domingo, 27 de setembro de 2009

ALIANÇAS HISTÓRICAS X AÇÕES NO MARCO REGULATÓRIO

Artigo publicado no www.alertatotal.net

Por João Victor Campos

Com grande alarido, o atual governo apresentou no dia 31.08.09, decorridos 22 meses da Resolução nº 6 do CNPE de 2007, as mudanças julgadas necessárias no marco regulatório, amparado na Lei nº 9.478/97, visando, contemplar o novo paradigma da exploração e produção da nova província petrolífera do Pré-Sal.

Em decorrência desse importante fato, é oportuno lembrar uma sequência de eventos que o antecederam, e que seguramente influíram em decisões tomadas em governos anteriores e no atual, obedecendo, a seguinte cronologia:

1) Clube Bilderberg - 1954

2) A Comissão Trilateral - 1973

3) O Relatório Kissinger (NSSM-200) - 1974

4) O Diálogo Interamericano - 1982

5) Debt-for-Equity - 1983

6) O Projeto Antimilitar – 1988

7) O Consenso de Washington - 1989

8) ONGs - (?)

9) O Enigma Lula

10) Conclusões

O CLUBE BILDERBERG

Desde 1954, com a criação do famoso Clube Bilderberg (CB), na Holanda, que se conspira para a criação de um organismo único capaz de exercer amplo domínio, rumo a um governo mundial, uma economia global e uma religião também global.

A nata que constituiu o Conselho Diretivo foi formada por banqueiros, industriais, donos de meios de comunicação, políticos, famílias reais européias, presidentes, primeiro-ministros, ministros, secretários de Estado, lideranças militares e outras personalidades, que se reúnem anualmente para traçar os rumos do planeta, dentro dos moldes do que seria um governo mundial secreto.

O Conselho Diretivo deste Clube teria um máximo de 130 delegados, sendo 2/3 de europeus e o restante dos EUA e do Canadá.

As pretensões do CB, enveredam em duas hipóteses: a primeira seria a reunião da elite econômica e política do mundo Ocidental, para fazer face ao avanço do Comunismo do século XX; a segunda, hoje com maior aceitação, vê o CB dentro do que se convencionou chamar de teoria da conspiração, cujo movimento teria pretensões de dominar todo o planeta, estabelecendo um governo mundial.

Este objetivo seria alcançado pela ONU – Organização das Nações Unidas – ,onde atualmente prevalecem teses esquerdistas na construção de uma nova ordem mundial, com moeda, exército e religião comuns, para quebrar a espinha dorsal da soberania das nações emergentes ou subdesenvolvidas, especialmente aquelas detentoras de reservas estratégicas, como recursos minerais, água e biodiversidade, onde o Brasil se destaca em primeiro plano.

Junto ao CB e a ONU, podemos citar outros grupos tidos como “controladores”, como o Diálogo Interamericano, a Comissão Trilateral, o FMI – Fundo Monetário Internacional , o CFR – Council on Foreign Relations (Conselho de Relações Exteriores), cujos objetivos seriam simplesmente os de eliminar a ideia de soberania nacional e as forças armadas nacionais.

A COMISSÃO TRILATERAL

A chamada Comissão Trilateral, fundada em 1973 por David Rockefeller, reunia principalmente banqueiros dos EUA, Europa Ocidental e do Japão e, a partir de 1991, com o desaparecimento da União Soviética, viu-se um Primeiro Mundo reunido em torno desta Comissão, um Segundo Mundo agrupado em torno da falida ideologia socialista e um Terceiro Mundo subdesenvolvido, praticamente à mercê dos ditames destes outros dois mundos, com referência à proliferação da energia nuclear, terrorismo, direitos humanos, desmatamentos e venda de armas convencionais.

O RELATÓRIO KISSINGER – NSSM-200

No dia 10 de dezembro de 1974, o Conselho de Segurança Nacional dos EUA emitiu o Memorando de Estudo da Segurança Nacional – NSSM-200 – também conhecido como “O Relatório Kissinger”. Este documento expõe, explicitamente, uma detalhada estratégia pela qual os EUA promoveriam, de forma agressiva, o controle da população de países em desenvolvimento de forma a regular (ou ter um melhor acesso) às riquezas naturais destes países.

De maneira a proteger os interesses comerciais dos EUA, o NSSM-200 cita um número de fatores capazes de interromper o fluxo contínuo de matérias primas oriunda dos países menos desenvolvidos. Dentre esses fatores incluí-se um que faz restrição a uma grande população da juventude anti-imperialista, a qual, de acordo com o NSSM-200, deve ser limitada pelo controle populacional. O documento identifica 13 nações, o Brasil dentre elas, que constituem o alvo primário dos esforços dos EUA em exercer o controle populacional.

Este Memorando foi mantido em sigilo absoluto até 1989 ( ou durante 15 anos), quando foi tornado público e transferido para o Arquivo Nacional dos EUA.

Enquanto que a CIA e os departamentos de Estado e de Defesa dos Estados Unidos emitiam centenas de comunicados sobre o controle populacional e a segurança nacional, o governo dos EUA nunca renunciou ao NSSM-200, limitando-se apenas a emendar certas porções da sua política. Por conseguinte, o governo dos EUA ainda mantém o NSSM-200 como o documento fundamental no controle da população.

Nota: embora por mim pesquisada junto à Fiocruz e o Ministério da Saúde sobre a origem da vacina anti-rubéola aplicada este ano (2009) em 68 milhões de brasileiros, aquela Fundação informou que não foi ela quem a fabricou, enquanto o Ministério da Saúde, que acusou o recebimento da indagação, até hoje não a respondeu, decorridos seis meses. A vacinação em massa é um ótimo meio de se inocular componentes esterilizantes.

O DIÁLOGO INTERAMERICANO

Aproveitando o aparente caos político e institucional na América Latina, em seguida à Guerra das Malvinas e à crise da dívida externa, ambas em 1982, interesses internacionais moveram-se rapidamente buscando manter seu domínio político e econômico na região. Em junho, julho e agosto de 1982 foram organizados três seminários para debater as repercussões da Guerra das Malvinas nas relações interamericanas, sob os auspícios do Centro Woodrow Wilson, uma espécie de banco de cérebros, com sede em Washington.

Desses seminários surgiu a ideia do Diálogo Interamericano e, de outubro de 1982 a março de 1983, o Centro patrocinou uma série de reuniões já dentro dessa ideia, nas quais 48 delegados da América Latina, a título pessoal, debateram um longo temário. FHC, presente, subscreveu a ata de fundação, sendo portanto, um de seus idealizadores. A fundação do Diálogo se deu em 15 de outubro de 1982 e contou com a presença do então Secretário de Estado George Shultz e do Subsecretário de Estado para Assuntos Interamericanos, Thomas Enders. A partir daí, o Diálogo reunir-se-ia a cada dois anos.

Esta estratégia, todavia, só começou a vir à luz a partir do início da crise da dívida externa ibero-americana, em 1982-1983, com a criação do cartel dos bancos credores – liderados pelos interesses Rockefeller – o qual se propunha a elaborar uma nova formulação para garantir aos credores o recebimento sem riscos dos rendimentos da dívida externa dos países do Terceiro Mundo.

No Brasil, este cartel influiu enormemente durante os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, onde um ativo lobby na Subcomissão da Ordem Econômica esteve a ponto de impor várias de suas ideias privatizantes, como foi oportunamente denunciado num Memorando Especial da revista Executive Intelligence Review – EIR – em junho de 1987.

DEBT - FOR – EQUITY

A estratégia dos bancos começou a materializar-se a partir de uma reunião em Vail, Colorado, USA, em agosto de 1983, onde o então consultor da empresa Kissinger & Associates e diretor do Banco Morgan Guaranty, Alan Greenspan (que viria a se tornar presidente do FED – Banco Central dos EUA), expôs as linhas gerais da nova política dos bancos: converter os títulos da dívida externa em poder dos bancos em títulos de posse de “ativos nas nações devedoras”. Na reunião, ficou determinada a suspensão total de novos créditos bancários aos países do Terceiro Mundo, para obrigar seus governos a adotarem o esquema proposto, que ficou conhecido como Debt-for-Equity (dívida por ativos), em detrimento de suas soberanias.

Segundo Greenspan, “está claro que, em lugar dos tradicionais empréstimos bancários privados, deve haver um grande número de investimentos diretos e acessos aos mercados de ações dos países menos desenvolvidos. Não podemos continuar a colocar dívida nova nos moldes tradicionais, porque isto cria situações críticas de pagamentos que os devedores não poderão cumprir, o que constitui uma causa principal da atual crise da dívida. Com os ativos, tais situações não existem... Devemos converter dívidas em ativos... Esses países devedores têm saldos de exportação e matérias-primas, o problema é: de que forma os credores teriam acesso aos ativos? Devemos ter formas de pagamento que não estejam especificamente relacionadas aos próprios limites de pagamento da dívida, mas aos futuros rendimentos das exportações e das explorações das matérias-primas”.

O encontro de Vail reafirmou o papel do FMI – Fundo Monetário Internacional – como o executor da nova estratégia, qual seja: impor políticas econômicas de submissão e austeridade para “espremer” os países credores e abrir caminho para as reformas financeiras e bancárias necessárias ao esquema.

Os apertos financeiros, resultantes da cobrança ou enxugamento dos pagamentos exercidos sobre o Brasil, Argentina e México, deveriam obedecer os pacotes do FMI e a “Nova Ordem Mundial” ou Globalização, após os governos militares.

Em 1982, a dívida externa brasileira girava em torno de 90 bilhões de dólares. Em 1992 havia duplicado, tendo atingido 240 bilhões de dólares no ano 2000.

No caso brasileiro, a detonação da dívida pelo FMI forçou e encorajou o plano de privatização das estatais, tendo como carro-chefe a privatização da Vale do Rio Doce e da hidroeletricidade, e ainda ditou as ideias para um plano mestre de privatização da Petrobrás, tudo incluído numa Carta de Intenção do FMI, que impunha a confissão da dívida e a concordância com as privatizações. FHC assinou esta carta.

A privatização da estatal Vale do Rio Doce era a prioridade do programa, pois possuía recursos minerais na área amazônica, incluindo grandes reservas em torno de 160 milhões de toneladas de nióbio, ouro, titânio e manganês, estimadas em 5 trilhões de dólares.

Nota: a Vale foi privatizada/doada por 3,3 bilhões de dólares, no governo FHC.

Também a gigantesca e estratégica hidroeletricidade, que é o único e mais eficiente modelo de matriz energética, que não tem similar no mundo ( em 1982, 90% da energia brasileira era produzida em hidrosistemas de baixíssimo custo) e, por isso, constitui grande atrativo para ser incluída na lista de prioridades do programa de privatização brasileiro, com particular interesse dos investidores estrangeiros e do cartel dos banqueiros.

O FMI ordenou e obrigou o Brasil – levado à falência por um “novo e miraculoso plano monetário temporário”, baseado numa âncora cambial e na indexação fraudulenta da inflação, de autoria do agrupamento de economistas de FHC, tendo à frente Gustavo Franco e Pérsio Arida – a executar as seguintes medidas, após 1995:

1 – Reduzir as importações em 17,5%;

2 – Destruir em 20% a força de trabalho brasileira;

3 – Proceder a uma completa e fraudulenta indexação (baixa) nas mudanças do sistema de indexação de salários;

4 – Impor o fim dos grandes projetos industriais no Brasil;

5 – Eliminar US$ 10 bilhões, em crédito subsidiado para a agricultura e industria nacional;

6 – Encorajar investidores estrangeiros a comprar e controlar empresas públicas e privadas necessitadas de capital;

7 – Implementar condições rigorosas para iniciar um grande plano de privatização das companhias estatais, incluindo as lucrativas indústrias mineradoras, de hidroeletricidade, energia e siderúrgicas estaduais brasileiras.

Nota: A Petrobrás, que deixou de ser incluída nas privatizações, quando do Diálogo Interamericano, por estar ainda protegida pelo monopólio estatal e também pelo mesmo motivo em 1995, foi objeto de um adendo, que prescrevia, entre outras medidas, que “importantes resultados e recursos de capital podem ser obtidos através das privatizações a nível de subsidiárias, tendo como candidatas óbvias a Petroquisa e a Petrofertil”.

A Petrobrás não chegou a ser privatizada por FHC devido à reação popular contrária, mas diversas tentativas foram feitas com os presidentes da empresa, Henri Phillipe Reischtul e Francisco Gros. Mas a largada fora dada, traduzida pela venda de ações da Petrobras na Bolsa de Nova York (40%) e disseminada entre testas de ferro e outros (20% no Brasil). A Petrobrás é hoje uma transnacional.

8 – Reduzir a expansão demográfica, como conseqüência da destruição da força de trabalho e da política de desemprego.

O PROJETO ANTIMILITAR

Na reunião de 1988 do Diálogo Interamericano (DI) em Washington, já acrescido de novos membros, foram acordadas as políticas e estratégias a serem adotadas para o domínio da América Latina e do Caribe. A divulgação deste evento resultou num modesto documento, sem entrar em pormenores, em função da gravidade dos assuntos tratados e da necessidade de sigilo. Todavia, no livro “ O Complô” (EIR, 1993, pg. 100, vide ref.), encontramos: “O traço mais marcante do relatório de 1988 do DI é o seu virulento ataque aos militares ibero-americanos”. Portanto, o documento apresentado não era tão modesto assim.

Possuia o DI, em 1988, 70 fundadores, dentre os quais destacamos as “personalidades brasileiras” presentes : Sr. Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do CEBRAP; Sr. Celso Lafer, Ministro do Desenvolvimento; Sr. Roberto Civita, Presidente da Editora Abril. Mais tarde, a reunião do DI de 1992 contou com a presença do Sr. Luis Inácio Lula da Silva, convidado por FHC.

Foi questionada a missão dos militares (ainda fruto da repercussão da Guerra das Malvinas), contrários a aceitar a transformação do nosso território em uma imensa fazenda exportadora de matérias-primas e de produtos semi-manufaturados e sub-valorizados. O foco dos países ricos passou a ser não mais somente os movimentos comunistas, que já não eram considerados tão perigosos “após o fim da guerra fria”, mas também as ações dos militares em defesa de suas respectivas soberanias nacionais.

Em fins de 1986, o DI pôs em marcha um projeto que culminou com a publicação, em 1990, do “Manual Bush”, uma obra antimilitar, que sugeria o desencadeamento de uma guerra econômica contra os militares latino-americanos, assinalando que “o nível de recursos a ser destinado aos militares” deveria ser questionado e alterado, como uma das formas mais efetivas de “conter a influência das Forças Armadas” nos países ao sul do Rio Grande (fronteira com o México). Defendia também a substituição das Forças Armadas dos países subdesenvolvidos, .notadamente da América Latina, por forças regionais de defesa, com o título de Força Interamericana de Defesa.

O ex-presidente FHC, um dos fundadores do DI, em 1982, foi quem, a partir de 1995, em atendimento a esta política imposta, deu início ao sucateamento das Forças Armadas e que até hoje persiste, pondo em risco a segurança da Nação. Também, atendendo a uma declaração do Secretário de Defesa dos EUA, William Perry, em visita ao Brasil, em 1995 ( O Globo, de 06/05/1995) diz textualmente “que o seu governo quer que as Forças Armadas de cada país passem a ser lideradas por um Ministro de Defesa que seja civil. A liderança civil do sistema de defesa fortalece tanto a democracia quanto as próprias Forças Armadas. Nós vamos incentivar isso, assim como a ideia de que haja uma transparência cada vez maior no intercâmbio de informações militares entre as três Américas”.

O “agachado”e comprometido FHC atendeu prontamente, criando o Ministério da Defesa, em 1999, tirando todo o poder político dos antigos comandantes das três Forças Armadas.

O CONSENSO DE WASHINGTON

O que se denomina informalmente de “Consenso de Washington” é o resultado de uma reunião levada à efeito na capital dos EUA, em novembro de 1989, entre funcionários do governo norte-americano e organismos financeiros internacionais ali sediados – FMI, Banco Mundial e BID - cujo objetivo era proceder a uma avaliação das reformas econômicas empreendidas pelos países da América Latina. Estiveram presentes diversos economistas latino-americanos e funcionários de diversas entidades norte-americanas e internacionais envolvidos com a América Latina.

Embora com formato acadêmico e sem caráter deliberativo, o encontro propiciaria oportunidade para coordenar ações por parte de entidades com importante papel nessas reformas. Por isso mesmo, não obstante sua natureza informal, acabaria por se revestir de significação simbólica, maior que a de muitas reuniões oficiais no âmbito dos foros multilaterais regionais.

A avaliação objeto do Consenso de Washington abrangeu 10 áreas:

1. disciplina fiscal;

2. priorização dos gastos públicos;

3. reforma tributária;

4. liberalização financeira;

5. regime cambial;

6. liberalização comercial;

7. investimento direto estrangeiro;

8. privatização;

9. desregulação;

10. propriedade intelectual.

As propostas do Consenso de Washington nas 10 áreas convergem para dois objetivos básicos:

- a drástica redução do Estado e a corrosão do conceito de Nação

- o máximo de abertura à importação de bens de serviços e a entrada de capitais de risco.

Tudo em nome da soberania absoluta do mercado autoregulável nas relações econômicas tanto internas quanto externas.

Dos tecnocratas nomeados por FHC, no seu 1º mandato para implementar o Plano Real, tais como Pedro Malan, Pérsio Arida, Edmar Bacha, Gustavo Franco, Bresser Pereira, Eliana Cardoso e outros, vários deles integravam o grupo que participou da reunião em Washington, em 1989, durante o qual foi realizado o estudo do diagnóstico sobre o Brasil elaborado por Eliana Cardoso e Daniel Dantas (o mesmo que foi recentemente preso por duas vezes seguidas e a seguir liberado pelo STF. Deve saber muita coisa, daí advém o temor de que ele “solte a língua”, temor este que se liga diretamente à FHC.

ONGs

Como disse David Rockefeller, numa das primeiras reuniões do DI, em 1982:

“E a maior parte da Amazônia, quem dominar a Vale, dominará a Amazônia”.

Podemos, portanto, aí inferir o atual interesse das ONGs e das potências hegemônicas na demarcação das terras indígenas (Reserva Ianomâmi e caso Raposa-Serra do Sol).
Muitos dos minérios citados acima (ver Debt-for-Equity), principalmente o estratégico nióbio, encontram-se nas reservas mencionadas. Entre os principais interessados, estaria a realeza britânica, na pessoa do Príncipe Charles e sua ONG, a WWF (World Wildlife Fund). A presença do Príncipe Charles no Brasil, este ano, quando da criação da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol e também quando da TI (Terra Indígena) Ianomâmi, atestam esta cobiça.

A homologação da TI Raposa-Serra do Sol, pelo STF, neste ano de 2009, para gáudio de Sua Alteza, é um acinte ao povo brasileiro, principalmente quando se tem ciência da existência de um objetivo não mais fortuito de “balcanização” da Amazônia, com a criação de diversas “nações indígenas” que uma vez homologadas se apossariam de imensas reservas minerais e rica biodiversidade.

O ENIGMA LULA

“Aparentemente incompreensível, na lista dos membros do Diálogo Interamericano na reunião de 1992, é a presença do atual presidente da República, Sr. Luís Inácio Lula da Silva, lado a lado com FHC, Lula, então presidente de honra do PT e candidato à Presidência da República, e que frequentemente atacava a “política” empreendida pelo presidente FHC, a qual nada mais era do que o fiel cumprimento das normas ditadas pelos “donos do mundo” através do Diálogo Interamericano”. (Marcos Coimbra em “Brasil Soberano”)

Segundo consta, no passado político de Lula existem passagens, como aluno (1968), pelo Iadesil (antigo Instituto Americano para o desenvolvimento do Sindicalismo Livre), escola de doutrinação mantida em São Paulo, pelos norte-americanos da AFL-CIO, que manteve financeiramente a CUT, com apoio da social-democracia italiana; pelos EUA, em 1972/1973, quando foi treinado em sindicalismo na Johns Hopkins University (o Lula fala inglês?), em Baltimore, USA (“Jogo Duro”, Mario Garnero, Editora Best Seller, pgs. 130 a 132), foi membro da AFL-CIO (não sei se ainda continua), a Central Sindical Americana, onde criou amizades com Stanley Gacek e John Sweeney, respectivamente advogado sindicalista da área internacional e o outro é o atual presidente da mesma.

Recentemente, quando da viagem de Lula aos EUA para entrevista com o Presidente Barack Obama, “foi tomar a benção” primeiro com o Presidente da AFL-CIO, Sweeney. Porquê? Segundo Fernando Tollendal, “o PT e a CUT foram criados sob inspiração norte-americana, para cindir a completa hegemonia que os comunistas antes detinham no movimento sindical brasileiro”.

É de se supor, por conseguinte, que algum comprometimento tenha o Sr. Lula assumido com as diretrizes do FMI, senão como julgar as suas atitudes em harmonia com as ações de FHC durante todo o seu primeiro mandato e só recentemente, em setembro de 2007, com a retirada de 41 blocos da 9ª Rodada da ANP, 26 na área do pré-sal, veio a esboçar uma ligeira reação ao status quo imposto por FHC durante o governo dele. Mas, parou por aí. Veja-se abaixo:

CONCLUSÃO

Em que pese o avanço que representa as modificações do marco regulatório, ora propostas pelo governo, sobre à situação anterior estabelecidas pela Lei 9478/97:

“A proposta do governo para o pré-sal, por não prever a retomada total do monopólio estatal, é frustrante”.

Fica difícil situar a posição do presidente Lula no atual contexto, ainda mais quando se leva em conta que ele, como candidato à Presidência, havia prometido instalar a CPI das Privatizações, a qual chegou a ser instalada no seu governo, porém morreu no nascedouro. Não tinha ele uma arma nas mãos? Ameaçar a oposição com a reinstalação da CPI das Privatizações, caso levassem avante a CPI da Petrobrás, quando ainda ideia? E, porque não o fez?

Após a apresentação dos quatro Projetos de Lei, pelo governo atual, contendo as modificações propostas no marco regulatório, e tendo em mente o exposto acima, não é difícil explicar o porque da tentativa (por enquanto) da adoção de:

- O sistema de partilha(?) – o que seria INQUESTIONÁVEL é todo o petróleo para o povo brasileiro

- A continuidade dos leilões da ANP (?);

- A criação da nova estatal – a PETROSAL (?);

- Por que não a restauração da Lei 2004/53, com adaptações, em substituição à Lei 9478/97(?) e,

- Por que não a recondução da Petrobrás (100% estatal, com a recompra das ações) à condição de executora do monopólio estatal(?).

O ideal mesmo teria sido o Contrato de Prestação de Serviços, única e exclusivamente, como bem se houve durante a vigência do monopólio estatal.

La revanche du Sud - Le Monde, 11 de junho de 2008 (trad. A. Pertence):
“ Uma empresa séria procura parceiros, basicamente, por três razões: carência de capital, carência de tecnologia e excesso de risco. A Petrobrás não se enquadra em nenhum dos três casos. Capital não é problema. Os lucros da empresa nos últimos dez anos têm sido astronômicos. Em relação à tecnologia, a Petrobrás, em seu campo, é líder mundial há décadas no desenvolvimento e domínio de tecnologias para exploração e produção em águas profundas e parte agora para mais um salto tecnológico, ao descobrir áreas muito mais promissoras abaixo da camada de sal, na plataforma continental em águas ultraprofundas. Quanto ao risco do negócio, a situação é idêntica. A Petrobrás foi progressivamente criando “expertise” e hoje suas chances de sucesso nesta nova fase são consideráveis. Ainda assim, nas novas descobertas ocorridas, especialmente na Bacia de Santos, tomamos conhecimento que há parceiros do Norte que irão usufruir dos bônus que a parceria com a Petrobrás lhes confere. No caso da exploração e produção de petróleo e gás no mar brasileiro, a regra do jogo vigente é clara em ensinar que empresas na situação da Petrobrás deveriam dispensar taxativamente qualquer oferta de parceria. No entanto, a Petrobrás as tem. Durma-se com um barulho desses!”

O Brasil, em seus quinhentos e nove anos de história, já passou por diversos ciclos de espoliação, começando por aquele que praticamente extinguiu o Pau Brasil, o do ouro, do açúcar, do café e o da borracha e, se bobearmos lá se vai o Pré-Sal. Chega de subserviência. Vamos à luta.

E para concluir, parafraseando o colega da AEPET, Raul Bergmann, do Rio Grande do Sul:
“parece que a única urgência no caso do Pré-Sal é a retomada para a União da propriedade integral do petróleo, garantindo que toda a cadeia produtiva do Setor fique sob controle do Estado Brasileiro, para não acarretar entraves, por interesses particulares, ao Desenvolvimento Sustentável do País”.

REFERÊNCIAS

- O COMPLÔ para aniquilar as Forças Armadas e as nações da Ibero-América (EIR – Executive Intelligence Review, 2ª Edição, março de 2000)

- Os Cabeças-de-Planilha (Luís Nassif – 2ª Edição – Ediouro, 2007)

- Brasil Soberano (Marcos Coimbra, - Ed. Autor, 2009)

- Kissinger Report 2004 – A Retrospective on NSSM-200 (Human Life International)

- A Verdadeira História do Clube Bilderberg (Daniel Estulin, Editorial Planeta, 2005)

- EIR – Memorando Especial: Brasil: Soberania sob Ataque (1989)

- Diversos artigos na Internet de autores diferentes, entre os quais podemos citar:
Adriano Benayon, Carlos I. S. Azambuja, Pedro Porfírio, Gélio Fregapani, Paulo Nogueira Batista, CMI Brasil

João Victor Campos é Diretor Cultural da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras). Artigo publicado no Aepet Direto (www.aepet.org.br) que circula em 28 de setembro.

sábado, 26 de setembro de 2009

CRIME CONTRA HONDURAS

Blog do Reinaldo Azevedo – Revista VEJA

Um crime de dimensões históricas está sendo cometido em Honduras, um pequeno país esmagado pela fúria barulhenta dos canalhas e pelo silêncio dos bons. Por mais que os autores do vídeo tenham selecionado as imagens que justificam o seu ponto de vista — nem poderia ser diferente —, aquelas milhares de pessoas existem e saíram às ruas repudiando Manuel Zelaya. A imprensa do mundo — a brasileira também — ignorou o fato. Segundo a Economist, apenas 25% dos hondurenhos defendem a volta do Aloprado ao poder. A esmagadora maioria o quer longe do governo — e até do país. Atenção! Este blog tem frases de estimação: uma delas è que o povo não é soberano para rasgar a Constituição que ele próprio votou. Não apóio golpes de estado, quarteladas e afins. Mas insisto desde o primeiro dia — e noto que, parece, parte da imprensa mundial começa a se dar conta do fato — que Zelaya foi deposto segundo a Constituição. Roberto Micheletti é o presidente constitucional. Se foi um erro tirar Zelaya do país e até um crime, que se tente provar isso nos tribunais hondurenhos, que seguem funcionando. É ESCANDALOSO QUE NÃO SE NOTICIE QUE O GOVERNO MICHELETTI NÃO BAIXOU UMA SÓ LEI DE EXCEÇÃO NO PAÍS. NADA!!!

Um crime histórico está sendo cometido em Honduras. Quem saiu gritando que um golpe de estado tinha sido dado foi Hugo Chávez, e sua acusação foi logo secundada pelo secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, aliado do ditador venezuelano. Dias antes, Insulza havia liderado os esforços para revogar a suspensão de Cuba da entidade, e os EUA concordaram, já que a política externa de Obama consiste em pedir desculpas e em se justificar diante dos antiamericanos. De Raúl Castro, nada se exigiu. Lula foi um loquaz defensor da medida e, em mais de uma entrevista, afirmou que os demais países não tinham de se meter na política interna cubana. No discurso na ONU, num mesmo parágrafo, Lula cobrou a reinstalação do golpista Zelaya no poder e o fim do embargo americano à tirania cubana. É um acinte.

Um crime histórico está sendo cometido em Honduras, que vivia três décadas de regime democrático, com sucessões pacíficas, até que Chávez decidisse exportar seu modelo para aquele país, o que já havia conseguido fazer com sucesso no Equador e na Bolívia. No momento, está empenhado em desestabilizar o Peru, usando para isso Rafael Correa, seu satélite. Roberto Micheletti foi empossado segundo o que prevê a Constituição hondurenha. Zelaya foi deposto pela Corte Suprema porque a ela cabe interpretar a Carta. E o texto é explícito: o que ele tentara fazer atentava contra a Lei Magna. Criar condições para reeleger presidentes implica deposição automática com perda dos direitos políticos por dez anos. Quando foi tirado do país — ou concordou em sair, segundo apurei (o pijama fez parte de sua pantomima) —, já não era mais presidente. Ainda que a saída de pijama tenha sido ato de força, não é isso que caracteriza golpe de Estado.

Um crime histórico está sendo cometido em Honduras porque estamos diante do primeiro país — uma pequenina República — que decidiu dizer “não” aos métodos chavistas de assalto ao poder pela via eleitoral. Estamos diante do primeiro país que disse com todas as letras: “Aqui não queremos golpes com tanques nem com urnas” — urnas e cédulas, até isso, confeccionadas na Venezuela. Em si, não se trata de um crime, mas é um símbolo do quanto Hugo Chávez estava envolvido no processo. O mesmo Hugo Chávez que já havia patrocinado as duas tentativas anteriores de Zelaya voltar ao país. Na primeira, deixou-se fotografar em seu bunker passando instruções ao piloto de um avião da PDVESA, a estatal de petróleo venezuelana. Já ali se violava o espaço aéreo de Honduras, diante do silêncio cúmplice do resto do mundo.

Um crime histórico está sendo cometido em Honduras porque se tenta consolidar o que já chamei aqui de “absolutismo das urnas”, como se um presidente, porque eleito, tudo pudesse, inclusive contra a Constituição que garantiu e legitimou a sua própria eleição. E, em Honduras, no Brasil ou nos Estados Unidos, presidentes são eleitos para cumprir a Constituição. Se querem mudá-las, têm de fazer segundo os mecanismos que elas mesmas prevêem. Mas os bolivarianos descobriram o atalho dos plebiscitos e referendos. Tais consultas abrem uma senda para qualquer maluquice. Não por acaso, os bolivarianos do PT queriam fazer também um plebiscito no Brasil: a favor ou contra Lula tentar um terceiro mandato.

MAS QUE SE NOTE: CASO SE FIZESSE, SERIA, DO PONTO DE VISTA POLÍTICO, A ADMISSÃO DE QUE LULA NÃO TEM LÁ MUITO AMOR PELA ALTERNÂNCIA DE PODER. MAS A NOSSA CONSTITUIÇÃO É MENOS EXPLÍCITA DO QUE É A HONDURENHA NA PROIBIÇÃO DO EXPEDIENTE.

Um crime histórico está sendo cometido em Honduras, e ele se dá num momento em que organismos multilaterais estão tomados por teóricos do “sulismo” — que seria uma nova verdade política surgida no Hemisfério Sul (ou países que podem até estar no Norte geográfico, mas no Sul Econômico) oposta aos interesses dos ricos — EUA e Europa, que agora carregam a culpa de terem sido lenientes com os mercados e terem permitido a farra financeira. Ocorre que, junto com a reivindicações econômicas até justas, surge também o que seria uma nova maneira de fazer política. E esta, vejam que curioso, é hostil à democracia representativa. O Brasil, desgraçadamente, consegue conciliar uma boa performance econômica (e esse é o aspecto positivo) em razão de mudanças institucionais operadas no pré-Lula, com uma atuação miserável no cenário internacional. Não há ditador canalha e salafrário neste vasto mundo que não tenha sido paparicado por Lula em nome do pragmatismo. Quando não é um tirano clássico, trata-se de um financiador do terrorismo e genocida em potencial como Ahmadinejad. O Brasil se torna, assim, uma espécie de formulador e patrocinador de soluções heterodoxas no que concerne à política.

Um crime histórico está sendo cometido em Honduras num momento em que faltam líderes de peso nos EUA e na Europa, facilitando a emergência de alguns espécimes do “sulismo” que não conseguem entender o regime democrático. Ontem, na reportagem do Jornal Nacional sobre o que diz a Constituição de Honduras, Lula perguntou que mal há em fazer um plebiscito. Aquele de Zelaya, segundo a lei do país, era ilegal. A Justiça disse que era. Ele não deu bola e mandou os militares tocarem adiante a proposta. Ali já estava o golpe. Mas a Europa é hoje não mais do que um amontoado de mercadores intimidados pelos organismos multilaterais, pelo onguismo e pelos negócios rasos. Sarkozy defendendo um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU depois que ficou claro que Lula escolheu os caças Rafale e que um dos preços cobrados por Lula — para pagar o preço bilionário dos aviões — era este fez do presidente francês não mais do que um vulgar mascate, muito pouco sutil. Dois Rafales caíram no dia seguinte.

Um crime histórico está sendo cometido em Honduras num momento em que os EUA vivem a sua grande catarse. Ainda ontem vi Obama, amadíssimo pelos 192 da ONU (dois terços são ditadores ou semi), a defender a redução do arsenal nuclear justamente quando Coréia do Norte e Irã estão interessados na sua ampliação e quando o “aliado” e ascendente Lula dá as mãos a Ahmadinejad em defesa do “programa pacífico de energia nuclear” dos aiatolás. Um Obama que, a cada dia, é mero repetidor de seus slogans de campanha e que permite que um pequeno país, DEMOCRÁTICO, seja esmagado por uma súcia de ditadores e populistas. Pior: há uma severa suspeita de que setores do Departamento de Estado dos EUA possam ter participado da conspirata. Não, Obama não pode. E não quer que os Estados Unidos possam.

Um crime histórico está sendo cometido em Honduras na era em que o Ocidente, como diz meu amigo Nelson Ascher, é governado por um híbrido, sim, e isto nada tem a ver com o fato de Obama ser mestiço, filho de um negro e de uma branca. Isso já passou e não tem mais importância. Se foi eleito, é porque, felizmente, o racismo nos EUA deixou de ser relevante, ao contrário do que afirma Carter, especialista em amendoim. O problema de Obama é que ele é fruto do cruzamento das ONGs com o teleprompter. Seu novo compromisso é o descompromisso.

E só por isso um crime histórico está sendo cometido em Honduras.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

EUA, HONDURAS, BRASIL: É GUERRA?

Nota de introdução: os dois artigos abaixo convidam para uma reflexão sobre o momento que vivemos. Os movimentos dos senhores citados e países envolvidos vão determinar o dia de amanha.

PERIGO REAL IMEDIATO

Por Arlindo Montenegro

A historiadora norte americana Bárbara Tutchman, falecida na década de 80, foi a autora de uma obra exemplar, pesquisando e documentando as tragédias humanas. Num livro intitulado “A Marcha da Insensatez”, demonstra como, desde Tróia até o Vietnam, passando pelo Vaticano, as decisões que resultaram em mortandade, carnificina, mudando a face do planeta, partiram de mentes individuais, de mentes psicopatas, desmioladas.

O poder na mão de insensatos! Este é um perigo real que se configura entre nós viventes nas Américas. E a ilustre mente que aciona a chave do perigo, obediente às diretrizes do Foro de São Paulo e do governo americano é o presidente que dizem ter 80% de aprovação. Os ventiladores dos palácios de Brasília – Planalto e Itamaratí já estão espalhando o fedor.

O poder nas mãos de psicopatas! Chávez está radiante! Aprovado fraternalmente pelo companheiro Luís Inácio, interferiu na Bolívia e no Equador, é copiado pela Argentina e abençoado pelo Paraguai. Nas relações com Equador, Bolívia e Venezuela já amargamos alguns prejuízos, sem falar dos irremediáveis malefícios do tráfico de drogas e armas com ajuda de Chavez, de Evo e das Farc colombianas.

Pois não é que o doidão tentou interferir em Honduras? Tudo para aumentar a área de influencia do socialismo bolivariano. Mas a Suprema Corte e o Congresso daquele pequeno país, obedients à letra da Lei Maior, a Constituição, afastaram o Presidente ligado ao narcotráfico que tentava perpetuar-se no poder com ajuda do venezuelano.

As cortes americanas, a Onu e o Departamento de Estado, interpretaram o cumprimento da Lei em Honduras, como “golpe de estado”. E há três meses pressionam Honduras. O chileno presidente da OEA é comunista e amigo de Chavez. O padreco que preside a Assembléia das Nações Unidas é amigo de Fidel Castro. Chavez troca petróleo por tanques, fuzis AK, helicópteros e aviões, inda dispõe de créditos milionários e convida os russos para operações navais em águas do Atlântico.

Evo por sua vez compra da Rússia seu avião particular e abre o território para as operações militares russas com a construção de uma base aérea. E todos mimam Chavez que se relaciona com o fundamentalista presidente do Irâ, com os terroristas mais doidos do mundo – Hezbolá e Hamas, que protege as Farc , que desenvolve armas nucleares com o Irã, que abre a rede bancária para atuar na lavagem de narcodólares e “porta de escape para as transações financeiras do Irã que pode assim burlar as restrições impostas por Washington”.

Chegou a ameaçar a Colombia e quer livrar da cadeia na França o terrorista mais assassino de quem se tem notícia. Consente que terroristas islâmicos utilizem uma fabrica iraniana de bicicletas no estado de Cojedes, como fachada para habilitar terroristas no uso de explosivos. O extremista Chavez e seus associados enfrenta a cambaleante democracia norte americana, que costumava ser ponto de referência, exemplo para o planeta.
Mas com dona Clinton no Departamento de Estado, a coisa mudou de figura. Os democratas no poder prestigiam as contra democracias bolivarianas paridas pelo Foro de São Paulo e comandadas por Chavez. Exemplo disso é a pressão sobre Honduras, as críticas ao sistema jurídico hondurenho em franca oposição ao princípio de respeito à lei, não intervenção e defesa do estado democrático de direito, que fundamentam as mesmas leis herdadas dos fundadores dos EUA.

Como Obama não tem a mesma popularidade, clarividência, sutileza e jogo de cintura do presidente do Brasil, durante a visita de Lula para um regabofe nos EUA, escalaram-no para botar pressão sobre Honduras. Num passe de magia, o deposto Zé-laia, com seu chapéu de Odorico Paraguassú, apareceu na Embaixada Brasileira, fazendo discurso na sacada, dando entrevista e agitando seus seguidores.

Criou-se uma situação limite. A ameaça para o legítimo e constitucional governo hondurenho é flagrante. Zé-laia já soltou a palavra de ordem: “Vão invadir a Embaixada Brasileira”. E seus seguidores, ajudados pelas tropas terroristas de Hugo Chavez, podem bem faze-lo, botando a culpa nos hondurenhos. Aí está declarada a guerra. Abre-se o espaço para uma ocupação com tropas da ONU.

Esta cambada de insensatos, ameaça mesmo as Américas. O terrorismo apadrinhado por Chavez ameaça mesmo os Estados Unidos da América. Com a ajuda da Rússia e do Irã. Com a ajuda do governo brasileiro e seus dirigentes que querem ver o circo pegar fogo e perpetuar-se no poder. O Ministro da (in)Justiça já foi a Cuba, receber ordens diretas de um animado Fidel Castro.

Nossos profissionais de midia, precisam informar os brasileiros sobre o perigo real imediato a que todos estamos expostos e indefesos. Afinal o Poder Judiciário e o Poder Legislativo Brasileiro, instituições pacíficas, acomodadas, obedientes ao Poder Executivo, parecem aqueles aparelhos de som “Três em Um”. O “um”, dizem tem aprovação de 80%. É a “Marcha da Insensatez”, como diria Bárbara Tutchman.


A NORIEGUIZAÇÃO DE HUGO CHÁVEZ

Por Carlos Alberto Montaner


Começou a reação do “establishment” norteamericano contra Hugo Chávez. Já era a hora. Há quase 11 anos este senhor anda fazendo estripolias na metade do planeta. O tiro de partida foi dado no dia 8 de Setembro por Robert Mortgenthau, Juiz geral de Manhattan, o mais poderoso do país. Na casa dos 90 anos, às vésperas de aposentar-se mas com a cabeça perfeitamente alerta, Mortgenthau escolheu o Brookings Institution de Washington, um influente think-tank ligado ao Partido Democrata, para fazer sua denúncia. Assim as revelações não puderam ser ignoradas pela Casa Branca, nem pelo Congresso, poderes responsáveis pela segurança nacional.

O que disse? Falou das relações da Venezuela com o Irã e do desenvolvimento de armas nucleares entre os dois países, com o objetivo de ameaçar os EUA, como aconteceu com Cuba em 1962 durante a Crise dos Mísseis (soviéticos). Denunciou o sistema bancário venezuelano, convertido em lavanderia de narcodólares e porta de escape para as transações financeiras do Irã que pode assim burlar as restrições impostas por Washington. Destacou a estreita ligação de Hugo Chávez com o Hezbolá e o Hamás, as mais temíveis organizações terroristas islâmicas e com as FARC colombianas. Em fim disse muitas coisas terríveis.

As conseqüências da manifestação de Mortgenthau foram imediatas. Os três grandes jornais diários dos EUA – New York Times, The Washington Post e o Wall Street Journal – publicaram artigos e editoriais em total sintonia com as palavras do Juiz. A televisão, os comentários dos habituais intelectuais e os blogs mais influentes fizeram eco.

Nenhum dos intelectuais em seu perfeito juízo dentro da estrutura de poder dos Estados Unidos, pode ignorar que a Venezuela associada ao Irã e aos terroristas islâmicos, com auxílio da Líbia, Síria, Sudão, as Farc colombianas, constituem um perigo muito sério para a segurança e a tranqüilidade norte americana. Chávez é um tenaz inimigo, simplesmente dedicado a prejudicar os norte americanos em todos os cenários possíveis, o que não deixa de ser irônico porque os EUA compram 80% do petróleo que a Venezuela exporta.

Como agravantes às denúncias de Mortgenthau, acrescentam-se outras três infâmias maiores contra Chavez, que montou uma intriga com o governo francês, associada a interesses econômicos, para que Sarkozy extradite para a Venezuela o terrorista Carlos, o Chacal, preso na França por inúmeros assassinatos.

Simultâneamente, tenta liberar o terrorista Ahmad Vahidi, Ministro da Defesa do Irã de uma ordem de captura que existe por suposta participação no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), uma carnificina que em Julho de 1994 resultou em 85 mortos e 300 feridos em Buenos Aires. Por último, a oposição venezuelana denunciou que a fábrica de bicicletas do Irã, no estado de Cojedes é, na realidade, um centro de formação de terroristas que acolhe membros das FARC colombianas para familiarizar-se com explosivos, semelhantes aos que são utilizados no Iraque e no Afeganistão.

Chávez, esta se tornando um Noriega do século XXI.

Manoel Antonio Noriega foi um narcotraficante ditador do Panamá, ex colaborador da CIA, que estabeleceu fortes laços com Cuba e com os cartéis colombianos, alugando o território do pais como pista intermediária para o tráfico de cocaína para os Estados Unidos e abrindo o sistema bancário para lavar os dólares, enquanto acossava os militares norte americanos que ocupavam bases militares situadas na zona do Canal do Panamá.

Depois de muita vacilação, a administração do presidente George Bush (pai), dividida sobre o tipo de resposta que os EUA deveriam dar, ordenou a invasão que começou no dia 19 de Dezembro de 1989 e foi concluída com êxito um dia depois. Os governos latino-americanos protestaram de modo tímido. Ninguém queria estar ao lado de um ditador narcotraficante desacreditado. A imensa maioria dos panamenhos apoiou o fato. Será que esta velha história vai repetir-se?

É difícil. Invadir a Venezuela não parece uma opção inteligente no momento em que se estuda a retirada das tropas do Iraque e, possivelmente do Afeganistão. Mas é provável que um setor importante do governo norte americano já esteja sugerindo ao presidente Obama, para tomar medidas que desalojem do poder este perigoso inimigo da democracia, antes que o tumor se torne canceroso. Certamente George Bush não gostava da idéia de invadir o Panamá. Foi uma decisão incômoda que se tornou inevitável.

Fonte: “El Diário Exterior”
Tradução: A. Montenegro

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A OBSESSÃO DE HILARY CLINTON COM HONDURAS

Por Mary O´Grady

No dia 28 de Junho, Manuel Zelaya foi deposto da Presidência, por ato da Suprema Corte e do Congresso Nacional de Honduras, acusado de violentar a Constituição. O governo de Barak Obama insiste em dizer, sem base legal que o incidente equivale a um "golpe de Estado" e que deve ser revertido. Obama trata Honduras com dureza e os norteamericanos são chamados a confiar nas declarações de seu governante.

Um informe do Serviço de Investigação do Congresso dos EUA, disponível na Biblioteca daquela instituição, expõe uma versão legal e séria dos o que o governo Obama não previu: "As fontes disponíveis indicam que os poderes Judiciário e Legislativo de Honduras aplicaram o direito constitucional e estatutário no caso do afastamento de Zelaya, interpretando à risca o sistema legal hondurenho". O informe está firmado por Norma C. Gutierrez, especialista em Direito Internacional do Congresso dos EUA.

Por acaso faz diferença? Nem em sonho. A Casa Branca continua defendendo sua posição. Há dez dias a Secretária de Estado Hillary Clinton chegou a sancionar o Poder Judiciário de Honduras, o poder de uma nação independente.
As razões norte americanas não são explicitadas, mas fica claro que o pecado da Suprema Corte de Honduras é repelir o plano de restituir o poder a Zelaya, com o aval da Casa Branca.

Ou seja, os EUA querem obrigar Honduras a violar sua própria Constituição, utilizando o peso de sua política internacional para interferir no sistema judicial independente de outro país. Os hondurenhos estão preocupados com o impacto desta pressão internacional. A posição dos EUA libera a violência dos partidários de Zelaya, que tomam as ruas, causam destruição e intimidam a população. Cada vez que a polícia age, começam a gritar em defesa de "seus direitos humanos".

Os norte americanos deveriam preocupar-se mais com o autoritarismo, sem justificativa legal, que emana do poder executivo em Washington. O que é que Obama sinaliza acerca da separação de poderes, quando instrui a sua Secretária de Estado para castigar um tribunal independente que não recuou, como ele queria?

Os EUA estão pressionando Honduras desde 28 de Junho para que Zelaya volte ao poder. Mas nem os duvidosos argumentos esgrimidos por Hillary Clinton sobre o "império da Lei", nem as armas disponibilizadas por Obama para convencer a Justiça hondurenha a ignorar a Constituição do país, surtem efeito.

A Secretaria de Estado irritou-se, porque a Justiça hondurenha entendeu que a volta de Zelaya nos termos propostos pelo Presidente da Costa Rica, Oscar Arias, é inconstitucional. Por fim, o Departamento de Estado decidiu que, para defender o estado de direito, castigaria os membros da Corte Suprema de Honduras, por interpretar sua própria Constituição. E retirou os vistos dos 14 magistrados hondurenhos.

Como o mesmo já tinha sido aplicado ao décimo quinto membro do tribunal, aquele que redigiu a ordem de prisão de Zelaya, a iniciativa completou o assalto da senhora Clinton à independencia da suprema corte de uma democracia estrangeira.

A lição que fica é: os países pequenos estão obrigados a aceitar que os Estados Unidos da América sejam os interpretes das Leis locais. Pergunta-se porque isto acontece nos EUA, um país onde os princípios democráticos são reconhecidos desde a época dos fundadores. Muitos confessam estar "envergonhados" e perguntam o que fazer para ajudar Honduras. Talvez seja mais pertinente perguntar como ajudar os EUA.

No caso de Honduras, o governo Obama demonstrou seu desprezo pelos fundamentos da democracia. Os peritos em direito são claros a respeito. "A independência do poder judiciario é um componente central de qualquer democracia e é crucial para a separação de poderes, para o estado de direito e para os direitos humanos".(Aharon Barak, ex presidente da suprema corte de Israel em seu livro "The Judge in a Democracy").

É ainda A.Barak quem explica: "O propósito da separação de poderes é fortalecer a liberdade e prevenir a concentração de poder nas mãos de umgovernante, prejudicando as liberdades individuais", quase como se estivesse
referindo o caso de Honduras.

E ainda adverte profeticamente acerca das "democracias" como a de Chavez, que destruiu a Venezuela, exemplo que os hondurenhos estavam tratando de impedir em seu país: "A democracia tem o direito de defender-se contra os que buscam utilizá-la para destruir sua própria existência.

Os norte americanos devem perguntar-se por que seu governo parece não estar
de acordo.

Fonte: "El Diario Exterior"
Tradução: A. Montenegro

terça-feira, 22 de setembro de 2009

CERTEZAS INCERTAS

Por Arlindo Montenegro

A consciência da gente tende a ser presunçosa. Vamos fixando certezas pela vida afora. As certezas impedem a visão e atuam como bengalas para firmar a postura nos surpreendentes caminhos da vida. Certezas geram a intolerância e o vício de pensar e fazer do mesmo jeito restrito, para os mesmos resultados. Certeza é que nem cachimbo, deixa a boca torta. É cabresto para conduzir teimosos que prezam a liberdade.

As certezas prejudicam o questionamento científico, as dúvidas, as buscas inovadoras, e tendem a protelar as decisões significativas, carregando uma espécie de conformismo: “deixa como está...” – um afago na estrutura de inércia mental que empobrece e limita o espírito e paralisa a ação.

Os brasileiros, diferentes dos brasilianos, estão intoxicados de certezas postas pelos governantes que não param de buzinar maravilhas, utilizando as mais avançadas técnicas da propaganda, para emprenhar pelos ouvidos e pelos olhos gerações inteiras de conformistas.

São as certezas sobre promessas que parecem novas, mas estão na pauta dos governantes desde o tempo em que a galinha tinha dentes. Atualmente nos deparamos com a certeza de que “o petróleo é nosso!” Duvi dê o dó! Tanto quanto a GM, a Monsanto ou a Coca Cola, a Petro é uma empresa transnacional, que garimpa lucros e resultados em qualquer parte, empregando mão de obra e fornecedores globais economicamente competitivos.

Com certeza tem uma caixa preta de poder econômico disponível para desvios no interesse dos governantes. Mas a tal CPI que muitos tinham certeza, revelaria muitas falcatruas foi devidamente engavetada por “nossos” representantes. No mesmo caminho de outras CPIs que muitos tinham certeza iriam revelar como é gasto o dinheiro dos impostos: aquela das ONGs que não prestam contas, a dos Medicamentos e outras tantas.

As certezas de que “somos os melhores e maiores” só parecem resistir diante do samba rebolado e do futebol. Mas uma certeza se agiganta cada vez que os pesquisadores competentes e livres enriquecem o estudo sobre os sociopatas ou psicopatas. A Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva nos adverte sobre esta condição humana de parasitas que parecem, carismáticos, ativos, simpáticos, bem falantes, convincentes, camelôs da chantagem emocional, perfeccionistas da mentira...

Vivem entre nós e os mais espertos tornaram-se profissionais da política, campo aberto para o “poder, status e diversão”. Como sociopatas podem ser definidos todos os revolucionários que subtraem a liberdade das pessoas para escolher suas crenças e decidir sobre suas vidas. Os sociopatas agem como se fossem deuses e senhores das vontades dos homens, prometendo mudar o mundo. Basta que paguemos os impostos... impostos por eles!

Uma certeza fica: “nossos” representantes não representam a nossa vontade e não nos dão escolha: apresentam sempre os mesmos candidatos carimbados, muitos denunciados, nunca condenados por desvios, roubos, falcatruas e até homicídio e tráfico de drogas. As maquininhas de votar garantem a eleição dos pré eleitos por decisões secretas dos profissionais políticos no poder.

Um dos muitos quixotes blogueiros, www.cavaleirodotemplo.blogspot.com que atua com responsabilidade na busca da compreensão dos homens e da vida nacional postou matéria divulgando o trabalho diferenciado da Dra. Ana Beatriz Barbosa da Silva, com links para entrevistas e recomendação de um livro: “Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado”, cuja temática nos leva a perceber melhor como os psicopatas usurparam os postos de poder político nesta nação.

Em síntese, a cientista nos mostra como os “psicopatas são frios, calculistas, insensíveis, inescrupulosos, transgressores de regras sociais e absolutamente livres de constrangimentos ou julgamentos morais internos. Eles são capazes de passar por cima de qualquer pessoa apenas para satisfazer seus próprios interesses.”

“Mas ao contrário do que pensamos, não são loucos, nem mesmo apresentam qualquer tipo de desorientação. Eles sabem exatamente o que estão fazendo. Mentes Perigosas nos mostra em linguagem fluida e acessível quem são estas pessoas que vivem entre nós, se parecem fisicamente conosco, mas definitivamente não são como nós.”

Pior, todas as instituições e principalmente as escolas foram tomadas por professores que seguem a orientação de sociopatas fanáticos do petismo marxista que, deliberadamente, seguindo a bíblia revolucionária, formam gerações de desmiolados, os futuros militantes da causa ateísta que despreza todos os valores espirituais.

Fanáticos são sociopatas, planejadores sociais seguidores de Russeau, Marx, Lênin, Stalin, Castro são sociopatas. Políticos brasileiros, salvo raras exceções, são sociopatas. E como não existe um atestado médico para os candidatos, vamos “eleger” como representantes, velhos e novos macunaímas sociopatas, escolhidos e vendidos como bons moços pela máquina de propaganda dos governantes. Legitimá-los fica por conta das maquininhas viciadas.

Duvida ou tem certeza?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

OS EUA NÃO QUEREM E O BRASIL NÃO PODE

Por Carlos Alberto Montaner

Os EUA não têm o menor interesse de continuar exercendo o papel de
potência responsável pela estabilidade e bom governo na América
Latina. Esta incômoda tarefa acabou-se com o século XX.

Com a dissolução da União Soviética, os políticos norteamericanos
não vêem nenhum perido potencial para a segurança nacional nesta
região. Cuba é uma ditadura decrépita, que tende a desaparecer como
acontece com os velhos atacados por caquexia.

Chavez é visto como um louquinho pitoresco, exportador de petróleo,
capaz de causar muito dano aos venezuelanos e seus vizinhos, mas não
aos Estados Unidos da América.

A verdade é que Castro e Chavez estão embarcados numa cruzada delirante,
para conquistar o planeta para o socialismo do século XXI, mas o
resultado deste disparate, até agora só tem afetado as vítimas diretas
de suas maquinações.
Observe-se o conflito de Honduras, quando Washington não deu importancia
à conincidência de sua posição com os objetivos dos seus inimigos,
mesmo que o controle de Honduras pelo chavismo signifique outros
milhões de hondurenhos em situação ilegal nos EUA, fugindo da fome.

Isto ja ocorreu no Equador com o fechamento da base de Manta. O fechamento de
Palmerola,pode significar também mais uma base aérea disponível para os
narcotraficanates. Em fim, peccata minuta.

Naturalmente, os EUA prefeririam países latino americanos democráticos,
prósperos e sensatos como os da União Eropéia. Mas Washington não tem
urgência de guiá-los nesta direção. Gostaria sim, que o Brasil tomasse
a liderança abandonada e tratam de convencer os líderes brasileiros para
assumir este papel. Isto é apenas um desejo, não passa de ilusão.

O Brasil tem o tamanho dos EUA, 200 milhões de habitantes e certas zonas
parcialmente desenvolvidas, como São Paulo. Mas está muito distante de
ser uma potência. É bastante visitar o site do CIA Fact Book na internet
para comprovar: a economia brasileira é de apenas dois bilhões de dólares
e não domina nenhum campo de ponta ou inovador de importância.

Mais de 30% da população é muito pobre e a distribuição de renda é uma
das mais desiguais do planeta (56.7 no índice Gini). A renda anual per
capita, medida em comparação com o poder aquisitivo é de apenas 10 mil
dólares anuais.Outros países da área, como o Chile, superam este número
em 50%.

O nível de corrupção no Brasil é vergonhoso: 3.5 de acordo com a "Transparencia
Internacional", pior que varios países africanos. O Estado mantém uma
economia protegida que impede a competitividade e um comercio exterior
mais intenso. O índice de liberdade econômica é de 56.7, o que se traduz
como "economia não livre". Existem 104 países mais livres que o Brasil,
nesse índice.

As universidades brasileiras, contam com poucos centros de excelência. O
número de patentes originais é ridiculamente baixo, sendo menor que o de
Israel, que tem apenas 8 milhões de habitantes.

Além disso, o Brasil não tem a menor vocação para assumir a posição de
potência regional. Sempre viveu de costas para a America Latina e vice
versa. Desde o estabelecimento da república (1889) não sente o desejo de
impor-se e dirigir seus vizinhos, o que não o impediu de disputar alguns
territórios limítrofes com a Argentina, Paraguai, Bolívia, Guiana, Perú
e Colômbia.

Liderar custa dinheiro e as vezes é preciso utilizar a força. O Brasil
nem consegue estabelecer a ordem em suas favelas e perde muito tempo
voltado para dentro, sem tempo para pensar em reinventar-se como Estados
Unidos da América do Sul. Não lhe interessa. Não deseja. Não pode. Não
tem força.

Pretende ser importante sem assumir responsabilidades internacionais. Isto
não significa que o Brasil não seja um lugar agradável e divertido para se
viver. Melhor que muitos países da América espanhola. Mas é absurdo pedir
que bananeira produza laranjas.Não funciona.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

REFORMA AGRÁRIA PRA BOI DORMIR

Por Arlindo Montenegro

Famílias inteiras, dedicadas à terra aplicam seu trabalho há gerações. Com o passar do tempo, o agronegócio detém mais de 40% dos postos de trabalho no país. As exportações superavitárias são devidas ao agronegócio.

Mas para os comunistas no poder, o direito natural à propriedade privada é um “crime hediondo”. Deste modo, para levar adiante a revolução socialista nas Américas, os governantes inventaram leis sufocantes, constrangedoras até, para que o agronegócio venha a ser um negócio do estado e não mais privado.

Uma reforma agrária no ideário comunista é igual a fazendas coletivas controladas pelo Partido, no caso os ativistas que atuam no Ibama, Incra, Funai, Antropólogos, Conselho Indigenista Missionário, Ongs estrangeiras e nacionais, todos trabalhando para o projeto de socialização das Américas.

Um livro de Karl Mannheim, “Diagnóstico do nosso Tempo”, lançado no Brasil em 1973, descreve com precisão a estratégia dos grupos nazistas e comunistas para anular a individualidade e envolver as pessoas em células orgânicas, grupos onde as pessoas controlam umas às outras para reproduzir as palavras de ordem do partido.

É o que encontramos nas cartilhas e documentos das escolas do MST: “O parecer descritivo da performance do educando L.S.M, que estudou entre Março e Junho de 2007 na Escola Técnica do MST em Pontão, ressalta que ele “participou das lutas sociais” e sugere que o movimento incentive esse jovem a contribuir na organicidade, “pois o que mais forma é a luta”.

Para as crianças ensinam como agir e o que observar durante as invasões. Num dos livros assinados pelo Setor de Educação do MST, estão indicadas algumas preocupações naquele ambiente “educativo”: “Tem policiais? Onde estão os fazendeiros? Qual será a repercussão da ocupação na imprensa? Seremos despejados?

A organicidade nazi-comunista está presente na organização de ongs fanáticas do ambientalismo, nos diversos movimentos dos sem terra, sem teto, movimento indigenista, quilombolas e de todos os partidos de esquerda, envolvendo pessoas de baixa escolaridade, que recebem informação torcida, adulterada pela ideologia, por isso incapazes de censura.

Do outro lado, os entraves ambientalistas bolados pelo ministro que rebola ao som do regaee e defende a liberação da maconha, impostos altíssimos; falta de seguro agrícola; carência de infra-estrutura; fixação de índices de produtividade inatingíveis; exigências do Ibama, impedimentos à mobilidade e defesa, agricultores retidos em suas propriedades, acusações de trabalho escravo; limitação do tamanho das propriedades decretada pelo governo a pedido do MST.

Pior ainda: Ibama, Funai, Incra e outras agencias governamentais, baixam atos administrativos anticonstitucionais, publicam no Diário Oficial e pronto! Têm força de Lei com aplicação imediata. Tudo é feito na moita, na surdina, sem divulgação. São portarias, resoluções, instruções normativas elaboradas por funcionários orgânicos do PT, PC do B que estão legislando com mais poder que os parlamentares.

50 milhões de hectares, ociosos nas mãos de assentados dependentes de cesta básica, sem possibilidade de acesso às tecnologias que permitam atuar como produtores associados ao agro negócio. Milhares de ocupantes de fazendas, verdadeiros profissionais da favelas rurais de um ambulante e rico organismo sem personalidade jurídica, o MST.

O direito à propriedade está na Constituição. Os ideólogos do comunismo estão agredindo este e outros direitos, preparando o terreno para o assalto final, sob a diretiva do Foro de São Paulo. Primeiro ridicularizam a cultura grupo social e deixam o indivíduo órfão, ou vitimizado. Em seguida apresentam a cartilha da revolução.

Com nova identidade, são providenciados os escoadouros para o sentimentos de hostilidade do que mobilizar energias construtivas. É o que ensina Karl Mannheim. É assim que estão agindo os nazi-comunistas domésticos. Que antídoto é possível?

Só pra lembrar, o volume de recursos direcionados para a ação revolucionária do MST e tantos grupos afins, se utilizados sem a marca ideológica, teriam significado nos últimos 12 anos a modernização agrícola e a dignidade das famílias assentadas em 50 milhões de hectares improdutivos.

Modernizar a agricultura, associando-a ao agro negócio, sim. Reforma agrária é conversa pra boi dormir.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

UTOPIA VERSUS LIBERDADE

Por Thomas Sowell

A eterna vigilância é o preço da liberdade”. Nós ouvimos isso muitas vezes. O que também é o preço da liberdade é a tolerância às imperfeições. Se tudo que há de errado no mundo se tornar uma razão para dar mais poder a um político salvador, então a liberdade se erodirá, enquanto estupidamente repetimos os slogans do momento, sejam eles “mudança”, “assistência médica para todos” ou “justiça social”.
Se ficamos tão facilmente alarmados pela retórica, a ponto de que nem o público e nem o Congresso se dão ao trabalho de ler, e muito menos de analisar, projetos de lei que propõem imensas mudanças no sistema público de assistência à saúde, então não fique surpreso quando as decisões de vida e morte sobre você ou sua família forem tiradas de suas mãos – e das mãos do seu médico – e transferidas para burocratas em Washington.
Voltemos ao começo de tudo. O universo não foi feito de acordo com as nossas especificações. Tampouco os seres humanos. Logo, não há nenhuma surpresa no fato de não estarmos satisfeitos com muitas coisas, em muitas ocasiões. A grande questão é se estamos preparados a seguir qualquer político que proclame ser capaz de “solucionar” o nosso “problema”.

Se estivermos, então haverá uma série infindável de “soluções”, cada uma causando novos problemas, que, por sua vez, exigirão mais “soluções”. Esse caminho é o da busca sem fim, consumindo quantidades cada vez maiores do dinheiro do contribuinte e – ainda mais importante – causando perdas cada vez maiores da sua liberdade de viver a sua própria vida como lhe convier, em favor daquilo que as elites presunçosas ditam.

Em última análise, a nossa escolha está entre desistir das buscas utópicas ou desistir da nossa liberdade. Durante séculos, essa escolha foi reconhecida por alguns, mas muitos outros ainda não encararam a realidade. Se você acha que o governo deveria “fazer algo” a respeito de qualquer coisa que o incomode, ou a respeito de alguma coisa que você quer, mas não tem, então você fez a sua escolha entre a utopia e a liberdade.

No século XVIII, Edmund Burke disse: “É uma parte não desprezível da sabedoria conhecer o quanto de um mal deve ser tolerado” e “Eu preciso suportar minhas enfermidades até o ponto em que elas possam se inflamar, transformando-se em crimes”.

Mas os fanáticos de hoje não estão dispostos a tolerar males e enfermidades. Se as companhias de seguros não estão se comportando da forma como algumas pessoas acham que elas deveriam se comportar, então a resposta dessas pessoas é montar uma burocracia governamental que as controle ou as substitua.

Se médicos, hospitais ou companhias farmacêuticas cobram mais do que algumas pessoas gostariam de pagar, então a resposta é o controle de preços. O histórico do desempenho de políticos, das burocracias governamentais ou do controle de preços pouco importa para aqueles que pensam dessa maneira.

Os políticos já são uma das principais razões para que os seguros de saúde sejam tão caros. Seguro existe para cobrir riscos, mas os políticos estão no negócio de distribuição de benesses. Para os políticos, nada é mais fácil do que ordenar aquilo que as seguradoras devem cobrir, sem a mínima preocupação quanto ao que essas coberturas adicionais irão custar.

Se o seguro cobrisse apenas aquelas coisas com as quais a maioria das pessoas está preocupada – o alto custo de uma grande despesa médica – o seu preço seria muito mais baixo do que é hoje, com os políticos empilhando regulamentos sobre regulamentos.

Uma vez que seguros cobrem riscos, não há razão para que um seguro cubra check-ups anuais, e simplesmente porque se sabe de antemão que check-ups anuais ocorrem uma vez por ano. Seguro de automóvel não cobre as trocas de óleo, nem a compra de gasolina, pois essas são recorrências regulares, e não riscos.

Mas os políticos no negócio de distribuição de benesses – especialmente com o dinheiro alheio – não podem resistir à tentação de aprovar leis que adicionem essas coisas à cobertura do seguro. Muitos daqueles que estão propondo mais envolvimento do governo na assistência médica, já estão falando sobre estender a cobertura do seguro saúde para a “saúde mental” – o que significa dar aos psiquiatras e hipocondríacos um cheque em branco a sacar do tesouro federal.

Ainda há algumas vozes da sanidade hoje, ecoando o que Edmund Burke disse há muito tempo. De acordo com o Prof. Richard Epstein, da Universidade de Chicago: “O estudo das instituições humanas é sempre uma busca pelas imperfeições mais toleráveis”. Se você não pode tolerar imperfeições, esteja preparado para dar um beijo de adeus à sua liberdade.

Fonte: Midia@mais
Tradução: Henrique Dmyterko

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O DIÁLOGO INTERAMERICANO E AS ELEIÇÕES DE 2010

O DIÁLOGO INTERAMERICANO E AS ELEIÇÕES DE 2010

Prof. Marcos Coimbra

Conselheiro Diretor do CEBRES, Professor de Economia e autor do livro Brasil Soberano

Há muito tempo, mais precisamente desde 1999, escrevemos neste espaço sobre o Diálogo Interamericano e sua influência sobre o Brasil. Em artigo publicado em 28.11.2002 no Monitor Mercantil, intitulado “O Diálogo Interamericano e FHC”, escrevemos:

“O Diálogo Interamericano (DI) foi fundado em 1982, por iniciativa do banqueiro David Rockefeller. Seu endereço é 1211 Connecticut Avenue, Suite 510, Washington, DC 20036, tel. (202) 822-9002, Fax (202) 822-9553, site: iad@thedialogue.org. É composto por cidadãos oriundos dos EUA, Canadá, México, América do Sul e Caribe. Seus dois objetivos principais são: a) propiciar um significativo canal não governamental de comunicação entre líderes das Américas; b) providenciar análise substancial e propostas de políticas específicas, com o objetivo de resolver problemas regionais cruciais. Tudo isto dentro do receituário neoliberal, preconizando o fortalecimento das entidades de direitos humanos, o enfraquecimento das Forças Armadas, a necessidade de garantir o pagamento das dívidas externas e privatização de empresas estatais para abater dívidas e a questão das drogas, em especial no que afeta ao Poder Nacional dos EUA.

Suas principais fontes de financiamento são as Fundações Ford, MacArthur, a corporação Carnegie, American Airlines, Banco Itau, Bank America, Bank Boston, Chase Manhattan Foundation, General Eletric, Texaco, Time Warner, Trans-Brasil Airlines, USAID, BID, Xerox, Banco Mundial e outras. No ano de 1988, houve uma reunião ampla, já acrescida de novos membros, em Washington, quando então foram acordadas as políticas e estratégias a serem adotadas para domínio da América Latina e do Caribe, de onde surgiu a expressão “Consenso de Washington”, porém do qual resultou , por escrito, apenas um documento modesto, informando sua realização, sem entrar em pormenores, em função da gravidade dos assuntos tratados e da necessidade de sigilo”.

Infelizmente, apesar de todas estas evidências, a maioria do povo brasileiro desconhece o assunto e até intelectuais de porte ainda resistem em reconhecer o problema, classificando-o como integrante da “teoria da conspiração”. Ora, basta acessar a página do DI para verificar a autenticidade do aqui exposto. Na realidade, o Diálogo foi oriundo do Centro Woodrow Wilson, bem como é estreitamente ligado ao Council on Foreign Relations que exerce profunda influência sobre o Departamento de Estado dos EUA e de onde é proveniente o Embaixador Luis Felipe Lampreia, que foi ministro das Relações Exteriores de FHC e é atual presidente do CEBRI (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), o qual patrocinou em conjunto com o Viva Rio e o Center on International Cooperation, encontros sobre “Transformações nos Arranjos Multilaterais de Segurança”, que tiveram a participação ativa do Sr. Marco Aurélio Garcia, eminência parda da “política externa” brasileira.

Na expressão econômica, no período FHC, quem comandou o Bacen foi o Sr. Armínio Fraga, que foi operador do megaespeculador Sr. Geore Soros. Agora, é o ex-presidente do Bank Boston, Sr. Henrique Meirelles, também integrante do DI, sendo assim ambos intimamente ligados a Walt Street. Um documento importante elaborado pelo DI foi “Los militares y la Democracia: El futuro de las Relaciones Civico-Militares em América Latina”, bem como o feito pelo Departamento de Estado, “Freedom From War (documento nº 7277), ambos na linha de preparação da implantação de um Governo Mundial, com a recomendação de medidas para limitar a ação das Forças Armadas de todos os países à manutenção da ordem interna e de combate aos narcotraficantes e apoiar as forças de paz da ONU. Outras iniciativas como a proibição da fabricação de armamento exceto aqueles destinados ao uso pela ONU, em especial de ordem nuclear, destruição de todos os demais armamentos, desarmamento da população civil e submissão a todas as iniciativas da ONU, também estão no mesmo contexto.

Não é por acaso que no final de julho a candidata à presidência da República Sra. Dilma Roussef participou em Washington do Fórum dos CEOs (diretores-gerais), o qual reuniu 20 dos maiores empresários brasileiros e norte-americanos, tendo sido inclusive recebida pelo Presidente Obama. Uma das eminências pardas do encontro , nem sempre citado no noticiário, mas sempre presente em todos os fóruns de poder global, foi justamente o presidente do DI Sr. Peter Hakim. A fachada do encontro foi estimular a parceria entre governo e setor privado do Brasil e dos Estados Unidos, por meio de projetos e revisão de regras que interfiram na ampliação do fluxo comercial entre dois países, porém seu objetivo principal foi a ação de representantes dos clubes de poder global em torno da sua candidatura presidencial em 2010. São ainda notórias as ligações dos também candidatos à presidência da República, Srs. José Serra e Aécio Neves, a este esquema de poder global da oligarquia financeira transnacional.

Ora, os vastos recursos naturais possuídos pelo Brasil são fruto da ambição dos principais países do mundo, sendo muito importantes no momento atual, em que o mundo atravessa uma das mais sérias crises não só no campo econômico-financeiro, como também de ordem política, psicossocial, militar e científico-tecnológico. Não é coincidência o sucateamento das Forças Armadas, a desmoralização das principais Instituições Nacionais, a ausência de um Plano Nacional de Desenvolvimento, o estímulo ao surgimento de óbices à coesão social, caracterizados pela demarcação contínua de terras indígenas em regiões ricas em minerais estratégicos, com o surgimento de “enclaves territoriais”, o surgimento de movimentos quilombolas em áreas estratégicas, o progressivo abandono dos Objetivos Nacionais Permanentes, a entrega da Amazônia e a implantação de uma ditadura constitucional no país, de caráter populista.

Resulta então que a Nação não possui sequer um candidato viável para as eleições presidenciais de 2010, comprometido com os interesses nacionais vitais. Cabe às forças vivas do país procurar a solução para esta dramática situação.



Endereço eletrônico: mcoimbra@antares.com.br

domingo, 6 de setembro de 2009

DROGAS NO CAFÉ, ALMOÇO E JANTAR

Por Arlindo Montenegro

Miguel d’Escoto, padre nicaragüense, guerrilheiro e ex ministro da revolução sandinista e o Presidente da ONU. Recentemente foi à ilha de Cuba receber a comenta da Solidareidade. Na ocasião comparou o ditador cubano a Jesus.
Completou dizendo ser Castro um tremendo exemplo para ele. É este o homem na medida para implementar a Nova Ordem Mundial entre as nações.

Dona Onu, falou, tá falado! O novo Codex Alimentarius será implementado a partir de 1º. de janeiro de 2010. Todos os países integrantes da Organização Mundial do Comércio estarão obrigados a seguir as normas, ou justificar cientificamente porque, em defesa da saúde da população, deixariam de utilizar os contaminantes (CCCF) e os aditivos (CCFA), bem como os pesticidas e herbicidas para envenenar pastos e lavouras, como já acontece com tomate, batatinha, morango.

Paes, bolos, macarrão, biscoitos, margarina, leite, farináceos, tudo quanto todos utilizamos para levar à mesa carregará a mistura desta ou daquela desconhecida “vitamina” obrigatória. Maioria já está contaminada com a tal de “gordura vegetal hidrogenada” que já aparece até na velha manteiga. Esta coisa que na origem parece bosta de porco, com o passar do tempo, comprovadamente, faz com que vasos sanguíneos e veias percam a elasticidade.

É triste constatar como a indústria química e do petróleo (com ou sem sal) esta presente na alimentação cotidiana, influenciando com propaganda enganosa a população ignorante do planeta. É triste adivinhar nas regras do Codex Alimentarius, o conjunto de padrões impositivos para mudar os hábitos alimentares, substituindo ou contaminando o que é natural com “vitaminas e venenos” de alta tecnologia laboratorial.

O que os entendidos da linguagem burocrática indicam é que, doravante qualquer tipo de vitamina e erva medicinal, será considerada droga. Os animais deverão ter seu DNA modificado, com a ingestão obrigatória de rações específicas. Isto poderá significar a perda de nutrientes necessários ao desenvolvimento do nosso metabolismo. Verduras e legumes, idem, com o acréscimo, em alguns casos, de conservantes comprovadamente cancerígenos.

É preocupante saber que os principais itens da minha dieta de alimentos medicamentos – própolis, pólen - vão entrar na lista de drogas, enquanto vai ser livre o uso de alucinógenos que corrompem os neurônios, como querem o lúcido imortal FHC, o fashion ministro da metade do ambiente e a mesma Onu. A avançada Argentina já aderiu. Lá quem quiser pode puxar fumo à vontade.

Os grandes produtores de maconha, já acharam até como fazer plantações com grande concentração de tetracanabinol. Será que vão liberar o acréscimo de pequenas doses de maconha, cocaína boliviana ou das farc em algum “alimento” ou “bebida” especial?

Em defesa de uma apicultura séria, racional, estava pensando convidar médicos honestos a aprofundar seus conhecimentos sobre as propriedades terapêuticas destes alimentos-medicamentos: o pólen carrega os 22 aminoácidos essenciais, a própolis tem mais de 100 propriedades comprovadas e reforça a imunidade do organismo. O mel, energiza imediatamente, fazendo desabrochar a doçura da vida. Agora, “melou” meu intento.

A proposta, segundo um informe, é para considerar qualquer tipo de vitamina e ervas medicinais como droga. Os animais deverão ter seu DNA modificado, com a ingestão obrigatória de rações específicas. A FAO, com esse novo Codex decretou o fim da agricultura orgânica.

É de pensar se toda esta movimentação, no frigir dos ovos, não antecede um indesejado veículo de controle populacional mundial. Fico pensando se a perda da quase totalidade das colméias na Europa e nos EUA, sem explicação plausível, não pode ser atribuída aos estudos, ensaios, pesquisas, financiados pelos controladores da Onu.
Aditivos sintéticos, como o aspartame, por exemplo, serão aprovados. Mas os consumidores não vão saber que efeitos podem causar a curto, médio e longo prazo. Frango, boi, porco, deverão receber hormônios e antibióticos. Alface, abobrinha, vagem, frutos e tudo quanto é vegetal será obrigatoriamente irradiado. Será que essa gente quer consertar as “burrices(?) da natureza?

Se o produtor não provar que utiliza a parafernália química vai estar impedido de colocar seu produto no mercado, vai estar impedido de exportar e quem sabe, vai pagar multas e ser preso por estar produzindo alho, chá de cidreira ou camomila... Os aditivos químicos, a irradiação e metodologia de processamento, os corantes sintéticos estão desobrigados de figurar na rotulagem.

Em síntese as normas globais exaradas pela Nova Ordem Mundial, prestigiam o envenenamento da natureza e a utilização dos conhecimentos genéticos para modificar toda a cadeia alimentar. Todos os alimentos medicamentos, vão receber a classificação de drogas, com severas restrições de consumo.

O Youtube disponibiliza dois vídeos legendados com palestra explicativa sobre esta aberração. Mais abaixo está o link para uma leitura complementar.
http://www.youtube.com/watch?v=KWBPNMNr51Y&feature=PlayList&p=EE01891EEC5D5B74&index=3
http://www.youtube.com/watch?v=3-RWjrZoi58&feature=PlayList&p=EE01891EEC5D5B74&index=4
http://www.anovaordemmundial.com/2009/07/codex-alimentarius-nutricidio-planejado.html

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

DOIS CODIGOS MORAIS

Por Olavo de Carvalho, no Diario do Comércio

A entrevista do Cabo Anselmo ao programa “Canal Livre” (TV Bandeirantes, 26 de agosto, http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=2267&Itemid=34) é um dos documentos mais importantes sobre a história das últimas décadas e mereceria uma análise detalhada, que não cabe nas dimensões de um artigo de jornal. Limito-me, portanto, a chamar a atenção do leitor para um detalhe: o confronto do entrevistado com os jornalistas foi, por si, um acontecimento revelador, talvez até mais que o depoimento propriamente dito.

Logo de início, o apresentador Boris Casoy perguntou se Anselmo se considerava um traidor. Ele aludia, é claro, ao fato de que o personagem abandonara um grupo terrorista para transformar-se em informante da polícia. Para grande surpresa do jornalista, o entrevistado respondeu que sim, que era um traidor, que traíra seu juramento às Forças Armadas para aderir a uma organização revolucionária. A distância entre duas mentalidades não poderia revelar-se mais clara e mais intransponível.

Para a classe jornalística brasileira em peso, o compromisso de um soldado para com as Forças Armadas não significa nada; não há desdouro em rompê-lo. Já uma organização comunista, esta sim é uma autoridade moral que, uma vez aceita, sela um compromisso sagrado. Nenhum jornalista brasileiro chama de traidor o capitão Lamarca, que desertou do Exército levando armas roubadas, para matar seus ex-companheiros de farda. Traidor é Anselmo, que se voltou contra a guerrilha após tê-la servido. Anselmo desmontou num instante a armadilha semântica, mostrando que existe outra escala de valores além daquela que o jornalismo brasileiro, com ares da maior inocência, vende como única, universal e obrigatória.

O contraste mostrou-se ainda mais flagrante quando o jornalista Fernando Mitre, com mal disfarçada indignação, perguntou se Anselmo não poderia simplesmente ter abandonado a esquerda armada e ido para casa, em vez de passar a combatê-la. Em si, a pergunta era supremamente idiota: ninguém – muito menos um jornalista experiente -pode ser ingênuo o bastante para imaginar que uma organização revolucionária clandestina em guerra é um clube de onde se sai quando se quer, sem sofrer represália ou sem entregar-se ao outro lado.

Conhecendo perfeitamente a resposta, Mitre só levantou a questão para passar aos telespectadores a mensagem implícita do seu código moral, o mesmo da quase totalidade dos seus colegas: você pode ter as opiniões que quiser, mas não tem o direito de fazer nada contra os comunistas, mesmo quando eles estão armados e dispostos a tudo. Ser anticomunista é um defeito pessoal que pode ser tolerado na vida privada: na vida pública, sobretudo se passa das opiniões aos atos, é um crime. Não que todos os nossos profissionais de imprensa sejam comunistas: mas raramente se encontra um deles que não odeie o anticomunismo como se ele próprio fosse comunista. Essa afinidade negativa faz com que, no jornalismo brasileiro, a única forma de tolerância admitida seja aquela que Herbert Marcuse denominava “tolerância liberdadora”, isto é: toda a tolerância para com a esquerda, nenhuma para com a direita.

Mais adiante, ressurgiu na entrevista o episódio do tribunal revolucionário que condenara Anselmo à morte. Avisado por um policial que se tornara seu amigo, Anselmo fugira em tempo, enquanto os executores da sentença, ao chegar à sua casa para matá-lo, eram surpreendidos pela polícia e mortos em tiroteio. De um lado, os entrevistadores, ao abordar o assunto, tomavam como premissa indiscutível a crença de que Anselmo fora responsável por essas mortes, o que é materialmente absurdo, já que troca o receptor pelo emissor da informação. De outro lado, todos se mostraram indignados – contra Anselmo – de que no confronto com a polícia morresse, entre outros membros do tribunal revolucionário, a namorada do próprio Anselmo. Em contraste, nenhum deu o menor sinal de enxergar algo de mau em que a moça tramasse com seus companheiros a morte do namorado. Entendem como funciona a “tolerância libertadora”?

A quase inocência com que premissas esquerdistas não-declaradas modelam a interpretação dos fatos na nossa mídia mostra que, independentemente das crenças conscientes de cada qual, praticamente todos ali são escravos mentais da auto-idolatria comunista.

Ao longo de toda a conversa, os jornalistas se mantiveram inflexivelmente fiéis à lenda de que os guerrilheiros dos anos 70 eram jovens idealistas em luta contra uma ditadura militar, como se não estivessem entrevistando, precisamente, a testemunha direta de que a guerrilha fôra, na verdade, parte de um gigantesco e bilionário esquema de revolução comunista continental e mundial, orientado e subsidiado pelas ditaduras mais sangrentas e genocidas de todos os tempos.

Anselmo colaborou com a polícia sob ameaça de morte, é certo, mas persuadido a isso, também, pela sua própria consciência moral: tendo visto a verdade de perto, perdeu todas as ilusões sobre o idealismo e a bondade das organizações revolucionárias – aquelas mesmas ilusões que seus entrevistadores insistiam em repassar ao público como verdades inquestionáveis – e optou pelo mal menor: quem, em sã consciência, pode negar que a ditadura militar brasileira, com todo o seu cortejo de violências e arbitrariedades, foi infinitamente preferível ao governo de tipo cubano ou soviético que os Lamarcas e Marighelas tentavam implantar no Brasil? Ao longo de seus vinte anos de governo militar, o Brasil teve dois mil prisioneiros políticos, o último deles libertado em 1988, enquanto Cuba, com uma população muito menor, teve cem mil, muitos deles na cadeia até hoje, sem acusação formal nem julgamento.

A ditadura brasileira matou trezentos terroristas, a cubana matou dezenas de milhares de civis desarmados. Evitar comparações, isolar a violência militar brasileira do contexto internacional para assim realçar artificialmente a impressão de horror que ela causa e poder apresentar colaboradores do genocídio comunista como inofensivos heróis da democracia, tal é a regra máxima, a cláusula pétrea do jornalismo brasileiro ao falar das décadas de 60-70. Boris Casoy, Fernando Mitre e Antonio Teles seguiram a norma à risca. Desta vez, porém, o artificialismo da operação se desfez em pó ao chocar-se contra a resistência inabalável de uma testemunha sincera.

Conhecendo as muitas complexidades e nuances da sua escolha, Anselmo revelou, no programa, a consciência moral madura de um homem que, escorraçado da sociedade, preferiu dedicar-se à meditação séria do seu passado e da História em vez de comprazer-se na autovitimização teatral, interesseira e calhorda, que hoje rende bilhões aos ex-terroristas enquanto suas vítimas não recebem nem um pedido de desculpas.

Moral e intelectualmente, ele se mostrou muito superior a seus entrevistadores, cuja visão da história das últimas décadas se resume ao conjunto de estereótipos pueris infindavelmente repetidos pela mídia e consumidos por ela própria. O fato de que até Boris Casoy, não sendo de maneira alguma um homem de esquerda, pareça ter-se deixado persuadir por esses estereótipos, ilustra até que ponto a pressão moral do meio tornou impossível a liberdade de pensamento no ambiente jornalístico brasileiro.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

OS AMIGOS HONDURENHOS DAS FARC

OS AMIGOS HONDURENHOS DAS FARC

Mary Anastasia O'Grady, no "Wall Street Journal"

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper e o presidente mexicano Felipe Calderón reuniram-se em Guadalajara,
México, na Cúpula de Líderes da América do Norte. Entre os temas, a crescente violência relacionada ao narcotráfico no continente, mas também se espera que
conversem sobre a situação política de Honduras.

É uma lástima a ausência do Ministro da Defesa da Colômbia, que poderia mostrar a evidência da conexão entre os simpatizantes do deposto presidente hondurenho,
Manuel Zelaya, e o mais importante provedor sul-americano de drogas ilegais para a América do Norte: as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Sei disso por que recentemente essa evidência chegou ao meu escritório,numa lista de "contatos políticos" estabelecidos na região e na Espanha, com a finalidade de fornecerem "apoio" e ajudarem a "coordenar o trabalho" das Farc.

O Partido de Unificação Democrática (UD) de Honduras é uma das organizações da referida lista. O UD tem pequena representação no Congresso, mas é o único partido que apóia o retorno de Zelaya. Onde quer que haja manifestações violentas ou bloqueio de estradas em apoio a Zelaya, lá está o UD.

O documento das Farc diz que existem 45 dessas organizações. Talvez interesse a Calderón saber que entre elas figura o Partido dos Trabalhadores e a Juventude Comunista do México.

À parte o relacionamento UD-Farc, é preciso não perder de vista que Zelaya violou a lei hondurenha ao tentar modificar a Constituição para que pudesse se candidatar a uma reeleição. Zelaya também incitou a multidão que invadiu um depósito da Força Aérea onde estavam guardadas urnas que seriam usadas em seu referendo ilegal. Em 28 de junho, foi detido por ordem da Corte Suprema, deportado pelo exército e removido de seu cargo pelo congresso. Inclusive seu próprio partido, o Partido Liberal, apoiou sua destituição e expulsão do país. A maioria da população apoiou tais medidas.
Obama e Calderón, no entanto, não apoiaram, e ambos querem seu regresso.Há duas semanas o governo de Obama anulou os vistos de alguns funcionários do governo hondurenho. É preciso reconhecer que o governo de Harper, Canadá, tem sido mais
comedido em sua resposta aos acontecimentos de Tegucigalpa.

Calderón no México se empenhou numa "guerra" contra os cartéis do narcotráfico que
teve custo humano de 1.077 policiais desde dezembro de 2006. Agora, tanto ele como Obama vão ter que explicar seu apoio a uma facção política de Honduras que está aliada com o crime organizado. É exatamente isso que esta facção está fazendo, segundo a evidência obtida pela inteligência colombiana.

Os hondurenhos não querem Zelaya em seu país porque lidera uma turba violenta e antidemocrática, com a qual tentou solapar as instituições nacionais do mesmo modo que Hugo Chávez o fez na Venezuela. Chávez também preparou para fazerem o mesmo Daniel Ortega na Nicarágua, Rafael Correa no Equador e Evo Morales na Bolívia. As democracias nesses países ficaram seriamente comprometidas.

Mas ainda que Obama e Calderón não se incomodem com a liberdade em Honduras, não podem desconhecer a possibilidade de um governo chavista em Honduras elevar o custo, em sangue e dinheiro, de suas guerras contra as drogas.A conexão com as Farc poderia ajudar muito a explicar por que Chávez se esforça tanto para que Zelaya seja reconduzido ao poder.

Já é notório que o homem forte da Venezuela apóia ativamente as Farc na América do Sul. Os guerrilheiros contam com refúgio seguro ao cruzarem a fronteira. Divulgou-se que numa incursão militar do exército colombiano num acampamento das Farc foram encontrados lança-foguetes antitanques de fabricação sueca que tinham sido originalmente vendidos para a Venezuela. Chávez ainda não conseguiu apresentar uma
explicação crível sobre como essas armas chegaram às mãos dos terroristas colombianos.

Um relatório de julho do Departamento de Auditoria Geral dos Estados Unidos (GAO), revelou que a Venezuela se converteu na principal rota de trânsito da cocaína colombiana, 60% dela é exportada pelas Farc. O GAO também descobriu que altos membros do governo de Chávez e do exército venezuelano são seus cúmplices. Segundo os funcionários norte-americanos, “a corrupção dentro da Guarda Nacional da Venezuela representa a ameaça mais significativa porque a Guarda se reporta
diretamente ao presidente Chávez e controla os aeroportos,fronteiras e portos da Venezuela", diz o documento do GAO.

Os líderes na Cúpula vão falar sobre sua guerra contra as drogas. Talvez Calderón e Obama expliquem por que apóiam um político hondurenho deposto, cujos simpatizantes estão mancomunados com os narcotraficantes terroristas. Todos os norte-americanos merecem uma explicação.

Do Site da Sacralidade, tradução de André F. Falleiro Garcia.
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

POR TRÁS DA GRIPE SUÍNA

:: Acid :: - Do Site Somos Todos Um
http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=09046

Quando o vírus da gripe suína H1N1 se espalhou pelo mundo, aparece uma droga que promete resolver a questão, o agora famoso Tamiflu. Quem detém a patente e comercialização desse remédio? Os laboratórios Roche e a empresa Gilead Sciences. E quem é o chefão da Gilead? Nada menos que Donald Rumsfeld, ex-secretário de Defesa do governo Bush, um dos ideários da invasão do Iraque.

Em 2005, quando a mídia pulava feito pipoca divulgando o "pânico" mundial da gripe aviária (H5N1), a administração Bush determinou a vacinação de todos os soldados que se encontravam fora do país. O próprio Rumsfeld fez o anúncio da compra pelo governo de U$ 1 bilhão em doses do remédio. Dias depois, a Casa Branca enviou um pedido ao Congresso dos EUA para a compra de mais U$ 2 bilhões em estoques do Tamiflu. Com isso, sua venda passou de 254 milhões em 2004 para mais de 1 bilhão em 2005.

Segundo dados de abril de 2009, da Organização Mundial de Saúde, a gripe aviária matou em todo o planeta 257 pessoas. A gripe comum mata, em média 500 mil por ano. O Rumsfeld ex-diretor presidente da Gilead certamente agradeceu ao Rumsfeld então secretário de Defesa.

O Tamiflu era até 1996 propriedade da Gilead Sciences Inc., empresa que nesse ano vendeu sua patente aos laboratórios Roche, e sabe quem já foi seu presidente? O ex-secretário de defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, que ainda hoje é um dos seus principais acionistas. Enquanto se falava sobre a gripe aviária, a Gilead Sciences Inc. quis recuperar o Tamiflu, alegando que a Roche não fazia esforços suficientes para fabricá-lo e comercializá-lo.

Ambas as empresas se colocaram a "negociar" e chegaram em um acordo em tempo recorde, constituído de dois comitês, um encarregado de coordenar a fabricação mundial do remédio e decidir autorizações para terceiros fabricarem, e outro para coordenar a comercialização das vendas aos mercados mais importantes, incluindo os Estados Unidos. Além do que, a Roche pagou a Gilead Sciences Inc, algumas "regalias" retroativas no valor de 62,5 milhões de dólares. Sem contar que a Gilead ficou com mais 18,2 milhões de dólares extra por vendas superiores às contabilizadas entre 2001 e 2003.

E o que Donald Rumsfeld tem com tudo isto? Absolutamente nada. Segundo o comunicado emitido no mês de outubro pelo Pentágono, o secretário de defesa dos Estados Unidos não interviu nas decisões que tomou o governo de seus amigos Bush e o vice-presidente Dick Cheney sobre as medidas preventivas adotadas para prevenir uma pandemia. O comunicado afirma que ele se absteve, que não teve nada com a decisão da administração americana em apoiar e aconselhar o uso do Tamiflu no mundo todo. E claro nós acreditamos, assim como ele assegurou solenemente que no Iraque havia armas de destruição em massa.

Além disso, seu nome já apareceu junto a uma vacinação massiva contra uma suposta gripe durante a administração de Gerald Ford, na década de 70, que teve como resultado mais de 50 mortes por causa dos efeitos colaterais. Ou quando a FDA aprovou o "aspartame", três meses após Rumsfeld incorporar-se ao gabinete de Ronald Reagan (mesmo que nos dez anos anteriores de estudos ninguém tivesse tomado qualquer decisão).

Só alguém muito "mal intencionado" acreditaria que existiu um lobby, só porque um pouco antes de Rumsfeld entrar para o governo americano ele era presidente do laboratório fabricante do "aspartame". E creio que tampouco ele teve algo a ver na compra de milhares de Vistide, remédio adquirido em massa pelo Pentágono para evitar efeitos colaterais da Varíola, e que foi usado nos soldados antes deles embarcarem para o Iraque. É preciso dizer que o Vistide também era produto da Gilead Sciences Inc.?

Fontes: (clique nos links ao lado a leia mais) - José A. Campoy - O homem da guerra - A indústria do medo
Mais informações nos sites abaixo:
http://www.deolhonamidia.org.br/Comentarios/mostraComentario.asp?tID=420 http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/