decretar medidas cautelares para sua prisão... você tem de cruzar a fronteira para Argentina agora, se não, está perdido... e não podemos fazer nada". O motorista está seguro, inalcançável, na... Venezuela.
A trama foi montada por peritos de inteligência do estado cubano-venezuelano, do mesmo modo como fizeram com o Eng. Peña Esclusa, cuja testemunha chave foi imediatamente mandada para Cuba. Saiu num tipo de aeronave e desembarcou (milagrosamente) de outro tipo de avião. Desta vez o entrave para a revolução bolivariana era a oposição dos líderes que exigiam a autonomia de Santa Cruz.
Outras imagens difundidas mostram os agentes do governo colocando armas junto aos cadáveres dos "mercenários". Fotografias mostram os estrangeiros presos brutalmente torturados. A Hungria, a Irlanda e a Croácia pediram explicações, mas Evo calou. Só deu ordens para descobrir a origem dos vídeos, que comprometem a revolução bolivariana, o companheiro Chávez e a inteligência cubana.
Também foi revelado que o "mercenário" Eduardo Rósza, foi contratado pelo coronel Jorge Santiesteban, chefe de inteligência da polícia e pelo capitão Walter Andrade, ambos cabeças do assalto ao hotel, para "queimar o arquivo". Conspiradores são assim mesmo: queimam arquivos. Entre nós, na esteira do Celso Daniel já foram "queimados" uns oito. Tudo no rol das conspirações econômicas.
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